Previsão de crescimento da economia sobe pelo quarto mês consecutivo, mas inflação permanece preocupante
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Pelo quarto mês consecutivo, o mercado financeiro aumentou sua previsão para o crescimento da economia brasileira em 2023, elevando-a de 2,64% para 2,89%. Essa estimativa foi divulgada no boletim Focus, nesta segunda-feira (18), uma pesquisa semanal realizada pelo Banco Central (BC) que apresenta projeções para os principais indicadores econômicos.
Para o ano seguinte, a expectativa é de um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,5%. Já para 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansões do PIB em 1,95% e 2%, respectivamente.
No segundo trimestre deste ano, a economia brasileira cresceu 0,9% em relação aos primeiros três meses de 2023, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com o mesmo período do ano anterior, houve um avanço de 3,4%. O PIB acumula um aumento de 3,2% nos últimos 12 meses e uma alta acumulada de 3,7% no primeiro semestre do ano.
No que diz respeito à inflação, a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a medida oficial da inflação no país, caiu de 4,93% para 4,86%. Para 2024, a estimativa de inflação permaneceu em 3,86%. As projeções para 2025 e 2026 apontam para uma taxa de 3,5% em ambos os anos.
É importante ressaltar que a estimativa para a inflação em 2023 está acima do teto da meta estabelecida pelo Banco Central. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,25%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 1,75%, e o superior é de 4,75%.
Segundo o BC, em seu último Relatório de Inflação, a probabilidade de o índice oficial de inflação ultrapassar o teto da meta em 2023 é de 61%, o que levanta preocupações em relação à estabilidade dos preços.