TSE

TSE multa Google por descumprir decisão sobre dados de anúncios de Lula e Bolsonaro

Bolsonaro acusa o presidente Lula de propaganda “irregular” durante eleições de 2022

TSE
Foto: Pierre Philippe/AFP e Cristiano Mariz/O Globo
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) multou, na terça-feira (18), o Google em R$ 60 mil por descumprir parcialmente decisão solicitando informações sobre as propagandas eleitorais de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022.
A determinação partiu do ministro Benedito Gonçalves. O pedido do Tribunal teve como objetivo o compartilhamento de dados da plataforma para investigar uma ação movida pelo Bolsonaro contra Lula, em fevereiro deste ano, que alega propaganda “irregular” por parte do presidente.
A defesa do ex-presidente afirma que a campanha petista usou propagandas patrocinadas pelo Google para influenciar o algoritmo de busca dos eleitores, o que confira uso indevido dos meios de comunicação e abuso de poder. Caso o TSE encontre irregularidades, Lula pode ficar inelegível. A defesa de Lula nega as acusações.
O ministro solicitou a ampliação das informações que devem ser entregues, passando a investigar também as atividades de Bolsonaro. O órgão enviou cinco questionamentos ao Google, que respondeu apenas dois, questionando a pressa em enviar as informações.
“Não assiste à Google Brasil Ltda., a pretexto de aguardar a análise dos embargos opostos pelas partes, a prerrogativa de suspender o cumprimento da diligência que lhe foi ordenada”, contestou Gonçalves. A valor da multa foi decidido considerando “o descumprimento parcial” e o “o tempo decorrido”.
O Google passa a pagar uma multa diária de R$ 50 mil até que seja feito o compartilhamento das informações.

Lula defende regulamentação de plataformas digitais

Presidente participou da reunião com lideranças internacionais na Bélgica

Foto: Reprodução/YouTube

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a regulamentação das plataformas digitais, durante discurso na cerimônia de abertura da cúpula entre a Comunidade dos Estados Latino-americanos e do Caribe (Celac) e a União Europeu, que aconteceu na segunda-feira (17), em Bruxelas, na Bélgica.
“É urgente regulamentarmos o uso das plataformas para combater ilícitos cibernéticos e a desinformação”, declarou o presidente, reforçando em seguida: “O que é crime na vida real deve ser crime no mundo digital”.
A postura de Lula sobre as plataformas online se estendeu para a precarização de trabalhadores de aplicativo, como os entregadores do IFood e os motorista da Uber, “Aplicativos e plataformas não podem simplesmente abolir as leis trabalhistas pelas quais tanto lutamos. A precarização do trabalho precisa ser revertida”.
O presidente entende que a regulação das mudanças trazidas com as novas tecnologias deve ser feita em ação conjunta de vários países, mas também citou os pontos positivos: “Populações antes isoladas têm agora a oportunidade de se conectar, de produzir conteúdo, de oferecer e consumir serviços”.
No Brasil, existe um Projeto de Lei (PL), conhecido como PL da fake news, que trata da adição de medidas legais para combater a disseminação de notícias falsa, porém o texto foi retirado de votação da Câmara dos Deputados, após decisão do relator. O projeto também discutiu sobre a regulamentação das redes sociais no País, o que dividiu a opinião pública.
Em locais como o Canada e a Europa, a discussão sobre o assunto estão mais avançadas e inclusive contam com legislação específicas sobre regulação da internet.
Lula e Macron

Lula e Macron reúnem governo e oposição da Venezuela na UE

Autoridades venezuelanas teriam concordado em uma saída política negociada para a crise política no país que envolva a realização de eleições transparentes e observáveis pela comunidade internacional

