PIX

PIX: Banco Central planeja novas funcionalidades para pagamentos instantâneos

Uso em pedágios, estacionamentos e transportes públicos, além de operações internacionais, estão entre as possíveis ampliações

PIX
Foto: Divulgação/Banco Central
O Banco Central anunciou, nesta segunda-feira (4), que está planejando expandir as funcionalidades do PIX, o sistema de pagamentos instantâneos desenvolvido pela instituição. A ideia é permitir que o PIX seja utilizado para novos propósitos no futuro.
No relatório de gestão do PIX, que avalia o desempenho da ferramenta entre 2020 e 2022, o Banco Central destacou que as tecnologias que agilizam as experiências de pagamento podem ser benéficas, especialmente em casos específicos, como pagamentos de pedágios em rodovias, estacionamentos e transporte público.
Além disso, o Banco Central reafirmou a possibilidade de expansão do uso do PIX para operações internacionais, incluindo remessas, transações entre empresas e pagamentos no exterior por bens e serviços.
Um dos pontos de destaque no relatório é a sugestão de que o PIX possa ser uma alternativa ao cartão de crédito. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, mencionou anteriormente essa possibilidade e, no relatório, o BC menciona a viabilidade de estabelecer regras padronizadas que permitam o uso do PIX para pagamentos a prazo ou parcelados, reduzindo o risco de crédito para o beneficiário em casos de inadimplência do pagador.
O Banco Central também observou que o setor financeiro tem desenvolvido soluções próprias que permitem o parcelamento de compras com o PIX, como vincular uma concessão de crédito pessoal à transação PIX ou permitir o pagamento de transações PIX na fatura do cartão de crédito.
PIB

Prévia do PIB: atividade econômica cresceu 0,63% em junho, indica Banco Central

Projeções para o crescimento do PIB em 2023 são revisadas

PIB
Foto: Agência Brasil
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), que é visto como uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, mostrou um crescimento de 0,63% na atividade econômica em junho, comparado a maio. A divulgação dessa informação ocorreu nesta segunda-feira (14) pelo Banco Central.
O mês anterior, maio, havia registrado uma retração de 2% na atividade econômica. O Banco Central apresenta o dado, mas não oferece análises detalhadas ou motivações para as variações do índice. No acumulado do segundo trimestre, de abril a junho, o indicador indica uma expansão de 0,43% na economia.
O próximo anúncio oficial do Produto Interno Bruto está programado para 1º de setembro, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentará os números referentes ao segundo trimestre de 2023.
Em junho, o IBGE havia informado que o PIB brasileiro cresceu 1,9% no primeiro trimestre de 2023 em relação ao trimestre anterior, totalizando R$ 2,6 trilhões. Em comparação com o mesmo período de 2022, a alta foi de 4%.
O crescimento observado no primeiro trimestre levou bancos, analistas e o próprio governo a revisarem suas projeções para o crescimento econômico em 2023.
No Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (14), a mediana das estimativas para o crescimento do PIB em 2023 foi ajustada de 2,26% para 2,29%. Entretanto, as projeções para os anos seguintes permanecem em 1,3%, 1,90% e 2%, respectivamente.
Pix

Brasileiros poderão utilizar pix na função crédito

O anúncio foi feito pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto

Pix
Foto: Reprodução 

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, anunciou que os consumidores terão a possibilidade de realizar compras na função crédito utilizando o sistema de pagamentos instantâneos Pix.

Isso significa que as pessoas poderão efetuar pagamentos por meio do Pix sem necessariamente utilizar o cartão de crédito. Essa mudança oferecerá aos consumidores mais uma opção de pagamento, tornando as transações ainda mais convenientes.

Além disso, o Banco Central está planejando lançar uma ferramenta chamada “agregador financeiro”. Essa ferramenta consistirá em um aplicativo que visa concentrar diversos produtos e serviços bancários em um único ambiente. Essa abordagem integrada tem o objetivo de simplificar e facilitar o acesso dos usuários a diferentes serviços financeiros, proporcionando uma experiência mais fluida e acessível para as operações bancárias.

