Menor contribuição do consumo de serviços e de produtos não duráveis é a principal razão para desaceleração do PIB
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Dados divulgados nesta terça-feira (15), pelo monitor do PIB da Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostrou que, no segundo trimestre, houve um aumento de 2,3% no consumo das famílias. No entanto, esse crescimento tem diminuído desde o final de 2022. A principal razão para essa desaceleração é a menor contribuição do consumo de serviços e de produtos não duráveis.
A formação bruta de capital fixo, que é um indicador que reflete o nível de investimento, teve uma retração de 2,5% no trimestre. Isso significa que houve uma redução nos gastos em aquisição de máquinas e equipamentos, indicando um cenário de menor investimento.
As exportações de bens e serviços cresceram significativamente, com um aumento de 14,1% no segundo trimestre. A maioria dos componentes das vendas para o exterior teve crescimento nesse período, com destaque para produtos agropecuários (crescimento de 30,1%) e minérios (crescimento de 23,8%), que foram responsáveis por cerca de 80% do desempenho positivo nas exportações.
No que diz respeito às importações, houve um crescimento de 6,8% no trimestre. As compras externas de bens de consumo (crescimento de 29,7%) e bens de capital (crescimento de 18,2%) foram os principais fatores por trás desse crescimento, representando mais de 60% do resultado.
A Fundação Getulio Vargas estima o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em R$ 5,74 trilhões em valor corrente. Essa é uma medida do valor total de todos os bens e serviços produzidos no país durante o período.
A prévia do Monitor do PIB da FGV coincide com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que também indicou uma desaceleração do PIB no segundo trimestre. O IBC-Br teve um aumento de 0,43% de abril a junho em relação ao período de janeiro a março.
Os números oficiais do PIB são divulgados trimestralmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados do segundo trimestre serão disponibilizados em 1º de setembro. No entanto, o IBGE já havia anunciado anteriormente que o PIB do primeiro trimestre cresceu 1,9% em comparação com os últimos três meses de 2022.