Lula e Macron
Foto: Ricardo Sturckert/PR

Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e da França, Emmanuel Macron, reuniram-se nesta segunda-feira com a vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, e Gerardo Blyde, um dos principais líderes da oposição no país para debater a realização de eleições venezuelanas e o fim de sanções internacionais ao país sul-americano.
Participaram também do encontro o presidente da Argentina, Alberto Fernández, e da Colômbia, Gustavo Petro.
Segundo relatos de fontes do Palácio do Planalto e do Itamaraty a CNN, os dois assuntos permearam a mesa de debates.
As autoridades venezuelanas teriam concordado em uma saída política negociada para a crise política no país que envolva a realização de eleições transparentes e observáveis pela comunidade internacional com um calendário pré-estabelecido, uma demanda da oposição venezuelana.
Por outro lado, a vice-presidente do país teria reivindicado o fim das sanções internacionais ao país, provenientes principalmente dos Estados Unidos.
O encontro foi considerado por diplomatas brasileiros como uma demonstração de que a estratégia do governo de não isolar a ditadura venezuelana é correta na medida em que consegue mediar uma solução negociada.
CNN Brasil
Lula e Ursula

Acordo entre UE e Mercosul pode sair em 2023, diz presidente Lula

Lula e Ursula dizem que relações ajudam blocos a lidar com desafios

Lula e Ursula
Foto: Ricardo Stuckert

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidenta da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disseram, nesta segunda-feira (17), que a aproximação entre União Europeia (UE), Mercosul e países caribenhos será fundamental para lidar com os “grandes desafios do nosso tempo”.
Segundo a líder da comissão europeia, esses desafios ficaram mais evidentes após a pandemia, a guerra entre Rússia e Ucrânia e, em especial, à constatação cada vez mais evidente do quão “monumental” é o desafio com relação às mudanças climáticas. Encontro não ocorria há oito anos.
“Por isso dou boas vindas e saúdo o ressurgimento do Brasil como grande ator no cenário global. Isso vem em boa hora e já tem um bom impacto positivo para a parceria estratégica entre nossas duas regiões”, disse a presidenta da Comissão Europeia.

Aproximação

Durante o encontro com Ursula, o presidente brasileiro disse ter a esperança de concluir um acordo entre os blocos ainda em 2023. A líder europeia destacou que a aproximação entre os blocos ajudará a Europa a diversificar suas cadeias de abastecimentos. A preocupação da União Europeia é diminuir as dependências que tem com relação à Rússia e a China.
“Queremos trabalhar de mãos dadas com vocês para lidar com os grandes desafios do nosso tempo. Queremos discutir como conectar mais nossos povos e empresas; reduzir riscos; como reforçar e diversificar cadeias de abastecimentos; e como modernizar nossas economias, de uma forma que reduza as desigualdades e beneficie a todos. Tudo isso é possível se conseguirmos concluir o acordo UE-Mercosul. Nossa ambição é resolver qualquer diferença que existe, o quanto antes”, discursou a presidenta da Comissão Europeia.
Lula chegou no domingo (16) a Bruxelas, na Bélgica para participar, nestas segunda e terça-feiras (dias 17 e 18), da Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e da União Europeia. O encontro reúne cerca de 60 líderes estrangeiros dos países componentes dos blocos.
Durante o encontro com Ursula, o presidente brasileiro lembrou que a União Europeia é o segundo maior parceiro comercial do Brasil, e que o comércio entre o país e o bloco poderá ultrapassar, em 2023, a marca de US$ 100 bilhões.

Acordo equilibrado

“Um acordo entre Mercosul e União Europeia equilibrado, que pretendemos concluir ainda este ano, abrirá novos horizontes. Queremos um acordo que preserve a capacidade das partes de responder aos desafios presentes e futuros”, disse Lula.
O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, também tem manifestado expectativa de os blocos concluírem um acordo comercial ainda no segundo semestre de 2023.
Lula explicou que o crescimento dos países sul-americanos e caribenhos só ocorrerá se for pensado de forma sustentável e regionalmente integrada. Ele lembrou que na última reunião de líderes sul-americanos, em maio, foi proposta uma atualização da carteira de projetos do Conselho Sul-Americano de Infraestrutura e Planejamento, reforçando a multimodalidade e priorizando os projetos de alto impacto para a integração física e digital.
“Ao construir o corredor bioceânico, que liga o centro-oeste brasileiro aos portos do norte do Chile, reduzimos o custo de nossas exportações para os mercados asiáticos e geramos emprego e renda para o interior do nosso continente”, disse o presidente.