Campos Neto apontou que o grande problema do endividamento do brasileiro é o cartão de crédito15/02/2023

Presidente do Banco Central Propõe Medidas para Reduzir Juros e Inadimplência nos Cartões de Crédito

Alta taxa de juros do crédito rotativo é o grande vilão do endividamento do brasileiro.

Campos Neto apontou que o grande problema do endividamento do brasileiro é o cartão de crédito15/02/2023
Foto: REUTERS/Adriano Machado
Em uma audiência pública realizada no Senado nesta quinta-feira (10), o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, apresentou propostas contundentes para enfrentar a preocupante taxa de juros do crédito rotativo e o crescente problema da inadimplência nos cartões de crédito. O cenário atual evidencia uma taxa de juros estratosférica de 437,3% ao ano no crédito rotativo, um número que levou as autoridades monetárias a buscar soluções drásticas para reverter a situação.
Campos Neto expôs que uma das medidas em estudo é a extinção do crédito rotativo em sua forma atual, que permite que os consumidores paguem apenas o valor mínimo da fatura, resultando em juros exorbitantes sobre o saldo remanescente. A proposta em discussão visa encaminhar diretamente os devedores para um parcelamento de dívida mais estruturado, com taxas de juros mais razoáveis, em torno de 9% ao mês, uma redução significativa em relação à média atual de 15%.
Segundo o presidente do Banco Central, o grande vilão por trás do endividamento excessivo dos brasileiros é o cartão de crédito. Ele argumenta que essa situação é uma consequência do parcelamento sem juros, que, embora tenha impulsionado o comércio, também ampliou consideravelmente a inadimplência. Campos Neto destacou a rápida expansão do uso de cartões de crédito, passando de pouco mais de cem milhões para 215 milhões em apenas dois anos e meio, o que resultou em uma inadimplência alarmante de 52%.
A proporção das compras realizadas por meio de cartões de crédito atingiu 40% do total no Brasil, indicando a centralidade desse meio de pagamento na economia. O presidente do BC chegou a mencionar a possibilidade de estabelecer um limite nos juros dos cartões, mas também alertou para os possíveis impactos negativos no consumo e na disponibilidade de crédito para consumidores considerados de alto risco.
Para incentivar um comportamento financeiro mais responsável, Roberto Campos Neto sugeriu a criação de tarifas que desestimulem parcelamentos longos e irresponsáveis. Ele enfatizou que tal medida não tem a intenção de proibir, mas sim de fomentar a disciplina financeira entre os consumidores, preservando o consumo sustentável.
O presidente do Banco Central assegurou que uma solução concreta para essa questão será apresentada em até 90 dias, após construtivo diálogo com representantes legislativos. O deputado Elmar Nascimento, autor do projeto de lei do programa de renegociação de dívidas “Desenrola”, e o deputado Alencar Santana, relator da PL, estão colaborando nesse processo.
O Ministério da Fazenda também está empenhado em buscar soluções para os elevados juros no crédito rotativo dos cartões de crédito. O ministro Fernando Haddad afirmou que a taxa de juros deverá cair consideravelmente, embora possa permanecer alta durante um período de transição.
O deputado Alencar Santana, confirmou que o projeto de lei que receberá a medida provisória do Desenrola Brasil abordará igualmente a questão dos juros no crédito rotativo dos cartões. O parlamentar destacou que tem ouvido as perspectivas do governo, das instituições financeiras e do setor varejista para moldar uma abordagem abrangente e eficaz.
Nesse contexto, a sociedade brasileira observa com atenção as movimentações das autoridades monetárias e legislativas para encontrar uma solução equilibrada que promova a redução dos juros abusivos, combata a inadimplência e encoraje uma cultura financeira mais consciente entre os cidadãos.
Dinheiro esquecido

Brasileiros deixam de resgatar R$ 7,18 bilhões em recursos esquecidos, informa Banco Central

Apenas 27,37% dos correntistas aproveitaram o Sistema de Valores a Receber para reaver quantias, revelam estatísticas atualizadas.

