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Pernambuco enfrenta uma situação preocupante no que diz respeito à segurança pública. Após 8 meses de gestão da governadora Raquel Lyra (PSDB), a escalada da violência continua a desafiar as autoridades. As críticas à atual administração ganharam destaque quando a ex-deputada federal Marília Arraes (SD), líder da oposição no estado, apontou falhas na condução das políticas de segurança e na habilidade de formar uma equipe competente.

Há um mês, a governadora Raquel Lyra convocou a imprensa em um evento repleto de expectativas, porém, segundo seus críticos, faltou conteúdo. Em suas palavras, ela admitiu não ter realizado ações concretas e sequer apresentou um plano claro para lidar com a crescente violência em Pernambuco.

O cenário se agravou recentemente com a demissão da secretária de Defesa Social, que se tornou a quinta baixa no primeiro escalão do governo em apenas 8 meses. Isso ocorreu logo após controvérsias envolvendo negociações públicas relacionadas à Secretaria de Cultura e à Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa). A falta de estabilidade no alto escalão do governo levanta questões sobre a capacidade de Raquel Lyra em formar e manter uma equipe coesa.

Marília Arraes, uma das vozes mais proeminentes da oposição em Pernambuco, não poupou críticas à governadora, afirmando que “não sabe montar time e não sabe comandar. Quem sofre é o povo.” Suas palavras ecoam o sentimento de preocupação de muitos pernambucanos diante do aumento contínuo da violência no estado.

A questão da segurança pública é, sem dúvida, um desafio complexo que exige ação coordenada, estratégica e constante. Enquanto o governo e a oposição divergem sobre os melhores caminhos a seguir, a população de Pernambuco anseia por soluções efetivas que garantam um ambiente mais seguro e tranquilo para todos os cidadãos.

Nesta sexta-feira (01/09) a deputada federal Maria Arraes (SD) recorreu ao Ministério Público de Pernambuco para solicitar uma investigação rigorosa sobre os recentes casos de intoxicação alimentar que assolaram escolas públicas estaduais no estado. Na sexta-feira passada, dezenas de estudantes e funcionários tiveram sérios problemas de saúde após consumirem refeições no ambiente escolar. Os afetados foram prontamente socorridos e levados para unidades de saúde da região.

A deputada Maria Arraes, em sua conta no Instagram, afirmou: “Estamos denunciando a situação da merenda nas nossas escolas desde maio e nada foi feito pelo Governo do Estado.” Essa denúncia é uma continuação dos esforços da parlamentar em expor a precariedade da alimentação oferecida nas escolas públicas do estado.

Os incidentes de intoxicação alimentar levantaram preocupações substanciais entre pais, alunos e a comunidade escolar como um todo. A saúde e bem-estar dos estudantes são uma prioridade, e as alegações de negligência na gestão da merenda escolar têm gerado indignação em toda a sociedade.

O Ministério Público de Pernambuco agora está encarregado de iniciar uma investigação completa e imparcial para apurar as circunstâncias que levaram a esses episódios de intoxicação alimentar. As autoridades de saúde também estão trabalhando em conjunto com a investigação, a fim de identificar o agente causador das intoxicações e garantir que medidas adequadas sejam tomadas para evitar recorrências.

O governo estadual sob o comando da governadora Raquel Lyra (PSDB), ainda não emitiu uma declaração oficial sobre as alegações feitas pela deputada Maria Arraes. No entanto, espera-se que o governo preste esclarecimentos sobre as ações tomadas ou planejadas para melhorar a qualidade e segurança da alimentação escolar em Pernambuco.

A comunidade escolar e a sociedade em geral aguardam ansiosamente os resultados da investigação para determinar as responsabilidades e garantir que medidas eficazes sejam implementadas para proteger a saúde dos estudantes em todo o estado. A segurança e a qualidade da merenda escolar são questões cruciais que merecem toda a atenção e esforço para garantir que situações como essa não se repitam.

Uma pesquisa recente realizada pelo instituto datafolha traz novas perspectivas para a corrida eleitoral à Prefeitura de São Paulo em 2024. O deputado federal Guilherme Boulos, representante do PSOL, emerge como líder nas intenções de voto, conquistando o apoio de 32% dos eleitores entrevistados. A pesquisa, realizada entre a última terça-feira (29) e quarta-feira (30), ouviu 1.092 eleitores na cidade de São Paulo e apresenta um panorama promissor para Boulos.