Compras governamentais

Segundo Lula, as compras governamentais são um “instrumento vital para articular investimentos em infraestrutura e sustentar nossa política industrial”, acrescentou ao lembrar que tanto Estados Unidos (EUA) como União Europeia “saíram na frente e já adotam políticas industriais ambiciosas baseadas em compras públicas e conteúdo nacional”.
O presidente brasileiro ressaltou o papel que empresas, universidades e sociedade civil têm para as relações entre os países, e que os encontros que se iniciam hoje – 3ª Cúpula Celac-União Europeia e Fórum Empresarial União Europeia-América Latina – confirmam que “nossos empreendedores estão plenamente engajados no relançamento dessa histórica aliança, baseada na certeza de que o sucesso do outro é fundamental para nosso êxito comum”.
“A pandemia da covid-19, além de ceifar milhões de vidas, desorganizou o sistema produtivo nos quatro cantos do planeta. A mudança do clima evidencia a urgência em preservar a biodiversidade e os ecossistemas. E a guerra no coração da Europa lança sobre o mundo o manto da incerteza e canaliza para fins bélicos recursos até então essenciais para a economia e programas sociais”, acrescentou.

Plano de investimento

Lula acrescentou que o Brasil lançará, em breve, um novo Plano de Investimentos que possibilitará, ao país, gerar empregos, combater a pobreza e aumentar a renda das famílias. Esse plano prevê, segundo ele, a retomada de empreendimentos paralisados e a aceleração dos que estão em andamento e seleção de novos projetos.
“Promoveremos a modernização de nossa infraestrutura logística, com investimentos em rodovias, ferrovias, hidrovias, portos e aeroportos”, disse o presidente ao lembrar que o país, além de ter uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, priorizará a geração de energias renováveis e detêm “enorme potencial” para a produção de hidrogênio verde.
Ele reiterou o compromisso do governo com o controle da inflação e o equilíbrio de contas públicas, e que as reservas internacionais do país estão “na casa dos US$ 343 bilhões”.

Agência Brasil

Haddad discute com Lula possibilidade de diminuir o valor de eletrodomésticos

A proposta do Governo é diminuir o preço dos produtos linha branca

Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que ter uma reunião com o presidente Lula, nesta sexta-feira (14), para debater sobre os preços dos eletrodomésticos no Brasil. A ideia do presidente é criar um programa de incentivo a compra desse tipo de item.
A sugestão de Lula foi feita para o vice-presidente e ministro Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB). Os eletrodomésticos que podem ser barateados são produtos importantes na vida da população: geladeira, fogão, televisão, ar-condicionado, micro-ondas, máquina de lavar, entre outros.
Haddad criticou a alta da Selic, mantida em 13,75% ao ano pelo Banco Central (BC), e o impacto que os juros causam no poder de compra dos brasileiros. “Amanhã tem despacho com o presidente Lula e esse deve ser um dos temas”, afirmou o ministro em entrevista à Rede TV.
Os eletrodomésticos com previsão de terem redução no preço são da chamada linha branca, que normalmente duram por um longo tempo e tem grande valor agregado. Essa seria uma forma do governo Lula investir na indústria.

Lula apoia utilização de imóveis abandonados da União para sem-teto

Discurso foi feito durante cerimônia do Minha Casa Minha Vida

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Durante cerimônia assinatura do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), na quinta-feira (13), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a ideia de destinar imóveis ociosos da União que estão abandonados para programa de moradia popular.
“Prédios abandonados, terrenos da União… Nós vamos ter que transformar isso em coisas habitacionais. A quantidade de terreno abandonado nas grandes regiões, a quantidade de prédio da União. Só o INSS tem 3 mil casas, terrenos e prédios. Por que a gente não distribui isso pro povo em vez de levar o povo pra morar a 20 km do centro da cidade, leva o povo para onde já tem asfalto, escola, energia elétrica, linha de ônibus”, disse o presidente.
A medida teria como objetivo resolver o problema habitacional que vive o Brasil. O presidente falou sobre a utilização de 3 mil terrenos pertencentes ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Segundo a Fundação João Pinheiro, cerca de 6 mil unidades estão déficit de moradia.
No evento, Lula afirmou que o MCMV é uma forma do Estado “fazer uma reparação histórica” com as famílias que vivem em vulnerabilidade social. O programa prevê financiamento de imóveis até R$ 350 mil, além de mudanças nos critérios das faixas e nos juros.
Lula

