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Lula fala que novo PGR será o melhor ‘para interesse do Brasil’ e não ‘amigo’ do presidente

O presidente ainda comentou sobre assumir uma postura mais cuidadosa na escolha

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Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Nesta terça-feira (1), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, durante a transmissão semanal do “Conversa com o Presidente”, que o novo procurador-geral da República vai ser alguém que tenha como principal interesse o Brasil.
“Não quero escolher alguém que seja amigo do Lula. Eu quero escolher alguém que seja amigo desse país, alguém que goste do Brasil, alguém que não faça denuncia falsa”, afirmou. Lula ainda disse que a escolha do próximo procurador é “problema dele”.
A última parte da fala do presidente foi tida como uma crítica ao atual procurador Augusto Aras. O PGR esteve envolvido na operação Lava Jato, junto com o Ministério Público Federal (MPF), no qual Lula afirma ter perdido a confiança, e o Judiciário, que levou a prisão de Lula em 2018.
“Depois com essa quadrilha que esse [Deltan] Dallagnol montou, eu perdi muita confiança [no MP]. É um bando aloprados que achavam que podiam tomar o poder. Estavam atacando todo mundo ao mesmo tempo. Eles fizeram a sociedade refém durante muito tempo”, criticou o presidente.
O petista também comentou sobre os critérios de escolha que serão diferentes do tradicional, pois não vai seguir a lista tríplice realizada, normalmente, pelo MPF e enviada ao Planalto. “Vou escolher com mais critério, com mais pente fino para não cometer um erro”, informou o presidente.
Antes de definir o (a) sucessor (a) do cargo, Lula vai pensar esse tema com calma e consultar várias pessoas. “Vou discutir se é homem, se é mulher, se é preto, se é branco, tudo isso é um problema meu, que tá dentro da minha cabeça. E quando eu tiver um nome, eu indico, simples assim”.
Bolsonaro

PGR muda pedido e agora quer saber se denunciados pelo 8 de janeiro seguem Bolsonaro

Órgão havia solicitado lista com todos os seguidores do ex-presidente nas redes sociais

Bolsonaro
Foto: Adriano Machado

A Procuradoria-Geral da República (PGR) mudou o pedido de informações sobre os seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas redes sociais.
Agora, o órgão solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que as plataformas digitais informem se 244 pessoas denunciadas por participação nos atos criminosos de 8 de janeiro são seguidores do ex-presidente ou deixaram de ser.
A solicitação é assinada pelo Subprocurador-Geral da República Carlos Frederico Santos, responsável pelas investigações dos atos de 8 de janeiro. A decisão cabe ao ministro Alexandre de Moraes, relator dos inquéritos sobre os ataques.
Antes, em 17 de julho, a PGR havia pedido ao STF que as plataformas enviassem uma lista completa com os nomes e dados de identificação dos seguidores de Bolsonaro nas redes sociais. O fato teve ampla repercussão negativa, e a defesa do ex-presidente chamou a solicitação de “patrulhamento ideológico”.
Em nota de esclarecimento, divulgada em 18 de julho, o Ministério Público Federal (MPF) disse que o pedido de acesso a informações dos seguidores de Bolsonaro tinha o “objetivo de subsidiar apurações sobre atos antidemocráticos” e que essas pessoas não seriam investigadas e nem teriam seus dados expostos.
Agora, a PGR pediu que Moraes desconsidere esse pedido. Carlos Frederico citou “o expressivo volume de dados decorrente do número de seguidores em redes sociais de Jair Messias Bolsonaro – estimado entre 15 e 30 milhões de pessoas”, o que, segundo ele, demandaria “tempo e esforços, o que, neste momento, poderá comprometer a capacidade operacional de levantamento, de forma célere, dos dados solicitados, além do risco de comprometer o fluxo seguro para a transmissão das informações”.
Para o subprocurador, a reformulação do pedido visa ao interesse público, “paz social” e considera a “eficiência e celeridade” no andamento das investigações.
No pedido reformulado, a PGR apresenta uma lista com 244 pessoas denunciadas por suposta participação nos atos de 8 de janeiro.
Se o requerimento for aprovado, as plataformas deverão informar se os denunciados: 
Eram ou são seguidores de Jair Bolsonaro, “e caso não mais sejam qual data deixaram de segui-lo”;
Repostaram as postagens realizadas por Jair Bolsonaro que acaso tenham como temas fraude em eleição, urnas eletrônicas, Tribunal Superior Eleitoral, Supremo Tribunal Federal, Forças Armadas, Intervenção Militar e vídeos ou fotos relacionadas a referidos temas.
A reformulação do pedido diz respeito apenas a este item da lista de seguidores. Os demais, seguem de pé: O órgão requer, por exemplo, que as big techs enviem a “integralidade das postagens” de Bolsonaro sobre “eleições, urnas eletrônicas, Tribunal Superior Eleitoral, Supremo Tribunal Federal, Forças Armadas e fotos e/ou vídeos com essas temáticas”.
Sobre as publicações, a PGR quer que as empresas informem quantidades de visualizações, curtidas, compartilhamentos, comentários e “demais métricas aferíveis”.
As solicitações de informação foram feitas em inquérito no STF que apura os incitadores dos atos de 8 de janeiro.
Bolsonaro foi incluído no inquérito por ordem de Moraes e também a pedido da PGR. O ex-presidente passou a figurar na investigação por causa de uma publicação feita em seu perfil no Facebook em 10 de janeiro.
Na ocasião, ele postou uma desinformação em que contestava o resultado eleitoral e dizia que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não teria sido eleito pelo povo, o que foi apagado horas depois.
O pedido para incluir o ex-chefe de Estado na investigação partiu de representação assinada por integrantes do Ministério Público Federal (MPF). O documento sugere que, ao fazer a publicação questionando a regularidade das eleições, ele teria feito incitação pública à prática de crime.
A PGR argumentou na ocasião que a conduta do ex-presidente deveria ser investigada, mesmo tendo sido feita depois do dia dos atos de 8 de janeiro.
Pelo caso, Jair Bolsonaro prestou depoimento à Polícia Federal (PF) em 26 de abril. Aos investigadores, ele disse que fez a postagem por erro, e que não tinha interesse em publicar o material.
Segundo a PGR, os dados solicitados visam à “obtenção de dados concretos” para “fundamentar uma análise objetiva do alcance das mensagens, vídeos e outras manifestações publicadas pelo ex-presidente da República nas redes sociais”.
“Não se pode perder de vista que o vídeo fora veiculado após os atos violentos executados no dia 08 de janeiro de 2023. Por corolário, não poderia incitar a prática dos crimes contra o Estado Democrático de Direito deflagrados anteriormente à publicação”, afirmou Carlos Frederico Santos.
CNN Brasil
Bolsonaro

