Pernambuco

Projeto ‘Praia Legal’ combate trabalho infantil nas cidades litorâneas de Pernambuco

Sexta edição do projeto visa conscientizar sobre os riscos do trabalho infantil e promover ações de proteção social

Pernambuco
Foto: Reprodução
O Projeto Praia Legal, uma iniciativa do Governo de Pernambuco voltada ao combate ao trabalho infantojuvenil nas cidades litorâneas do estado, inicia sua sexta edição nesta terça-feira (26). Com o tema “Praia é lugar de brincar. Diga não ao trabalho infantil!”, o lançamento ocorre em Tamandaré, município localizado no Litoral Sul.
O projeto se concentra em três eixos de atuação:

Informação e Mobilização
Esclarecimento sobre os malefícios do trabalho infantil, envolvendo agentes públicos, movimentos sociais, associações e cooperativas de trabalhadores e empregadores.
Identificação do Trabalho Infantojuvenil
Reconhecimento dos principais locais onde ocorre essa prática, sensibilização e capacitação das comunidades próximas para colaborar com o combate ao trabalho infantil.
Proteção Social
Desenvolvimento de ações integradas entre serviços socioassistenciais, redes intersetoriais e organizações não governamentais para atender crianças, adolescentes e familiares em situação de trabalho infantil.
O projeto busca conscientizar a sociedade sobre os riscos do trabalho infantil e promover a proteção social das crianças e adolescentes envolvidos.
Desenrola Brasil

Desenrola Brasil entra em nova fase com leilão de descontos em dívidas

Programa de renegociação do governo federal oferece descontos em dívidas de diversos setores

Desenrola Brasil
Foto: Divulgação
A partir desta segunda-feira (25), o programa Desenrola Brasil, de renegociação de dívidas do Governo Federal, avança para uma nova etapa. Nessa fase, empresas inscritas no programa realizarão um leilão de descontos para devedores, com a expectativa de um desconto médio de pelo menos 58%. Na próxima semana, os brasileiros com dívidas poderão verificar as ofertas no site do programa.
Serão negociadas dívidas de diversos setores, incluindo serviços financeiros, comércio varejista, eletricidade, telecomunicações, educação, saneamento e micro e pequenas empresas. Esta fase é destinada a indivíduos que recebem até dois salários mínimos ou estão inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), enquadrando-se na chamada “faixa 1” do programa.
Os débitos poderão ser parcelados em até 60 vezes, com uma taxa de juros de 1,99% ao mês e parcela mínima de R$ 50. A renegociação deve ser feita por meio dos canais digitais do governo, e as operações na faixa 1 do Desenrola serão isentas de IOF.
Somente dívidas contraídas entre 1º de janeiro de 2019 e 31 de dezembro de 2022 podem ser negociadas nesta fase. Não estão incluídas as dívidas com garantia real, de crédito rural, de financiamento imobiliário e operações com funding ou riscos de terceiros.
O Desenrola Brasil iniciou suas operações em julho deste ano, atendendo pessoas com renda mensal de dois salários mínimos até R$ 20 mil que não estão no Cadastro Único do governo federal, compreendendo a “faixa 2” do programa. Até agosto, mais de 1,2 milhão de contratos foram renegociados, beneficiando cerca de 985 mil clientes, segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Camaragibe Agora é LED

Prefeita de Camaragibe inicia maior programa de iluminação pública da cidade

Camaragibe Agora é LED vai trocar mais de 12.700 pontos de luz em oito meses.