O atual prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes, do MDB, aparece em segundo lugar na pesquisa, com 24% das intenções de voto. Esse resultado aponta para um cenário competitivo entre os dois principais candidatos, indicando uma corrida eleitoral acirrada em 2024.

A pesquisa também avaliou outros pré-candidatos. Tabata Amaral (PSB) alcançou 11% das intenções de voto, enquanto Kim Kataguiri, da únião, obteve 8% de apoio. Vinicius Poit, representante do Novo, foi mencionado por 2% dos entrevistados. É importante destacar que 18% dos eleitores afirmaram que votariam em branco ou anulariam o voto, enquanto 5% declararam que não escolheriam nenhum dos candidatos apresentados.

Segundo o Datafolha, a margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou menos, o que significa que os números podem variar dentro desse intervalo. Além disso, a pesquisa abordou a escolha espontânea dos eleitores, onde eles mencionaram nomes sem opções prévias. Nesse cenário, Guilherme Boulos foi mencionado por 8% dos entrevistados, Ricardo Nunes por 4%, e Kim Kataguiri obteve 1% de menções. “Candidato do PT” e “O prefeito” foram mencionados por 2% cada. No entanto, uma parcela expressiva de 72% dos eleitores afirmou não ter um candidato em mente, enquanto 7% declararam que votariam em branco ou anulariam seus votos.

De acordo com o instituto, o alto índice de votos brancos ou nulos é comum a 13 meses do primeiro turno das eleições, previsto para 6 de outubro de 2024. O segundo turno está marcado para o dia 27 de outubro do mesmo ano. Esses resultados refletem a dinâmica política em constante evolução na cidade de São Paulo, onde a disputa pela prefeitura promete ser sujeita a mudanças nos próximos meses. Com as eleições de 2024 se aproximando, os candidatos terão o desafio de conquistar o apoio de um eleitorado ainda indeciso em grande parte.

O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, realizou uma agenda de compromissos na capital pernambucana nesta quinta-feira. Em parceria com a governadora Raquel Lyra (PSDB), ele formalizou um pacto federativo para combater o trabalho escravo e melhorar o atendimento às vítimas, além de assinar um protocolo de intenções entre o Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) e o governo do estado para oferecer cursos profissionalizantes a ex-detentos.

No âmbito do pacto federativo, o governo de Pernambuco se comprometeu a desenvolver um plano estadual que inclui metas, ações de prevenção e repressão ao trabalho escravo. Além disso, o ministro convidou a governadora a indicar um representante para fazer parte do Fórum Nacional de Direitos Humanos. 

A cerimônia de assinatura ocorreu durante o Fórum Conexão IFPE Direitos Humanos e Igualdade, reunindo alunos e professores do instituto no auditório do Cais do Sertão, no Bairro do Recife, região central da capital.

Antes do evento, Silvio Almeida teve uma reunião com a governadora no Palácio do Campo das Princesas, a sede do governo de Pernambuco. Por volta das 15h15, o ministro visitou o Compaz Governador Eduardo Campos, no bairro da Linha do Tiro, Zona Norte do Recife, para examinar de perto as políticas públicas de promoção dos direitos humanos. Ele foi recepcionado pelo prefeito do Recife, João Campos (PSB), por secretários municipais e por líderes comunitários do Alto Santa Terezinha.

No último sábado (26/08), na cidade de Escada foi realizado um encontro político entre o Porta-voz da Rede Sustentabilidade Escada, Ailson Lima, o contador Rivaldo Alves Costa, o Professor Ronei Santos e sua esposa Andréa Santos, para uma discussão sobre as perspectivas e desafios do cenário político local, à medida que se aproximam as eleições de 2024.

A Rede Sustentabilidade é conhecida por sua ênfase na coletividade e na participação democrática. Os Porta-vozes desempenham um papel fundamental na definição do alinhamento político do partido, e este encontro não foi exceção. A reunião teve como objetivo avaliar as novas conjunturas políticas que se desenham em Escada e como o partido pode se posicionar da melhor forma para representar os interesses da comunidade.