PGR solicita dados das redes sociais sobre as publicações de Bolsonaro contra o processo eleitoral

O documento ainda pede informações sobre os seguidores do ex-presidente

Bolsonaro
Foto: Sérgio Lima/Poder 360
A Procuradoria-Geral da República (PGR) entrou com um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF), na segunda-feira (17), para ter acesso a dados de publicações feitas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas redes sociais.
A PGR solicitou “a integralidade das postagens referentes a eleições, urnas eletrônicas, Tribunal Superior Eleitoral, Supremo Tribunal Federal, Forças Armadas”. O órgão também quer informações dos seguidores do ex-presidente no Facebook, Twitter, Instagram, YouTube, TikTok, LinkedIn ou qualquer outra rede social usada por Bolsonaro.
Outra solicitação foi referente as “métricas aferíveis” das plataformas, como curtidas, número de visualizações, compartilhamentos, comentários e repostagens.
O subprocurador-geral da República, Carlos Frederico Santos, foi quem assinou o documento, em nome do “Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos”, durante investigações do 8 de janeiro.
Bolsonaro foi incluído no inquérito do caso, de relatoria do presidente do STF, Alexandre de Moraes, por conta de postagens que questionam a segurança das urnas eletrônicas, em janeiro deste ano.

PGR denuncia mais 150 investigados por atos antidemocráticos

Dos novos acusados, 134 são identificados como incitadores dos crimes

Foto: Marcelo Camargo
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou hoje (20) ao Supremo Tribunal Federal (STF) mais 150 acusados de participarem dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. A nova denúncia envolve 16 acusados de atuarem como executores e 134 identificados como incitadores dos crimes. Até o momento, 1.187 pessoas foram denunciadas pelos atos.
De acordo com a PGR, os 16 acusados foram presos em flagrante dentro do Palácio do Planalto no dia dos atos golpistas e estão em liberdade. Eles tiveram a prisão substituída por medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica e proibição de manter contato com outros investigados. O grupo é acusado dos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
O grupo de 134 denunciados foi preso no quartel do Exército e posteriormente solto sob condição de cumprimento de medidas cautelares. Neste caso, eles são acusados de incitação de animosidade das Forças Armadas contra os Poderes Constitucionais e associação criminosa.
De acordo com o balanço divulgado na semana passada pelo STF, dos 1,4 mil presos pelos ataques, 294 (86 mulheres e 208 homens) permanecem no sistema penitenciário do Distrito Federal. Os demais foram soltos por não representarem mais riscos à sociedade e às investigações.
Agência Brasil
Nikolas

Moraes pede à PGR manifestação sobre suspensão das redes de Nikolas

Parlamentares acusam o deputado federal de transfobia.

Nikolas
Foto: Pablo Valadares
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes pediu hoje (20) a manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre o pedido da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) para suspender as redes sociais do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).
A parlamentar pediu a suspensão de acesso após discurso do deputado no Dia Internacional da Mulher, quando Nikolas vestiu uma peruca amarela e disse que “se sentia uma mulher” e afirmou ainda que “as mulheres estão perdendo seu espaço para homens que se sentem mulheres”. Para a comunidade LGBTQIA+, o parlamentar cometeu crime de transfobia no discurso.
“Abra-se vista dos autos à Procuradoria-Geral da República, para manifestação quanto ao requerimento apresentado pela deputada federal Érika Hilton, para imposição de medidas cautelares em desfavor do deputado federal Nikolas Ferreira no prazo de 5 cinco dias”, despachou Moraes.
Após o episódio, pelas redes sociais, Nikolas Ferreira negou qualquer ofensa. “Defendi o direito das mulheres de não perderem seu espaço nos esportes para trans – visto a diferença biológica – e de não ter um homem no banheiro feminino. Não há transfobia em minha fala. Elucidei o exemplo com uma peruca. O que passar disso é histeria e narrativa”, afirmou.
Agência Brasil