Mirabilandia

Engenheiro nega desgaste em correntes de brinquedo onde mulher foi arremessada no Mirabilandia

Responsável pela atração alega que falha nas correntes foi possivelmente causada por defeito de fabricação

Mirabilandia
Foto: Divulgação
O engenheiro responsável pelo parque de diversões Mirabilandia, onde a professora de inglês Dávine Muniz Cordeiro foi arremessada de um brinquedo que girava no ar, prestou depoimento à polícia nesta terça-feira (26). Após o interrogatório, Ely Gomes dos Santos negou que houvesse desgaste nas quatro correntes que sustentavam o balanço e se romperam durante o acidente.
De acordo com o engenheiro, uma falha em uma corrente geralmente ocorre devido à fadiga, carga excessiva ou defeito de fabricação. Ele enfatizou que provavelmente foi um defeito de fabricação que causou o acidente, mas ressaltou que testes e ensaios adicionais são necessários para determinar a causa definitiva. 
O depoimento de Ely Gomes dos Santos, que presta consultoria ao Mirabilandia há uma década, teve duração superior a três horas e foi realizado na Delegacia do Varadouro, em Olinda, onde o caso está sob investigação do delegado Rodrigo Leite.
O engenheiro explicou que o brinquedo foi produzido por uma fábrica italiana e afirmou que o peso da vítima não contribuiu para a queda do balanço. Segundo ele, as correntes foram substituídas em 2020, quando parte delas era de aço carbono, material mais suscetível à corrosão em áreas litorâneas. Gomes ainda esclareceu que as novas correntes são de aço inoxidável, que oferece maior resistência à salinidade do mar.
Uma perícia complementar no parque de diversões está programada para quarta-feira (27) como parte das investigações em curso sobre o incidente no Mirabilandia.
Rei do Previdenciário

‘Rei do Previdenciário’: advogado é suspeito de desviar mais de R$ 280 mil de idosos em Minas Gerais

Enquanto vítimas sofriam com atraso em aposentadorias, Wanderson Camargo ostentava vida de luxo em Dubai

Rei do Previdenciário
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Wanderson Camargos, conhecido como “Rei do Providenciário”, é acusado de roubar dinheiro de idosos, em Minas Gerais, por meio de golpe. O profissional, que prometia recuperar valores atrasados de aposentadorias para idosos, está sendo investigado por suspeita de desviar mais de R$ 280 mil de mais de 10 vítimas.
Segundo a Polícia Civil, Wanderson Camargos teria aproveitado da vulnerabilidade de idosos que mal sabem ler e assinaram contratos com ele, confiando em sua promessa de recuperar os valores atrasados de suas aposentadorias. No entanto, ao tentarem sacar o dinheiro, as vítimas se deparavam com suas contas bancárias zeradas, com a notificação de que os valores haviam sido sacados por Wanderson através de procuração.
Enquanto os idosos enfrentavam dificuldades financeiras, o advogado ostentava uma vida de luxo e exuberância. Em janeiro de 2022, Wanderson escolheu Dubai, nos Emirados Árabes, como o local para seu casamento com a sócia, Kelly Camargos. A celebração durou quatro dias e incluiu diárias em um hotel com custo de até R$ 40 mil, roupas de grifes internacionais para os noivos, doces com flocos de ouro para os convidados e passeios em carros de luxo.
A cidade de Unaí, onde está localizada a sede do escritório do advogado, especializado em aposentadorias, pensões e auxílio-doença, agora o apelida de “Rei do Previdenciário” devido à suspeita de apropriação indevida dos valores que deveriam ser repassados aos clientes.
Em resposta às acusações, a defesa de Wanderson Camargos emitiu uma nota, repudiando com veemência a alegação de ausência de repasses financeiros aos seus clientes, ressaltando que ele é inocente das acusações.
Rafa Puglisi

Polícia investiga morte de Rafa Puglisi, dentista dos famosos, como “suspeita”

