Lula e Macron

Lula e Macron reúnem governo e oposição da Venezuela na UE

Autoridades venezuelanas teriam concordado em uma saída política negociada para a crise política no país que envolva a realização de eleições transparentes e observáveis pela comunidade internacional

Lula e Macron
Foto: Ricardo Sturckert/PR

Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e da França, Emmanuel Macron, reuniram-se nesta segunda-feira com a vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, e Gerardo Blyde, um dos principais líderes da oposição no país para debater a realização de eleições venezuelanas e o fim de sanções internacionais ao país sul-americano.
Participaram também do encontro o presidente da Argentina, Alberto Fernández, e da Colômbia, Gustavo Petro.
Segundo relatos de fontes do Palácio do Planalto e do Itamaraty a CNN, os dois assuntos permearam a mesa de debates.
As autoridades venezuelanas teriam concordado em uma saída política negociada para a crise política no país que envolva a realização de eleições transparentes e observáveis pela comunidade internacional com um calendário pré-estabelecido, uma demanda da oposição venezuelana.
Por outro lado, a vice-presidente do país teria reivindicado o fim das sanções internacionais ao país, provenientes principalmente dos Estados Unidos.
O encontro foi considerado por diplomatas brasileiros como uma demonstração de que a estratégia do governo de não isolar a ditadura venezuelana é correta na medida em que consegue mediar uma solução negociada.
CNN Brasil

Lula cobra pagamento da dívida da Venezuela e discute estratégias econômicas com a Argentina

Lula busca resolver questões financeiras com países vizinhos

Foto:Ricardo Stuckert

 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou sua preocupação com a dívida da Venezuela, estimada em cerca de US$ 1 bilhão, durante uma conversa com o atual presidente Nicolás Maduro. Lula destacou que aproximadamente 80% desse montante são devidos ao BNDES e ressaltou que o Brasil havia “fechado as portas” para o país vizinho.

Lula afirmou que durante os últimos quatro anos, a Venezuela foi impedida de pagar sua dívida devido ao distanciamento diplomático entre os dois países. No entanto, ele assegurou que Maduro está disposto a regularizar a situação, assim como Cuba e outros países que, segundo Lula, são bons pagadores e nunca deviam ao Brasil.

Durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, qualquer relação diplomática com a Venezuela foi cortada. Desde agosto de 2019, uma portaria proíbe a entrada do líder venezuelano e de outras autoridades do país vizinho no Brasil.

No mês passado, Lula recebeu Maduro no Palácio do Planalto e considerou o encontro como histórico. O ex-presidente também desqualificou as acusações de que a Venezuela não vive sob um regime democrático, chamando-as de “narrativas”.

Além disso, Lula defendeu estratégias econômicas para ajudar o governo de Alberto Fernández na Argentina. O Brasil está trabalhando na criação de um financiamento para as compras de produtos brasileiros pelo país vizinho, visando equilibrar a balança comercial entre ambos. Lula ressaltou a importância de não permitir que a Argentina dependa exclusivamente dos produtos chineses, enquanto os produtos brasileiros ficam parados nas prateleiras.

O objetivo é fornecer financiamento para os empresários brasileiros e impulsionar as exportações nacionais, ao invés de financiar diretamente a Argentina.