Mirabilandia

Professora arremessada no Mirabilandia segue em estado grave, com negociações para transferência

Família busca transferência para hospital particular com neurologistas 24 horas após série de cirurgias.

Mirabilandia
Foto: Reprodução
A professora Dávine Muniz Cordeiro, de 34 anos, permanece em estado grave, porém clinicamente estável, após o incidente no parque de diversões Mirabilandia, em Olinda, no Grande Recife. Ela está internada no Hospital da Restauração (HR), no Derby, Centro do Recife, onde se encontra em coma induzido e necessita de ventilação mecânica para respirar.
A família de Dávine e seu tio, Ricardo Lima, estão empenhados em negociar sua transferência para um hospital particular com neurologistas disponíveis 24 horas. Lima expressou sua preocupação com a capacidade de resposta em caso de intercorrências, destacando a importância do tempo de reação médica: “Caso haja alguma intercorrência com a paciente, com o profissional no hospital, o tempo de resposta será diferente do hospital que só tem um neurocirurgião sob aviso. O tempo que o neurocirurgião chegue ao hospital pode ser tarde demais”, disse.
A professora passou por uma série de cirurgias desde o acidente, incluindo procedimentos no braço, intervenção com médico bucomaxilofacial, descompressão da cabeça e drenagem de coágulos. Além disso, no domingo (24), foi submetida a uma cirurgia para a colocação de um PIC (Pressão Intracraniana) no crânio, um dispositivo que monitora a temperatura e pressão craniana.
Os ferimentos de Dávine são graves e abrangem fraturas externas e internas nos braços, fratura na face, lesão no pulmão esquerdo, traumatismo craniano, hemorragia interna no cérebro, fratura exposta no antebraço esquerdo e contusão pulmonar.
Enquanto aguardam uma atualização do boletim médico, a família e suas advogadas continuam a buscar meios para a transferência da professora para uma unidade hospitalar particular, visando garantir o acompanhamento especializado necessário para sua recuperação.

A cada 4 horas uma mulher é vítima de violência no Brasil

 Dados são da Rede de Observatórios da Segurança

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A cada 4 horas uma mulher é vítima de violência no Brasil. Em 2022, foram mais de 2.400 casos registrados, sendo que quase 500 foram feminicídios, ou seja, a cada dia ao menos uma mulher morreu apenas por ser mulher. Os dados são da Rede de Observatórios da Segurança.
Formas de salvar as vidas e de acolher essas mulheres estão sendo debatidas nesta segunda-feira (17) e terça-feira (18) no 1° Encontro Nacional das Casas da Mulher Brasileira, em Brasília.
A Casa presta atendimento humanizado e integrado às mulheres vítimas de violência. São oferecidos, por exemplo, serviços de acolhimento e triagem; apoio psicossocial; delegacia; acesso à Justiça, ao Ministério Público e à Defensoria Pública.
No encontro são trocadas experiências sobre o trabalho realizado na Casa da Mulher e também atualizadas as diretrizes e protocolos de atendimento.
“Para que não tenhamos cada local com uma casa isolada, sozinha, nós precisamos ter uma linha de atendimento, uma linha da qualidade, da efetividade do resultado, enquanto uma política nacional que vai dar conta de respaldar a vida das mulheres e garantir segurança no atendimento”, explicou a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves.
“Estamos falando de mulheres indígenas, negras, de periferia, quilombolas e ribeirinhas que estão em todos os lugares onde a violência também está muito presente. Então é muito importante essa adequação, esse olhar especial para essa diversidade. Não podemos mais pensar em uma casa com atendimento de forma padronizada”, disse a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara sobre a importância do acolhimento diferenciado.
O governo federal anunciou em março a construção de 40 novas Casas da Mulher. Na Bahia, serão quatro, com investimento de R$ 47 milhões, nas cidades de Feira de Santana, Itabuna, Irecê e Salvador, com previsão de serem inauguradas em outubro.
Já na Paraíba, serão construídas outras duas, uma em João Pessoa e outra em Patos, com investimentos de R$ 30 milhões.
As sete unidades em funcionamento estão localizadas em Campo Grande, Curitiba, Fortaleza, São Paulo, Boa Vista, São Luís e na cidade de Ceilândia, no Distrito Federal. 

Agência Brasil