Cristiano Zanin

Advogado Cristiano Zanin toma posse como ministro do STF nesta quinta-feira

Cerimônia contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e autoridades do Judiciário.

Cristiano Zanin
Foto: Sylvio Sirangelo/TRF4
Nesta quinta-feira (3), o advogado Cristiano Zanin assumirá o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), ocupando a vaga deixada por Ricardo Lewandowski, que se aposentou compulsoriamente em abril ao completar 75 anos. A cerimônia está programada para as 16h e contará com a presença de aproximadamente 350 convidados, incluindo amigos, familiares de Zanin, ministros do governo federal, parlamentares e autoridades do Judiciário. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou sua participação no evento.
A solenidade tem previsão de duração de cerca de 15 minutos e será conduzida pela presidente da Corte, Rosa Weber. Após a execução do Hino Nacional, Zanin será conduzido ao plenário pelos ministros André Mendonça e Gilmar Mendes, representando o mais novo e o mais antigo integrantes do tribunal, respectivamente.
Durante a cerimônia, o novo ministro prestará juramento de cumprir a Constituição e assinará o termo de posse, sem previsão de discurso. Posteriormente, Zanin receberá os cumprimentos dos convidados em outro salão do tribunal.
À noite, em comemoração à posse, associações de magistrados oferecerão um coquetel em um salão de festas. Os convites para o evento foram comercializados por cerca de R$ 500.
Cristiano Zanin foi indicado ao STF pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e teve sua nomeação aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e pelo plenário da Casa. Ele se tornou conhecido por atuar como defensor de Lula nos processos da Operação Lava Jato. Natural de Piracicaba, Zanin possui 47 anos e é formado em direito pela Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Casado com a advogada Valeska Teixeira Zanin Martins, o novo ministro tem três filhos e poderá ocupar o cargo na Corte por 27 anos.
Ministro Da Educação Camilo Santana

Ministro da Educação busca fortalecer permanência de jovens no ensino médio

Camilo Santana destaca desafios e medidas prioritárias durante 75ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência.

Ministro Da Educação Camilo Santana
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou nesta quinta-feira (27) que o governo federal está empenhado em implementar ações para fortalecer a permanência dos jovens no ensino médio. No entanto, ele destacou que um planejamento mais sólido é necessário para garantir recursos no orçamento destinados a essa iniciativa. Durante sua participação na 75ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Curitiba, Santana abordou a importância de apoio financeiro aos estudantes que, muitas vezes, abandonam a escola para trabalhar.
Segundo dados de pesquisas apresentados pelo ministro, apenas 64% dos jovens que ingressam no ensino fundamental conseguem concluir o ensino médio no Brasil. Esse número preocupa o governo, que busca maneiras de reverter esse cenário e garantir que nenhum jovem seja excluído da educação.
Protesto durante a reunião Durante a participação do ministro na reunião da SBPC, um grupo de pessoas protestou exigindo a revogação do Novo Ensino Médio. Camilo Santana ressaltou que o governo federal está conduzindo uma consulta pública sobre o tema, na qual mais de 150 mil alunos já se manifestaram. Ele também defendeu a necessidade de responsabilidade compartilhada para a construção de políticas educacionais sólidas, afirmando que decisões precipitadas e sensacionalistas não contribuem para a melhoria do sistema educacional.
Pontos prioritários da Política Nacional de Educação Na reunião, o ministro apresentou um balanço das políticas de educação no país, destacando três pontos fundamentais que devem ser fortalecidos na Política Nacional de Educação. São eles:

Melhoria da alfabetização

 Com base nos dados da pesquisa “Alfabetiza Brasil,” que utiliza informações do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), constatou-se que 56,4% das crianças não estão alfabetizadas ao final do 2º ano do ensino fundamental. Essa situação compromete gravemente a formação educacional dessas crianças. O Ministério da Educação (MEC) tem trabalhado para reverter esse quadro com o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, uma nova política de alfabetização que recebeu a adesão de 100% dos estados e 91% dos municípios.

