Homoafetiva

Procuradoria Federal pede rejeição de projeto que proíbe união civil homoafetiva

Órgão do Ministério Público Federal considera proposta inconstitucional e contrária aos direitos LGBTQIA+

Homoafetiva
Foto: Lula Marques
A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), vinculada ao Ministério Público Federal (MPF), emitiu um pedido de rejeição e arquivamento do projeto de lei em tramitação na Câmara dos Deputados que busca proibir a união civil de pessoas do mesmo sexo no Brasil. A PFDC argumenta que a proposta, além de ser inconstitucional, viola princípios internacionais e representa um retrocesso nos direitos e garantias fundamentais das pessoas LGBTQIA+.
Em uma nota pública enviada à Câmara na sexta-feira (22), a procuradoria avalia que negar a possibilidade de união civil homoafetiva é equivalente a conceder menos direitos aos homossexuais em relação aos heterossexuais, criando uma hierarquia baseada na orientação sexual.
A PFDC argumenta que esse entendimento é contrário aos princípios constitucionais, como a dignidade humana e a proibição de qualquer forma de discriminação. A nota enfatiza que tal ideia entra em conflito direto com a essência da Constituição da República Federativa do Brasil, que busca promover uma nação em que a convivência entre diferentes seja pacífica e harmoniosa.
“A aprovação deste projeto não significa apenas que o Estado reconhece um único modelo de casamento, o heterossexual, mas também que reconhece as pessoas não heteronormativas como cidadãs de segunda classe, incapazes de exercer plenamente seus direitos devido à sua orientação sexual”, destacou a procuradoria.
A PFDC também citou dados do IBGE que revelam que, somente em 2021, 9,2 mil casais do mesmo sexo formalizaram sua união estável em cartório. Se o projeto se tornar lei, o órgão do MPF alerta que novas uniões serão proibidas ou não terão os efeitos legais desejados, criando um desequilíbrio injustificável entre pessoas homo e heterossexuais.
Além disso, a procuradoria ressalta que a união civil é um ato voluntário e privado, cujo propósito é consolidar uma parceria entre duas pessoas para compartilhar suas vidas. Portanto, a orientação sexual dos envolvidos não deve ser relevante para toda a sociedade, especialmente em um Estado democrático que preze pelas liberdades individuais.
A procuradoria argumenta que o projeto tenta restringir o direito de escolha das pessoas em uma questão que diz respeito à sua esfera privada.
A votação do Projeto de Lei 5.167/2009 estava agendada para o dia 19 na Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados, mas foi adiada para a próxima quarta-feira (27). Antes da votação, a comissão realizará uma audiência pública na terça-feira (26) para debater o tema, conforme acordo entre as lideranças partidárias.
casamentos homoafetivo

Comissão da Câmara dos Deputados pode vota projeto que proíbe casamentos homoafetivos no Brasil

Comunidade LGBTQIA+ no Brasil reage à proposta considerada inconstitucional e ataque à cidadania

