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Durante uma coletiva de imprensa na Índia, nesta segunda-feira (11), onde participou de uma reunião do G20, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez declarações surpreendentes sobre o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e levantou questionamentos sobre a suposta participação de Bolsonaro em uma tentativa de golpe.

Lula afirmou diante da imprensa: “Eu acho que ele [Bolsonaro] está altamente comprometido. A cada dia vão aparecendo as coisas, e a cada dia nós vamos ter certeza de que havia a perspectiva de golpe e que o ex-presidente estava envolvido nela até os dentes.”

Entretanto, o presidente evitou entrar em detalhes sobre o acordo de delação premiada de Mauro Cid, que foi homologado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes no último sábado (9). O presidente ressaltou: “Não sei o que está lá. Só sabe o delegado que ouviu e o coronel que prestou depoimento. O resto é especulação.”

Lula também aproveitou a oportunidade para fazer críticas ao ex-presidente Bolsonaro, afirmando que ele estava preocupado em “vender as joias” do país e que Bolsonaro é “responsável por parte das coisas ruins que aconteceram” no Brasil.

A homologação da delação de Mauro Cid, que estava detido desde maio deste ano devido a investigações da Polícia Federal relacionadas a falsos dados no cartão de vacinação da família Bolsonaro, representa um novo capítulo na complexa situação política brasileira. 

O Centro de Comunicação Social do Exército Brasileiro informou, no domingo (10), que cumprirá a decisão judicial expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e afastará o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro César Barbosa Cid de suas funções.

A partir do cumprimento da decisão, Cid ficará agregado ao Departamento-Geral do Pessoal (DGP) sem ocupar cargo e exercer função. O Exército cumpre determinação de Moraes na mesma decisão em que homologou delação premiada de Cid, proposta pela defesa do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro à Polícia Federal. 

No documento, Moraes concedeu liberdade provisória a Cid, com imposição de cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica, proibição de sair de casa em determinados horários e afastamento das funções no Exército. Notificada, a Força diz que cumprirá.

O ministro ainda mandou suspender quaisquer documentos de porte de arma de fogo em nome do investigado, além de quaisquer Certificados de Registro para realizar atividades de colecionamento de armas de fogo, tiro desportivo e caça (CACs), e o uso de redes sociais.

Moraes proibiu Cid de se ausentar do país, com obrigação de realizar a entrega de seus passaportes dentro de cinco dias. Determinou, ainda, que os passaportes sejam tornados sem efeito. Em 6 de setembro, Cid chegou a ir ao STF para falar sobre o desejo de colaborar. O ex-ajudante de ordens foi preso sob a acusação de envolvimento em um esquema de fraude nos cartões de vacinação de familiares e do ex-presidente Bolsonaro.

Cid é investigado em uma série de operações – entre as quais, a que apura a venda ilegal de joias e outros objetos do acervo da Presidência da República durante a gestão Bolsonaro.

Na delação, Mauro Cid precisará trazer às investigações fatos inéditos, que não tenham sido contados nas horas de depoimentos já prestados à Polícia Federal. Após as revelações, que devem ser feitas pelo militar nos próximos dias, a PF fará novas diligências para checar a veracidade das informações.

A expectativa é que Cid esclareça pontos sobre como se deu a participação de Bolsonaro nos seguintes casos: a falsificação de cartões de vacina no sistema do Ministério da Saúde, o Conect SUS; as joias que entraram irregularmente no país e o momento em que os presentes foram vendidos no exterior; e até sobre o 8 de Janeiro e as investigações sobre a tentativa de golpe de Estado no país, com a participação de mentores intelectuais do governo anterior.

O ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes Elias Gomes, afirmou com exclusividade ao Portal Fala News que sua ida para o PT é certa, “Estamos nos ajustes finais, nos finalmentes com o PT” destacou o pré-candidato.

O Partido dos trabalhadores Lidera a federação Brasil da Esperança composta pelos partidos PV e PCdoB, que em Jaboatão tem como presidentes, o ex-vereador Daniel Alves (PV) e o Professor Tiago Modenesi (PCdoB).

Daniel que disputou as eleições de 2020 contra o ex-prefeito Anderson Ferreira (PL) saiu com mais de 81 mil votos das urnas, e está com seu nome posto como pré-candidato do Partido Verde, a federação deverá buscar consenso em torno de um nome para representar o grupo na disputa municipal de 2024, contra o atual prefeito Mano Medeiros do PL, nome do grupo Ferreira, e a Deputada Federal de extrema-direita Clarissa Tércio do PP que deverá estar na disputa também, ambos ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Uma possibilidade ventilada é que Elias seja o cabeça de chapa no campo da esquerda, tendo o ex-vereador Daniel Alves como vice-prefeito. Caso ocorra essa composição, a chapa tem reais condições de liquidar a eleição já no primeiro turno, pela força política dos dois nomes colocados, a representatividade e conexão com diversos setores da sociedade jaboatonense.