Dinheiro esquecido
Foto: Marcello Casal JR/AGB
O Banco Central (BC) revelou que os brasileiros ainda não retiraram cerca de R$ 7,18 bilhões em recursos esquecidos no sistema financeiro até o final de junho. O Sistema de Valores a Receber (SVR) tem se empenhado em disponibilizar essas quantias esquecidas, das quais até agora R$ 4,43 bilhões foram devolvidos, de um total de R$ 11,61 bilhões providenciados pelas instituições financeiras.
As estatísticas relativas ao SVR, embora apresentadas com uma defasagem de dois meses, apresentam um panorama preocupante. Até o fechamento de junho, somente 27,37% dos correntistas, totalizando 15.047.629 beneficiários, aproveitaram a oportunidade de resgatar os valores. Esse número representa uma parcela diminuta dos 54.975.627 correntistas listados desde o início do programa, em fevereiro do ano anterior.
Do total de beneficiários que já efetuaram os resgates, 14.475.821 são pessoas físicas, enquanto 571.808 são pessoas jurídicas. Em contrapartida, um considerável contingente de 37.113.119 pessoas físicas e 2.814.879 pessoas jurídicas ainda não realizaram o resgate de suas quantias esquecidas.
A maioria dos recursos não resgatados diz respeito a quantias menores. Valores de até R$ 10 concentram 63,07% dos beneficiários, seguidos por valores entre R$ 10,01 e R$ 100, representando 24,99% dos correntistas. Quantias entre R$ 100,01 e R$ 1 mil abrangem 10,18% dos clientes, enquanto apenas 1,77% têm direito a receber montantes superiores a R$ 1 mil.
Após quase um ano de inatividade, o SVR foi reaberto em março, trazendo consigo inovações significativas, como a capacidade de impressão de telas e protocolos para compartilhamento via WhatsApp. O sistema também passou a abranger todos os tipos de valores previstos na norma do SVR e introduziu uma sala de espera virtual, permitindo consultas no mesmo dia, sem a necessidade de um cronograma por ano de nascimento ou fundação da empresa.
Além disso, o SVR agora possibilita a consulta de valores de pessoas falecidas, com acesso concedido a herdeiros, testamenteiros, inventariantes ou representantes legais. Transparência foi adicionada ao sistema de contas conjuntas: ao requisitar o resgate de um valor esquecido, um dos titulares permite que o outro visualize as informações pertinentes, como valor, data e CPF do requerente.
O acréscimo de fontes de recursos anteriormente esquecidos também é notável. Contas de pagamento pré ou pós-pagas encerradas, contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas, assim como outros recursos disponíveis nas instituições, foram incorporados ao sistema.
Nesse contexto, é essencial destacar a recomendação do Banco Central para que os correntistas permaneçam vigilantes quanto a golpes de estelionatários que afirmam intermediar resgates de valores esquecidos. O BC enfatiza que todos os serviços do Valores a Receber são totalmente gratuitos e que não envia links ou entra em contato para discutir valores a serem resgatados ou confirmar informações pessoais.
O Banco Central esclarece que apenas a instituição financeira identificada na consulta do Sistema de Valores a Receber está autorizada a contatar os cidadãos, alertando-os para que não compartilhem senhas e informando que nenhum indivíduo está autorizado a fazer tal solicitação. Com estas precauções e com as melhorias implementadas no SVR, espera-se que um maior número de brasileiros possa aproveitar os recursos esquecidos e garantir o seu direito ao resgate.
Dinheiro na Poupança

Saldo da Poupança Tem Novo Déficit em Julho, mas com Melhora em Relação ao Ano Passado

Saídas superam entradas em R$ 3,58 bilhões, porém resultado é menos negativo em comparação a 2022.