Um dos principais pontos discutidos foi a necessidade de reunir a base do diretório municipal em um momento oportuno. Esta reunião pretende envolver todos os membros do partido, dando a voz àqueles que almejam se candidatar ao cargo executivo em Escada, bem como aos que desejam formar parte da chapa para concorrer às vagas na Câmara Municipal. A inclusão de diferentes vozes e perspectivas é vista como essencial para a construção de uma plataforma política sólida e inclusiva.

Ailson Lima, Porta-voz da Rede Sustentabilidade Escada, destacou a importância desse diálogo amplo e transparente, afirmando que “a Rede Sustentabilidade acredita na construção coletiva das decisões políticas. Estamos aqui para ouvir todas as vozes da nossa comunidade e trabalhar juntos em prol de um futuro melhor para Escada.”

A discussão realizada demonstra um compromisso sólido da Rede Sustentabilidade em envolver a comunidade de Escada na definição de sua agenda política. À medida que o partido avança, a expectativa é de que mais encontros semelhantes ocorram, consolidando assim a participação ativa dos cidadãos na tomada de decisões políticas que afetam o futuro da cidade, como também a construção coletiva do posicionamento político para as eleições municipais que virão.

Nesta quinta-feira, 31 de agosto, o município de Escada, localizado na Mata Sul de Pernambuco, celebrou com grande entusiasmo o primeiro aniversário de funcionamento da Unidade Pernambucana de Atenção Especializada (UPAE) Cícero Dias, situada no bairro Maracujá. A data festiva foi marcada por uma Missa de Ação de Graças, presidida pelo Padre Alberto Falcão, da paróquia do Sagrado Coração de Jesus, de Jaguaribe.

O evento comemorativo reuniu diversas autoridades locais, com destaque para a presença da prefeita Mary Gouveia e seu secretariado, além dos vereadores Irmão Luciano e Irmão Macé. Também estiveram presentes médicos, funcionários e o diretor da UPAE, Francisco Galvão. A celebração contou ainda com a participação dos usuários dos serviços da UPAE, vindos de municípios vizinhos em busca de exames e atendimentos médicos de qualidade.

A UPAE Cícero Dias tem desempenhado um papel crucial na oferta de assistência médica especializada à população da região. Desde sua inauguração, no ano anterior, tem sido um importante ponto de referência para a comunidade, proporcionando um atendimento de excelência em diversas áreas da saúde.

A prefeita Mary Gouveia, que esteve envolvida no projeto desde seu início, expressou sua gratidão por fazer parte desta conquista. “Me sinto muito abençoada por Deus, eu estava aqui no lançamento da pedra fundamental desta obra, como deputada estadual. Esta UPAE foi um pedido nosso, atendido pelo governador Eduardo Campos, e após tantos anos, essa obra só veio a ser concluída comigo comandando Escada. Me sinto agradecida a Deus por fazer parte desta história”, destacou a prefeita.

A UPAE Cícero Dias se tornou um símbolo de progresso na área da saúde em Escada e na região circundante. Com um ano de funcionamento, já acumula uma trajetória de sucesso no atendimento à comunidade, demonstrando a importância do investimento em infraestrutura e cuidados médicos de qualidade. A celebração do seu primeiro aniversário é um marco significativo no compromisso contínuo de oferecer serviços de saúde de excelência à população local.

O deputado estadual Antônio Coelho (UB), atualmente no segundo mandato e com formação enriquecida por cursos de extensão no exterior, encontra-se em posição de destaque para assumir a Secretaria de Turismo do Recife, sucedendo a Cacau de Paula. O convite partiu do prefeito João Campos (PSB) e aguarda confirmação após o retorno de uma viagem de negócios ao exterior do ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho.

A possível integração de Antônio Coelho à administração de João Campos marca um momento significativo na política local, representando o retorno do grupo coelho à frente popular, liderada pelo PSB. O ingresso de Antônio tem potencial para impactar não apenas as eleições municipais do Recife, mas também em Petrolina e nas áreas circundantes, onde o clã sertanejo possui prefeitos aliados.

Com projeções voltadas para as eleições estaduais de 2026, essa movimentação estratégica traz consigo potenciais desdobramentos. Caso seja reeleito como prefeito do Recife, João Campos pode se firmar como o principal candidato da oposição contra a atual governadora Raquel Lyra (PSDB), que vai buscar a reeleição.