Camaragibe Agora é LED
Foto: Reprodução
Na última quarta-feira (6), a prefeita de Camaragibe, Doutora Nadegi, deu início a um marco na gestão municipal ao assinar a ordem de serviço para o programa Camaragibe Agora é LED, que representa o maior investimento em iluminação pública na história do município. Orçado em aproximadamente R$ 30 milhões de reais, o projeto financiado pela Contribuição de Iluminação Pública visa a substituição de 100% da iluminação da cidade, abrangendo mais de 12.700 pontos de luz, e tem previsão de conclusão em oito meses.
O evento de autorização contou com a presença do vice-prefeito Délio Junior, do deputado estadual João de Nadegi, vereadores, secretários municipais e membros da sociedade civil.
A prefeita Doutora Nadegi enfatizou a importância desse passo para a cidade: “Luz é dignidade, mais segurança. Luz é vida! Um dia muito importante na nossa gestão; quando iniciamos esse grande programa de iluminação pública. O Camaragibe Agora é LED já é uma realidade. O ponto de partida será no bairro de São João São Paulo; e logo a ação será realizada em todo o município. Quando o assunto é beneficiar as pessoas, não estamos poupando esforços. Esse passo é resultado de um trabalho sério e, acima de tudo, feito com responsabilidade.”
O deputado estadual João de Nadegi ressaltou os benefícios da implantação do novo sistema de iluminação: “Luz é esperança! A utilização das lâmpadas em LED na iluminação pública está relacionada com uma série de vantagens para o município e a comunidade. A partir do programa, será possível ampliar a eficiência e promover mais segurança dos bairros durante a noite. É a soma de melhoria, durabilidade e economia a serviço de todos.”
O secretário municipal de Planejamento, Meio Ambiente e Serviços Públicos, Diego Cabral, destacou o compromisso contínuo da prefeitura: “Intervenções em diversas áreas acontecem em vários pontos da cidade, inclusive, na iluminação. Agora, a gestão amplia as ações com a implantação do programa Camaragibe agora é LED. É mais segurança para os munícipes. Toda a comunidade de Camaragibe será contemplada com a viabilização das novas luminárias.”
MEC

Prazo para adesão ao programa escola em tempo integral termina nesta quinta-feira

Municípios, estados e distrito federal têm até o dia 31 para aderirem ao programa coordenado pelo ministério da educação, visando a ampliação do ensino em tempo integral em todo o país.

MEC
Foto: Pedro França/Agência Senado
O prazo final para munícipios, estados e o distrito federal aderirem ao programa escola em tempo integral, uma iniciativa conduzida pelo ministério da educação (MEC), se encerra nesta quinta-feira, dia 31. A adesão, de caráter voluntário, está sendo realizada por meio do Sistema integrado de monitoramento execução e controle (Simec), através da plataforma online.
Para municípios, a participação no programa abrange obrigatoriamente a educação infantil, que atende crianças de zero a seis anos, bem como o ensino fundamental, abrangendo do 1º ao 9º ano. Já para os estados, o foco prioritário é na expansão do ensino fundamental e médio.
Após essa fase inicial de adesão, que se encerra nesta quinta-feira 31, um próximo período, estendendo-se do 1º de setembro até 15 de dezembro, requer que os entes federados estabeleçam metas e acordos de repasses federais com o MEC. Os detalhes relativos a regras, prazos e os critérios para a ampliação de matrículas em tempo integral, além dos parâmetros para calcular os recursos a serem repassados a cada estado e município, estão detalhados na portaria 1.495/2023.
Durante todo o processo de adesão e estabelecimento de acordos, as secretarias de educação contarão com tutoriais e suporte técnico por meio do programa, bem como através da central de atendimento do MEC no número 0800-616161.
O programa em questão visa a expansão das escolas em tempo integral, abrangendo desde a creche até o ensino médio. A meta do MEC para 2023 é a ampliação de um milhão de matrículas em tempo integral nas escolas de educação básica em todo o Brasil. Essa cifra se almeja aumentar para aproximadamente 3,2 milhões de matrículas até 2026.
No cômputo da expansão das vagas, serão consideradas tanto matrículas recém-criadas quanto as convertidas a partir de janeiro de 2023, juntamente com novas matrículas para 2024. O processo de criação de vagas priorizará escolas que atendam estudantes em situações de maior vulnerabilidade socioeconômica.
Para financiar essa expansão da jornada educacional em tempo integral nas redes estaduais e municipais, o governo federal disponibilizará um montante de R$ 4 bilhões. Essa verba será transferida por meio do undo Nacional de desenvolvimento da educação (FNDE), depositada em contas específicas das respectivas administrações locais.
O programa escola em tempo integral, orquestrado pelo governo federal, se estabelece como uma estratégia para incentivar a criação de matrículas em tempo integral em todos os níveis e formas de educação básica. A jornada escolar ampliada é considerada quando o aluno permanece na escola ou em atividades educacionais por um período igual ou superior a sete horas diárias, ou 35 horas semanais, em dois turnos.
O programa se empenha em cumprir a meta 6 do Plano Nacional de Educação 2014-2024 e oferece assistência técnica e financeira para viabilizar a criação das matrículas em tempo integral, visando organizar, gerenciar e implementar a educação integral.
No intuito de garantir a qualidade da oferta do ensino em tempo integral, o Ministério da Educação estruturou o programa em cinco eixos – ampliar, formar, fomentar, entrelaçar e acompanhar – articulando ações estratégicas em todo o país.
De agosto a outubro de 2023, estão em andamento etapas regionais do Ciclo de Seminários do Programa, com o propósito de debater princípios para a Política de Educação Integral em Tempo Integral e dissipar dúvidas.
As fases nas regiões Centro-Oeste e Norte já foram realizadas em agosto. A etapa Nordeste, sediada em Recife (PE), está programada para os dias 27 e 28 de setembro; a etapa Sudeste, que ocorrerá em Diadema (SP), nos dias 4 e 5 de outubro. A etapa da região Sul ainda terá data e local definidos, segundo informações do MEC.
Lula e Camilo Santana

