Mirabilândia

Mirabilandia recusa custear despesas médicas de vítima de acidente em parque

Família busca transferência para hospital particular após parque se negar a cumprir acordo.

Mirabilândia
Foto: Paullo Allmeida/Folha de Pernambuco
O Mirabilandia, parque de diversões localizado em Olinda, está no centro de uma controvérsia após se recusar a arcar com as despesas médicas da internação de Dávine Muniz Cordeiro, de 34 anos, que ficou ferida em um acidente no parque no último dia 24 de setembro. A família da vítima alega que o acordo para a transferência da paciente para um hospital particular foi descumprido pelo parque, levando-os a acionar a Justiça em busca da transferência imediata.
De acordo com o primo da vítima, Ricardo Lima, a situação começou a se complicar quando o Mirabilandia se recusou a cumprir o acordo previamente estabelecido. “O Mirabilandia informou que, quando o quadro dela (Dávine) estivesse estável, eles arcariam com as despesas médicas da transferência para uma unidade particular. Isso foi na última sexta (29), então, ainda de manhã, entrei em contato com eles para saber se o acordo seguia de pé e eles disseram que sim. Depois disso, a nossa família se reuniu com a diretoria do Hospital São Marcos, que o parque indicou para a transferência, e resolvemos questões de logística, como ambulância e como gerir a transferência”, relatou Ricardo.
Contudo, a família alega que o parque voltou atrás em sua decisão. “Depois que tudo estava certo, já no fim da tarde da sexta, a diretoria do São Marcos entrou em contato com o Mirabilandia e eles deram para trás. Disseram que ela está sendo muito bem assistida no Hospital da Restauração e que não precisa de assistência privada. Eles (Mirabilandia) nem falaram com a gente. Foi tudo comunicado diretamente para a equipe do São Marcos. O parque disse que ela não precisava da transferência e que ela deveria acionar o plano de saúde dela”, completou Ricardo.
A família argumenta que o plano de saúde de Dávine está vinculado à empresa em que ela trabalha, o que significa que o Mirabilandia não arcaria com nenhuma despesa relacionada ao processo de transferência.
Ricardo Lima também destacou a importância da transferência para o tratamento de Dávine. Segundo ele, a paciente está em quadro estável desde a última sexta-feira, mas ainda enfrenta um estado de saúde grave. “Ela (Dávine) é uma paciente grave, mas que está estabilizada e, desde a última sexta, pode fazer uma transferência com segurança, que é muito importante nesse momento. O Hospital da Restauração é ótimo, mas em primeiro momento e, ao estabilizar o quadro, o ideal é fazer a remoção para uma unidade particular. Então, estamos à procura disso e dependendo deles (Mirabilandia)”, ressaltou.
Em resposta, o Mirabilandia negou as alegações da família e afirmou que está trabalhando para que a transferência aconteça com cobertura do plano de saúde de Dávine. A equipe do parque destacou que a decisão sobre a transferência cabe à família e ao gestor hospitalar representando a família, no caso, Ricardo Lima. Além disso, o parque afirmou que está fornecendo suporte financeiro, logístico, médico e psicológico à vítima.
No entanto, a família alega que o Hospital da Restauração já autorizou a transferência de Dávine para uma unidade particular e que o Mirabilandia já estava ciente do quadro de estabilidade da vítima, mas não cumpriu o acordo previamente estabelecido.
A situação agora está sob análise judicial, e o Mirabilandia informou que tudo será discutido e tratado por via judicial, dentro do prazo legal. Enquanto isso, a família de Dávine busca garantir a transferência para um hospital particular visando à recuperação da vítima.
Mirabilandia

Engenheiro nega desgaste em correntes de brinquedo onde mulher foi arremessada no Mirabilandia

Responsável pela atração alega que falha nas correntes foi possivelmente causada por defeito de fabricação