O evento de filiação de Elias Gomes ao PT deverá ocorrer final de setembro, com a presença de figuras nacionais da sigla, como a presidente nacional e deputada federal Gleisi Hoffman, e os senadores de Pernambuco, Humberto Costa e Teresa Leitão.

O senador Humberto Costa, em declaração recente, comentou sobre a perspectiva de um grande evento em Jaboatão dos Guararapes para celebrar a filiação de Elias Gomes ao PT. “É um processo que estamos discutindo, e se tudo der certo até lá, possivelmente poderemos fazer um grande evento no próprio município, mas estamos nos acertos com ele e com a deputada federal Gleisi Hoffmann”, afirmou o senador.

A filiação de Elias Gomes ao PT promete trazer novos rumos para a política local e pode resultar em uma eleição municipal altamente competitiva, com várias forças políticas em jogo.

O Partido dos Trabalhadores (PT) está de olho nas eleições de 2024, e seu foco se concentra no segundo maior município de Pernambuco, Jaboatão dos Guararapes. Para a disputa, a legenda aposta na candidatura de Elias Gomes, ex-membro do PSDB, que já exerceu dois mandatos como gestor naquele município e agora está a caminho de se filiar ao PT. A afirmação foi feita pelo deputado federal Carlos Veras, que destacou a certeza da filiação de Elias Gomes ao partido.

“A filiação de Elias Gomes ao PT é dada para nós como certa. Queremos ainda este mês, com a vinda da presidenta Gleisi Hoffmann articulando a chegada do ministro Alexandre Padilha, da Articulação Política. Se possível, gostaríamos que ele pudesse estar presente nesse momento, para que possamos realizar uma grande plenária de filiação do ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes,” afirmou o petista.

Carlos Veras adiantou que o partido tem uma missão fundamental durante o ano de 2024 e nas eleições municipais: enfrentar o bolsonarismo. “Precisamos combater essa política do ódio, da intolerância e da destruição, e ela começa nas eleições municipais. Não temos dúvida de que Jaboatão dos Guararapes é o principal berço do bolsonarismo, especialmente na gestão municipal. Lá, faremos esse enfrentamento com um grande quadro político que possui a capacidade de aglutinar forças políticas,” enfatizou o parlamentar.

Segundo Carlos Veras, a candidatura de Elias Gomes será a prioridade máxima para o Partido dos Trabalhadores no próximo pleito, refletindo a importância atribuída a Jaboatão dos Guararapes como um epicentro no desafio de combater o bolsonarismo, hoje representado pelo prefeito Mano Medeiros (PL) nome da família Ferreira na disputa, como também a deputada de extrema-direita Clarissa Tércio (PP) que recentemente anunciou sua pré-candidatura a prefeita da cidade. A movimentação política intensa evidencia a determinação do partido em buscar alternativas e soluções para enfrentar os desafios políticos do Brasil nas eleições municipais de 2024.

No próximo dia 11 de setembro de 2023, às 10 horas, o Ministro da Casa Civil da Presidência da República, Rui Costa, realizará o lançamento do aguardado Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em Recife, Pernambuco. O evento terá como palco o Auditório da Faculdade de Ciências da Administração de Pernambuco (FCAP/UPE), localizado na Av. Sport Club do Recife, 252, Madalena.

A iniciativa visa apresentar detalhadamente as obras prioritárias que serão realizadas para impulsionar a infraestrutura do estado e os investimentos federais previstos para a região. Com o objetivo de promover o desenvolvimento econômico e social, o Novo PAC é uma oportunidade de impulsionar projetos que trarão benefícios significativos à população pernambucana.

Uma das presenças esperadas no evento será a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, que acompanhará de perto as novidades e os compromissos assumidos pelo governo federal com o Estado.

Durante a cerimônia de lançamento, serão apresentados os principais projetos e suas respectivas fases de execução, destacando o impacto positivo que essas ações terão no desenvolvimento regional. Além disso, serão discutidos os recursos federais destinados a essas iniciativas, demonstrando o comprometimento do governo federal em fortalecer a infraestrutura de Pernambuco.

O Novo PAC representa uma oportunidade para a população de Pernambuco e a economia do estado, que poderão contar com melhorias significativas em varias obras de infraestrutura. O evento promete ser um marco na parceria entre o governo federal e o estado de Pernambuco, visando aprimorar a qualidade de vida dos cidadãos e impulsionar o crescimento econômico da região.

O ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, Paulo Pimenta, anunciou que o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, liderará uma comitiva de ministros em uma visita aos municípios do Rio Grande do Sul na manhã do próximo domingo (10). Esta ação visa fortalecer o apoio do governo federal às áreas afetadas por um ciclone extratropical que causou devastação na região.