Presidente Lula sanciona lei do Programa Escola em Tempo Integral com investimento de R$ 4 bilhões

Iniciativa visa ampliar o número de matrículas em 1 milhão até 2023 e alcançar 3,2 milhões até 2026.

Lula e Camilo Santana
Foto: Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta segunda-feira (31) a lei que institui o Programa Escola em Tempo Integral, com o objetivo de ampliar em 1 milhão o número de matrículas de tempo integral nas escolas de educação básica em 2023, por meio de um investimento de R$ 4 bilhões. A meta do programa é chegar a cerca de 3,2 milhões de matrículas até 2026.
De acordo com o presidente, a escola precisa ser prazerosa para os alunos e também deve abordar temas urgentes e atuais da sociedade, como as mudanças climáticas. Ele reafirmou que os recursos públicos destinados à educação devem ser considerados como investimento e não como gasto, destacando a importância de oferecer as mesmas condições de ensino tanto para estudantes de escolas públicas quanto privadas.
Coordenado pelo Ministério da Educação (MEC), o Programa Escola em Tempo Integral é um mecanismo federal que fornece fomento financeiro e assistência técnica para a expansão das matrículas nas redes estaduais, municipais e distrital. A adesão ao programa pelas secretarias é opcional.
O programa considera não apenas a extensão do tempo de permanência do estudante na escola, mas também o uso dos espaços dentro e fora dela, a diversidade de saberes no currículo, bem como a integração com áreas como saúde, cultura, esporte, ciência e tecnologia, meio ambiente e direitos humanos, com o objetivo de melhorar as condições de aprendizagem e desenvolvimento dos alunos.
Para o ministro da Educação, Camilo Santana, o ensino em tempo integral traz diversos benefícios, incluindo maiores chances de ingresso nas universidades, melhor ocupação no mercado de trabalho e expectativa de remuneração, redução dos índices de violência entre os jovens e diminuição da evasão, abandono e reprovação escolar.
Especialistas consideram a criação do programa como uma retomada da agenda nacional de ensino em tempo integral, que enfrentou dificuldades financeiras nos últimos anos. No entanto, apontam que é necessária uma base normativa sólida para garantir a sustentabilidade da iniciativa no longo prazo.
O Programa Escola em Tempo Integral busca atender a Meta 6 do Plano Nacional de Educação (PNE), que prevê a oferta de educação em tempo integral em pelo menos 50% das escolas públicas, atendendo, no mínimo, 25% dos estudantes da educação básica até 2024. O relatório do 4º Ciclo de Monitoramento das Metas do PNE 2022 revelou que o percentual de matrículas em tempo integral na rede pública brasileira caiu de 17,6% em 2014 para 15,1% em 2021.
O presidente Lula anunciou o programa em maio, e o governo enviou o projeto ao Congresso Nacional, sendo aprovado no dia 11 de julho. A lei também possibilitou a repactuação dos recursos da Lei 14.172/2021 para fomentar a conectividade nas escolas, visando fortalecer o ensino e a educação no país.