Expansão do ensino de tempo integral

O governo federal retomou a política nacional de educação em tempo integral, aprovada pelo Congresso Nacional e prestes a ser sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A nova lei possibilitará o apoio técnico e financeiro do MEC aos municípios e estados que ampliarem as vagas de tempo integral nas escolas. O objetivo é cumprir o que prevê o Plano Nacional da Educação, alcançando, até 2024, 25% das matrículas no ensino básico em tempo integral, com 50% das escolas oferecendo essa modalidade. Atualmente, apenas 25% das matrículas são em tempo integral, e 22,4% das escolas disponibilizam essa forma de ensino.

Conectividade nas escolas

 O ministro ressaltou que o governo federal tem como meta garantir que todas as escolas públicas do país tenham acesso à banda larga com objetivos pedagógicos e educacionais, além de equipamentos adequados. Essa conexão será viabilizada por meio dos leilões do 5G. Atualmente, 40,1 mil escolas não possuem acesso adequado à banda larga fixa, e 4,1 milhões de alunos não têm acesso adequado à internet.
O discurso do ministro na SBPC reflete o comprometimento do governo em enfrentar os desafios educacionais, buscando criar medidas concretas para fortalecer a permanência dos jovens no ensino médio e promover uma educação de qualidade para todos os brasileiros. A busca por melhorias na alfabetização, expansão do ensino integral e conectividade nas escolas são passos importantes nesse caminho. O futuro da educação no Brasil dependerá do trabalho árduo e planejado, com a participação de todos os setores envolvidos na construção de uma educação mais inclusiva e eficiente.
Geraldo Alckmin

Vice-presidente Geraldo Alckmin discute desenvolvimento econômico no Nordeste

Encontro em Brasília reúne líderes regionais para abordar estratégias de desenvolvimento sustentável e políticas públicas para a região.

Geraldo Alckmin
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Brasília, 26 de Julho de 2023 – O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin (PSB), está presente hoje no evento intitulado “Desenvolvimento Econômico – Perspectivas e Desafios da Região Nordeste”, realizado em parceria com o Consórcio Nordeste. A reunião, que ocorre no Palácio do Planalto a partir das 9h30, tem como pauta central o plano estratégico de desenvolvimento sustentável da região e os desafios para a elaboração de políticas públicas que possam solucionar problemas estruturais nos estados nordestinos.
A abertura do evento contou com a participação do próprio Alckmin e do presidente do Consórcio, o governador da Paraíba, João Azevedo (PSB). Além deles, os chefes do Executivo dos estados nordestinos também estarão presentes, tendo cinco minutos cada para apresentar suas perspectivas durante o encontro.
Dentre os temas abordados, destaca-se o “Financiamento para o Desenvolvimento”, que contará com a presença dos presidentes dos bancos públicos: Aloizio Mercadante, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); Tarciana Medeiros, do Banco do Brasil (BB); e Paulo Câmara, do Banco do Nordeste (BNB). O ex-governador de Pernambuco apresentará o balanço do primeiro semestre do BNB, com um volume de contratos de R$ 21,3 bilhões em toda sua área de atuação, utilizando recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE). O evento também tem a presença da cientista social e economista especialista em Planejamento Global, Tania Bacelar; do secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do MDIC, Uallace Moreira; e do superintendente da Sudene, Danilo Cabral.
A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), confirmou sua participação durante o lançamento do programa estadual de habitação “Morar Bem – Entrada Garantida” realizado na última segunda-feira (24).
Ao assumir a Sudene, o ex-deputado federal enfatizou o compromisso de ampliar o diálogo com a região, por meio de políticas e projetos que possam fortalecer as vocações econômicas da área de atuação da autarquia federal, além de mitigar os desafios sociais que ainda persistem no Nordeste. O evento visa promover uma discussão ampla sobre o desenvolvimento sustentável da região, buscando soluções e ações concretas para impulsionar o crescimento econômico e social.
Floresta Amazônica

Amazônia: governo analisa ampliar faixa de fronteira para permitir atuação das Forças Armadas

Proposta, feita pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), prevê a ampliação da faixa de fronteira dos atuais 150 para 250 quilômetros

