Humberto Costa

Senado aprova diligência para averiguar prédios-caixão em Pernambuco

Comissão de Assuntos Sociais busca soluções após tragédias de desabamentos que vitimaram dezenas.

Humberto Costa
Foto: Reprodução
O presidente da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, Humberto Costa (PT), aprovou uma diligência com o objetivo de investigar a situação dos denominados “prédios-caixão” em Pernambuco. Muitos desses edifícios já foram interditados pela Defesa Civil devido ao alto risco de desabamento, que resultou em tragédias com vítimas fatais no estado.
A diligência ocorrerá em um momento em que Pernambuco tem enfrentado uma série de desabamentos dessas construções, deixando um rastro de mortes e destruição. No mês passado, um desses prédios desmoronou em Paulista, município da região metropolitana do Recife, causando a morte de 14 pessoas. Em abril, outro edifício desabou em Olinda, matando mais seis.
As tragédias envolvendo prédios-caixão não são um fato isolado, pois, segundo dados de pesquisas, essas ocorrências se repetem em Pernambuco desde a década de 90. Ao todo, 17 prédios desse modelo, datados dos anos 70, já desabaram. Atualmente, estima-se que cerca de 5.300 prédios-caixão estejam presentes no Recife, Olinda, Paulista e Jaboatão dos Guararapes, e muitos deles foram proibidos de continuar a construção a partir de 2005.
O risco iminente é grave, com mil prédios desse tipo considerados de alto risco de desabamento, e outros 260 classificados como risco “muito alto”. Cerca de 4.500 famílias, totalizando mais de 18.300 pessoas, correm o risco de serem vitimadas a qualquer momento por desabamentos semelhantes. Além disso, aproximadamente 20 mil pessoas ainda residem em prédios que não foram interditados, mas são considerados de risco.
Diante da urgência da situação, o senador Humberto Costa destacou que é fundamental o poder público agir para proteger os cidadãos e evitar novas tragédias anunciadas. Ele propõe um amplo diálogo envolvendo a União, o estado, as prefeituras, a Caixa Econômica, o Ministério Público, o Judiciário e representantes dos moradores para buscar soluções efetivas.
Uma das alternativas apontadas pelo senador é buscar o programa Minha Casa Minha Vida para atender às famílias que perderam suas casas ou vivem em prédios com risco de desabamento. Ele ressalta a importância de envolver também o governo federal para resolver esse problema que perdura há décadas, onde a precariedade das habitações patrocinadas pelo governo tem levado à morte sistemática de seres humanos.
A diligência, ainda sem data definida, será um passo importante para identificar soluções e buscar apoio conjunto de diversas esferas governamentais e entidades envolvidas. A esperança é que, por meio do Senado, seja possível mediar essa grave questão e garantir a segurança e o direito à moradia digna para os cidadãos pernambucanos em risco.
Senador

Vídeo de senador gritando com funcionários de aeroporto circula nas redes sociais

Alan Rick afirmou que o vídeo é do início de 2022

Senador
Foto: Reprodução

Imagens que viralizaram nas redes sociais mostram o senador Alan Rick (União Brasil-AC) gritando com um funcionário do aeroporto Internacional de Brasília. Na gravação, é possível escutar o político mandando aos gritos que permitissem seu embarque, enquanto batia no balcão de uma companhia aérea: “tem que me respeitar”.
A confusão começou quando um atendente da Latam informou ao senador que ele só poderia embarcar de manhã, pois havia perdido o voo. Alan respondeu de forma violenta, usando palavras de baixo escalão. “Só amanhã o c*****. Você tem que me respeitar, rapaz”, disse.
O senador informou, por meio de nota, que o vídeo foi gravado em janeiro de 2022, na época ele ainda era deputado federal. O parlamentar tentou justificar alegando que o portão de embarque mudou várias vezes e que tinha “agendas importantes e inadiáveis”.
Alan Rick admitiu a atitude grosseira, mas disse que as empresas aéreas não atendem bem a população do Acre, estado de nascimento e de atuação política do senador.
Marcos do Val

Do Val diz que ideia de golpe foi de Silveira e pretendia contar a Moraes

Senador prestou depoimento sobre suposto plano golpista de gravar o presidente do TSE e pedir anulação das eleições. Aos investigadores, ele reiterou que proposta saiu de ex-deputado