Meta do governo é contratar 2 milhões de moradias populares até 2026

 Minha Casa Minha Vida é tema Brasil em Pauta deste domingo 

Foto: Reprodução

As novas regras do programa Minha Casa, Minha Vida, que reduzem juros e aumentam o subsídio para a aquisição de imóveis, vão contribuir para que seja alcançada a meta de contratar 2 milhões de moradias até 2026, de acordo com o ministro das Cidades, Jader Filho.

As mudanças no programa foram sancionadas no dia 13, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A avaliação do ministro é de que a retomada da construção de imóveis do Minha Casa, Minha Vida terá impacto positivo na economia do país e vai gerar empregos e renda para a população.

“Só daquilo que é [recurso] do Orçamento Geral da União, nos quatro anos, pretendemos gerar mais de um milhão de empregos diretos e indiretos. Só nas 500 mil unidades que estão previstas no Orçamento Geral da União, fora o que vai ser feito com o FGTS [Fundo de Garantida do Tempo de Serviço]. Então, acreditamos que o Minha Casa, Minha Vida vai ajudar muito na retomada da economia do Brasil”, disse Jader Filho em entrevista ao programa Brasil em Pauta, do Canal Gov.

O ministro explicou que as novas regras do programa são resultado de discussões com prefeituras, entidades da sociedade civil e setor privado para aperfeiçoar o Minha Casa, Minha Vida e adequá-lo à realidade de cada região. Dentre as mudanças, Jader Filho destacou que os imóveis passarão a ser construídos apenas em terrenos que estejam próximos a equipamentos públicos como escolas, creches, postos de saúde e comércio, para facilitar a vida dos cidadãos. “Nossa exigência é que o Minha Casa, Minha Vida seja dentro dos centros urbanos, ou em áreas contíguas aos centros urbanos para criar essa facilidade”, disse.

O aumento do desconto no valor da entrada para a compra do imóvel do Minha Casa, Minha Vida financiado com recursos do FGTS será fundamental para facilitar a aquisição da própria para quem vive nas regiões Norte de Nordeste, afirmou o ministro. O valor passou de R$ 47,5 mil na Faixa 1 para R$ 55 mil.

“Algumas regiões do país não estavam respondendo bem ao FGTS, como o Norte e o Nordeste e, a partir de diálogos, pudemos identificar que o principal problema era a questão da entrada. O Norte e o Nordeste precisavam ter um ajuste maior na questão da entrada e, com isso, ampliamos de R$ 47,5 mil para um limite R$ 55 mil, que é o subsídio que o governo dá. Diminuímos a taxa de juros nessas regiões, ela sai de 4,25% para 4% e nas outras regiões sai de 4,5% para 4,25%”.

Ampliar o programa para atender também a classe média é uma discussão que está em curso no governo federal. Atualmente, o Minha Casa, Minha Vida atende famílias com renda mensal de até R$ 8 mil. “Estamos estudando uma maneira de ampliar ainda mais esse limite e ultrapassando os R$ 8 mil. Mas isso ainda está em estudo, em diálogo tanto com o Ministério das Cidades quanto com a Casa Civil para que possamos apresentar isso ao presidente [Lula]”, disse.

O ministro das Cidades, Jader Filho, também falou sobre o Marco do Saneamento. Segundo ele, investimento é palavra-chave para fazer avançar o saneamento básico no país. “O que temos que focar é no investimento, não importa se ele é público ou privado, até porque, no nosso entender, ninguém sozinho vai conseguir alcançar a universalização em 2033”, defendeu.