Floresta Amazônica
Foto: Carlamoura.amb/Wikimedia Commons

O governo federal estuda propor a ampliação da delimitação da faixa de fronteira na região da Amazônia Legal para permitir uma atuação maior das Forças Armadas na região, disse nesta sexta-feira o ministro da Justiça, Flávio Dino.
A proposta, feita pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), prevê a ampliação da faixa de fronteira dos atuais 150 para 250 quilômetros. Isso permitiria uma atuação de vigilância das Forças Armadas nesse território maior sem a necessidade de ações especiais ou convocações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
“O ministro [da Defesa, José] Múcio defende essa tese… Vamos agora, nessa próxima etapa, provavelmente debater esse tema”, disse Dino.
A mudança teria que ser feita por meio de uma emenda constitucional, já que a previsão do tamanho da faixa de fronteira está prevista na Constituição.
A proposta é uma das ações de segurança que o governo prevê na Amazônia. Parte das medidas foram apresentadas nesta sexta-feira. Entre elas, a ampliação do número de bases terrestres e fluviais na região para combater crimes ambientais e outros ilícitos, chegando a 34 postos com presença de policiais federais e dos estados.
“O tema mais importante do [Plano] Amas [Amazônia: Segurança e Soberania] é a instalação de 34 bases integradas, ou seja, com polícias federais e polícias estaduais, sendo 28 bases terrestres, 6 bases fluviais e 2 centros de comando. Um centro de cooperação policial internacional liderado pela Polícia Federal… e outro centro de comando da Força Nacional, ambos sediados em Manaus”, disse o ministro.
“A nossa expectativa é que essas 34 bases signifiquem a mobilização de 6.000 policiais que estarão permanentemente nos vários pontos da Amazônia, garantindo presença”, acrescentou.
O anuário de segurança pública, apresentado na quinta-feira, mostrou que as cidades da Amazônia Legal tem uma taxa de mortes violentas 54% acima do restante do país.
O Plano Amazônia: Segurança e Soberania prevê o investimento de 2 bilhões de reais para criação de estruturas de segurança e compra de equipamentos, e a criação de uma Companhia de Operações Ambientais da Força Nacional com sede em Manaus.
CNN Brasil
Anderson Torres

PF notifica Torres para devolver R$ 120 mil de salários enquanto estava preso

Agentes da PF foram à casa do ex-ministro e ao escritório do advogado dele na tarde desta terça-feira 

Anderson Torres
Foto: Adriano Machado/Reuters

A Polícia Federal (PF) esteve na casa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro e ex-secretário de segurança do Distrito Federal, na tarde desta terça-feira (18) para entregar duas notificações.
Os agentes levaram a notificação do processo administrativo pelo qual Torres terá que devolver os salários recebidos pelo período em que ficou preso – quatro meses. O valor total chega a R$ 120 mil, pois o salário dele, como delegado de Polícia Federal, é de R$ 30 mil por mês.
A PF também entregou a notificação da Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara Legislativa do DF. Ele deve prestar depoimento na CPI que investiga os ataques de 8 de janeiro. A oitiva foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Após a visita da PF ficou acertado que a documentação seria entregue no escritório do advogado que representa o ex-ministro, no Lago Sul.

Devolução do salário

A Polícia Federal decidiu que Anderson Torres terá de devolver aos cofres públicos os rendimentos recebidos durante o período em que ficou preso de maneira preventiva.
A informação foi confirmada com fontes tanto da Polícia Federal como da defesa de Torres. O ex-ministro é delegado da corporação policial e recebe uma remuneração bruta de cerca de R$ 30 mil.
Torres ficou preso por quatro meses. Ele foi detido em janeiro, após o episódio de destruição da Esplanada dos Ministérios, quando era secretário da Segurança Pública do Distrito Federal.
A decisão é baseada em notas técnicas do Ministério do Planejamento, de 2013 e de 2020, segundo as quais servidores federais não podem receber remuneração quando presos de maneira preventiva ou temporária por estarem afastados de suas funções.
A norma, no entanto, aponta que a remuneração deve ser restituída caso, no final do processo, o servidor federal seja absolvido pelo Poder Judiciário.
A defesa de Torres informou à CNN, no domingo, que desconhecia o assunto, que não havia sido notificada, e ressaltou que, quando fosse acionada, “tomaria as medidas cabíveis para se evitar possíveis abusos”.
CNN Brasil
Alexandre de Moraes

Alexandre de Moraes é agredido no Aeroporto de Roma por três brasileiros

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) foi xingado de “bandido, comunista e comprado”; PF já identificou os agressores e instaurou um inquérito para apurar o caso

Alexandre de Moraes
Foto: Nelson JR/STF
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes foi hostilizado por um grupo de brasileiros no Aeroporto Internacional de Roma, na Itália. O episódio ocorreu na última sexta-feira (14/7), por volta das 18h45 (horário local), enquanto Moraes estava acompanhado da família, retornando da Universidade de Siena, onde participou do Fórum Internacional de Direito.
Uma mulher identificada como Andréia xingou o magistrado de “bandido, comunista e comprado”. Depois, um homem que a Polícia Federal (PF) identificou como Roberto Mantovani Filho passa a agredir fisicamente o ministro e outro, Alex Zanatta, une-se a dupla com palavras de baixo calão.

