Feminicídio: Mulher é morta pelo Ex-companheiro apesar de medidas protetivas

Andreia Crispim é vítima do 25º caso de feminicídio no DF em 2023, revelando falhas no sistema de proteção.

Andreia Crispim
Foto: Reprodução
Andreia Crispim de Lima Silva, uma mulher de 50 anos, se tornou mais uma vítima de feminicídio no Distrito Federal na noite de quinta-feira (24/8). Luis Carlos Ferreira de Vasconcelos, de 35 anos, seu ex-companheiro, cometeu o crime dentro da residência onde ela morava, na quadra 04, próxima à Vila Olímpica, na cidade Estrutural.
A tragédia expôs falhas no sistema de proteção, já que Andreia possuía medidas protetivas contra Luis, além de ter realizado várias denúncias contra ele ao longo do tempo. Nos relatos, a vítima descreveu um histórico de agressões verbais e físicas, agravado pelo consumo de álcool e drogas por parte do agressor. No dia fatídico, a discussão se intensificou após Luis consumir bebidas alcoólicas, resultando em ameaças de morte e violência física.
O relacionamento do casal de seis anos começou de maneira harmônica, mas se deteriorou após Luis retomar o uso de substâncias ilícitas e álcool. Apesar das medidas protetivas concedidas para afastar Luis do lar do casal, a ordem não foi cumprida, e a vítima, em diferentes ocasiões, foi alvo de ameaças e agressões.
No dia do crime, Andreia buscou ajuda policial quando Luis a ameaçou com uma faca após xingamentos e agressões verbais. A intervenção da polícia levou à apreensão da faca e à ordem para Luis cessar as perturbações. A vítima procurou abrigo na casa de uma amiga, porém, mesmo após essa tentativa de se proteger, o ex-companheiro conseguiu localizá-la e reiterou suas ameaças de morte.
O trágico desfecho revela a urgência de melhorias no sistema de proteção às vítimas de violência doméstica e familiar. Mesmo com medidas protetivas em vigor, Andreia não conseguiu escapar do ciclo de ameaças e violência, o que aponta para a necessidade de uma abordagem mais eficaz por parte das autoridades.
O 25º caso de feminicídio registrado no Distrito Federal este ano ressalta a persistente epidemia de violência de gênero, reforçando a importância de uma atuação conjunta das instituições públicas e da sociedade civil para prevenir tais tragédias. A Delegacia Especial de Atendimento à Mulher I (Deam I) segue com as investigações para esclarecer os detalhes do crime e garantir que justiça seja feita em memória de Andreia Crispim de Lima Silva.
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