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Mercado reduz previsão da Selic para 11,75% ao final de 2023

Números da taxa de juros básico e da inflação foram divulgados no Boletim Focus desta segunda (7)

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Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil

Na semana passada o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu, pela primeira vez em três anos, a taxa de juros básica do País, a Selic, para 13,25% ao ano. A antiga estimativa dos economistas consultados pelo Banco Central (BC) era que no final deste ano a taxa diminuísse para 12%, agora o mercado financeiro acredita que o número deve cair para 11,75%.
A mudança na expectativa foi divulgada nesta segunda-feira (7) pelo Boletim Focus, do BC. Além da previsão para 2023, o relatório alterou os números esperados para 2024, saindo de 9,25% para 9%, e de 2025, de 8,75% para 8,50%. Amanhã, deve ser liberado a ata da reunião que determinou o corte na Selic.
Contudo, o Focus manteve a previsão da inflação para 2023, que está em 4,84%. Já para o próximo ano, a estimativa caiu de 3,89% para 3,88%, mas o número para 2025 e 2026 continuam em 3,5%.
A Selic serve como referência para as outras taxas de juros do Brasil, como as cobradas no cálculo de financiamentos, consórcios, empréstimos e outros produtos bancários. Além disso, ela é responsável por regular a inflação, influenciando a política monetária.
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Taxa básica de juros teve a primeira redução de 0,5 pontos porcentuais, primeira queda em três anos

Desde 2020, o Copom não reduzia a Selic, que ficou estagnada em 13,75% por um ano

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Foto: Reprodução

O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), decidiu reduzir a taxa de juros básica do Brasil depois de três ano. Desde 2022, a Selic estava em 13,75% ao ano, com o corte a taxa passa para 13,25%.
Já era esperada uma redução, porém a dúvida sobre a porcentagem. A votação do Copom para diminuir em 0,5 pontos porcentuais a Selic foi acirrada, com 5 votos a favor e 4 contras. Os membros que discordaram queriam um corte de 0,25. A queda da inflação foi principal responsável pela decisão do Copom de cortar os juros.
“O Comitê avalia que a melhora do quadro inflacionário, refletindo em parte os impactos defasados da política monetária, aliada à queda das expectativas de inflação para prazos mais longos, após decisão recente do Conselho Monetário Nacional sobre a meta para a inflação, permitiram acumular a confiança necessária para iniciar um ciclo gradual de flexibilização monetária”, justificou o Copom em nota.
O BC informou que a expectativa é de nova redução nas próximas reuniões. Entretanto, o comitê disse que o ambiente econômico ” mostra-se incerto, com alguma desinflação sendo observada na margem, mas em um ambiente marcado por núcleos de inflação ainda elevados e resiliência nos mercados de trabalho de diversos países”.
O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que esperava por uma redução menor, de 0,75 ponto percentual. O Governo Lula tem pressionado o BC desde o início da gestão para o presidente do banco, Campos Neto, diminuir a Selic.
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Projeção da Selic continua em 12%, mas estimativa de inflação é reduzida, de acordo com o Mercado

A expectativa é que os próximos anos também sejam de baixa 

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Foto: Reprodução

O Boletim Focus, realizado pelo Banco Central (BC), dessa semana entrevistou economistas sobre a previsão da Selic, taxa de juros básica do país, para o fim deste ano que foi novamente estimada em 12%. Já a inflação teve uma redução da expectativa comparada a semana passada, saindo de 4,9% para 4,83%.
Na terça e quarta-feira, dia 1 e 2 de agosto, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reuni para definir a Selic. A previsão dos economistas é que finalmente aconteça a diminuição da taxa, que está em 13,75% desde o ano passado.
O mercado analisa que a redução porcentual até o final desse ano seja de 1,75, mas que na próxima reunião já haja uma diminuição de 0,5. Para os próximos anos, todas as projeções foram reduzidas: em 2024, de 9,50% para 9,25%; em 2025, de 9% para 8,75%; e em 2026, de 8,63% para 8,50%.
A previsão para a inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), segue a mesma linha da taxa de juros, estimando-se queda de 0,01% para 2024 e manutenção de 3,5% para 2025 e 2026.

Em Portugal, Lula reforça crítica ao atual nível da taxa Selic

Presidente participou do Fórum Empresarial Portugal-Brasil

Foto: Ricardo Stuckert
Em viagem em Portugal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou a crítica ao atual nível da taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,75% ao ano, pelo Comitê de Política Monetária (Copom), pelo Banco Central (BC).
“Nós temos um problema no Brasil, primeiro-ministro, que Portugal não sei se tem. É que a nossa taxa de juros é muito alta. No Brasil, a taxa Selic, que é a referencial, está em 13,75%. Ninguém toma dinheiro emprestado a 13,75%, ninguém. E não existe dinheiro mais barato”, disse nesta segunda-feira (24), no Fórum Empresarial Portugal-Brasil: Parcerias para a Inovação, em Matosinhos, no país europeu.
A taxa básica está no maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava em 13,75% ao ano. Em março, pela quinta vez seguida, o BC não mexeu na taxa, que permanece nesse nível desde agosto do ano passado.
Agência Brasil