casamentos homoafetivo
Foto: Reprodução
A Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados agendou para esta terça-feira (19) a votação de um projeto de lei (PL) que proíbe o casamento entre pessoas do mesmo sexo. A iniciativa gerou uma forte reação da comunidade LGBTQIA+ no Brasil, que considera a medida inconstitucional e um ataque aos direitos civis.
Em 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) equiparou as relações entre pessoas do mesmo sexo às uniões estáveis entre homens e mulheres, reconhecendo a união homoafetiva como núcleo familiar. Em 2013, o Conselho Nacional da Justiça (CNJ) determinou que todos os cartórios do país realizassem casamentos homoafetivos.
O texto que está prestes a ser analisado na Comissão da Câmara visa incluir no Artigo 1.521 do Código Civil um trecho que afirma: “Nos termos constitucionais, nenhuma relação entre pessoas do mesmo sexo pode equiparar-se ao casamento ou a entidade familiar.” Atualmente, o Artigo 1.521 lista os casos em que o casamento não é permitido, como a união de pais com filhos ou de pessoas já casadas.
O relator do projeto, deputado federal Pastor Eurico (PL-PE), justificou que o casamento “representa uma realidade objetiva e atemporal, que tem como ponto de partida e finalidade a procriação, o que exclui a união entre pessoas do mesmo sexo”. Ele citou o parágrafo 3º do Artigo 226 da Constituição, que reconhece a união estável entre homem e mulher, alegando que a própria Constituição limita a possibilidade de casamento ou união entre pessoas do mesmo sexo.
A tentativa de aprovar esse projeto foi criticada por organizações de direitos humanos e pela comunidade LGBTI+. O presidente da Aliança Nacional LGBTI+, Toni Reis, acredita que a proposta não deve avançar no Congresso Nacional e considera que gera discurso de ódio. Ele destacou que o Artigo 226 da Constituição está em contradição com o Artigo 5º, que garante a igualdade perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. 
Toni Reis ressaltou que o casamento homoafetivo é um caminho sem volta e afirmou que o projeto representa um ataque à cidadania no Brasil. Além disso, anunciou o lançamento da Frente Parlamentar Mista por cidadania e direitos LGBTI+ no Congresso Nacional, com o apoio de 262 deputados e senadores, reforçando o compromisso com a causa.
Violência

Pesquisa revela que dentre as 50 cidades mais perigosas do Brasil, cinco estão em Pernambuco

O Cabo de Santo Agostinho ficou na quinta posição no ranking. À nível nacional, Pernambuco é o quinto estado mais violento e o terceiro na região Nordeste

Violência
Foto: Reprodução

Cinquenta cidades foram analisadas no ranking da violência e, dentre elas, cinco estão no estado de Pernambuco. Os dados são da 17ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira (20). 
Para ter esse resultado, o fórum considera cidades onde há mais de cem mil habitantes, através da taxa de Mortes Violentas Intencionais (MVI), como roubo seguido de morte, latrocínio, intervenção policial onde houve mortes e lesão corporal seguido de morte. Foram 3.423 mortes em 2022. 
Na quinta posição ficou o Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife, com 81,2 homicídios para cada 100 mil habitantes. A média ficou acima da nacional, que foi de 23,4 para mesma proporção de habitantes. As outras quatro cidades foram: Vitória de Santo Antão, 51,5; São Lourenço da Mata, 50,3; Garanhuns, 44,9 e Jaboatão dos Guararapes, com 44,6. 
A situação de Pernambuco também não obteve bons índices. O estado ficou em terceiro lugar como o mais violento na região Nordeste e em quinto, no cenário nacional. Foram registradas 37,8 mortes a cada 100 mil habitantes. 
A violência contra a população LGBTQIA+ também foi alta em Pernambuco. Foram registrados mais 540 vítimas de lesão corporal e 52 vítimas de estupro somente em 2022. No quesito assassinato, ficou atrás apenas do Ceará, que registrou 32 homicídios, contra 30 de Pernambuco. 

