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Jornada Mundial da Juventude: Papa Francisco aborda temas polêmicos

O evento, que é o maior da Igreja Católica, deve reunir em Lisboa 1 milhão de pessoas de mais de 150 nacionalidades

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Foto: Marcos Bertorello/AFP

O discurso do Papa Francisco durante os primeiros três dias de sua participação na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em Portugal, trouxe temas polêmicos, como LGBT+, aborto e abuso de líderes religiosos, mantendo uma abordagem que combina posições conservadoras da Igreja Católica com mensagens de acolhimento e compreensão.

LBGT+ e Acolhimento Homossexual: O Papa Francisco enfatizou a ideia de que Deus ama a todos independentemente de sua orientação sexual. Embora considere a homossexualidade como um pecado, ele defende a ideia de que a Igreja deve acolher todos os indivíduos, independentemente de suas diferenças ou erros. Isso é consistente com sua abordagem anterior de ser mais inclusivo e compassivo em relação às pessoas LGBT+.

Aborto: O Papa também abandonou o tema do combate ao aborto, reafirmando a posição conservadora da Igreja Católica em relação à defesa da vida desde a concepção. Embora o texto não detalhe o discurso exato do Papa sobre o assunto, é evidente que ele continua a transmitir a visão da Igreja em relação ao direito à vida.

Abuso Sexual e Condenação a Líderes Religiosos: O Papa Francisco também condenou os líderes religiosos que abusaram de menores, refletindo a postura da Igreja em relação à responsabilização dos casos de abuso sexual por membros do clero. Ele provavelmente garantirá a importância de enfrentar esses problemas de maneira justa e transparente, buscando a proteção das vítimas e a punição dos culpados.

Atenção aos Avós e Idosos: O Papa mencionou a importância de prestar atenção aos avós e idosos em geral, indicando uma abordagem compassiva em relação às gerações mais velhas. Isso pode refletir seu desejo de promover a valorização e o cuidado das pessoas idosas na sociedade.

Tecnologia e Perigos: O Papa alertou sobre os perigos associados ao uso excessivo e irresponsável da tecnologia. Embora os detalhes exatos

Lula e papa Francisco se encontram no Vaticano

  Presidente cumpre agenda na Europa. Da Itália ele segue para a França

Foto: Ricardo Stukert    


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o
papa Francisco se encontraram, nesta quarta-feira (21), no Vaticano. Em
publicação nas redes sociais, Lula agradeceu ao pontífice pela “boa
conversa sobre a paz no mundo”. A visita faz parte da agenda que Lula
cumpre na Europa, nessa semana, quando passará por Itália e França.

Antes da viagem, o presidente afirmou que conversaria com o papa sobre soluções
para a guerra na Ucrânia e o combate às desigualdades sociais e
econômicas no mundo. Lula disse ainda que convidaria Francisco a
participar do Círio de Nazaré, uma das principais festas religiosas do
país realizada anualmente em outubro, em Belém (PA).

Na agenda do presidente, após o encontro com
o papa, há uma audiência com o arcebispo Edgar Peña Parra, da
Secretaria de Estado do Vaticano.

Agenda na Itália

Mais cedo, Lula se encontrou com o presidente da Itália,
Sergio Mattarella, e teve audiências com o ex-primeiro-ministro da
Itália, Massimo D’Alema, e com a secretária-geral do Partido Democrático
Italiano, Elly Schlein. Com Matarella, o presidente tratou do acordo de
livre comércio entre Mercosul e União Europeia, sobre a aproximação
entre as universidades e a ampliação do intercâmbio comercial entre os
dois países.

Também hoje, o presidente brasileiro terá
encontros bilaterais com a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, e
com o prefeito de Roma, Roberto Gualtieri.  

O encontro com Gualtieri terá um caráter pessoal.
O político foi uma das personalidades internacionais que visitou Lula
durante o período em que o ex-presidente esteve preso em Curitiba (PR),
de 2018 a 2019, no âmbito da Operação Lava Jato. Na época da visita, em
julho de 2018, Gualtieri exercia mandato de eurodeputado pelo Partido
Democrático Italiano.

Já sobre Giorgia Meloni, até a véspera da
viagem, o encontro com a chefe de governo do país europeu não estava
confirmado, de acordo com autoridades brasileiras. A reunião foi confirmada ontem pelo Itamaraty. Primeira mulher a ocupar o cargo, Meloni é líder do primeiro governo de extrema-direita no país em décadas.

Lula chegou a Roma na manhã de terça-feira
(20) e o primeiro compromisso na capital italiana, ainda ontem, foi com o
sociólogo Domenico de Masi, referência internacional em estudos sobre a
sociologia do trabalho. Autor do livro Ócio Criativo, de Masi tornou-se famoso pelo conceito segundo o qual o ócio é um fator que estimula a criatividade pessoal.

Assim como Roberto Gualtieri, Domenico de
Mais também visitou Lula na prisão em Curitiba. No encontro de ontem, os
dois conversaram sobre o cenário político no Brasil e na Europa.

Amanhã (22), Lula embarca para Paris. Na
capital francesa, ele participa da Cúpula sobre o Novo Pacto Global de
Financiamento e terá encontro bilateral com o presidente da França,
Emmanuel Macron.

Lula também fará o discurso de encerramento
do evento Power Our Planet, a convite da banda Coldplay, na noite de
quinta-feira (22). O evento será realizado no Campo de Marte, em frente à
Torre Eiffel, e também terá as presenças de líderes do Timor Leste,
Barbados, Gana e Quênia, além da prefeita de Paris, Ane Hidalgo.

Agência Brasil