Resolução exige que instituições informem clientes sobre qualquer vazamento ou incidente de segurança relacionado ao Pix
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Foto: Divulgação/Banco Central |
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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, anunciou que os consumidores terão a possibilidade de realizar compras na função crédito utilizando o sistema de pagamentos instantâneos Pix.
Isso significa que as pessoas poderão efetuar pagamentos por meio do Pix sem necessariamente utilizar o cartão de crédito. Essa mudança oferecerá aos consumidores mais uma opção de pagamento, tornando as transações ainda mais convenientes.
Além disso, o Banco Central está planejando lançar uma ferramenta chamada “agregador financeiro”. Essa ferramenta consistirá em um aplicativo que visa concentrar diversos produtos e serviços bancários em um único ambiente. Essa abordagem integrada tem o objetivo de simplificar e facilitar o acesso dos usuários a diferentes serviços financeiros, proporcionando uma experiência mais fluida e acessível para as operações bancárias.
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Foto: Marcelo Casall Jr/Agência Brasil |
Essas transferências foram realizadas para usuários finais, totalizando 142,4 milhões de operações na última sexta-feira (4). Mesmo com essa alta demanda, o Pix operou de forma estável ao longo do dia, de acordo com informações do Banco Central.
Desde sua criação em novembro de 2020, o Pix acumula mais de 151,9 milhões de usuários, incluindo 139,4 milhões de pessoas físicas e 12,5 milhões de pessoas jurídicas. Além disso, o sistema alcançou a marca de movimentação mensal de mais de R$ 1,36 trilhão em junho.
Algumas dessas possíveis medidas foram antecipadas pelo diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução, Renato Dias de Brito Gomes, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.
Veja o que está em estudo:
Segundo Gomes, a portabilidade do rotativo, que já é utilizada nos
Estados Unidos, aumentaria a concorrência. O modelo permitiria ao
consumidor escolher o banco de sua preferência para pagar as dívidas e
negociar taxas menores. “Se o sujeito não passa a dívida do cartão de
uma instituição para outra, tem pouca pressão sobre os juros”, afirma o
diretor do BC.
A portabilidade já é possível no Brasil, mas, segundo o BC, há muitas
dificuldades no caso das dívidas do rotativo. “Os juros do rotativo
estão em níveis bastante elevados. Isso gera muita preocupação no
governo. Aqui no BC também existe uma preocupação diante desses números
tão inflados”, afirma Gomes.
Em abril (último dado disponível), os juros do rotativo do cartão de
crédito foram de 447,7% ao ano, o maior patamar desde 2017. A
inadimplência superou 51% no período.
Em relação ao Pix,
o BC estuda a criação do Pix Automático, que seria uma versão mais
avançada do débito automático. Atualmente, este modelo funciona por meio
de um convênio entre a prestadora de serviços e os bancos. Se o cliente
quiser fazer o débito automático, precisa ser cliente de algum desses
bancos que possuem convênio. Com o Pix Automático, o pagamento poderia
ser efetuado diretamente.
De acordo com o BC, o Pix Automático funcionaria para serviços de
telefonia, energia, streaming, pagamentos recorrentes e compra de um
produto com parcelamento longo, entre outros exemplos.
O BolePix seria uma versão do Pix para boleto – uma replicação do
boleto, na verdade. Nesse caso, o QR Code apareceria como boleto e o
cliente poderia fazer o pagamento via Pix. O sistema já avisaria, na
hora do pagamento, se o boleto foi pago ou não. A expectativa do BC é a
de que o BolePix já entre em funcionamento em 2024.
Ainda em fase de desenvolvimento, o Pix Garantido é uma solução que
estimularia a competição para a operação de crédito no ponto de compra.
Na prática, será possível parcelar compras pelo Pix, com garantia de recebimento para quem vender.
“Há soluções em que (o consumidor) vai finalizar uma compra e a firma
liga (conecta) às instituições financeiras que vão oferecer a opção de
crédito para a finalização da compra via Pix”, afirma o diretor do BC.
“Como existem muitas oportunidades e não sabemos exatamente como o
modelo de negócios vai avançar, demos um passo atrás, estamos observando
como avança. Mas é algo que nós vemos como vemos com bom olhos”,
completa Gomes.
Metrópoles
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PIX vai ganhar reforço de segurança no Banco Central.Foto:Bruno Faiotto/Exame |