Orgulho LGBTQIA+ é caminho para saúde mental e bem-estar coletivo

Data comemorada hoje lembra reconhecimento de ser como se é

Foto:Marcelo Camargo
Lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, queer, intersexo e assexuais e mais, ou LGBTQIA+, uma sigla que reúne muitas especificidades e acima de tudo, o reconhecimento e orgulho de ser como se é. Neste dia 28 de junho, dia do Orgulho LGBTQIA+, a Agência Brasil conversou com psicólogos sobre o que é ter orgulho e como isso faz parte não apenas da construção e quem se é, mas de uma sociedade mais saudável e mais tolerante.
Segundo a professora de psicologia do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), pesquisadora e ativista Jaqueline Gomes de Jesus, o orgulho está relacionado a saúde mental individual e coletiva. “Esse orgulho é fundamentalmente necessário para a garantia da saúde mental, para o bem estar mais individual e também um bem estar coletivo para uma condição de se reconhecer como sujeito possível naquele lugar, sujeito possível na sua riqueza de desejos e formas de se sentir de estar no mundo para viver livremente”.
Na publicação virtual Orientações sobre identidade de gênero: conceitos e termos, Jaqueline define orgulho como: “Antônimo de vergonha. Conceito desenvolvido pelo movimento social LGBT para propagar a ideia de que a forma de ser de cada pessoa é uma dádiva que a aproxima de comunidades com características semelhantes às suas, e deve ser afirmada como diferença que não se altera, não deveria ser reprimida nem recriminada”.
“Eu explico o orgulho como o contrário da vergonha e, sendo o contrário da vergonha, significa reconhecer-se como se é e valorizar essa forma de ser em toda a sua complexidade, nas suas diferentes dimensões, apesar de muita gente da nossa cultura dizer que essa forma de ser de identidade e de desejo não são valorizadas”, complementa Jaqueline. “Se as pessoas não conseguem expressar livremente sua identidade de gênero, por serem pessoas trans, por exemplo, ou não conseguem vivenciar sua orientação sexual sendo homossexuais ou bissexuais, como podermos superar a saúde mental da população LGBTQIA+?”.
Pesquisa realizada pelo Datafolha em 2022 mostra que oito em cada dez jovens brasileiros, de 15 a 29 anos, tiveram problemas relacionados a saúde mental. Os problemas incluem pensamentos negativos, dificuldade de concentração, crise de ansiedade, transtornos alimentares, pensamentos suicidas e ter ferido o próprio corpo. Entre os jovens que se identificam como LGBTQIA+ esses problemas são ainda mais comuns, relatados por nove a cada dez, ou 92% desse grupo.
O psicólogo, empresário e influencer Lucas de Vito, defende que muitos desses problemas estão relacionados a ser impedido de ser quem se é. “É falar quem a gente é e viver a vida de acordo com nossos desejos, respeitando todo mundo e a todos. Por isso que impacta bastante nossa saúde mental porque quando a gente não consegue viver esse orgulho significa que a gente está anulando nossa existência e vivendo uma vida que não é nossa”, diz.
Outra definição de orgulho pode ser encontrada no dicionário Michaelis: Sentimento de prazer ou satisfação que uma pessoa sente em relação a algo que ela própria ou alguém a ela relacionado realiza bem”. Mas o que é realizar algo bem? Para os entrevistados, na nossa sociedade existe um entendimento de um padrão que é considerado satisfatório. Um padrão que muitas vezes exclui a diversidade.
“O orgulho quanto a orgulho de ser LGBTQIA+ é a gente conseguir ir contra a maré de retrocesso que existe no nosso país. Contra um sistema que quer ver a gente sem direito, que não quer ver a gente se expor, que diz que a gente pode existir entre quatro paredes, que a gente pode existir sem existir, no caso”, diz Devito.
Uma questão coletiva
Entender que não se está só pode ser um passo importante na afirmação da própria identidade. No ano passado, pela primeira vez, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) coletou os dados de pessoas homossexuais e bissexuais do Brasil. O instituto registrou 3 milhões de pessoas e admitiu que o número pode ser maior.
