Autoridades venezuelanas teriam concordado em uma saída política negociada para a crise política no país que envolva a realização de eleições transparentes e observáveis pela comunidade internacional
Foto: Ricardo Sturckert/PR |
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou sua preocupação com a dívida da Venezuela, estimada em cerca de US$ 1 bilhão, durante uma conversa com o atual presidente Nicolás Maduro. Lula destacou que aproximadamente 80% desse montante são devidos ao BNDES e ressaltou que o Brasil havia “fechado as portas” para o país vizinho.
Lula afirmou que durante os últimos quatro anos, a Venezuela foi impedida de pagar sua dívida devido ao distanciamento diplomático entre os dois países. No entanto, ele assegurou que Maduro está disposto a regularizar a situação, assim como Cuba e outros países que, segundo Lula, são bons pagadores e nunca deviam ao Brasil.
Durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, qualquer relação diplomática com a Venezuela foi cortada. Desde agosto de 2019, uma portaria proíbe a entrada do líder venezuelano e de outras autoridades do país vizinho no Brasil.
No mês passado, Lula recebeu Maduro no Palácio do Planalto e considerou o encontro como histórico. O ex-presidente também desqualificou as acusações de que a Venezuela não vive sob um regime democrático, chamando-as de “narrativas”.
Além disso, Lula defendeu estratégias econômicas para ajudar o governo de Alberto Fernández na Argentina. O Brasil está trabalhando na criação de um financiamento para as compras de produtos brasileiros pelo país vizinho, visando equilibrar a balança comercial entre ambos. Lula ressaltou a importância de não permitir que a Argentina dependa exclusivamente dos produtos chineses, enquanto os produtos brasileiros ficam parados nas prateleiras.
O objetivo é fornecer financiamento para os empresários brasileiros e impulsionar as exportações nacionais, ao invés de financiar diretamente a Argentina.