Puglisi, de 35 anos, sofreu traumatismo cranioencefálico em acidente fatal

Rafa Puglisi
Foto: Reprodução/Instagram
Na segunda-feira (18), Rafa Puglisi, conhecido como o “dentista dos famosos,” faleceu aos 35 anos após um acidente na piscina de sua residência em Barueri, na Grande São Paulo. A causa da morte, de acordo com a família, foi um traumatismo cranioencefálico.
O incidente levou a família e as autoridades a agirem rapidamente. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo foi contatada para obter mais informações sobre o acidente, e a morte de Rafa Puglisi foi registrada como “suspeita.”
Segundo a nota divulgada pela polícia: “Um dentista, de 35 anos, morreu depois de sofrer um acidente na piscina da sua residência, por volta das 08h desta segunda-feira (18), na Alameda Malbec, em Barueri. Policiais militares foram acionados, via Copom, para o atendimento da ocorrência e, no endereço indicado, encontraram a vítima caída já sem vida próximo a sua piscina. O Corpo de Bombeiros também foi acionado e esteve no local. Foram solicitados exames junto ao Instituto Médico Legal (IML) e ao Instituto de Criminalística (IC) e o caso foi registrado como morte suspeita no 2° DP de Barueri.”
Em uma nota de luto, a família de Rafa Puglisi elogiou o dentista por ser uma “pessoa de sorriso fácil” e por sua contribuição para a odontologia por meio de seus estudos.
A tragédia ocorreu enquanto Rafa Puglisi se preparava para sua natação matinal, uma rotina diária, quando sofreu o acidente fatal na piscina de sua casa. Apesar dos esforços dos médicos para reanimá-lo, ele foi declarado sem vida ao chegar ao hospital.
Camaragibe

Delegado investiga tiroteio em Camaragibe que resultou na morte de seis civis e dois PMs

Depoimentos de testemunhas e familiares visam esclarecer os eventos trágicos; inquérito busca entender dinâmica dos fatos

Camaragibe
Foto: Reprodução/G1 PE
O delegado Ivaldo Pereira, responsável pelo inquérito que apura a sequência de assassinatos ocorrida em Camaragibe, no Grande Recife, divulgou que já ouviu cinco testemunhas do tiroteio que resultou na morte de dois policiais militares no bairro de Tabatinga. Após o confronto armado, o suspeito de matar os PMs, Alex da Silva Barbosa, e mais cinco de seus parentes perderam a vida.
Na segunda-feira (18), familiares da grávida e do adolescente que foram feridos durante o tiroteio prestaram depoimento na sede do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil, localizado no bairro do Cordeiro, na Zona Oeste do Recife. Em uma entrevista à TV Globo, o delegado, que também é gestor do GOE, revelou que a polícia foi até o local dos confrontos em busca de imagens de câmeras de segurança e outras evidências relacionadas aos crimes.
“Fomos hoje [segunda-feira] à tarde a campo, conhecer o local, reconhecer onde os fatos aconteceram, com o objetivo de compreender toda a dinâmica do que ocorreu naquela região. Também estamos procurando por câmeras de segurança e outras provas”, explicou o delegado. Ele acrescentou que se reuniu com a Corregedoria da Secretaria de Defesa Social (SDS) e tem colaborado com o Ministério Público nas investigações.
Ivaldo Pereira também informou que, após ouvir os familiares dos feridos, pretende colher depoimentos de parentes e outras pessoas ligadas a Alex Silva, o suspeito dos assassinatos dos PMs que morreu em um confronto com a polícia algumas horas após o tiroteio.
“A nossa intenção é ouvir pessoas relacionadas a Alex para aprofundar o entendimento sobre ele, entender por que ele reagiu daquela maneira à ação policial, se houve alguma ilegalidade, compreender a dinâmica, identificar quem atirou primeiro e as circunstâncias desse evento, e se foi uma resposta a uma ação da qual ele foi alvo”, afirmou o delegado.
O trágico episódio resultou em oito mortes, incluindo as dos dois policiais militares e seis civis, ocorridas entre a quinta-feira (14) e a sexta-feira (15). A gestante, identificada como Ana Letícia, e o adolescente continuam hospitalizados no Hospital da Restauração, no Recife. A família informou que Ana Letícia perdeu parte da visão do olho esquerdo e massa encefálica.
Segundo um dos advogados da família, Jean William, Alex, que possuía registro de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), estava treinando tiros em uma mata e invadiu a residência onde ocorreram os disparos. Além disso, o advogado relatou que o criminoso usou a grávida como “escudo” para se proteger dos policiais. As investigações continuam para esclarecer os eventos e as circunstâncias que levaram a essa tragédia em Camaragibe.
Bolsonaro