Para o professor da Universidade Federal do Rio e Janeiro (UFRJ) e presidente do Conselho Federal de Psicologia, Pedro Paulo Bicalho, é preciso rever os atuais padrões sociais, que muitas vezes excluem a diversidade, em prol de um sociedade que seja para todos. “Existe uma construção de um padrão do que se orgulha e é necessário desconstruir esses padrões, inclusive por dentro da comunidade LGBTIQI+, é necessário que a comunidade olhe para esses padrões como algo historicamente construído e o que é historicamente construído pode também desconstruído historicamente”, diz que acrescenta: “É muito importante que se entenda que os padrões só são construídos através das relações de poder e essas relações de poder podem ser reconfiguradas e podemos construir outros padrões, aqueles padrões que são produzidos de fora para dentro podem ser repensados e recolocados a partir de outro lugar”.
Quando a sociedade não é capaz de acolher, o autoconhecimento e o fortalecimento através de uma comunidade LGBTQIA+ tornam-se alternativa. “O Brasil é campeão no assassinato de pessoas LGBTQIA+, em especial a população de travestis e transexuais, portanto, chegar ao orgulho apesar de tanta violência, não é um percurso fácil, é um percurso em que é necessário descriminalizar subjetivamente aquilo que historicamente se diz”, explica, Bicalho. “O orgulho é orgulho também de se entender não mais como doente, não mais como desviantes, portanto, o percurso que leva as pessoas até o orgulho é o percurso do empoderamento, é o percurso de, apesar das violências, ter orgulho de ser quem se é”.
O coletivo também tem força, aponta o professor. O próprio dia do Orgulho nasce em uma ação coletiva. Em 28 de junho de 1969, frequentadores do bar Stonewall Inn, bar LGBTQIA+, em Greenwich Village, em Nova Iorque, nos Estados Unidos reagiram pela primeira vez conta a constante truculência policial. O acontecimento virou um marco de defesa de direitos civis para essa população.
“É a primeira vez que as pessoas se revoltam e dão um basta para a violência policial. Então, a origem histórica é o orgulho por ter se rebelado, é o orgulho por não ter mantido as repressões costumeiras e, assim, a comunidade olha para essa data com orgulho de ter um dia conseguido reagir e começar um novo processo histórico onde a luta se torna também a luta por garantia de direitos civis”, diz Bicalho.
A segurança e a saúde mental da população LGBTQIA+, segundo os especialistas entrevistados, passa também pelo reconhecimento da sobreposição de identidades sociais que muitas vezes leva a mais discriminação.
De acordo com a psicóloga clínica da Coordenação de Testagem Rápida e Saúde Mental do Grupo Arco-Iris, Marcelle Esteves, todas essas identidades formam os indivíduos. “Todas essas intersecções são fatores que vão incidir sobre esse indivíduo se olhar, se perceber com orgulho, com dignidade, com força de ação na sociedade sobretudo. Se eu tenho uma mulher, lésbica, preta, gorda e de favela, olha quantas barreiras ela precisa enfrentar diariamente para provar, por exemplo as suas qualidades. Então, esse caminho é mais tortuoso, porque ela é rechaçada enquanto mulher, rechaçada porque ela é gorda, rechaçada porque é lésbica”, diz.
“Existe uma questão, quando nós falamos de interseccionalidade e quando nós somos pessoas que vivenciamos diferentes discriminações. Para nós, as violências que sofremos e os obstáculos são muito maiores. Há um nível, não só de uma soma, mas um nível de multiplicação desses fatores que nós não temos muito controle de até que ponto eles nos afetam ou nos prejudicam, mas sabemos desse prejuízo e que é muito maior”, complementa Jaqueline.
Segundo ambas, a construção do orgulho passa pelo conhecimento individual, mas também pelo núcleo familiar, pelos amigos e pelas redes de apoio. Em termos de políticas públicas, passa por setores como saúde e educação. Todos esses atores são importantes para garantir que os indivíduos possam viver plenamente em nossa sociedade.
A imprensa e as redes sociais também têm papel relevante. “A mídia tem papel fundamental. A gente precisa falar de mídia como mídia como um todo. A gente tem várias possibilidades e várias mídias, não só as predominantes, mas tem as redes sociais, temos jornais, as rádios de bairro, que podem, cada vez mais, trazer debates, falar sobre esse processo de constituição do ser, do aceitar-se, do perceber-se quem é, do se olhar e se achar bonita, bonito, bonite”, ressalta Marcelle.

