educação infantil

Governo Federal investiu R$ 443 milhões na educação infantil no primeiro semestre de 2023

Dados que foram levantados pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos mostram números 4 vezes maiores do que o mesmo período do ano passado

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Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil
Um estudo realizado pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), a pedido da Agenda 227, movimento em defesa dos direitos de crianças e adolescentes, revelou que o governo federal destinou R$ 443,09 milhões para a educação infantil no primeiro semestre deste ano. 
Essa verba foi alocada principalmente na construção e manutenção de creches. Comparativamente, no mesmo período de 2022, foram destinados apenas R$ 110,8 milhões para essa finalidade, e em 2020, no primeiro ano de vigência do Plano Plurianual (PPA) do governo federal anterior, apenas R$ 39,3 milhões foram investidos.
O levantamento sobre a execução do orçamento na área foi realizado com base em dados do SIGA Brasil, um sistema que proporciona transparência às informações orçamentárias. A análise destaca que, em 2012, o governo mantinha 30 ações voltadas para a população infanto-juvenil, mas em 2022, essas ações foram reduzidas a apenas uma, o programa Criança Feliz, lançado em 2016, focado no atendimento a gestantes e crianças de até 3 anos do CadÚnico e crianças de até 6 anos beneficiadas pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC). No entanto, o programa enfrenta atualmente escassez de recursos.
Outra política pública mencionada no estudo é a Rede Cegonha, que, segundo a Agenda 227, tem sofrido uma “expressiva desidratação” desde 2019. A verba autorizada para o programa diminuiu 38%, passando de R$ 71,2 milhões no primeiro semestre de 2019 para R$ 44,2 milhões no primeiro semestre de 2023. Além disso, apenas 9,7% do montante liberado no primeiro semestre deste ano foi efetivamente gasto.
As entidades ressaltam a importância de aumentar o financiamento para a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança, que abrange crianças até 9 anos. No primeiro semestre de 2023, os R$ 3,09 milhões gastos foram destinados a quitar despesas de anos anteriores, de acordo com a análise do Inesc e da Agenda 227.
O estudo alerta para a necessidade de uma maior atenção e recursos destinados às políticas públicas que visam ao bem-estar e ao desenvolvimento das crianças e adolescentes no Brasil, destacando a importância de investir na educação infantil e em programas que promovam um ambiente saudável e acolhedor para essa faixa etária.

Lula busca investimentos em tecnologia com empresários japoneses

Presidente aproveitou presença no Japão por ocasião da cúpula do G7

Foto: Ricardo Sturket
Em encontro com grandes empresários japoneses, em Hiroshima, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discutiu as oportunidades de investimentos em tecnologia de ponta no Brasil, direcionados à transição energética e ao desenvolvimento do país.
De acordo com a Presidência da República, entre as oportunidades de investimentos verificadas no Brasil estão a fabricação de veículos híbridos destinados ao mercado asiático; a produção de hidrogênio verde para a siderurgia mundial, que proporciona a redução da emissão de gás carbônico; e desenvolvimentos em inteligência artificial para telecomunicações.
No Japão, Lula participou do segmento de engajamento externo da Cúpula do G7, reunião de líderes de sete das maiores economias do mundo: Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá. Desde a última sexta-feira (19) no país asiático, o presidente teve uma extensa agenda de encontros bilaterais, com reuniões com 11 chefes de governo e de entidades.
O último compromisso deste domingo foi o encontro com o “Grupo de Notáveis”, nome dado a dirigentes de grandes grupos empresariais japoneses com investimentos no Brasil. O presidente Lula destacou a necessidade de parcerias entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco do Japão para Cooperação Internacional (JBIC).
“Ainda segundo o presidente, o diálogo com o grupo prosseguirá, bem como os planos discutidos na reunião. Além disso, o governo brasileiro irá promover novos contatos entre o grupo de notáveis japoneses e o empresariado brasileiro, para ampliação de parcerias e investimentos”, explicou a Presidência, em comunicado.
Participaram da reunião empresários de grupos muito tradicionais no Japão, dos setores automotivo (Toyota), trading (Mitsui), eletrônico e comunicações (NEC) e siderúrgico (Nippon Steel), além do JBIC. Recentemente, representantes do JBIC também estiveram reunidos no Brasil com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.
Antes de embarcar para o Brasil, na manhã desta segunda-feira (22), noite de domingo no Brasil, Lula fará um balanço de sua participação na reunião do G7 e concederá entrevista coletiva à imprensa.
Agência Brasil

Lula quer atrair investimentos chineses para o Brasil

Presidente afirmou que montadora de carros assumirá fábrica da Ford

Foto: Marcelo Camargo
Às vésperas de realizar a primeira viagem oficial à China no atual mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que vai discutir com o presidente chinês, Xi Jiping, o investimento em novos ativos chineses no Brasil.
“Eu quero que os chineses compreendam que o investimento deles aqui será maravilhosamente bem-vindo. Mas não para comprar nossas empresas. [E sim] para construir coisas novas, que nós precisamos. O que estamos precisando não é vender os ativos que temos, é construir novos ativos. É disso que eu quero convencer os meus amigos da China”.
A declaração foi dada nesta quinta-feira (6), durante café da manhã com jornalistas, no Palácio do Planalto. De acordo com Lula, uma fabricante chinesa de carros elétricos vai assumir o comando da última fábrica da montadora Ford, na Bahia.
Outro ponto que o presidente quer discutir com Xi Jiping é a possibilidade de o país asiático promover um diálogo com o presidente da Rússia, Vladmir Putin, pelo fim da Guerra na Ucrânia. “Nós não concordamos com a invasão da Rússia à Ucrânia. Estou convencido que tanto a Ucrânia quanto a Rússia estão esperando que alguém de fora fale: vamos sentar para conversar”, disse Lula.
“E por que eu quero sentar para conversar com o Xi Jiping? É porque eu acho que a importância econômica, militar e política da China e a relação da China com a Rússia, e até mesmo a divergência da China com os Estados Unidos dá à China um potencial extraordinário para conversar”, acrescentou.
Sobre o conflito na Ucrânia, Lula destacou o posicionamento contrário e disse que quer propor a Xi Jiping a criação de um grupo de países pela paz na região. “A China tem peso, o Brasil tem peso. Eu acho que a Indonésia pode participar, a Índia pode participar. Vamos lá conversar com o Putin, vamos conversar com o [presidente da Ucrânia] Zelensky, vamos conversar com o [presidente dos Estados Unidos] Biden. Vamos tentar ver se encontramos um grupo de pessoas que não se conforme com a guerra. Não é necessário ter guerra”.
A viagem de Lula à China está marcada para a próxima terça-feira. O país é o maior parceiro comercial do Brasil. Entre os acordos que o presidente brasileiro vai assinar, está a formalização das transações comerciais com a China na moeda chinesa, o Renminbi, deixando de usar o dólar.
Agência Brasil