Bolsonaro é intimado pela PF em investigação de grupo golpista de empresários no WhatsApp

Ex-presidente alega “troca de informações” em conversas particulares, mas nega participação no grupo em questão.

Bolsonaro
Foto: Divulgaçao

O ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), foi oficialmente intimado pela Polícia Federal (PF) para prestar depoimento no âmbito de um inquérito que investiga um grupo composto por empresários suspeitos de atividades golpistas no WhatsApp. O mandado de intimação foi emitido como parte das diligências em curso para esclarecer a extensão da participação de Bolsonaro nas atividades do grupo.
Em uma declaração à Jovem Pan News, concedida na última terça-feira (22/8), Bolsonaro expressou sua desaprovação pela situação, afirmando sentir “vergonha” por ser questionado sobre o assunto. O ex-presidente, no entanto, ressaltou que não fazia parte das conversas mantidas entre os membros do grupo investigado, contradizendo os indícios apurados pela PF.
Apesar de negar sua vinculação direta ao grupo, Bolsonaro admitiu ter “trocas de informações” em conversas particulares com os empresários em questão. Ele explicou que a PF busca ouvi-lo a respeito de uma mensagem compartilhada por ele, mas que não foi de sua autoria. O ex-presidente alega ter solicitado aos seus advogados o acesso prévio aos documentos relacionados ao processo antes de prestar o depoimento.
“Nunca participei desse grupo, trocava informações. Investigaram seis empresários, tiraram o restante e ficaram esses dois. Me chamaram para me ouvir sobre uma mensagem que compartilhei, a qual originou da imprensa. Não fui eu que a escrevi, se for isso que estou pensando”, esclareceu Bolsonaro em suas declarações ao jornal.
A PF tem prosseguido com a investigação de forma diligente, visando esclarecer as conexões e extensão da participação de cada indivíduo envolvido no grupo. A intimação de Bolsonaro ressalta a importância das diligências e da colaboração com as autoridades no esclarecimento de atividades suspeitas.

Bolsonaro e Mauro cid

Revelações Financeiras Abalam Bolsonaristas: Quebra de Sigilo do Tenente-Coronel Cid Expõe Movimentações Milionárias

Investigações da CPI do 8 de Janeiro revelam discrepâncias alarmantes nas finanças do ex-ajudante de ordens do presidente Bolsonaro.

