Recife

Recife solidifica economia e gera mais de 1.600 empregos formais em julho

Capital pernambucana mantém crescimento econômico e positivos resultados na geração de empregos.

Recife
Foto: Divulgação
A cidade do Recife continua a fortalecer sua economia, proporcionando um ambiente seguro para as empresas em operação, o que tem se traduzido em um aumento na criação de empregos formais. No mês de julho, a capital pernambucana registrou a criação de mais 1.626 empregos com carteira assinada, marcando o segundo melhor resultado do ano, atrás apenas de fevereiro (2.027). Esse contínuo crescimento contribui para a consolidação do mercado de trabalho na cidade.
Desde o início de 2023, todos os sete meses apresentaram resultados positivos para o Recife, totalizando a geração de mais de 8 mil novos empregos com carteira assinada nas empresas locais. Essa tendência positiva se reflete no estoque total de postos de trabalho em atividade, que atingiu a marca de 537.337.
Sob a gestão do prefeito João Campos, iniciada em janeiro de 2021, a cidade já acumulou a criação de 64.286 empregos formais, um indicativo do compromisso da administração em promover o crescimento econômico e a prosperidade local. Os dados que respaldam esses números foram divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) nesta quarta-feira.
“A economia favorável para as empresas reflete diretamente na criação de empregos formais, sinalizando segurança e previsibilidade para os investidores e empreendedores. O emprego é um indicador crucial de bem-estar social e econômico, e tem sido uma prioridade em nossas ações no âmbito da gestão pública”, destacou Joana Portela Florêncio, Secretária de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Recife.
O segundo semestre tradicionalmente apresenta um maior número de oportunidades devido às datas comemorativas e ao aumento das contratações temporárias que geralmente se convertem em posições efetivas. Essa perspectiva otimista aponta para um cenário promissor nos próximos meses.
No cenário do Nordeste, o Recife conquistou o segundo lugar no mês de julho, ficando atrás apenas de Fortaleza (3.209) e superando Teresina (1.068) e Salvador (1.010). O saldo positivo de 1.626 empregos foi resultado de 16.684 admissões e 15.058 desligamentos.
O setor de Serviços continuou a ser o principal impulsionador do saldo positivo de empregos na cidade, com 1.500 novos postos de trabalho, resultado de 10.627 contratações e 9.127 demissões em julho. A Construção Civil também contribuiu significativamente, apresentando um saldo de 329 (2.016 contratações e 1.687 demissões), enquanto a Indústria registrou um saldo de 31 (850 contratações e 819 demissões). No lado negativo, o Comércio (-195) e a Agropecuária (-39) apresentaram saldos negativos no mês.
Em relação ao grau de instrução, o maior número de contratações ocorreu entre aqueles com ensino médio completo, totalizando 1.336 admissões em julho. Pessoas com ensino superior completo somaram 114 contratações, enquanto aquelas com ensino superior incompleto totalizaram 78 admissões.
No que diz respeito à divisão por gênero, as mulheres superaram os homens na criação de empregos em julho, representando 845 novos empregos em comparação com os 781 empregos criados para os homens.
Em termos de faixa etária, os maiores saldos de empregos foram registrados entre os grupos de 18 a 24 anos (1.048), seguido pelos grupos de 25 a 29 anos (254) e de 40 a 49 anos (224).

Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) é lançado com investimentos de R$ 1,7 trilhão

Programa busca gerar emprego, reduzir desigualdades e impulsionar a economia através de nove eixos estratégicos.

Foto: MDR
Nesta sexta-feira, foi lançado o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com previsão de investimentos públicos e privados que totalizam R$ 1,7 trilhão. O evento aconteceu no Theatro Municipal do Rio de Janeiro e contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros do governo. O PAC tem como foco central a geração de empregos, a redução das desigualdades sociais e regionais, e o estímulo ao crescimento econômico.

Compromisso com a transformação

O presidente Lula destacou que o PAC representa um compromisso moral de resgatar obras paralisadas e evitar projetos inacabados. Ele enfatizou a importância de colocar a capacidade do estado a serviço dos sonhos da população brasileira. “Não vamos admitir mais que o sonho de uma nova escola, de um novo hospital, de um novo equipamento público e de uma nova estrada se torne o pesadelo de uma obra inacabada jogada às moscas”, declarou o presidente.
O programa também visa aprimorar o ambiente regulatório e o licenciamento ambiental, promover concessões e parcerias público-privadas (PPPs), incentivar a transição ecológica, expandir o crédito e oferecer incentivos econômicos. A expectativa é a geração de 4 milhões de postos de trabalho relacionados às obras do PAC.