Em relação à dinâmica interna, a eventual nomeação de Antônio Coelho como Secretário de Turismo abrirá uma vaga na Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco (Alepe), que será ocupada pelo suplente Edson Vieira, ex-prefeito de Santa Cruz do Capibaribe.

Em um cenário de iminente reforma ministerial, a bancada do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) intensificou nos últimos dias seus esforços para garantir a permanência de Luciana Santos no comando do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). A movimentação ocorre devido ao temor de que o atual ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França (PSB), seja deslocado para assumir a posição de Luciana.

Em busca de apoio político, os deputados do PCdoB procuraram o ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Alexandre Padilha, em uma tentativa de desviar a atenção do PSB em direção a outro ministério.

Os parlamentares argumentaram a Padilha que, levando em consideração o tamanho das bancadas, o PSB teria uma representação muito maior do que o PCdoB. Os socialistas contam com 15 deputados e lideram três ministérios, enquanto os comunistas possuem apenas 7 parlamentares e ocupam somente uma pasta ministerial. Além disso, ressaltaram que aceitaram a incumbência de comandar o MCTI sem restrições, uma vez que o presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Celso Pansera, é indicado pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Os deputados também elogiaram as realizações de Luciana à frente do ministério.

Na tentativa de evitar que Márcio França assuma a cadeira atualmente ocupada por Luciana, os parlamentares do PCdoB recorreram a argumentos históricos. Eles destacaram que têm mantido uma aliança com o PT desde a década de 80, enquanto o PSB já apresentou candidatos presidenciais para concorrer contra o partido do presidente Lula, mencionando inclusive a candidatura de Anthony Garotinho em 2002. No entanto, segundo fontes, Padilha ouviu atentamente, mas não manifestou concordância com os argumentos apresentados.

A Secretaria de Relações Institucionais (SRI) confirmou o encontro com a bancada do PCdoB, mas não fez comentários sobre o conteúdo das conversas. Antes dessa reunião com Padilha, os deputados comunistas também se encontraram com o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), a quem também apresentaram suas razões para manter Luciana no MCTI.

O receio do PCdoB é alimentado pela possibilidade do governo oferecer o Ministério de Portos e Aeroportos a Silvio Costa Filho, do Republicanos, o que abriria caminho para o deslocamento de Márcio França para o Ministério da Ciência e Tecnologia, tirando Luciana do cargo. A ministra poderia ser alocada posteriormente no Ministério das Mulheres, atualmente sob o comando de Cida Gonçalves, ou no Ministério dos Direitos Humanos, chefiado por Silvio Almeida. Nenhuma dessas alternativas agrada à bancada do PCdoB.

Além disso, o governo está em negociações para acomodar o Progressistas (PP), considerando a indicação do deputado André Fufuca (PP). A questão central para o Planalto é decidir qual ministério será oferecido ao Progressistas, partido do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL).

Uma das opções em discussão é a divisão do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, atualmente liderado por Wellington Dias. Isso permitiria ao PT manter o controle sobre o Bolsa Família, o principal programa do governo Lula, mas envolveria a renúncia de outros programas. O PP busca um ministério com um orçamento substancial e capacidade de entrega, o que também o direciona para a Agricultura, pasta atualmente sob a gestão do PSD, comandado por Carlos Fávaro.

Em meio a essas negociações, é certo que a decisão do presidente Lula não agradará a todos os envolvidos, o que reacende as tensões e conflitos políticos na Esplanada dos Ministérios. A temporada de fogo amigo parece estar novamente aberta.

Nesta quinta-feira, 31 de agosto de 2023, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e outras seis pessoas ligadas ao casal serão submetidas a depoimentos pela Polícia Federal (PF). As oitivas, realizadas simultaneamente, ocorrem no contexto das investigações referentes à alegada comercialização de joias provenientes de delegações estrangeiras, que faziam parte do acervo presidencial.

Além do casal Bolsonaro, prestarão esclarecimentos à PF:

• Frederick Wassef, ex-advogado da família;
• Fabio Wajngarten, advogado e assessor;
• Tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens;
• General Mauro César Lourena Cid, pai de Mauro Cid;
• Marcelo Câmara, ex-assessor; e
• Osmar Crivellati, ex-assessor.