Bolsonaro e Mauro cid
Foto: Divulgação
As investigações da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro tomaram um rumo surpreendente com a quebra de sigilo bancário do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. Os números revelados são estarrecedores, evidenciando uma movimentação financeira muito além do que se imaginava até então. Entre os anos de 2020 e 2022, Cid movimentou a impressionante quantia de R$ 8,4 milhões, levantando sérias questões sobre a compatibilidade com sua renda como servidor público federal.
De acordo com os documentos,  registros demonstram que, no período mencionado, foram depositados R$ 4,5 milhões em suas contas, enquanto saíram R$ 3,8 milhões. Essa cifra exorbitante contrasta fortemente com os rendimentos tributáveis declarados por Cid à Receita Federal, que totalizam uma média de R$ 318 mil anuais. Em outras palavras, o valor movimentado nas contas do oficial é cinco vezes superior ao que seria esperado com base em sua remuneração legal.
Além disso, os relatórios entregues à CPMI também apontam que Mauro Cid gerenciou outros R$ 2,3 milhões na qualidade de procurador das contas do ex-presidente Bolsonaro. O detalhamento das transações revela um pico de depósitos em fevereiro de 2020, totalizando R$ 119 mil naquele mês. No decorrer de três anos, as contas administradas por Cid na posição de procurador de Bolsonaro acumularam R$ 1,1 milhão em depósitos, contrastando com débitos no valor de R$ 1,2 milhão.
A documentação que embasa essas revelações é um relatório completo de movimentação financeira em contas correntes e de poupança. A análise minuciosa desse documento foi realizada pela Secretaria Especial de Receita Federal do Ministério da Fazenda, em resposta a um requerimento da relatora da CPMI do 8 de Janeiro, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA).
Essas descobertas geram uma nova onda de questionamentos e especulações sobre as relações entre o ex-ajudante de ordens e o ex-presidente Bolsonaro, bem como sobre a legalidade das movimentações financeiras em questão. A situação coloca os bolsonaristas, que inicialmente criaram a CPI para tentar ligar o Governo Lula ao vandalismo nos prédios dos três poderes, em uma posição delicada, já que suas próprias ações resultaram em uma reviravolta inesperada.
O desdobramento dessas informações promete impactar o cenário político de maneira significativa, à medida que a CPMI do 8 de Janeiro continua sua investigação. A repercussão das revelações financeiras de Mauro Cid poderá trazer novos desdobramentos para o panorama político nacional.
Jair Bolsonaro

Polêmica do PIX de Bolsonaro recebeu R$ 17,2 milhões em 6 meses

COAF investiga transações atípicas e revela destinação controversa das doações.

Jair Bolsonaro
Foto: Adriano Machado/ Reuters
O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) está investigando a conta do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após uma longa campanha de doações feitas por seus aliados. Segundo as informações do órgão, foram identificadas mais de 769 mil transações via Pix que totalizaram quase R$ 17,2 milhões entre 1º de janeiro até 4 de julho.
De acordo com o COAF, cerca de 93% do valor total movimentado por Jair Bolsonaro nesse período provém dessas transações atípicas, que foram possivelmente causadas pelas campanhas de doações ao ex-presidente. O objetivo declarado das doações era auxiliar Bolsonaro a pagar as multas que acumulou, incluindo punições por não usar máscara em locais obrigatórios.
A reportagem da CNN Brasil revelou que Bolsonaro possui sete dívidas ativas somente com o município de São Paulo, totalizando R$ 1.062.416,65 em multas.
Após alcançar o montante de R$ 17 milhões em arrecadação, Bolsonaro anunciou que possuía recursos suficientes para quitar suas multas e ainda sobrar dinheiro. No entanto, a polêmica surgiu quando veio à tona a informação de que o valor estava aplicado em renda fixa e que, até o momento, nenhuma multa havia sido paga com essa quantia.
Grupos críticos acusaram Bolsonaro de ter enganado aproximadamente 750 mil doadores ao insinuar que o dinheiro seria utilizado para o pagamento das multas imediatamente. Em defesa do ex-presidente, o ex-ministro da Secretaria de Comunicação, Fabio Wajngarten, afirmou que as doações via Pix foram voluntárias e que os valores das multas em questão estão sendo contestados.
A defesa de Bolsonaro alegou que os valores recebidos via Pix foram investidos para evitar a mistura dessas doações com sua receita pessoal. Segundo eles, quando o processo de contestação das multas for concluído, parte dos R$ 17 milhões arrecadados será destinada ao pagamento das multas e despesas legais.
Marcos do Val, Daniel Silveira e Bolsonaro