Eixos estratégicos para o crescimento

O Novo PAC se estrutura em nove eixos de investimentos. O maior aporte, no valor de R$ 610 bilhões, será direcionado ao eixo Cidades Sustentáveis e Resilientes, que prevê a construção de moradias pelo programa Minha Casa, Minha Vida, além de investimentos em mobilidade urbana, urbanização de favelas, saneamento básico e combate a enchentes.
Para a Transição e Segurança Energética, estão destinados R$ 540 bilhões, visando expandir a capacidade de energia elétrica e a produção de combustíveis de baixo carbono, com foco em fontes renováveis.
No eixo Transporte Eficiente e Sustentável, serão investidos R$ 349 bilhões em rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e hidrovias, com o objetivo de reduzir custos de produção e aumentar a competitividade do Brasil no cenário global.
Outros eixos do programa abrangem áreas como Inclusão Digital e Conectividade (R$ 28 bilhões), Saúde (R$ 31 bilhões), Educação (R$ 45 bilhões), Infraestrutura Social e Inclusiva (R$ 2,4 bilhões), Recursos Hídricos (R$ 30 bilhões) e Defesa (R$ 53 bilhões).

Novas oportunidades em setembro

Uma próxima etapa do PAC será iniciada em setembro, com a publicação de editais que totalizam R$ 136 bilhões para a seleção de projetos prioritários de estados e municípios. Esses projetos abrangerão áreas como urbanização de favelas, abastecimento de água, esgotamento sanitário, saúde, educação, cultura e esportes.
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, ressaltou que o diálogo com os municípios será intensificado nessa fase, visando uma colaboração efetiva na execução das ações propostas pelo PAC.
População Indígena

Aumento Expressivo da População Indígena no Brasil Reflete Alcance do Censo e Sentimento de Pertencimento

Ministras Sonia Guajajara e Simone Tebet Comentam Sobre os Resultados do Censo Indígena 2022.

População Indígena
Foto: Divulgação
Em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (7), as ministras Sonia Guajajara, Ministra dos Povos Indígenas, e Simone Tebet, Ministra do Planejamento, destacaram o significativo aumento da população indígena no Brasil, evidenciado pelo recente Censo Indígena 2022 divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo revelou a existência de 1,69 milhão de indígenas no território brasileiro, representando um incremento de 88,82% em relação ao último levantamento realizado em 2010.
A Ministra Sonia Guajajara ressaltou que este é um momento oportuno para o reconhecimento da identidade indígena, uma vez que as pessoas agora se sentem mais à vontade para afirmar sua origem, contrastando com momentos passados em que negar a identidade indígena era uma medida de sobrevivência. “É sim muito significativo isso para nós”, afirmou Guajajara. Ela também destacou que o aumento expressivo da população é resultado não somente do sentimento de pertencimento, mas também de dados concretos coletados nas próprias comunidades indígenas.
O trabalho de recenseamento do IBGE foi ampliado e contou com o apoio de diversos ministérios e instituições, permitindo alcançar aldeias de difícil acesso. Ações como o uso de helicópteros da Polícia Rodoviária Federal (PRF), disponibilização de combustíveis pelas Forças Armadas e guias do Ministério dos Povos Indígenas foram cruciais para garantir uma representação mais precisa da população indígena.
A Ministra Simone Tebet enfatizou que o aumento na contagem não necessariamente significa um crescimento populacional exponencial, mas sim uma reflexão sobre a invisibilidade histórica dos indígenas, devido à falta de acesso do Estado a essas comunidades. Segundo Tebet, tal invisibilidade dificultava a formulação de políticas públicas eficientes, uma vez que era desconhecido o seu paradeiro, necessidades e perspectivas.
Em conjunto, as declarações das ministras realçam a importância do Censo Indígena 2022 como um marco para a visibilidade e reconhecimento das comunidades indígenas do Brasil. O aumento expressivo da população indígena não apenas reflete o esforço do IBGE em ampliar sua abrangência, mas também revela o progresso no reconhecimento do direito à identidade e à pertença dessas comunidades.
Trabalhadores na Indústria

Faturamento da indústria avança 1% em junho, mas indicadores reforçam perda de dinamismo em 2023

Recuo nos demais índices e queda na utilização da capacidade instalada preocupam o setor industrial.