Agência Brasil

Camara aprovou criação do programa Escola em Tempo Integral

Proposta do Executivo tem como meta inicial viabilizar 1 milhão de novas matrículas na educação básica e ampliar carga horária

Foto: Mary Leal/Agência Brasília

No primeiro semestre, o Plenário da Câmara dos Deputados aprovou 46 projetos de lei, 17 medidas provisórias, 18 projetos de decreto legislativo, 3 projetos de resolução, 2 projetos de lei complementar e 1 proposta de emenda à Constituição (PEC).
Na área da educação, os deputados aprovaram proposta do Poder Executivo que tem como meta inicial viabilizar 1 milhão de novas matrículas na educação básica e ampliar a carga horária dos alunos.

Escola em tempo integral

Por meio do Programa Escola em Tempo Integral, o Projeto de Lei 2617/23 estimulará a abertura de novas matrículas na educação básica com essa carga horária.
Aprovado neste semestre pela Câmara dos Deputados, na forma de um substitutivo do deputado Mendonça Filho (União-PE), o projeto está em análise no Senado e prevê cerca de R$ 2 bilhões em assistência financeira para 2023 e 2024. O programa será coordenado pelo Ministério da Educação e terá ainda estratégias de assistência técnica.
Será admitido ainda o uso dos recursos para fomentar as matrículas no ensino médio em tempo integral articulado à educação técnica.
O texto determina que a criação de matrículas novas por meio desse programa deverá ocorrer obrigatoriamente em escolas com propostas pedagógicas alinhadas à Base Nacional Comum Curricular e às constantes da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), além de haver prioridade para escolas que atendam estudantes em situação de maior vulnerabilidade socioeconômica.
Como os recursos da União serão a título voluntário, não poderão ser contabilizados pelos entes beneficiados para fins de cumprimento da aplicação mínima em educação exigida pela Constituição.
Para fins das regras do projeto, serão consideradas matrículas em tempo integral aquelas em que o estudante permanece na escola ou em atividades escolares por tempo igual ou superior a sete horas diárias ou a 35 horas semanais em dois turnos, sem sobreposição entre eles.
Os pagamentos serão feitos em duas parcelas após a pactuação sobre as novas matrículas e a declaração dessas matrículas no sistema do Ministério da Educação.
Fonte: Agência Câmara de Notícias
Banco do Brasil

Banco do Brasil renegocia R$ 1 bilhão na primeira semana do Desenrola

 Quase 76 mil clientes refinanciaram débitos dentro e fora do programa

Banco do Brasil
Foto: Reprodução

O Banco do Brasil (BB) encerrou a primeira semana do Desenrola com renegociações de R$ 1 bilhão em dívidas. Segundo a instituição financeira, 75,8 mil clientes refinanciaram débitos entre 17 e 21 de julho, não apenas por meio do programa federal, mas também por meio de condições especiais oferecidas pelo próprio banco.
Além das pessoas físicas com renda de até R$ 20 mil, foco da primeira fase do Desenrola, o BB estendeu as renegociações para os demais públicos inadimplentes, micro e pequenas empresas e pessoas físicas em geral.
Na divisão por públicos, o BB renegociou R$ 255 milhões de 34 mil pessoas físicas enquadradas na Faixa 2 do Programa Desenrola, cujas renegociações foram abertas nesta semana. O banco também refinanciou R$ 500 milhões de 35 mil pessoas físicas em geral e R$ 230 milhões de cerca de 6 mil micro e pequenas empresas.
O Banco do Brasil oferece descontos de até 25% nas taxas de juros de renegociação, descontos de até 96% nas dívidas e prazo de até 120 meses para pagamento, para os públicos selecionados.
Canais de atendimento
Os clientes interessados em renegociar débitos com o Banco do Brasil podem usar o aplicativo ou o site da instituição. Para as pessoas físicas, o endereço da página na internet é www.bb.com.br/renegocie. As empresas devem fazer o pedido no endereço www.bb.com.br/renegociepj.
A renegociação também pode ser pedida por telefone, nos números 4004 0001 (Capitais) e 0800-729-0001 (demais regiões). O cliente pode usar ainda o WhatsApp, enviando uma #renegocie para o número (61) 4004-0001 e ir a qualquer agência do BB.
Agência Brasil
Lula