Mirabilandia
Foto: Divulgação
O engenheiro responsável pelo parque de diversões Mirabilandia, onde a professora de inglês Dávine Muniz Cordeiro foi arremessada de um brinquedo que girava no ar, prestou depoimento à polícia nesta terça-feira (26). Após o interrogatório, Ely Gomes dos Santos negou que houvesse desgaste nas quatro correntes que sustentavam o balanço e se romperam durante o acidente.
De acordo com o engenheiro, uma falha em uma corrente geralmente ocorre devido à fadiga, carga excessiva ou defeito de fabricação. Ele enfatizou que provavelmente foi um defeito de fabricação que causou o acidente, mas ressaltou que testes e ensaios adicionais são necessários para determinar a causa definitiva. 
O depoimento de Ely Gomes dos Santos, que presta consultoria ao Mirabilandia há uma década, teve duração superior a três horas e foi realizado na Delegacia do Varadouro, em Olinda, onde o caso está sob investigação do delegado Rodrigo Leite.
O engenheiro explicou que o brinquedo foi produzido por uma fábrica italiana e afirmou que o peso da vítima não contribuiu para a queda do balanço. Segundo ele, as correntes foram substituídas em 2020, quando parte delas era de aço carbono, material mais suscetível à corrosão em áreas litorâneas. Gomes ainda esclareceu que as novas correntes são de aço inoxidável, que oferece maior resistência à salinidade do mar.
Uma perícia complementar no parque de diversões está programada para quarta-feira (27) como parte das investigações em curso sobre o incidente no Mirabilandia.

Amiga de vítima em acidente no Mirabilandia afirma que brinquedo não foi travado pelo operador

Operador não ofereceu suporte para travar balanços que podem subir até 12 metros de altura, segundo Lorrayne Ferreira

Foto: Reprodução/ G1
Dávine Muniz Cordeiro, a mulher gravemente ferida no acidente ocorrido no parque de diversões Mirabilandia, em Olinda, segue internada no Hospital da Restauração, no Recife. Enquanto ela luta por sua recuperação, sua amiga, Lorrayne Ferreira, que estava com ela no momento do incidente, prestou um depoimento esclarecedor na segunda-feira (25) na Delegacia do Varadouro, em Olinda.
De acordo com Lorrayne, que também é professora de inglês, não houve qualquer sinal de deterioração no equipamento minutos antes do acidente. Ela afirmou que as duas foram as últimas a subir no brinquedo e que o operador não ofereceu suporte adequado para travar os balanços, que podem atingir até 12 metros de altura.
“Nós fomos as duas últimas pessoas a subir nesse brinquedo. O operador sequer veio travar o brinquedo. Quem travou fomos eu e ela [Dávine]. Eu ensinei para ela como travava. E ela travou o dela. Ele [o operador] olhou de longe. Ele sequer veio verificar, de perto, se tinha travado certo. Simplesmente, foi para a cabine e deu início [às voltas]”, declarou Lorrayne.
O Mirabilandia, por meio de uma nota oficial, respondeu às acusações, afirmando que “como padrão, a trava desse brinquedo bloqueia totalmente com o simples movimento de fechar”. Além disso, o parque destacou que o acidente não resultou no arremesso da usuária de forma livre, e ela não se desprendeu da cadeirinha.
O advogado Ernesto Cavalcanti, representante do parque Mirabilandia, anunciou que o engenheiro responsável pelo parque prestará depoimento nesta terça-feira (26) para fornecer esclarecimentos adicionais sobre o incidente.
O acidente no Mirabilandia levou à interdição temporária do parque de diversões, enquanto as investigações sobre o ocorrido estão em andamento. A condição de Dávine Muniz Cordeiro permanece crítica.
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Professora arremessada no Mirabilandia segue em estado grave, com negociações para transferência

Família busca transferência para hospital particular com neurologistas 24 horas após série de cirurgias.