Trabalhadores na Indústria
Foto: Reprodução
O faturamento real da indústria de transformação apresentou um avanço de 1% em junho deste ano na comparação com maio, conforme divulgado pelos Indicadores Industriais da Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quinta-feira (3). No entanto, quando comparado com o mesmo mês de 2022, o faturamento se manteve estável.
Apesar do crescimento no faturamento, outros indicadores revelam uma tendência de perda de dinamismo no setor industrial ao longo de 2023. De acordo com o relatório da CNI, os índices de rendimento médio real, massa salarial real e horas trabalhadas na indústria tiveram recuos em junho, mesmo que moderados, enquanto o emprego na indústria se manteve estável.
A utilização da capacidade instalada também permanece em trajetória de queda desde 2021, contrastando com o indicador de faturamento real da indústria de transformação, que avançou no mês de junho.
O documento da CNI ainda destaca os sinais de desaceleração do setor que levaram a um recuo no acumulado do ano do faturamento real, registrando uma diminuição de 0,2% no primeiro semestre em comparação com o mesmo período de 2022.
Em relação às horas trabalhadas na produção industrial, houve um recuo de 0,2% em junho, comparado ao mês anterior. No entanto, no acumulado do primeiro semestre de 2023, houve um avanço de 0,8% em relação ao ano anterior.

O indicador de emprego industrial permaneceu estável na passagem de maio para junho.

O rendimento médio real também apresentou uma queda de 0,1% em junho, quando comparado a maio. Apesar disso, a série histórica ainda mostra um avanço de 3,5% nos primeiros meses de 2023 em relação ao mesmo período de 2022, mesmo que tenha registrado queda em cinco dos seis primeiros meses deste ano.
A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) da indústria alcançou 78,7% em junho de 2023, sofrendo uma queda de 0,3 ponto porcentual (p.p.) em relação ao resultado de maio.
Os resultados intercalados entre positivos e negativos desde o final do ano passado preocupam o setor, já que as altas observadas não foram suficientes para reverter completamente os movimentos de queda, acumulando um recuo no faturamento ao longo do tempo, conforme constatou a CNI.
Plataforma de Petróleo

Brasil registra recorde histórico de produção de petróleo e gás em junho de 2023

Dados divulgados pela ANP revelam crescimento expressivo na produção, impulsionado pelo pré-sal e campos marítimos.