A comitiva governamental, composta por ministros, desembarcará em Lajeado e seguirá para Roca Sales e Arroio do Meio, onde se reunirá com representantes do governo estadual e prefeitos locais. O objetivo é coordenar esforços para oferecer assistência efetiva às comunidades mais atingidas.

Segundo o ministro Paulo Pimenta, “Nós vamos, mais uma vez, reunir com o governo do estado, reunir com os prefeitos, visitar regiões atingidas para organizar, ainda mais, esse apoio necessário que o governo federal está disponibilizando para o governo do estado e para as prefeituras, especialmente para as comunidades mais atingidas”.

Um dos principais anúncios feitos durante a visita é o envio de 20 mil cestas de alimentos, sendo que 5 mil delas estão programadas para chegar já neste domingo, atendendo à urgente necessidade das vítimas da tragédia.

Além disso, para reforçar os trabalhos de atendimento emergencial, uma sala de situação do governo federal será instalada no Rio Grande do Sul. A coordenação desse grupo será de responsabilidade do general de Exército Hertz Pires do Nascimento, comandante do Comando Militar do Sul.

Vale destacar que, durante a viagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Nova Déli, na Índia, para participar da Cúpula do G20, Geraldo Alckmin está exercendo a função de presidente em exercício. Questionado pela imprensa sobre a ausência de Lula nas áreas afetadas pelo ciclone no Rio Grande do Sul, Alckmin respondeu que o governo está empenhado em resolver a situação.

“Os seus ministros estiveram lá [na quarta-feira]. O presidente [Lula] tinha, ontem, o 7 de Setembro e não tinha como sair. No dia anterior, [o presidente Lula] teve uma indisposição de saúde, mas todo o governo está empenhado em atender a região”, afirmou Alckmin.

Nas redes sociais, o ex-presidente Lula se pronunciou sobre a situação, afirmando que orientou o governo a estar “de prontidão” e que estão sendo disponibilizados maquinário, tratores, distribuição de 20 mil cestas de alimentos e kits de saúde para cerca de 15 mil pessoas.

A situação no Rio Grande do Sul permanece delicada, com chuvas intensas causando 46 mortes, e mais 20 pessoas desaparecidas, 43 feridos, 2.944 desabrigados e 7.607 desalojados, afetando 83 cidades. A estimativa do governo estadual é que mais de 120 mil pessoas tenham sido impactadas pela tragédia. A atuação conjunta do governo federal e estadual é fundamental para a recuperação das áreas afetadas e o apoio às comunidades atingidas.

O Deputado Federal Túlio Gadelha (REDE-PE), em uma coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (08/09), esclareceu sobre as especulações em torno de sua possível mudança de partido e reafirmou seu desejo de concorrer à prefeitura do Recife nas próximas eleições. Gadelha destacou que acatará a determinação da Federação Nacional da Rede Sustentabilidade e do PSOL, que segundo ele têm a incumbência de escolher o nome que disputará o pleito na capital pernambucana.

As especulações sobre uma possível filiação de Gadelha ao PSD do ministro André de Paula ganharam força após a confirmação dos nomes da deputada estadual Dani Portela e do vereador Ivan Morais como pré-candidatos a prefeito do Recife pelo PSOL. Além disso, o presidente do PSOL, Tiago Paraíba, afirmou categoricamente que seu partido não apoiará nenhum candidato alinhado ou indicado pela governadora Raquel Lyra (PSDB) de quem Túlio é aliado.

A aproximação de Túlio Gadelha com a governadora Raquel Lyra e seu apoio em desacordo com a posição da Federação Rede/PSOL nas eleições de 2022 causaram atritos em seu relacionamento com colegas de partido. Esses desentendimentos, somados às divergências existentes dentro da Rede em Pernambuco e em nível nacional, têm sido obstáculos no projeto de Gadelha para consolidar sua candidatura à prefeitura do Recife.

No entanto, o deputado foi enfático ao afirmar que: “Não há essa possibilidade de mudar de partido para disputar a prefeitura do Recife. É mais fácil a governadora migrar para um partido da base de Lula, do que eu me posicionar na oposição. Muitas especulações circulam, mas não existe nenhuma conversa sobre minha saída da Rede. Vou seguir a determinação da federação.”

Gadelha também expressou seu apoio à ideia de que o candidato ideal seja escolhido por meio de pesquisas. Ele afirmou: “A direção nacional da federação é responsável por decidir o nome que deverá concorrer. No entanto, defendo a tese de que possamos construir um consenso por meio de pesquisas. Os nomes atualmente colocados para disputar o Recife dentro da federação podem se submeter a uma pesquisa no próximo ano. Este ano é dedicado ao aprofundamento do programa de governo de cidades sustentáveis. O Recife enfrenta desafios como vulnerabilidade a fenômenos climáticos e profundas desigualdades sociais, com o ressurgimento de palafitas.”