A PF instaurou um inquérito para apurar o caso, no entanto o trio não foi preso ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, na manhã deste sábado (15/7). Eles responderão em liberdade por crime contra honra e ameaça. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, ligou para se solidarizar ao ministro, após o ataque, segundo o jornal O Globo. O Supremo afirmou que não comentará o episódio.

O ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, usou o Twitter para prestar solidariedade ao ministro. “Minha total solidariedade ao ministro Alexandre de Moraes. Ataques dessa natureza são inconcebíveis na democracia. Herança de um tempo em que o Brasil adoeceu. Que os autores dessa barbárie sejam rapidamente submetidos à justiça para que eventos como esse jamais se repitam!”.

Correio Braziliense

Luiz Marinho

Juros altos impediram que criação de empregos em maio chegasse a 180 mil, diz ministro

Segundo o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, a taxa de juros “está sendo mantida elevada irresponsavelmente”

Luiz Marinho
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, culpou nesta sexta-feira (14) a taxa de juros, que segundo ele “está sendo mantida elevada irresponsavelmente”, por ter impedido que a geração de empregos em maio chegasse a 180 mil postos de trabalho. Segundo o Caged, houve criação líquida de 155.270 novas vagas de trabalho no mês.

“Poderiam ter sido gerados 180 mil empregos se não fosse o juro alto”, disse o ministro ao participar da cerimônia que marcou as primeira vendas de ônibus da Mercedes-Benz financiados com recursos do programa do governo federal de estímulo à venda de veículos.

Marinho, que foi à fábrica de caminhões e ônibus da Mercedes em São Bernardo do Campo (SP), disse que nem esperava falar no evento, já que estava apenas acompanhando o vice-presidente Geraldo Alckmin.

“Nem esperava falar aqui hoje. Vim apenas para acompanhar o presidente Alckmin, mas, já que estou aqui e sou ministro do Trabalho e Emprego, vou falar do Caged. Até maio acumulamos 800 mil novos empregos abertos. Em maio poderíamos ter gerado 180 mil empregos se não fosse o juro alto.”

Marinho disse que os juros já poderiam estar mais baixos não por capricho, mas porque as condições econômicas para tal já estão dadas.

Ainda assim, de acordo com o ministro, a expectativa de sua pasta é fechar este ano com a geração de 2 milhões ou mais de novos empregos.

CNN Brasil

Flávio Dino

Dino demite delegado da PF que disse que “pretos não fazem nada direito”

 Ministro também desligou outro delegado federal acusado de ter batido viatura descaracterizada em Brasília e fugido

Flávio Dino
Foto: Ed Alves/CB

O ministro da Justiça, Flávio Dino, demitiu dois delegados da Polícia Federal. Um deles, teria dito que “indígenas e negros são inferiores”. A exoneração foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). O chefe da pasta também desligou o delegado Renato Pagotto Carnaz, que bateu uma viatura descaracterizada da corporação em Brasília, deixou uma pessoa em estado grave e fugiu.
A primeira demissão foi publicada no DOU em 4 de julho. O ministro chegou a comentar o caso, sem citar nomes, por meio das redes sociais. “Uma pessoa não pode proferir frases como: “’índios raça inferior’; ‘pretos não fazem nada direito’; e similares. Apliquei a pena de demissão ao policial que assim agia. Ato de justiça e, espero, pedagógico para o futuro”, afirmou.
Dino também demitiu o delegado Renato Pagotto Carnaz, que se envolveu em um acidente em Brasília, em dezembro de 2021, no qual bateu uma viatura descaracterizada da corporação, deixou uma vítima em estado grave e fugiu. No processo administrativo, em sua defesa, ele afirmou que não viu que encostou no outro veículo.
O acidente ocorreu na Quadra 206 Sul. O veículo, uma Dodge RAM, bateu em um carro que desacelerou para passar no radar eletrônico. O delegado perdeu o controle, invadiu a posta contrária e atingiu outros veículos. Thaíse Araújo Nóbrega, 38 anos, que estava em um dos carros atingidos, se feriu e foi levada ao hospital em estado grave, com hemorragia. Ela teve alta após passar por cirurgia e ficar três dias internada.
No entanto, de acordo com fontes ligadas à investigação, ouvidas pelo Correio na condição de anonimato, uma câmera de segurança flagrou ele trocando a placa da viatura logo após o acidente. Os veículos da PF circulam com placas adicionais, para caso seja necessário para a realização de diligências.
Procurada, a Polícia Federal informou que “a demissão é ato do ministro da Justiça, não cabe à PF se manifestar”.