Plataforma de Petróleo
Foto: Bruno Domingos/ Reuters
Em junho de 2023, o Brasil alcançou um marco histórico em sua produção de petróleo e gás, atingindo a marca de 4,324 milhões de barris de óleo equivalente por dia (Mmboe/d). Os números, divulgados nesta terça-feira (1º) no Boletim Mensal da Produção de Petróleo e Gás Natural, revelam que esse foi o maior volume já registrado, superando o recorde anterior de 4,183 Mmboe/d em fevereiro.
A produção de petróleo, que correspondeu a 3,367 milhões de barris por dia (MMbbl/d), registrou um aumento significativo de 5,2% em relação ao mês anterior e um impressionante crescimento de 19% se comparado a junho de 2022. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) informou que esse é o maior volume já alcançado, superando o recorde anterior de 3,274 MMbbl/d em janeiro de 2023.
No caso do gás natural, a produção atingiu 152,258 milhões de metros cúbicos por dia (MMm³/d), apresentando um crescimento de 5,4% em relação a maio e de 14,6% na comparação com junho de 2022. Mais uma vez, a ANP destacou que esse foi o maior volume já registrado, superando o recorde anterior de 149 MMm³/d em outubro de 2022.
A área do pré-sal desempenhou um papel fundamental no resultado recorde, com a produção de junho alcançando 3,243 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d), o que representa 75% da produção brasileira. Nessa região, foram produzidos diariamente 2,553 milhões de barris de petróleo (bbl/d) e 109,8 milhões de metros cúbicos de gás natural (m³/d), através de 142 poços. Em comparação com o mês anterior, houve avanços de 1,5% e 17,5%, respectivamente, em relação ao mesmo período do ano anterior.
Quanto ao aproveitamento do gás natural, ele atingiu a marca de 97% em junho de 2023. O mercado contou com 55,40 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d) disponibilizados, enquanto a queima foi de 4,58 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d). Em relação ao mês anterior, a queima apresentou um aumento de 10,7%, e na comparação com junho de 2022, o aumento foi de 5,4%.
A produção de petróleo e gás concentrou-se principalmente nos campos marítimos, responsáveis por 97,6% da produção de petróleo em junho e por 83,2% da produção de gás natural no mesmo período. A Petrobras, sozinha ou em consórcio com outras empresas, foi responsável por 88,3% do total produzido. Ao todo, a produção teve origem em 6.305 poços, sendo 514 marítimos e 5.791 terrestres.
O destaque entre os campos produtores foi o Campo de Tupi, localizado no pré-sal da Bacia de Santos, que registrou uma produção de 790 mil barris diários de petróleo e 37,78 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural. A instalação com maior produção de petróleo e gás natural foi a FPSO Guanabara, na jazida compartilhada de Mero, com um volume de 177,029 mil barris diários de petróleo e 11,35 milhões de metros cúbicos por dia de gás.
A ANP destacou que variações na produção são normais e podem ocorrer devido a situações como manutenção programada, entrada em operação de novos poços e comissionamento de unidades de produção. Essas ações visam garantir a operação estável e contínua, bem como o aumento da produção ao longo do tempo. Com o cenário atual, o Brasil fortalece sua posição no mercado global de petróleo e gás, consolidando-se como um dos principais players do setor.
Consumo das Famílias Estar Crescendo

Consumo nos Lares Brasileiros Apresenta Crescimento de 2,47% no Primeiro Semestre, Impulsionado por Programas de Transferência de Renda e Aumento do Poder Aquisitivo

Indicadores positivos favorecem aumento do consumo nos supermercados, impulsionando a economia.

Consumo das Famílias Estar Crescendo
Foto: Carlos Ivan/ Agência globo
O consumo nos lares brasileiros registrou um aumento de 2,47% no primeiro semestre deste ano, de acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Em comparação com o mesmo mês do ano anterior, a alta foi ainda mais expressiva, alcançando 6,96%. Esses resultados são impulsionados por fatores como o recuo do desemprego, reajustes salariais e a consolidação de programas de transferência de renda.
O vice-presidente da Abras, Marcio Milan, destaca que o consumo apresentou crescimento consistente e gradual ao longo do semestre, impulsionado pelo aumento da renda disponível nas famílias. Ele ressalta que, para os próximos meses, a expectativa é de um consumo crescente, especialmente com a menor pressão inflacionária sobre a cesta de alimentos e a proximidade de datas importantes de compras, como o Dia dos Supermercados, a Black Friday e as festas de fim de ano.
Os indicadores de consumo são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a Abras, o aumento do consumo foi influenciado pelo montante de aproximadamente R$ 85,4 bilhões em recursos provenientes de programas de transferência de renda do governo federal, como o Bolsa Família, o Primeira Infância, o Benefício Variável Familiar e os Auxílios Gás.
Além disso, os reajustes do salário mínimo em janeiro e maio, o aumento das bolsas de educação Capes e CNPQ, os reajustes dos servidores civis do Poder Executivo, o resgate do PIS/Pasep, o pagamento de lotes residuais de Imposto de Renda 2022, a ampliação da isenção do imposto de renda e os pagamentos de restituição do Imposto de Renda contribuíram significativamente para impulsionar o consumo no período.
Os dados da Abras revelam que o valor da cesta de 35 produtos de largo consumo, que engloba alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza, registrou uma queda de 1,75% no semestre. Em junho, todas as regiões pesquisadas apresentaram deflação nos preços da cesta, que teve uma média nacional de R$ 741,23, representando uma redução de 1,20% em relação a maio.
As carnes foram os principais produtos da cesta com o maior recuo de preços no período. Entre os itens básicos, óleo de soja, café torrado e moído e farinha de trigo apresentaram as maiores quedas no semestre, enquanto farinha de mandioca, leite longa vida, arroz e feijão registraram altas.
No segmento de hortifrutis, com condições climáticas mais favoráveis, a única alta de preço no acumulado do ano foi registrada no tomate, enquanto cebola e batata apresentaram quedas no período.
Em relação à cesta de limpeza, os preços ficaram praticamente estáveis em junho, mas no acumulado do semestre, desinfetantes, sabão em pó, detergente líquido para louças e água sanitária foram os produtos que tiveram aumento de preços.
No setor de higiene e beleza, sabonete, creme dental, papel higiênico e xampu foram os itens que apresentaram aumento de preços no período.
Analisando regionalmente, a maior queda no indicador ocorreu na Região Norte, seguida pelo Centro-Oeste, Nordeste, Sudeste e Sul.
Para os próximos meses, a Abras prevê um cenário otimista para o consumo, com a expectativa de que o pagamento do 13º salário dos trabalhadores com carteira assinada e a liberação de três lotes de restituições do Imposto de Renda 2023 contribuam para estimular ainda mais as compras das famílias. Além disso, datas importantes para o varejo, como o Dia dos Supermercados, o Dia dos Pais, o Dia das Crianças, a Black Friday, o Natal e o Ano Novo, devem impulsionar o consumo nos supermercados e alavancar a economia do país.