Quando questionado sobre ser o nome apoiado pela governadora, o Deputado Túlio destacou que existem outros nomes mais próximos dela, como o do Secretário de Turismo de Pernambuco, Daniel Coelho, que preside o Cidadania, partido que faz federação com o PSDB de Raquel Lyra.

A decisão final sobre quem será o candidato à prefeitura do Recife deverá ser anunciada pela Federação Nacional da Rede/PSOL aponta o deputado. Túlio Gadelha afirmou que permanecerá comprometido com essa escolha seja do seu nome ou de outro companheiro de federação, independentemente das conjecturas políticas que circulam no cenário atual.

A Polícia Federal confirmou a aceitação de um acordo de delação premiada com o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. De acordo com informações obtidas pelo jornal O Globo, um termo de intenção já foi assinado pelo ex-ajudante de ordens e está em posse dos investigadores. As tratativas foram inicialmente reveladas pelo blog da jornalista Andréia Sadi, do G1.

Nesta quarta-feira, Cid compareceu ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes e se reuniu com o juiz auxiliar Marco Antonio Vargas, onde foi atestada sua intenção em firmar o acordo “por livre e espontânea vontade”. No entanto, a viabilidade da colaboração ainda depende do aval do Ministério Público Federal e da posterior homologação pelo ministro do Supremo Tribunal Federal. A data para essas etapas ainda não foi definida.

Cid, que se encontra detido desde maio por conta de outro inquérito relacionado a uma suposta fraude em cartão de vacina, é investigado por sua participação, juntamente com seu pai, o general da reserva Mauro Lourena Cid, na venda de relógios e joias recebidos por Bolsonaro de outros chefes de estado, bem como de outros itens de luxo.

Durante o período inicial de detenção, Cid optou pelo silêncio em seus depoimentos, mas recentemente mudou sua estratégia e passou a colaborar com os investigadores, coincidindo com a troca de advogado, quando Cezar Bitencourt assumiu a defesa do tenente-coronel no início de agosto.

Bitencourt, em sua nova posição como advogado de Cid, afirmou que seu cliente estava disposto a prestar um novo depoimento assumindo as negociações para a revenda do relógio Rolex, alegando que agiu sob as orientações de seu então chefe, Bolsonaro, e que inclusive devolveu o valor recebido pela joia em espécie. Entretanto, Bitencourt tem apresentado diferentes versões sobre a participação de Cid nas negociações envolvendo joias recebidas em viagens oficiais desde que assumiu sua defesa.

A equipe técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) divulgou hoje um relatório que não identificou interesse público na viagem do ex-presidente Jair Bolsonaro aos Estados Unidos, realizada entre dezembro de 2022 e março de 2023. A análise, conduzida pela Unidade de Auditoria Especializada em Governança e Inovação do TCU, levantou questionamentos sobre os motivos da viagem, que custou R$ 800 mil aos cofres públicos. 

O relatório enfatiza a ausência de uma justificativa lógica e aceitável para a viagem, alertando para possíveis violações dos princípios do interesse público, moralidade e legalidade na administração pública.

A viagem de Bolsonaro, que coincidiu com o período de transição de governo para o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, chamou a atenção do deputado federal Elias Vaz de Andrade, do PSB, que apresentou o questionamento ao TCU. Para a preparação da viagem, foram mobilizadas 35 pessoas, entre militares e civis, formando o chamado “escalão avançado”, composto por seguranças e assessores do ex-presidente.

O relatório do TCU destacou que, apesar dos esforços para compreender os motivos da viagem, em nenhum momento foi revelado o interesse público capaz de justificar a dispendiosa empreitada nas últimas horas do mandato de Bolsonaro. Além disso, a Auditoria Especializada enfatizou o risco de descumprimento dos princípios fundamentais que regem a administração pública, caso a ausência de uma justificativa lógica e aceitável fosse confirmada.

Como parte de suas recomendações, a Unidade de Auditoria Especializada determinou a realização de diligências junto ao Ministério das Relações Exteriores e à Casa Civil da Presidência da República, visando esclarecer os detalhes da viagem e os gastos associados a ela. O relator do caso no TCU é o ministro Walton Alencar Rodrigues.

Vale ressaltar que, além das questões relacionadas à viagem em si, o relatório do TCU menciona que cinco pessoas que integravam o grupo do “escalão avançado”, incluindo o tenente-coronel Mauro Cid, os assessores Oscar Crivelatti e Marcelo Câmara, e os seguranças Sérgio Rocha Cordeiro e Max Guilherme Machado, estão sob investigação da Polícia Federal em casos como a venda de joias e presentes recebidos por Bolsonaro durante seu mandato e a suposta falsificação do cartão de vacina do ex-presidente.