Bolsonaro e Marcos Do Val isolam Daniel Silveira e atribuem ao ex-deputado responsabilidade por reunião no Alvorada

Passados os depoimentos colhidos dos investigados e as perícias realizadas nos equipamentos apreendidos pelas autoridades, a investigação entrou agora na reta final

Marcos do Val, Daniel Silveira e Bolsonaro
Foto: CNN Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o senador Marcos Do Val (Podemos-ES) prestaram depoimento à Polícia Federal (PF) nos últimos dias e atribuíram ao ex-deputado Daniel Silveira a responsabilidade por idealizar a reunião que aconteceu em dezembro do ano passado, no Palácio da Alvorada.
O encontro é investigado pelas autoridades por supostamente ter tratado de uma trama golpista para mudar o resultado das eleições vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Bolsonaro afirmou aos investigadores da PF que recebeu um telefonema de Daniel Silveira pouco antes da reunião informando que o senador Marcos Do Val gostaria de falar com o então presidente. De acordo com Bolsonaro, quem solicitou o encontro foi Silveira.
O ex-presidente explicou que o ex-deputado lhe disse que Do Val gostaria de tratar sobre algum assunto referente ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, “sem nenhum outro detalhe ou conotação pessoal”.
Bolsonaro, no entanto, afirmou na sequência aos investigadores que os três não trataram na reunião de nenhum plano para gravar o ministro ou para a prática de ato antidemocrático. “Inclusive, nada foi falado sobre o ministro Alexandre de Moraes”, diz o depoimento do ex-presidente.
Marcos do Val prestou seu segundo depoimento à PF na quarta-feira (19) e contradisse a versão apresentada pelo ex-presidente, afirmando que a trama golpista para gravar Moraes foi, sim, tratada naquela reunião.
O senador reafirmou aos investigadores que a proposta de golpe foi apresentada na reunião de dezembro e que o tema foi introduzido na conversa por Daniel Silveira, que propôs a Do Val, diante de Bolsonaro, gravar Alexandre de Moraes com o objetivo de invalidar as eleições.
Apesar de contradizer o que o ex-presidente relatou em seu depoimento, Do Val blindou Bolsonaro após contar uma série de versões controversas ao longo dos últimos meses.
O senador afirmou que, na reunião, o então presidente apenas ouviu a proposta em silêncio e não se manifestou. A versão foi a mesma apresentada por Bolsonaro na semana passada.
Também contou aos investigadores ter ficado claro que Daniel Silveira estava tentando convencer tanto o senador quanto Bolsonaro para aderirem à trama golpista. “Que, pela expressão de surpresa do ex-presidente, acredita que apenas Daniel Silveira sabia do que seria tratado na reunião”, diz o depoimento do senador.
Em um outro momento do depoimento, Do Val blindou novamente Bolsonaro. O senador admitiu aos investigadores ter feito acusações infundadas contra o ex-presidente, atribuindo a ele participação na trama golpista devido à pressão que sofria de parte do eleitorado e às ameaças que sua filha passou a sofrer.
Passados os depoimentos colhidos dos investigados e as perícias realizadas nos equipamentos apreendidos pelas autoridades, a investigação entrou agora na reta final.
Nas próximas semanas, a Polícia Federal deve apresentar seu relatório final com as conclusões a respeito do caso ao STF e, na sequência, a Procuradoria-Geral da República deverá divulgar seu parecer final.