CNI eleva previsão de crescimento do PIB deste ano de 1,2% para 2,1%

Previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023

Foto: Volkswagen/Divulgação

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) elevou de 1,2% para 2,1% a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023. Contudo, essa melhora na conjuntura não está relacionada com a recuperação da produção industrial e sim pelo impulso que o agronegócio deu no PIB do primeiro trimestre do ano, que avançou 1,9%, em relação aos três meses anteriores, acima das expectativas do mercado.
De acordo com as projeções da entidade, produção da indústria nacional segue em desaceleração e deverá crescer 0,6% neste ano, com queda de 0,9% na indústria da transformação.
Os dados fazem parte do Informe Conjuntural da CNI – 2º trimestre de 2023 divulgado, nesta quinta-feira (13), pela entidade. A instituição define o quadro como “particularmente desafiador para a indústria e para as atividades do varejo mais sensíveis ao crédito”.
De acordo com a entidade, é preciso ter cautela ao analisar os novos dados para o PIB Brasileiro, porque a alta de 2,1%, neste ano, reflete a expectativa de aumento de 13,2% do PIB da agropecuária, no entanto, a indústria e o serviços desaceleraram, o que mostra uma economia menos saudável do que a desejada.
“A expansão de 2,1% é relevante, mas se isolarmos o resultado da agropecuária, o ritmo de crescimento do Brasil desacelerou. A indústria enfrenta os efeitos dos juros altos, com restrição no crédito bancário, o que vemos penalizar tanto empresários quanto consumidores. Além disso, o setor de serviços, que acumulou avanços expressivos desde 2020, também agora se encontra em movimento de desaceleração”, explica o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, em nota da entidade.
A CNI prevê, por exemplo, crescimento de 1,5% na indústria da construção neste ano, após os avanços de 6,9%, em 2022, e de 10%, em 2021. “O forte aumento dos custos da construção e o ambiente de juros altos contribuíram para a perda de dinamismo em 2023. As alterações feitas ao programa Minha Casa Minha Vida anunciadas em junho deste ano devem ter efeitos em 2024”, de acordo com a CNI.
“O Brasil tem dificuldades de crescimento porque, apesar de termos uma superprodução de produtos agrícolas, falta competitividade à indústria nacional, principalmente pela complexidade do sistema tributário. Os juros são exorbitantes, tornam o crédito mais escasso e prejudicam a indústria e os consumidores”, destacou o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, no comunicado. Segundo ele, as expectativas são positivas, com o avanço da reforma tributária no Congresso e a queda da inflação, “que permitirá ao Banco Central iniciar a redução dos juros”. “Além disso, o governo precisa acelerar a implementação de uma política industrial, para que o país tenha uma maior inserção nas cadeias globais de produção, de forma inovadora e sustentável”, acrescentou.
Pelas projeções da CNI, o consumo das famílias deverá crescer 1,8%, neste ano, sustentado pelo aumento de 6,8% na massa de rendimento real, “pois a concessão de crédito à pessoa física tem caído desde setembro de 2022, com avanço apenas em março de 2023”. “Estímulos fiscais, como as mudanças no Bolsa Família em janeiro de 2023, também deverão contribuir com o avanço do consumo em segmentos como mercados e farmácias”, acrescentou a entidade, que prevê ainda queda de 3,6% em termos reais no mercado de crédito.
A CNI estima uma taxa de desemprego de 8,3% no fim deste ano, decorrente do aumento de 2% no número de pessoas ocupadas no quarto trimestre do ano, na comparação com o mesmo período de 2022. Isso vai representar recuo de 1 ponto percentual na taxa de desocupação média.
Apesar de a inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ter acumulado alta de 3,16%, no acumulado em 12 meses até junho, a CNI estima aumento do IPCA no encerramento do ano, de 4,9% – acima do teto da meta de 2023, de 4,75%. Assim como o consenso do mercado, a projeção da entidade para a taxa básica da economia (Selic), atualmente em 13,75% anuais, é de recuo até 12% ao ano, em dezembro.
A CNI ainda projeta aumento da dívida pública neste ano após dois anos de queda. Pelas estimativas da entidade, o setor público consolidado – que engloba governos federal e regionais (estados e municípios) e as estatais – deve registrar um deficit primário de 1,1% do PIB, contra o saldo positivo de 1,3% do PIB de 2022.