O foco principal do depoimento de Jair Bolsonaro será a suposta venda de joias. Contudo, sua participação em relação à disseminação de notícias falsas junto a empresários também estava agendada. Os advogados do ex-presidente solicitaram um adiamento dessa parte do depoimento, alegando a recente obtenção dos autos do inquérito na última segunda-feira, 28 de agosto, e a complexidade do material a ser analisado.

No dia anterior, em 30 de agosto de 2023, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou que Michelle Bolsonaro não planeja permanecer em silêncio durante o depoimento. No entanto, ele expressou a visão de que a ex-primeira-dama não deve contribuir significativamente para as investigações. Segundo Costa Neto, “não vejo qual envolvimento ela deve ter nisso”.

Em um esforço conjunto, o governo federal apresenta o plano Brasil sem fome, uma nova política destinada a erradicar a insegurança alimentar e nutricional, diminuir as taxas de pobreza e remover o país do Mapa da Fome. Aprovado pela câmara Interministerial de segurança alimentar e nutricional (Caisan), composta por 24 ministérios, o plano abrange uma série de 80 ações e políticas públicas voltadas para a concretização de cerca de 100 metas estabelecidas.

Segundo Valéria Burity, secretária extraordinária de combate à fome do ministério do desenvolvimento e assistência social, família e combate à fome, o plano brasil Sem fome se fundamenta em três eixos estratégicos. O primeiro engloba ações para garantir o acesso à renda e promover a cidadania, abrangendo a política de proteção social. O segundo eixo abarca iniciativas que perpassam desde a produção até o consumo de alimentos saudáveis e apropriados. Já o terceiro eixo se dedica à mobilização de diversos poderes, entidades federativas e a sociedade civil, visando à colaboração na efetiva luta contra a fome no país.

Na quarta-feira (30), durante coletiva de imprensa realizada em Teresina, Valéria Burity enfatizou que a mobilização dos diversos setores é essencial para alcançar os objetivos do plano. A capital do Piauí foi selecionada para o evento de lançamento, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, marcado para esta quinta-feira (31), quando o decreto de criação do plano será assinado. Uma das inovações destacadas pela secretária é a proposta de integração dos sistemas de segurança alimentar, assistência social e saúde, visando uma abordagem holística para atingir as metas estipuladas.

Após sair do mapa da fome da ONU em 2014, o Brasil viu-se novamente enfrentando a problemática da fome, especialmente durante a pandemia de covid-19. De acordo com o relatório global “estado da segurança alimentar e nutrição no mundo”, divulgado por agências especializadas da ONU, entre 2020 e 2022, quase um em cada dez brasileiros (9,9%) experimentou insegurança alimentar severa. adicionalmente, o estudo revela que mais de um terço (32,8%) da população brasileira está enquadrada nas categorias de insegurança alimentar severa ou moderada, totalizando 70,3 milhões de brasileiros.

A situação também aponta para agravamento, visto que entre 2014 e 2016, o percentual era de 18,3%. Os centros urbanos concentram a maior parte dos cidadãos em insegurança alimentar, abrigando 27 milhões dos 33 milhões em situação grave no país. A insegurança alimentar é mais proeminente em domicílios chefiados por mulheres negras, populações em situação de rua, comunidades tradicionais e trabalhadores informais.

Valéria Burity ressaltou a prevalência da fome nas áreas urbanas, apesar do alto percentual no meio rural. O plano Brasil sem fome visa a assegurar o fornecimento de alimentos para esses centros, incluindo a distribuição pelo programa de aquisição de alimentos às cozinhas solidárias, uma iniciativa da sociedade civil durante a pandemia. O plano também prevê a retomada dos estoques públicos para regular o abastecimento e preços dos alimentos.

O governo já está implementando ações em andamento, como o reajuste per capita do programa nacional de alimentação escolar (Pnae), o novo bolsa família, a valorização do salário mínimo, a retomada do programa de aquisição de alimentos (PAA) e o plano safra da agricultura familiar. Além disso, a mobilização do plano Brasil sem fome começou com a assinatura de protocolos de intenção com estados e entidades prioritárias, marcando o início das ações interfederativas. caravanas do programa serão realizadas em áreas com alta insegurança alimentar, embasadas por informações estatísticas fornecidas pela pesquisa nacional por amostra de domicílio do IBGE.