O que alega a defesa de Silveira

A defesa de Daniel Silveira limitou-se a dizer que não teve acesso, oficialmente, aos depoimentos, e que não foi comunicada da oitiva de seu cliente, que, segundo ela, ocorreu sem sua presença.
A defesa classificou a ausência dos advogados no depoimento como “gravíssima ilegalidade”. E afirmou vai se pronunciar somente após tomar conhecimento dos documentos.
O advogado Paulo Faria afirmou ainda que Marcos Do Val “não possui qualquer credibilidade” para acusar Daniel Silveira, “uma vez que já expeliu uma dezena de versões sobre o mesmo fato”.
Na avaliação da defesa de Silveira, tal atitude descredibiliza qualquer outra versão. O advogado diz que o senador procurou e insistiu ao ex-deputado que o levasse ao então presidente.
CNN Brasil

Gilmar Mendes manda reabrir investigação contra Bolsonaro

Ministro anulou o arquivamento do processo que investiga omissão do ex-presidente na pandemia

Foto: Felipe Sampaio/STF
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, anulou o arquivamento do processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, na segunda-feira (10). A ação investiga supostas omissões e irregularidades ocorridas no último governo durante a pandemia da Covid-19.
A Justiça Federal de Brasília havia decidido pelo arquivamento parcial do processo. O caso, que corre em sigilo, passa para a Procuradoria Geral da República (PGR) que irá reavaliar a investigação. Manifestações anteriores da PGR pediam pelo arquivamento da ação.
Além de Bolsonaro, as investigações estão analisando integrantes do antigo governo, como o ex-ministro da Saúde e atual deputado federal Eduardo Pazuello, a ex-secretária do Ministério da Saúde Mayra Pinheiro, o ex-secretário de Comunicação de Bolsonaro Fabio Wajngarten entre outras figuras próximas ao ex-presidente.
A CPI da Pandemia está relacionada com parte do inquérito. Em outubro de 2021, os senadores indiciaram 80 pessoas por delitos cometidos na pandemia, incluindo Bolsonaro e três dos seus filhos.
Atos Golpistas

PF cumpre 32 mandados de prisão em investigação sobre atos golpistas

Alvos são participantes ou financiadores das invasões de 8 de janeiro

Atos Golpistas
Foto: José Cruz – Agência Brasil
A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (17) a oitava fase da Operação Lesa Pátria, resultado das investigações policiais que buscam identificar pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram os atos antidemocráticos que resultaram na invasão e depredação do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e da sede do Supremo Tribunal Federal (STF), em 8 de janeiro.
Segundo a instituição, 32 mandados judiciais de prisão preventiva e 46 de busca e apreensão estão sendo cumpridos em dez estados: Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul; Rondônia e São Paulo.
A primeira fase da Operação Lesa Pátria aconteceu em 20 de janeiro deste ano, para investigar supostos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
Balanço
Tornada permanente, a ação da PF tinha resultado, até o último dia 7, quando foi deflagrada a sétima fase, no cumprimento de 29 mandados de prisão preventiva; três de prisão temporária e 109 de busca e apreensão.
Os números têm sido atualizados periodicamente e a PF deve divulgar, em breve, os dados mais recentes.
No total, já foram instaurados sete inquéritos para apurar os fatos e as responsabilidades: três específicos contra parlamentares que participaram dos atos, um contra financiadores, um contra autores intelectuais, um contra os executores materiais e outro contra as autoridades do Distrito Federal – o governador Ibaneis Rocha, que chegou a ser afastado do cargo; o ex-secretário de Segurança Pública Anderson Torres e o ex-comandante-geral da Polícia Militar, Fábio Vieira.
Além das prisões preventivas realizadas durante as diversas fases da Lesa Pátria, 2.151 pessoas suspeitas de participar dos atos já tinham sido presas entre os dias 8 e 9 de janeiro, no acampamento montado em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília.
Destas, 294 (86 mulheres e 208 homens) permanecem no sistema penitenciário do Distrito Federal. Os demais foram soltos por não representarem mais riscos à sociedade e às investigações.

Entenda

Depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito em segundo turno, no final de outubro, apoiadores do ex-presidente Bolsonaro demonstram inconformismo com o resultado do pleito e iniciaram uma série de acampamentos em frente a quartéis generais do país, pedindo golpe militar no país para depor o presidente eleito.
As manifestações culminaram com a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro.
Agência Brasil