Governo anuncia iniciativas por direitos de população LGBTQIA+

 

Cerimônia marcou Dia do Orgulho LGBTQIA+, a ser celebrado dia 28

Foto:Rafa Neddermeyer

O governo federal lançou nesta terça-feira
(27) um conjunto de iniciativas para promoção e defesa dos direitos das
pessoas LGBTQIA+. O anúncio ocorreu em cerimônia dedicada a marcar o Dia
Internacional do Orgulho LGBTQIA+, a ser celebrado no dia 28 de junho, e
realizada no Palácio do Planalto.

Uma das medidas é o pacto com “10
compromissos para proteção de Direitos das Pessoas LGBTQIA+” firmado
entre órgãos federais e empresas de aplicativos de transporte. O pacto
prevê campos nos aplicativos para relatar atos de discriminação e
protocolos de suporte a vítimas de LGBTfobia, além de campanhas contra
conteúdos LGBTfóbicos, incitação à violência e ao discurso de ódio.

Outros lançamentos foram: cartilha com
informações para enfrentar a violência contra mulheres LGBTs, selo dos
Correios em homenagem ao “Orgulho LGBTQIA+”, edital do Serviço Federal
de Processamento de Dados (Serpro) para seleção de projeto e inclusão da
comunidade trans e travesti no meio digital e chamamento para boas
práticas de empregabilidade de pessoas LGBTQIA+.

O ministro dos Direitos Humanos e da
Cidadania, Silvio Almeida, destacou a importância dessa comunidade
participar do processo de recuperação do país. “Há populações no Brasil
que precisam fazer parte do processo de reconstrução dos nossos valores.
A população LGBTQIA+ é parte fundamental do Brasil. Se o país não
entender isso, não seremos um país. O orgulho LGBTQIA+ é um orgulho
nacional, brasileiro”.

Para o ministro da Secretaria de Comunicação
Social da Presidência de República (Secom), Paulo Pimenta, é preciso
fortalecer a união e compromisso de todos na defesa da população
LGBTQIA+. “[As iniciativas são] uma forma concreta de promover os
direitos das pessoas LGBTQIA+. Construir um país mais inclusivo é o
desafio de todos nós”.

A programação prevê ainda a iluminação do
Palácio do Planalto e outros prédios públicos da Esplanada com as cores
da bandeira LGBTQIA+.

A cerimônia foi articulada pelo Ministério
dos Direitos Humanos e da Cidadania e o Conselho Nacional dos Direitos
das Pessoas LGBTQIA+, além da participação de representantes dos
ministérios da Justiça e Segurança Pública, das Mulheres e da Cultura.

Ag Brasil

Mudança de nome e gênero em cartórios cresce quase 100% no Brasil

Mais de 10 mil alterações realizadas sem procedimento judicial ou comprovação de cirurgia

Foto: Divulgação
Após cinco anos da autorização para os cartórios de registro civil brasileiros realizarem mudanças de nome e sexo de pessoas transgênero, o número de alterações cresceu quase 100% no país, totalizando mais de 10 mil atos sem a necessidade de procedimento judicial ou comprovação de cirurgia.
A fim de orientar aqueles interessados em efetuar a alteração, a Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Brasil (Arpen-Brasil) publicou a Cartilha Nacional sobre a Mudança de Nome e Gênero em Cartório, que apresenta um guia passo a passo do procedimento e os documentos exigidos pela norma do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Para realizar a alteração de gênero e nome nos cartórios de registro civil, é necessário apresentar todos os documentos pessoais, comprovante de endereço e certidões dos distribuidores cíveis, criminais estaduais e federais do local de residência dos últimos cinco anos, além das certidões de execução criminal estadual e federal, dos Tabelionatos de Protesto e da Justiça do Trabalho. Em seguida, o oficial de registro conduzirá uma entrevista com o interessado.
Eventuais registros nas certidões não impedem a realização do ato, sendo responsabilidade do cartório de registro civil informar ao órgão competente sobre a mudança de nome e gênero, assim como aos demais órgãos de identificação sobre a alteração realizada no registro de nascimento. A emissão de outros documentos deve ser solicitada diretamente pelo interessado ao órgão competente. Não é necessário apresentar laudos médicos nem passar por avaliação de médico ou psicólogo.