Governo lança o Programa de Ação na Segurança

 Controle de armas e mudanças na legislação estão entre as medidas

Lula
Foto: Marcelo Camargo/ABR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta sexta-feira (21) um conjunto de atos e medidas em prol do fortalecimento da segurança pública do país, no âmbito do Programa de Ação na Segurança (PAS). Entre os atos assinados, um decreto com medidas visando o controle responsável das armas e mais de R$ 3 bilhões em recursos para os estados.
“Estamos trazendo para o governo federal a responsabilidade pela segurança pública desse país, junto com estados e municípios. Não queremos ocupar o papel dos estados porque quem cuida da polícia estadual é o governador do estado. O que queremos é ser parceiro, é contribuir para que a gente possa, tanto nas cidades como na Amazônia, diminuir a violência desse país”, disse o presidente em discurso durante a assinatura dos atos.
Segundo o Ministério da Justiça, o decreto determina a redução de quatro para duas a quantidade de armas e de 200 para 50 o número de munições por arma/ano acessíveis a civis. Será também necessária a comprovação de “efetiva necessidade” das armas para terem seu uso permitido.

CACs

No caso dos caçadores, atiradores e colecionadores (CACs), está também prevista redução sensível do número de armas e munições a serem autorizadas. A quantidade varia de acordo com o tipo de uso; o tipo de arma; e, no caso dos atiradores esportivos, o nível do atirador, bem como a quantidade de competições e treinamento.
O decreto põe fim ao porte de trânsito municiado de armas para os CACs, exceto nos casos em que tenha sido emitida guia de tráfego; estabelece restrições às entidades de tiro desportivo; e reforça o “caráter excepcional” da caça, com a necessidade de documentos comprobatórios, bem como a especificação da arma apropriada para o abate.
Uma outra medida é a redução da validade dos registros de armas de fogo, que até então era de dez anos, passando para três ou cinco anos, dependendo da motivação de uso.
O decreto define, ainda, uma “migração progressiva das competências” referentes às atividades de caráter civil envolvendo armas e munições. Essa competência deixa de ser atribuição do Exército, passando a ser exercida pela Polícia Federal.
“Uma coisa é um cidadão ter uma arma em casa, para sua proteção. Tem gente que acha que ter arma em casa é uma segurança. Mas a gente não pode permitir que haja arsenais de armas na mão de pessoas”, disse Lula ao ressaltar que, “em geral, não se tem nenhuma informação de que essas armas estariam sendo vendidas a pessoas decentes e honestas”.
“A gente vai continuar lutando por um país desarmado. Quem tem de estar armado é a polícia brasileira. São as Forças Armadas. O que temos de fazer é baixar o preço dos livros. É baixar o preço das festas e das coisas culturais que as nossas crianças não têm acesso”, defendeu Lula, referindo-se à frente de ações que buscam usar manifestações culturais como alternativa aos jovens, no lugar da violência.

Cultura

O Ministério da Justiça e Segurança Pública também anunciou nesta sexta-feira a publicação de um edital de chamamento público para seleção de projetos e manifestações culturais em territórios com alto índice de violência e vulnerabilidade social. O chamamento será feito no âmbito do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci 2).
O edital foi um dos pontos destacados pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, durante a cerimônia. “Esse edital sobre a cultura tem o dever de ser como as mães e pais das periferias desse país, que não desistem dos seus filhos. O Estado brasileiro não pode ser menos do que as famílias do povo mais pobre, simples e humilde. Temos de chegar perto das pessoas que precisam, e a cultura é uma forma de disputar com o mundo do crime a juventude brasileira”, argumentou o ministro.