Marcos do Val
Foto: Senado Divulgação

Em depoimento à Polícia Federal, o senador Marcos do Val (Podemos-ES) disse que mentiu ao ex-deputado Daniel Silveira sobre e reportar à “inteligência americana” para organizar um plano golpista no país. O parlamentar prestou esclarecimentos nessa quarta-feira (19) à corporação, em Brasília, durante mais de cinco horas. Na oitiva, ele reiterou que o ex-congressista deu ideia de golpe e afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro não se manifestou a respeito da trama.
Em uma conversa por meio do WhatsApp, do Val havia relato ter informado a agentes estrangeiros sobre um suposto plano para gravar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes. No entanto, aos investigadores, ele recuou e “reconheceu o blefe”, justificando ganhar tempo para informar ao magistrado sobre a trama.
“QUE, ato contínuo a reunião com o Ministro, contatou DANIEL por mensagem, informando-o que não aceitaria a “missão” porque isso prejudicaria suas relações com a Inteligência Americana; QUE essa justificativa, no entanto, foi apenas para afastar as novas tentativas de contato de DANIEL”, diz trecho do depoimento.
“QUE, indagado se houve alguma orientação de órgão de inteligência externa para tomada de sua decisão e se isso a influenciou, respondeu que não, reiterando que quando referiu “Inteligência Americana” falou dessa forma apenas como justificativa para ter tempo de reportar ao Ministro ALEXANDRE os fatos”, disse em um trecho do depoimento.
Do Val disse ainda que teria sido abordado por Silveira na porta do Senado, e que o ex-deputado dizia que precisava “salvar o Brasil e ser herói nacional”. O senador relatou que, em dezembro, se encontrou com Bolsonaro acreditando que o ex-presidente queria falar sobre a mudança dele para o PL e que, em seguida, solicitou encontro com Alexandre de Moraes “em razão do contexto do momento político radical e extremista”.
No entanto, durante reunião com o ex-presidente, Marcos do Val disse que teria sido interrompido por Silveira diversas vezes — que insistia no plano de gravar o presidente do TSE. Ele relatou, então, que Bolsonaro apenas ouviu a proposta e não se manifestou.

Plano golpista

Segundo Marcos do Val, em dezembro de 2022, ele se reuniu com o ex-deputado Daniel Silveira e o então presidente Jair Bolsonaro, no Palácio da Alvorada, e eles teriam discutido uma trama golpista para levantar suspeitas sobre a atuação de Moraes no comando da Justiça Eleitoral e pedir anulação do pleito que definiu Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente da República.
Na semana passada, o ex-presidente Bolsonaro foi ouvido sobre o caso. Ele confirmou que recebeu Silveira e do Val no Palácio da Alvorada, mas negou que os três teriam discutido um plano para gravar o ministro. Segundo o ex-chefe do Executivo, “nada foi falado” sobre Alexandre de Moraes ou a respeito de qualquer sobre ação antidemocrática.
Depois que o caso foi revelado, o senador deu versões diferentes sobre o plano. Em 15 de junho, ele foi alvo de uma operação da PF de busca e apreensão em seus endereços. A ação foi autorizada por Alexandre de Moraes. Foram recolhidos em seu gabinete e residências de Brasília e Espírito Santo computadores, pen drives e um telefone celular. O motivo da operação teria sido versões divergentes do caso apresentadas pelo suspeito. As contas em redes sociais do político também foram bloqueadas, por decisão do STF.
Correio Braziliense
Romário

Romário é internado no Rio após passar mal; quadro é estável

Assessoria do senador diz que ele foi diagnosticado com uma infecção

Romário
Foto: Bruno Basílio
O senador Romário (PL-RJ), de 57 anos, foi internado na quinta-feira (13) no Hospital Barra d’Or, no Rio de Janeiro, após passar mal. De acordo com a assessoria do parlamentar, ele está com uma infecção, e seu quadro de saúde é estável.
Tetracampeão do mundo com a Seleção Brasileira de Futebol, Romário foi reeleito senador pelo Rio de Janeiro nas eleições de 2022. Ele exerceu o cargo de deputado federal entre 2011 e 2015.
Em 2021, Romário deixou o Podemos – sigla a qual fazia parte desde 2017 -, para se filiar ao Partido Liberal (PL), mesma legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Mais informações em instantes

CNN Brasil

rasil
Randolfe e Lula

Senador Randolfe Rodrigues está preparando o caminho de saída da Rede e o retorno ao PT