Love Noronha: veja programação do festival LGBTQIA+ e saiba como comprar ingressos

 

Evento
acontece de 24 a 27 de agosto, em vários locais da ilha. Baladas,
debates, desfile de moda e passeio de escuna são algumas das atrações.

Foto: Cláudia Prosini/TV Globo 

Baladas, debates, desfile de moda e passeio de escuna são algumas das
atrações do festival de turismo Love Noronha, voltado para o público
LGBTQIA+ e que vai acontecer de 24 a 27 de agosto. A programação do
evento foi divulgada na quarta-feira (21). Os ingressos estão à venda na internet
.

  O festival é dividido em circuitos formados por ecoturismo,
gastronomia, festas, além da programação cultural que incentiva visitas
ao patrimônio histórico de Fernando de Noronha.
Os participantes podem se divertir com mergulhos, passeios, trilhas,
entre outros, e ganham descontos ao apresentar a pulseira do evento.

Confira os atrativos do festival a cada dia:

24 de agosto

  • Às 10h:
    acontece o Love Talks, no auditório do Forte Nossa Senhora dos
    Remédios, com entrada gratuita, para informar, educar, conscientizar e
    promover o respeito à diversidade, além de compartilhar experiências de
    boas práticas de acolhimento;
  • Às 20h: a festa de boas-vindas, Love Paradise, é realizada no espaço Éden, localizado na Vila dos Remédios.

25 de agosto

  • Às 15h:
    o público pode curtir o Love Sunset, no bar Duda Rei, localizado na
    Praia da Conceição. A balada vai contar com desfile de moda praia
    assinado por Missionary Brand;
  • Às 23h: a programação segue na Rebel XX – Love Noronha, com a DJ Anne Louise, no Forte dos Remédios.

26 de agosto

  • Às 12h:
    a Festa Flutuante, exclusiva para 150 participantes, é um passeio em
    uma escuna, com música para quem quiser dançar no balanço do mar;
  • Às 23h: acontece a festa Gera Noronha POP & Brasilidades, no Bar do Cachorro.

O festival

🏳️‍🌈 O Love Noronha nasceu da ideia da produtora Maria do Céu, que é
fomentadora da vida noturna, da cultura e militante LGBTQIA+.

🏳️‍🌈 O festival busca projetar a ilha como um destino gay friendly, expressão que indica lugares que são acolhedores para os gays.

 🏳️‍🌈 O evento foi realizado pela primeira vez em agosto de 2012, quando homenageou o aniversário da cantora Madonna.

🏳️‍🌈 Ao longo dos anos, a programação do festival contou com a
participação de DJs renomados e atrações musicais, como a cantora Pabllo
Vittar.

Serviço

🌈 Love Noronha 2023

🗓️ De 24 a 27 de agosto

🎫 Ingressos à venda na internet 


G1

ONG Arco é eleita para Conselho LGBTQIAP+ de Jaboatão dos Guararapes

promover e proteger os direitos da comunidade LGBTQIAP+

Foto: Divulgação

A ONG Arco foi escolhida, por meio de uma votação rigorosa, para integrar o Conselho LGBTQIAP+ de Jaboatão dos Guararapes. A organização ocupará a cadeira de Juventude no período de 2023-2025.

A eleição da ONG Arco representa um marco importante para a instituição, sendo um reconhecimento do seu trabalho na promoção dos direitos e inclusão da comunidade LGBTQIAP+. Segundo Carlos Santos, presidente da Arco, fazer parte do Conselho oferece uma plataforma mais forte para defender e representar os interesses dessa comunidade. A organização terá a oportunidade de participar ativamente na formulação e implementação de políticas públicas que afetam diretamente a vida e os direitos das pessoas LGBTQIAP+, especialmente os jovens.

O Conselho tem como objetivo promover e proteger os direitos da comunidade LGBTQIAP+ em todos os aspectos da sociedade.