Dinheiro na Poupança
Foto: José Cruz/AGB
Após apresentar um ingresso líquido positivo no mês de junho, o saldo da aplicação na caderneta de poupança voltou a sofrer queda, registrando mais saques do que depósitos no mês de julho. De acordo com o relatório divulgado nesta segunda-feira (7) pelo Banco Central (BC), as saídas superaram as entradas em R$ 3,58 bilhões.
O resultado negativo observado em julho, no entanto, apresentou uma melhora significativa em relação ao mesmo período do ano passado. Em julho de 2022, os brasileiros realizaram saques que excederam os depósitos em expressivos R$ 12,66 bilhões.
No último mês, o montante aplicado na poupança totalizou R$ 326,61 bilhões, enquanto os saques somaram R$ 330,19 bilhões. Os rendimentos creditados nas contas de poupança alcançaram a marca de R$ 6,16 bilhões.
Com os resultados apurados em julho, a poupança acumula um déficit líquido de R$ 70,22 bilhões nos primeiros sete meses do ano. Vale ressaltar que em 2022, a caderneta enfrentou uma retirada líquida recorde de R$ 103,24 bilhões, em um cenário caracterizado por altos índices de inflação e endividamento.
Os rendimentos da poupança retomaram sua vantagem sobre a inflação, impulsionados pelos aumentos da taxa Selic, que representa os juros básicos da economia. No entanto, outras modalidades de aplicações de renda fixa ainda se mostram mais atrativas que a poupança.
Em contrapartida, é importante relembrar que no ano de 2020, a poupança havia alcançado um saldo líquido positivo recorde de R$ 166,31 bilhões. Tal feito foi influenciado por fatores como a instabilidade no mercado de títulos públicos no início da pandemia de Covid-19 e a inclusão do auxílio emergencial, que foi depositado em contas poupança digitais da Caixa Econômica Federal.
Selic

Taxa básica de juros teve a primeira redução de 0,5 pontos porcentuais, primeira queda em três anos

Desde 2020, o Copom não reduzia a Selic, que ficou estagnada em 13,75% por um ano

Selic
Foto: Reprodução

O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), decidiu reduzir a taxa de juros básica do Brasil depois de três ano. Desde 2022, a Selic estava em 13,75% ao ano, com o corte a taxa passa para 13,25%.
Já era esperada uma redução, porém a dúvida sobre a porcentagem. A votação do Copom para diminuir em 0,5 pontos porcentuais a Selic foi acirrada, com 5 votos a favor e 4 contras. Os membros que discordaram queriam um corte de 0,25. A queda da inflação foi principal responsável pela decisão do Copom de cortar os juros.
“O Comitê avalia que a melhora do quadro inflacionário, refletindo em parte os impactos defasados da política monetária, aliada à queda das expectativas de inflação para prazos mais longos, após decisão recente do Conselho Monetário Nacional sobre a meta para a inflação, permitiram acumular a confiança necessária para iniciar um ciclo gradual de flexibilização monetária”, justificou o Copom em nota.
O BC informou que a expectativa é de nova redução nas próximas reuniões. Entretanto, o comitê disse que o ambiente econômico ” mostra-se incerto, com alguma desinflação sendo observada na margem, mas em um ambiente marcado por núcleos de inflação ainda elevados e resiliência nos mercados de trabalho de diversos países”.
O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que esperava por uma redução menor, de 0,75 ponto percentual. O Governo Lula tem pressionado o BC desde o início da gestão para o presidente do banco, Campos Neto, diminuir a Selic.