Lula diz que relação com o Legislativo é a melhor em décadas

 Presidente destaca momento histórico e elogia trabalhos no Congresso

Lula
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a relação entre os poderes Executivo e Legislativo é, provavelmente, a melhor das últimas décadas, e que, sendo mantida, “esta será a década do Brasil”. A declaração foi feita nesta quinta-feira (13), durante a cerimônia de sanção do projeto de lei que cria o novo Minha Casa, Minha Vida.
“Na relação com o Congresso Nacional, vivemos possivelmente o melhor momento das últimas décadas”, disse o presidente, ao elogiar a condução “independente” que tem sido feita pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e a aprovação, pela Câmara dos Deputados, de projetos importantes, em especial a reforma tributária.
“Ele [Pacheco] não tem que pedir licença ou ‘por favor’ para mim. E, na Câmara, as pessoas até se assustaram com [a forma como] a política tributária foi aprovada. As pessoas estão percebendo o momento histórico que o Brasil está vivendo. Se a gente souber cuidar com carinho do momento político, esta será a década do Brasil, com seu prestígio internacional recuperado”, acrescentou.
Segundo o presidente, o contexto fica ainda mais favorável com as pessoas voltando a ter aumento salarial e com a pacificação que já vem sendo percebida nas ruas e nas famílias.
“As pessoas estão voltando a ser tratadas com respeito nas ruas. Ninguém é obrigado a torcer por mesmo time ou a frequentar a mesma igreja. Cada um de nós vai ser o que a gente quiser, e a gente tem que respeitar. Isso é a democracia sendo exercida na sua plenitude”, complementou ao associar tais conflitos à divulgação de fake news (informações falsas), pelas redes sociais.

Agência Brasil

Lula

“É preciso ter paciência, conversar com quem você não gosta”, diz Lula sobre negociação no Congresso

 Lula afirmou ainda que não “negocia com o Centrão”, mas que conversa com partidos políticos

Lula
Foto: Reprodução/You Tube
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (11) que é preciso ter “paciência” e conversar “com quem você gosta, com quem você não gosta” para aprovar projetos do governo no Congresso Nacional. Na semana passada, Lula recebeu membros do Centrão no Palácio do Planalto após a Câmara aprovar a Reforma Tributária e o projeto que estabelecendo regras para o julgamento do Carf.
O governo tenta ampliar o espaço dos partidos do bloco e da oposição para ampliar a sua base de apoio no Congresso.
“É preciso ter paciência, conversar com quem você gosta, com quem você não gosta, ouvir coisas boas, coisas ruins. Não é a política “dando que se recebe” que todo mundo fala. Pensado para tentar engajar apoiadores do governo nas redes sociais, o programa tem sido transmitido todas as terças-feiras, pela manhã, do Palácio da Alvorada. Além das suas próprias páginas na rede social, Lula tem usado também a página nas redes sociais da TV Brasil, empresa pública de televisão, que é destinada para divulgar ações do governo.”
Lula ainda afirmou que é “normal” que você negocie” com as diferenças forças políticas e aceite as alterações feitas nos textos enviados pelo Palácio do Planalto. Lula citou que o processo ocorreu durante a votação da Reforma Tributária. Na semana passada, o presidente chegou a afirmar que o texto era o que ele desejava, mas que o governo “não é senhor da razão”.
“É normal que você negocie. […] E o cara pode ter uma boa ideia, não é só o governo que pode ter uma boa ideia. Às vezes um cara apresenta uma sugestão numa medida provisória, num PL, melhor que o governo apresentou. Então, aquilo é feito um acordo e é votado e você precisa convencer a maioria. Foi o que aconteceu com muita persistência, habilidade, do nosso ministro da Fazenda, Haddad, nosso líder do Senado, Jaques Wagner, nosso líder da Câmara, José Guimarães, nosso ministro Padilha”
O texto-base da reforma foi aprovado com uma votação história na Câmara dos Deputados com 375 votos a favor e 113 contra. Lula afirmou nesta terça-feira que espera repetir a votação no Senado.
“Eu estou feliz porque foi uma semana muito importante para o Brasil. Não foi importante para o governo, foi importante para o Brasil. E eu espero que o Senado repita a votação da Câmara e eu espero que a gente chegue no fim do ano com a política tributária nova para que a gente nunca mais fique falando de política tributária nesse país.”
Lula ainda afastou a ideia de que “negocia com o Centrão” e afirmou que conversa com partidos políticos. O presidente afirmou ainda que é preciso “construir governabilidade” e que o governo conseguiu alcançá-la na votação da reforma.
“A gente não negocia com o Centrão. O Centrão não é um partido político. O Centrão se junta em razão de determinadas coisas. Mas habitualmente você negocia com o partido. O PT, o PSB, o PCdoB, o PDT, o PSD, o União Brasil, Republicanos, PP. São com esses partidos que você negocia […] Você não negocia com suplente, você negocia com quem foi eleito, com quem tem mandato, e portanto você tem que estar aberto a conversar. Precisamos construir essa governabilidade, e ela foi construída para votar a política tributária porque não era uma coisa de interesse do Haddad, do Lula, era de interesse do país.”