Joel da Harpa

Deputado do PL vai desarquivar projeto que visa proibir propagandas com alusão a comunidade LGBTQIA+, em Pernambuco

O texto foi arquivado em 2020, mas o parlamentar vai colocar o artigo em debate novamente neste ano.

Joel da Harpa
Deputado do PL vai desarquivar projeto que visa proibir propagandas com alusão a comunidade LGBTQIA+, em Pernambuco. Foto:Gabriel Ferreira 

O deputado estadual Joel da Harpa (PL) vai desarquivar um projeto que visa proibir propagandas com alusão a comunidade LGBTQIA+.
A informação foi confirmada pelo Portal de Prefeitura, em contato com a assessoria do deputado.
No texto arquivado em 2020, o parlamentar tinha como objetivo “proibir a publicidade através de qualquer veículo de comunicação e mídia de material que contenha alusão a preferências sexuais e movimentos sobre diversidade sexual relacionados a crianças no Estado de Pernambuco”.
Após se passar 3 anos, Joel vai colocar o artigo em debate novamente, pois se ver necessário limitar a “veiculação da publicidade que incentive o consumidor do nosso Estado a práticas danosas”.
“É nossa intenção limitar a veiculação da publicidade que incentive o consumidor do nosso Estado a práticas danosas, sem interferir na competência Legislativa exclusiva da União, no que diz respeito à propaganda comercial, que, de caráter geral, não impede que o Estado legisle a respeito de assuntos específicos, como é o caso deste Projeto de Lei”, diz a justificativa.

Portal de Prefeitura

Foto Divulgação: Cedida pela Assessoria de Imprensa da Metrópole

Club Metrópole comemora 21 anos neste sábado (27); confira detalhes

O Club Metrópole, boate LGBTQIA+ na Rua das Ninfas, no bairro da Boa Vista, está completando 21 anos neste sábado (29), e vai ter festa para celebrar a maior idade a partir das 22h. Inaugurado em 2002, o espaço conquistou sua relevância como um ponto de encontro cultural e de resistência queer e na capital pernambucana, e até hoje se destaca pela sua diversidade.

Foto Divulgação: Cedida pela Assessoria de Imprensa da Metrópole

Segundo o produtor artístico da boate, Victor Bione, a festa será uma homenagem ao público LGBTQIA+, com direito até a bolo com 21 velas. A principal atração da noite é Michelle Melo, a cantora de brega romântico que mais se apresentou na boate ao longo das últimas duas décadas.

Na pista eletrônica, a cabine terá a presença do DJ Baez, vindo do Ceará, representante do movimento “house tribal”, além dos residentes Alê e Alex Bloon. “Baez é incrível e tem uma pegada do nosso público. Ele consegue traduzir o que é hoje a New York Street a melhor pista com efeitos de luz incríveis”, diz Victor Bione.

Na área externa da boate, a novidade é o ‘pocket show’ do cantor, ator e bailarino pernambucano Ciel Santos, que faz sua primeira apresentação na Metrópole. O artista é dono de uma voz andrógina e tem influências da cultura popular nordestina intercambiada com ritmos latinos e jazz.

A programação conta ainda com diversas performances de artistas trans e travestis experientes, como Márcia Vogue, Raquel Simpson, Sharlene Esse e Odilex. Entre os DJ’s, Josafá, Macaxeira e Petros também agitam a boate.

Os ingressos antecipados promocionais dos 21 anos do Club Metrópole estão à venda na plataforma Sympla, em primeiro lote, por R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia-entrada). Haverá ainda duas horas de open de espumante e duas horas de clone de Beats.

SERVIÇO
Aniversário do Club Metrópole
Quando: Sábado (29), às 22h
Onde: Club Metrópole
Ingressos: R$ 30,00 inteira e R$ 15,00 meia-entrada (Primeiro Lote), na plataforma Sympla

Folha de Pernambuco