Crédito deve crescer 7,7% neste ano, prevê Banco Central

 Crédito deve crescer 7,7% neste ano, prevê Banco Central

Foto: Marcello Casal JR/Agência Brasil
O Banco Central (BC) prevê que o volume de crédito bancário crescerá 7,7% em 2023. A projeção teve uma ligeira alta diante da previsão anterior de 7,6%, divulgada em março deste ano, e continua indicando um processo de desaceleração do crédito, “compatível com o ciclo de aperto monetário” de alta na taxa Selic, os juros básicos da economia.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC mantém a taxa Selic em 13,75% ao ano desde agosto do ano passado, o maior nível desde janeiro de 2017, apesar da queda da inflação e das pressões de parte do governo para redução dos juros básicos.
A Selic é o principal instrumento do BC para alcançar a meta de inflação porque a taxa causa reflexos nos preços, já que juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança, evitando a demanda aquecida. Os efeitos do aperto monetário são sentidos no encarecimento do crédito e na desaceleração da economia.
A nova estimativa incorpora os novos dados do mercado de crédito e a revisão do cenário macroeconômico futuro. As informações são do Relatório de Inflação, publicação trimestral do BC, divulgado nesta quinta-feira (29).
“Os dados do mercado de crédito divulgados desde o relatório anterior mostram evolução do saldo dos empréstimos às famílias acima do esperado, principalmente no segmento direcionado, enquanto os financiamentos às empresas recuaram de forma mais intensa, destacando-se o segmento livre”, informou o órgão.

Previsão por segmento

Para 2023, a projeção de crescimento do estoque do crédito livre para pessoas físicas aumentou de 8% para 9%, “refletindo a maior resiliência observada nas concessões até abril de 2023”. Por sua vez, a projeção de crescimento do crédito livre às empresas foi reduzida de 6% para 3%, “devido à desaceleração mais intensa do que a esperada no primeiro quadrimestre do ano”.
“Esse movimento decorre, em parte, da oferta de crédito relativamente restritiva no início do ano, uma consequência tanto das condições gerais da economia, incluindo o estágio atual do ciclo monetário, como de repercussões do caso Americanas”, explicou o BC.
Em recuperação judicial desde janeiro, as Lojas Americanas enfrentam uma crise desde a revelação de “inconsistências contábeis” de R$ 20 bilhões. Posteriormente, o próprio grupo admitiu que os débitos com as instituições de crédito podem chegar a R$ 43 bilhões.
O crédito livre é aquele em que os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes. Já o crédito direcionado tem regras definidas pelo governo e é destinado, basicamente, aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcrédito.
A desaceleração do crédito livre foi parcialmente contrabalançada por um crescimento do crédito direcionado. Nesse segmento, a projeção de crescimento do saldo de pessoas físicas aumentou de 9% para 11%, diante da maior disponibilização de crédito rural no começo do ano.
A revisão, por outro lado, também reflete a desaceleração ainda discreta do saldo do crédito imobiliário, a despeito da retração nas concessões observada desde meados de 2021. “Vale lembrar que, como os prazos da modalidade são altos e as amortizações relativamente pequenas em comparação ao saldo, movimentos das concessões têm impacto mais defasado na carteira de crédito”, explicou o BC.
Por fim, no segmento de pessoas jurídicas, no crédito direcionado, a projeção foi mantida em 7%.
Agência Brasil

Lula critica decisão de manter Selic em 13,75% e pede explicação a Campos Neto

 Presidente considera a decisão do Copom “irracional” diante da atual situação econômica

Foto: Divulgação

O presidente Lula (PT) voltou a expressar críticas a Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, após o Comitê de Política Monetária (Copom) optar por manter a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% durante reunião finalizada ontem, quarta-feira(21). O petista classificou a decisão como “irracional”.

Durante uma coletiva de imprensa em Roma, na Itália, Lula afirmou que a sociedade brasileira está questionando a postura do Banco Central e que é incompreensível ter uma taxa de 13,75% diante de uma inflação de 5%.

O presidente brasileiro também reforçou a exigência de uma explicação por parte de Campos Neto no Senado Federal. Aliados de Lula têm defendido a demissão do presidente do BC pelos senadores.

