Policiais Civis

Primeira reunião entre SINPOL-PE e Governo termina sem avanços nas demandas dos Policiais Civis

Categoria decide realizar Operação Padrão, passeata e campanha publicitária em busca de valorização salarial e melhores condições de trabalho.

Policiais Civis
Foto: Divulgação/Sinpol

A primeira reunião entre o Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (SINPOL-PE) e o Governo do Estado não trouxe avanços para as demandas dos Policiais Civis. Durante o encontro, o Governo não apresentou nenhuma proposta para a categoria, nem mesmo definiu uma data para uma próxima reunião.
As reivindicações apresentadas pelo SINPOL-PE englobam questões cruciais para os Policiais Civis, incluindo valorização salarial e funcional, melhoria nas condições de trabalho e atenção à saúde mental da categoria. A situação é delicada, pois muitos policiais estão enfrentando problemas de saúde e há um déficit significativo no quadro da Polícia Civil.
Diante da falta de avanços, os Policiais Civis realizaram uma assembleia para deliberar sobre as próximas ações. A categoria decidiu, por maioria, pela realização de uma Operação Padrão em todo o estado de Pernambuco durante o mês de agosto. Além disso, os policiais planejam promover uma passeata e uma campanha publicitária conduzida pelo SINPOL-PE para expor à sociedade a difícil situação enfrentada pelos trabalhadores da base.
O presidente do SINPOL-PE, Rafael Cavalcanti, destacou a determinação da categoria em continuar lutando até que suas reivindicações sejam atendidas de forma justa e condizente com as responsabilidades que exercem. Ele enfatizou a preocupante situação de saúde dos policiais e a escassez de recursos humanos na Polícia Civil, ressaltando a necessidade urgente de uma resposta do Governo para as demandas apresentadas.
Com a Operação Padrão, os Policiais Civis pretendem chamar a atenção para a importância do seu trabalho e para a necessidade de melhores condições para desempenhar suas funções com eficiência e segurança. A passeata e a campanha publicitária visam sensibilizar a sociedade sobre a realidade enfrentada pelos profissionais da categoria.
A expectativa é que o Governo do Estado esteja disposto a dialogar e encontrar soluções para as questões apresentadas, garantindo a valorização e o respeito devido aos Policiais Civis, que desempenham um papel fundamental na segurança e no bem-estar da população de Pernambuco. Acompanharemos o desenrolar dos acontecimentos e a resposta do Governo diante das manifestações da categoria.

Lula celebra origem sindical e reafirma compromisso com trabalhadores

 Presidente discursou na posse do diretor do Sindicato dos Metalúrgicos

Foto: Ricardo Sturcket/PR
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse neste domingo (23) que o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (SMABC), assim como outras da categoria, o alavancou ao cargo, “algo, até então, impossível”, e ajudou a criar o Partido dos Trabalhadores (PT). Lula também apontou o novo presidente da entidade, Moisés Selerges Júnior, com mandado até 2026, como um nome de peso nas articulações entre empregadores e empregados do setor, o que pode gerar especulações sobre a possibilidade de ganhar projeção na esfera política.
Em um gesto de fortalecimento de sua base, Lula participou do evento que marca a posse da nova direção do SMABC, realizado em São Bernardo do Campo. Também compareceram os ministros do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, e dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, e a primeira-dama, Janja Lula da Silva.
“Sempre ou era intelectual, ou representava banqueiro, empresário, mas trabalhador trabalhador, nós somos a primeira experiência. E temos a mais exitosa experiência deste país”, afirmou Lula.
Ao destacar o protagonismo e o engajamento de Moisés Selerges, o presidente ainda deixou um recado a ele, frisando que não deve se esquecer de que a mobilização coletiva “começa na porta da fábrica”.
Em seu discurso, Moisés lembrou que a resistência da classe trabalhadora e dos movimentos sociais foi importante nos últimos anos: “É hora de reconquistar a democracia, de reconquistar nossos direitos”.

Respeito

Durante sua fala, Lula ressaltou também que foi sua gestão a que proporcionou melhores condições de trabalho em todo o país, estendendo a garantia de direitos trabalhistas aos grupos mais suscetíveis, como o das domésticas.
Lula declarou, ainda, que irá dedicar o tempo que resta no Palácio do Planalto a melhorar a vida dos brasileiros e que seu compromisso “não é com banqueiros”, e sim com a classe de trabalhadores. As prioridades, completou, devem ser a geração de empregos, o incremento do salário e a expansão do poder aquisitivo. “E você percebeu que o preço da comida está baixando”, observou.
“Se nós produzimos carro, se nós queremos carro. Se nós produzimos computador, nós queremos computador. Se nós produzimos roupa, queremos roupa”, acrescentou, em referência ao direito dos trabalhadores de ascenderem socialmente e consumirem o que produzem.
Para Lula, outra questão que exige atenção são os resquícios do bolsonarismo e, como consequência, o que chamou de retomada de um clima civilizado. “As pessoas não têm que se gostar, têm apenas que se respeitar”, ponderou.
A presidenta do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, ainda mencionou a necessidade de se revogar medidas que facilitaram o acesso a armas de fogo no país, o que atinge especialmente as mulheres. A parlamentar já tem sinalizado preocupação com o assunto, nos últimos dias. O governo federal revisou regras nesse campo, sobretudo no que concerne a armas de civis, incluindo colecionadores, atiradores e caçadores, pelo Plano de Ação na Segurança (PAS), assinado nesta sexta-feira (21).
“São os sindicatos que organizam os trabalhadores, que lutam por direitos e sabem o que é estratégico para o país”, frisou Gleisi, citando a criminalização dos movimentos sociais, durante o governo de Jair Bolsonaro.
Agência Brasil

Volkswagen e Mercedes-Benz anunciam suspensão de trabalhadores

 Medida vai atingir 800 metalúrgicos, diz sindicato

Foto: Volkswagem
A Volkswagen anunciou que vai colocar trabalhadores de sua fábrica em Taubaté, no interior paulista, em layoff (suspensão). Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindmetau), a medida vai atingir 800 trabalhadores.
Layoff significa que esses trabalhadores terão seus contratos suspensos temporariamente. De acordo com a Volkswagen, o layoff vai ocorrer em um turno de produção e terá início no dia 1º de agosto, com previsão de durar dois meses. “A ferramente de flexibilização está prevista em acordo coletivo firmado entre o sindicato e colaboradores da Volkswagen”, diz nota que foi enviada pela empresa.
O sindicato diz que o layoff pode durar até cinco meses e que a montadora informou que a suspensão dos contratos será feita para adequar o volume de produção ao mercado.
“Infelizmente, a taxa de juros, a Selic, continua em 13,75% e inviabiliza a venda de carros novos, já que dois terços dessas vendas são feitas por financiamento. Com isso, as montadoras têm enfrentado um acúmulo de veículos em estoque nos pátios”, disse Claudio Batista, o Claudião, presidente do sindicato, por meio de nota.
De acordo com o sindicato, a fábrica de Taubaté conta com cerca de 3,1 mil trabalhadores, que produzem o Polo Track, novo carro de entrada da montadora.
Mercedes-Benz
A Mercedes-Benz informou que está estendendo o layoff para os trabalhadores da fábrica de São Bernardo do Campo (SP), “em razão do atual nível de demanda de veículos comerciais no mercado brasileiro”. Segundo a montadora, o layoff é para a produção de caminhões e agregados e foi estendido até o dia 31 de agosto.
“Importante esclarecer que não estamos com a produção totalmente parada. Estamos operando com um turno e ajustando os volumes”, informou a montadora.
Agência Brasil