Juros

Durante a live, Lula voltou a criticar a taxa de juros do país e afirmou que “logo logo vai começar a abaixar”. O presidente afirmou que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, é “teimoso” e “tinhoso”, mas que “não tem explicação” para a taxa.
“As pessoas estão ficando mais otimistas, a inflação está caindo, e logo logo vai começar a abaixar a taxa de juros, porque o presidente do Banco Central é teimoso, tinhoso, mas não tem mais explicação.”

INSS

Lula afirmou que discutirá ainda nesta semana o problema com as filas no INSS. Segundo dados divulgados pelo presidente do Ministério da Previdência Social, Carlos Lupi, mais de 1 milhão de pedidos de aposentadoria, pensão e demais benefícios aguardam análise. O número é referente ao mês de junho.
“Eu tenho uma reunião essa semana para discutir qual é o problema que está acontecendo que as filas (do INSS) tem por volta de 1,9 milhão de pessoas. Não há nenhuma explicação, a não ser ‘ah, eu não posso aposentar porque eu não tenho dinheiro para pagar’. Se for isso, a gente tem que ser muito verdadeiro com o povo e dizer porque que tem essa fila. Se é falta de funcionário a gente tem que contratar funcionário, se é falta de competência, a gente tem que trocar quem não tem competência. O dado concreto é que nós provamos que não precisa ter fila no INSS, nem para receber o benefício e muito menos para fazer perícia médica.”

Agência o Globo/FP

Lula e Gustavo

Lula e presidente da Colômbia se reúnem para discutir Amazônia

Encontro na cidade de Letícia foi organizado por Gustavo Petro

Lula e Gustavo
Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarca na cidade de Letícia, na Colômbia, na manhã deste sábado (8), para participar da Reunião Técnico-Científica da Amazônia. O encontro foi organizado pelo governo da Colômbia, do presidente Gustavo Petro. A cidade de Letícia faz divisa com Tabatinga, no extremo oeste do Amazonas, na região da tríplice fronteira entre Colômbia, Brasil e Peru.

O embarque na Base Aérea de Brasília está previsto para as 9h20, com chegada ao destino às 13h, horário de Brasília (11h pelo fuso horário local). Após o encontro com Petro, na Universidade Nacional da Colômbia, os dois posam para fotografia oficial e participam, em seguida, no mesmo local, da sessão de encerramento da reunião. Depois disso, a comitiva presidencial de Lula viaja de volta à capital federal, com previsão de chegada às 20h30, pela agenda oficial.

Segundo o Palácio do Planalto, a reunião entre Lula e Petro é um encontro bilateral no mês que antecede a Cúpula da Amazônia, marcada para 8 de agosto, em Belém. Na ocasião, a capital do Pará receberá os presidentes de Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela. Todos esses países fazem parte da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), mecanismo internacional que deverá ser fortalecido a partir de agora. Além desses chefes de Estado, foi convidado o presidente da França, Emmanuel Macron, representando a Guiana Francesa, território ultramarino do país europeu na América do Sul, que também detêm porções da Floresta Amazônica.