Fundo

O governo anunciou também a antecipação do repasse de mais de R$ 1 bilhão aos estados, por meio do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) ; e de R$ 170 milhões para o Programa Escola Segura a 
estados e municípios.
O rateio do FNSP entre os estados e dos recursos destinados ao Programa Escola Segura para estados e municípios pode ser conferido no site do Planalto, bem como todas as ações e medidas anunciadas pelo governo federal, entre elas, os projetos de lei que serão apresentados no Legislativo.
Um dos projetos de lei pretende tornar as violências praticadas contra escolas crime hediondo. Outros dois projetos de lei compõem o chamado “Pacote da Democracia”. Eles preveem medidas como apreensão de bens, bloqueio de contas bancárias e ativos financeiros nos casos de crimes contra o Estado Democrático de Direito; e o aumento das penas àqueles que cometerem esse tipo de crime.
Ainda no âmbito do PAS está prevista a publicação de uma portaria da PF que autoriza a instalação de cinco novos Grupos de Investigações Sensíveis (GISEs) nos estados do Acre, Amazonas, Pará, Ceará e Santa Catarina; e de 15 novas Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (FICCOs), de forma a totalizar 27 unidades no país. O investimento adicional previsto é de R$ 100 milhões.

Plano Amas

Também foi assinado decreto instituindo o Plano Amazônia: Segurança e Soberania (Plano Amas), que prevê investimento de R$ 2 bilhões em recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) para a implantação de estruturas e compras de equipamentos como viaturas, armamentos, helicópteros e outros veículos.
O governo vai instalar 28 bases terrestres e seis fluviais para o combate a crimes ambientais e infrações correlatas. Com isso haverá, na região, um total de 34 bases integradas de segurança. O Plano AMAS prevê, ainda, a implementação da Companhia de Operações Ambientais da Força Nacional de Segurança Pública, que terá sede em Manaus.
“Estamos preocupados com a Amazônia porque em seus quase 5 milhões de quilômetros quadrados está sendo fomentado o crime organizado, o narcotráfico e tudo o que é ilícito. Precisamos trabalhar junto com os governadores. E vamos redefinir o papel das Forças Armadas”, disse Lula.
Segundo o ministro Flávio Dino, o PAS fortalecerá a atuação da PF. “A ação na Amazônia é um desafio nacional. Organizações criminosas ocuparam o território lá, e os indicadores de violência cresceram. Por isso precisamos combater o garimpo, o narcotráfico e combater o desmatamento”.
ABR
INSS

Governo retoma bônus de produtividade para reduzir fila do INSS

 Programa durará nove meses, prorrogáveis por mais três

INSS
Foto: Marcello Casal JR/AB

Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) voltarão a ganhar bônus de produtividade para reduzirem as filas no órgão. O Diário Oficial da União publicou, em edição extraordinária, uma medida provisória que cria o Programa de Enfrentamento à Fila da Previdência Social e retoma algumas ações emergenciais dos últimos anos.
O bônus de produtividade será pago aos funcionários que trabalharem além da jornada regular na análise de requerimentos de benefícios e na realização de perícias médicas, principalmente nos processos com mais de 45 dias ou com prazo final expirado. O programa durará nove meses, prorrogáveis por mais três.
Os servidores administrativos do INSS receberão bônus de R$ 68 por tarefa; e os médicos peritos, R$ 75 por perícia. Os ministérios da Previdência Social e da Gestão e Inovação em Serviços Públicos editarão portarias com metas e avaliação de acompanhamento e de alcance dos objetivos fixados.
O bônus de produtividade já foi posto em prática em 2019 para reduzir as filas na concessão de aposentadorias, pensões e auxílios pelo INSS. Com o crescimento do tempo de espera dos processos nos últimos meses, o governo atual decidiu retomar a prática.
No último dia 5, o Ministério da Previdência Social lançou o Portal da Transparência Previdenciária. Pela internet, qualquer cidadão pode consultar o tamanho e o perfil da fila do INSS.
Até junho, o INSS tinha 1,8 milhão de requerimentos para serem analisados, dos quais 64% superavam o tempo legal de atendimento de até 45 dias. O Ministério da Previdência quer que, até o fim do ano, todos os processos sejam respondidos dentro do prazo legal.
De acordo com o INSS, a retomada do bônus de produtividade custará R$ 129 milhões ao governo. Não será necessário fazer um crédito suplementar (remanejamento de verbas) porque o valor estava reservado no Orçamento deste ano.
Agência Brasil