Lula ressaltou a responsabilidade de Campos Neto em cumprir a lei, que determina o cuidado com a inflação, o crescimento econômico e a geração de empregos. Ele enfatizou que o presidente do Banco Central deve ser cobrado por suas ações.

Além disso, o presidente afirmou que, em sua visão, Campos Neto estaria atuando contra a economia brasileira, considerando a taxa de juros em 13,75% como inexplicável e sem justificativa. Lula reiterou sua opinião de que o presidente do BC está agindo contra os interesses econômicos do país.

Pix

Banco Central estuda novidades para o Pix e portabilidade do rotativo do cartão

 Entre as medidas estudadas, estão portabilidade do rotativo do cartão, Pix Automático, BolePix e Pix Garantido; saiba os principais detalhes 


Pix
Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil
O Banco Central (BC) vem estudando novidades para o Pix, sistema de transferências e pagamentos instantâneos que se tornou uma febre no Brasil, e também analisa a possibilidade de tornar efetiva a portabilidade das dívidas do rotativo do cartão de crédito.

Algumas dessas possíveis medidas foram antecipadas pelo diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução, Renato Dias de Brito Gomes, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.

Veja o que está em estudo:

Portabilidade do rotativo

Segundo Gomes, a portabilidade do rotativo, que já é utilizada nos
Estados Unidos, aumentaria a concorrência. O modelo permitiria ao
consumidor escolher o banco de sua preferência para pagar as dívidas e
negociar taxas menores. “Se o sujeito não passa a dívida do cartão de
uma instituição para outra, tem pouca pressão sobre os juros”, afirma o
diretor do BC.

A portabilidade já é possível no Brasil, mas, segundo o BC, há muitas
dificuldades no caso das dívidas do rotativo. “Os juros do rotativo
estão em níveis bastante elevados. Isso gera muita preocupação no
governo. Aqui no BC também existe uma preocupação diante desses números
tão inflados”, afirma Gomes.

Em abril (último dado disponível), os juros do rotativo do cartão de
crédito foram de 447,7% ao ano, o maior patamar desde 2017. A
inadimplência superou 51% no período.

Novidades no Pix

Em relação ao Pix,
o BC estuda a criação do Pix Automático, que seria uma versão mais
avançada do débito automático. Atualmente, este modelo funciona por meio
de um convênio entre a prestadora de serviços e os bancos. Se o cliente
quiser fazer o débito automático, precisa ser cliente de algum desses
bancos que possuem convênio. Com o Pix Automático, o pagamento poderia
ser efetuado diretamente.

De acordo com o BC, o Pix Automático funcionaria para serviços de
telefonia, energia, streaming, pagamentos recorrentes e compra de um
produto com parcelamento longo, entre outros exemplos.

BolePix

O BolePix seria uma versão do Pix para boleto – uma replicação do
boleto, na verdade. Nesse caso, o QR Code apareceria como boleto e o
cliente poderia fazer o pagamento via Pix. O sistema já avisaria, na
hora do pagamento, se o boleto foi pago ou não. A expectativa do BC é a
de que o BolePix já entre em funcionamento em 2024.

Pix Garantido

Ainda em fase de desenvolvimento, o Pix Garantido é uma solução que
estimularia a competição para a operação de crédito no ponto de compra.

Na prática, será possível parcelar compras pelo Pix, com garantia de recebimento para quem vender.

“Há soluções em que (o consumidor) vai finalizar uma compra e a firma
liga (conecta) às instituições financeiras que vão oferecer a opção de
crédito para a finalização da compra via Pix”, afirma o diretor do BC.

“Como existem muitas oportunidades e não sabemos exatamente como o
modelo de negócios vai avançar, demos um passo atrás, estamos observando
como avança. Mas é algo que nós vemos como vemos com bom olhos”,
completa Gomes.

Metrópoles