Correio Braziliense/DP

Ipea projeta maior crescimento e menor inflação em 2023

Nova previsão é que o PIB cresça 2,2% em 2023

Foto: Marcelo casal JR/Agência Brasil

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), diante dos avanços observados na economia brasileira nos três primeiros meses do ano, reviu as previsões econômicas e espera que o Brasil cresça mais e que a inflação seja menor do que o esperado anteriormente para 2023. As novas previsões e as análises do instituto foram divulgadas hoje (5), na Visão Geral da Conjuntura.
A nova previsão do instituto é que o Produto Interno Bruto (soma de todos os bens e serviços finais produzidos no país – PIB) cresça 2,2% em 2023. A antiga previsão, até março, era de um crescimento de 1,4%. Já a inflação deve ser menor. A previsão da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas (Dimac) para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 5,6% para 5,1% em 2023.
De acordo com o relatório, a revisão da previsão do PIB em 2023 ocorreu após o crescimento dos primeiros três meses do ano ter superado as expectativas do Ipea. A previsão do instituto para o período era um crescimento de 1,2% em relação ao período anterior, ou seja, em relação aos últimos três meses de 2022, e que avançasse 2,7% em comparação com os primeiros três meses de 2022. O crescimento, no entanto, foi maior, 1,9% em relação ao trimestre anterior e 4% em relação ao mesmo período de 2022.
A inflação menor que a esperada, por sua vez, ocorre também devido à valorização do real brasileiro, que junto com a deflação das cotações das commodities resulta em força que pressiona para baixo os preços no atacado, induzindo a um cenário de desinflação no varejo e nos preços ao consumidor. Para o restante do ano, portanto, a perspectiva é, segundo a análise divulgada, de estabilidade.
No documento, os pesquisadores detalham alguns fatores que contribuem com o cenário projetado. Dentre eles, o aumento da demanda por commodities brasileiras, motivada, entre outros fatores, pela reabertura econômica da China. Este ano, o Brasil registrou recordes de superávit mensal na balança comercial para o mês, puxados pelo aumento das exportações de commodities como petróleo, minério de ferro, milho e soja.
Dentro do país, o Ipea aponta duas forças distintas em direções opostas. De um lado, a manutenção por período prolongado de taxas de juros elevadas por parte da autoridade monetária, alcançando o valor médio anualizado de 45% no mercado de crédito, o que pressiona para baixo o crescimento. De outro, impulsionam o crescimento, as medidas fiscais que permitem a sustentação da renda das famílias, assim como a elevação da demanda pública, tanto do consumo do governo como dos investimentos públicos.
O Ipea destaca ainda que novas medidas continuam atuando no sentido de sustentar a renda das famílias no segundo trimestre do ano como um novo aumento do salário mínimo, reajuste dos salários dos funcionários públicos federais, antecipações do abono salarial e os ajustes do valor do Bolsa Família.

Agência Brasil