Pelo tratado, de julho de 1978, os países da OTCA assumiram o compromisso comum para a preservação do meio ambiente e o uso racional dos recursos naturais da Amazônia. Além de priorizar a preservação do meio ambiente, o Tratado de Cooperação Amazônica tem o objetivo de promover o desenvolvimento dos territórios amazônicos, de maneira que as ações conjuntas gerem resultados equitativos e mutuamente benéficos para alcançar o desenvolvimento sustentável das oito nações.

A questão da Amazônia estará no centro das atenções geopolíticas pelos próximos anos, culminando na realização da Conferência das Nações Unidas Sobre as Mudanças Climáticas (COP30), em 2025, na capital paraense. Pela primeira vez, o principal evento das Organização das Nações Unidas (ONU) sobre questões ambientais será realizado no bioma de floresta tropical. Na semana passada, o presidente disse que pretende levar à edição deste ano da conferência climática, a COP28, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, uma posição conjunta de países que compõem a Amazônia sul-americana a respeito das questões ambientais.

Lula

Lula: reforma tributária é a possível, não a ideal

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva avaliou, ontem,  o modelo da reforma tributária.

Lula
Foto: Cláudio Kbene/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva avaliou, ontem, que o modelo da reforma tributária elaborado não é o que ele nem o ministro da Fazenda, Fernando Haddad — principal articulador do governo — desejavam. Enfatizou, porém, que foi aquela possível de ser construída.

“Estamos fazendo (a reforma) num regime democrático, negociando com todos. Não é o que cada um de vocês deseja, não é o que Haddad deseja e não é o que eu desejo, mas tudo bem. Não somos senhores da razão. Temos que lidar com a relação de forças que está no Congresso Nacional. Os deputados que estão lá, bem ou mal, foram escolhidos pela sociedade brasileira, portanto merecem tanto respeito quanto eu e o Alckmin”, acrescentou Lula.

Lula enfatizou que esta é a primeira alteração no sistema de impostos realizada durante regime democrático brasileiro. Observou, ainda, que o governo dialogou com os diferentes atores envolvidos para que o texto fosse construído.

“É a primeira vez na história da democracia que a gente faz uma reforma tributária no regime democrático. A última que nós tivemos foi no regime militar”, salientou, durante o evento de relançamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), que estava com as atividades paradas desde 2015.

Haddad, por sua vez, após uma tarde de intensa negociação na residência oficial do presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), relatou que a negociação foi toda no sentido de que o texto levado ao plenário pelo relator, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), se aproximasse ao máximo do consenso. “Avançamos muito, dirimimos muitas dúvidas, afastamos alguns fantasmas que estavam assombrando (os líderes), como impacto inflacionário ou aumento no preço dos alimentos. Mostramos cálculos precisos para demonstrar que estamos seguros em relação aos passos que estamos dando”, afirmou.

O ministro recordou que a última reforma tributária no país foi feita há 58 anos, durante a ditadura, como lembrou Lula. “Desde a constituinte, que não enfrentou o tema, estamos aguardando este momento”, comentou, acrescentando que as discussões não abriram espaço para paixões políticas, pois era uma necessidade.

“É o país que está pedindo (a reforma tributária), não tem a ver com um governo ou com outro. Tem a ver com uma necessidade imperiosa de a economia avançar. A nossa produtividade é muito baixa porque os tributos atrapalham muito a maneira como estão organizados”, frisou.

Industrialização

Para o presidente, a reforma alavancará a retomada industrial do país. Ao comentar dados apresentados pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, sobre a desindustrialização, Lula enfatizou que é preciso voltar a investir no setor.

“Quanto tempo perdemos? E quantas oportunidades? Conheci um empresário que herdou uma fundição do pai, há 40 anos, e a fundição continua do mesmo jeito. Ele não investiu nem um centavo em inovação”, contou.

Ele lembrou que já se passaram seis meses desde que assumiu o cargo, e que o tempo passa rápido para quem está no governo. Aproveitou, ainda, para alfinetar seu antecessor no comando do país. “Quem está chorando é o (Jair) Bolsonaro, porque três anos e meio demoram é para a oposição”, provocou.

Aos ministros, Lula cobrou mais entregas. “Cada ministro que está aqui sabe: é preciso parar de reclamar, é preciso parar de lamentar, e discutir como fazer o que vamos fazer. A única coisa impossível é Deus pecar. O resto a gente pode tudo”, cobrou.


Correio Braziliense