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Foto: Reprodução
A professora Dávine Muniz Cordeiro, de 34 anos, permanece em estado grave, porém clinicamente estável, após o incidente no parque de diversões Mirabilandia, em Olinda, no Grande Recife. Ela está internada no Hospital da Restauração (HR), no Derby, Centro do Recife, onde se encontra em coma induzido e necessita de ventilação mecânica para respirar.
A família de Dávine e seu tio, Ricardo Lima, estão empenhados em negociar sua transferência para um hospital particular com neurologistas disponíveis 24 horas. Lima expressou sua preocupação com a capacidade de resposta em caso de intercorrências, destacando a importância do tempo de reação médica: “Caso haja alguma intercorrência com a paciente, com o profissional no hospital, o tempo de resposta será diferente do hospital que só tem um neurocirurgião sob aviso. O tempo que o neurocirurgião chegue ao hospital pode ser tarde demais”, disse.
A professora passou por uma série de cirurgias desde o acidente, incluindo procedimentos no braço, intervenção com médico bucomaxilofacial, descompressão da cabeça e drenagem de coágulos. Além disso, no domingo (24), foi submetida a uma cirurgia para a colocação de um PIC (Pressão Intracraniana) no crânio, um dispositivo que monitora a temperatura e pressão craniana.
Os ferimentos de Dávine são graves e abrangem fraturas externas e internas nos braços, fratura na face, lesão no pulmão esquerdo, traumatismo craniano, hemorragia interna no cérebro, fratura exposta no antebraço esquerdo e contusão pulmonar.
Enquanto aguardam uma atualização do boletim médico, a família e suas advogadas continuam a buscar meios para a transferência da professora para uma unidade hospitalar particular, visando garantir o acompanhamento especializado necessário para sua recuperação.
Parque de Diversões Mirabilandia, localizado em Olinda

Procon-PE interdita Mirabilandia após incidente com visitante que está em estado grave

Visitante sofre traumatismo craniano grave após acidente em uma das atrações do parque.

Parque de Diversões Mirabilandia, localizado em Olinda
Foto: Divulgação
Na tarde desta sexta-feira, 22 de setembro, o Parque de Diversões Mirabilandia, localizado em Olinda, na Avenida Professor Andrade Bezerra, foi interditado pelo Procon-PE após um incidente grave envolvendo um dos visitantes. Uma mulher foi arremessada de uma das atrações do parque, resultando em traumatismo craniano grave e outros ferimentos.
A medida foi tomada para garantir a segurança dos frequentadores do parque, e o estabelecimento agora tem um prazo de cinco dias para apresentar toda a documentação necessária às autoridades competentes. O objetivo é assegurar que todas as medidas de segurança estejam em conformidade com as regulamentações vigentes.
A visitante ferida foi prontamente atendida por equipes médicas no local e, posteriormente, encaminhada para um hospital da região. A gravidade dos ferimentos exigiu uma atenção médica especializada, o que reforça a necessidade de rigor nas investigações e na inspeção de todas as atrações do parque.
O Mirabilandia terá que apresentar um relatório completo contendo informações detalhadas sobre a manutenção periódica de todos os brinquedos instalados no parque, cópias das Anotações de Responsabilidade Técnica (ART) de cada atração, cópia do Atestado de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) válido do parque e, também, a licença de funcionamento emitida pelos órgãos competentes.
A interdição do parque permanecerá em vigor até que toda a documentação exigida seja devidamente apresentada e verificada pelas autoridades responsáveis. O Procon-PE enfatiza a importância da segurança dos visitantes e reforça seu compromisso em garantir que estabelecimentos comerciais cumpram rigorosamente as normas estabelecidas para evitar incidentes como o ocorrido hoje.
O Mirabilandia ainda não se pronunciou oficialmente sobre o incidente, mas espera-se que a empresa colabore plenamente com as autoridades e tome todas as medidas necessárias para garantir a segurança de seus visitantes, prevenindo futuros acidentes.