Bolsonaro acusa o presidente Lula de propaganda “irregular” durante eleições de 2022
Foto: Pierre Philippe/AFP e Cristiano Mariz/O Globo |
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) multou, na terça-feira (18), o Google em R$ 60 mil por descumprir parcialmente decisão solicitando informações sobre as propagandas eleitorais de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022.
A determinação partiu do ministro Benedito Gonçalves. O pedido do Tribunal teve como objetivo o compartilhamento de dados da plataforma para investigar uma ação movida pelo Bolsonaro contra Lula, em fevereiro deste ano, que alega propaganda “irregular” por parte do presidente.
A defesa do ex-presidente afirma que a campanha petista usou propagandas patrocinadas pelo Google para influenciar o algoritmo de busca dos eleitores, o que confira uso indevido dos meios de comunicação e abuso de poder. Caso o TSE encontre irregularidades, Lula pode ficar inelegível. A defesa de Lula nega as acusações.
O ministro solicitou a ampliação das informações que devem ser entregues, passando a investigar também as atividades de Bolsonaro. O órgão enviou cinco questionamentos ao Google, que respondeu apenas dois, questionando a pressa em enviar as informações.
“Não assiste à Google Brasil Ltda., a pretexto de aguardar a análise dos embargos opostos pelas partes, a prerrogativa de suspender o cumprimento da diligência que lhe foi ordenada”, contestou Gonçalves. A valor da multa foi decidido considerando “o descumprimento parcial” e o “o tempo decorrido”.
O Google passa a pagar uma multa diária de R$ 50 mil até que seja feito o compartilhamento das informações.