Parlamentar Deixa o partido após um longo período na sigla fundada por Marina

Randolfe e Lula
Lula e Randolfe Rodrigues durante anúncio do senador como líder do governo no Congresso – Pedro Ladeira-29.dez.22/Folhapress
O senador da república pelo estado do Amapá, Randolfe Rodrigues, atualmente filiado ao partido Rede Sustentabilidade, está preparando seu retorno para o Partido dos Trabalhadores após quase duas décadas fora da sigla petista.
Randolfe é uma das figuras nacionais de peso da Rede Sustentabilidade, partido fundado pela Deputada Federal e Ministra do Meio Ambiente e da Mudança Climática, Marina Silva.
Atualmente o parlamentar cumpre além da função para qual foi reeleito em 2018 para representar o estado do Amapá no senado, a liderança do governo Lula no Congresso Nacional.
A negociação do PT com Randolfe para migralção partidária está consolidade, e a decisão de mudança já está tomada por parte do senador, apenas a data de filiação que ainda não foi definida.
Randolfe Rodrigues chegou a propor a Rede uma fusão com o PT ou o PSB, porém internamente entre os dirigentes e filiados a possíbilidade disso ocorrer é dada como remota, praticamente impossível, por se tratar de um partido ideológico e tido como necessário no cenário político brasileiro.
Com a saída de Rodrigues, a Rede deixará de ter representação na casa alta, e o Partido dos Trabalhadores passará a ter 10 senadores no Senado Federal, o último senador da Rede que mudou de sigla também para o PT foi Fabiano Contarato do Estado do Espírito Santo.

Marcos do Val

Marcos do Val diz que Daniel Silveira o levou a reunião com Bolsonaro para tratar sobre golpe

Senador afirma ainda que avisou Alexandre de Moraes sobre plano que incluía grampear ministro do Supremo

Marcos do Val
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
O senador Marcos do Val (Podemos-ES) afirmou em entrevista, nesta quinta-feira (2), que o ex-deputado federal Daniel Silveira o levou a reunião com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para tratar sobre um golpe de Estado.
Do Val também confirmou que avisou o ministro do STF Alexandre de Moraes sobre o plano. De acordo com o relato do senador, a ideia de Silveira, apresentada a Do Val e Bolsonaro na reunião, incluía gravar Moraes em busca de declarações comprometedoras do ministro.
O parlamentar também afirmou que não foi coagido por Bolsonaro, que teria ficado calado durante a reunião com Silveira.
Mais cedo, durante a madrugada, Do Val havia dito em uma transmissão ao vivo que teria sido coagido pelo ex-presidente: “Eu ficava p*** quando me chamavam de bolsonarista e vocês esperem, eu vou soltar uma bomba aqui para vocês: sexta-feira, vai sair na Veja a tentativa do Bolsonaro de me coagir para que eu pudesse dar um golpe de Estado junto com ele. É lógico que eu denunciei”, disse o senador em conversa com membros do Movimento Brasil Livre (MBL).
Bolsonaro teria ficado em silêncio, diz Do Val
Do Val conta que teria sido procurado por Daniel Silveira para um encontro com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Eles teriam utilizado um veículo não oficial para chegar à Granja do Torto, onde se reuniram com Bolsonaro.
Lá, Silveira teria explicado o plano que incluía grampear o ministro do Supremo Alexandre de Moraes visando captar falas comprometedores por parte do magistrado. Do Val seria encarregado de portar a escuta e entrar em contato com Moraes.
Segundo o senador capixaba, ao tentar convencê-lo, Silveira teria afirmado que o ato seria “uma missão que salvaria o Brasil”. Do Val disse que pensaria na proposta, a qual ele rejeitou mais tarde. Bolsonaro teria ficado calado na reunião, ainda de acordo com Do Val.
“Não aceitei. Isso [grampear alguém] é ilegal. Você precisa ter autorização de um juiz”, declarou Do Val.
Ao sair do encontro, Do Val decidiu que iria procurar Moraes para avisá-lo sobre o plano. Dias depois, no salão branco do STF, o senador alertou o magistrado que, segundo ele, teria ficado surpreso com o conteúdo da reunião.
Diferentemente do que afirmou mais cedo, Do Val disse que Silveira tentou manipular Bolsonaro para que, com a participação do senador, o golpe de Estado pudesse ser concretizado.
“O que ficou claro era o Silveira tentando achar uma nova forma de não ser preso novamente, já que ele descumpria todas as decisões de Moraes”, completou Do Val.
CNN