Correio Braziliense

Ministros anunciam ajuda a municípios alagoanos afetados pelas chuvas

 Recursos ainda não foram definidos, mas orientação é prestar apoio

Foto: Ceci. Atalaia/Instagram
O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Goés, disse nesta terça-feira (11), em Maceió, que o apoio aos municípios afetados pelas chuvas em Alagoas se dará em uma vertente emergencial e em outra mais estruturante, pautada na mitigação, resiliência e adaptabilidade para esse tipo de evento, com base nos planos de ações humanitárias elaborados pelas municipalidades. Segundo ele, ainda não há um valor de recursos fechado para envio ao estado, mas a orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é de prestar todo apoio necessário.
“Mesmo que saia uma medida provisória, pode ser que não seja suficiente, mas pode sobrar porque isso está vinculado aos planos de trabalho. Tanto que o presidente Lula recomenda que o apoio que for necessário para amenizar o sofrimento das pessoas será garantido, como tem sido feito desde 1º de janeiro em todos os estados”, disse o ministro.
Os ministros do Desenvolvimento, Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, e dos Transportes, Renan Filho, juntamente com Waldez Góes, sobrevoaram as áreas afetadas pelas chuvas em Alagoas.
De acordo com Goés, a segunda parte da ajuda, de reconstrução da infraestrutura afetada, de moradias e outras obras, deve ser incluídas no plano de investimento em infraestrutura, anunciado pelo governo federal em abril LINK 1 .
“Vamos trabalhar em duas frentes, a frente da resposta em respeito a ajuda humanitária, desobstrução, limpeza e também a da reconstrução quando há perda de patrimônio, de estradas, casas, então tem todo um planejamento. A Defesa Civil nacional não ficará esperando nas quatro paredes o que os municípios e o estado vão fazer”, disse. “Quanto for necessário, vai ser colocado à disposição de acordo com os planos de ajuda humanitária. No final é que a gente vai saber quanto foi necessário e o quanto será liberado pelo governo federal para estados e municípios”, acrescentou Goés.
Alagoas está com 32 cidades em situação de emergência. Na segunda-feira (10), o governo do estado publicou um decreto incluindo Maceió. Com a situação de emergência, os municípios podem receber recursos federais com mais facilidade para utilizar na resposta emergencial. Até o momento, a Defesa Civil do estado registra 25.312 pessoas afetadas pelas chuvas. Aproximadamente 3.560 residências foram destruídas e o abastecimento de água foi afetado em diversos municípios.
O governador do estado, Paulo Dantas (MDB), citou a capacitação que a Defesa Civil nacional está fazendo com as defesas civis municipais para agilizar a elaboração dos planos de ação humanitária.
“Para que o governo do estado e o governo federal tenham as condições legais de encaminhar as ajudas para as prefeituras, tanto o governo de Alagoas quanto o governo federal encaminharão recursos para os municípios para ajudar na reconstrução do que ficou danificado nas cidades, nas estradas vicinais e outros pontos para que a normalidade volte para essas cidades”, disse Dantas. Ele anunciou a criação de um comitê com participação dos prefeitos para debater a construção de obras estruturantes para minimizar os efeitos das fortes chuvas.
Wellington Dias disse que nesse primeiro momento estão sendo disponibilizados R$ 800 por família e sendo distribuídas mais de 4 mil cestas básicas para as pessoas desabrigadas.
O ministro informou ainda que o cronograma de pagamentos do Bolsa Família será alterado para que as famílias não tenham que esperar o dia indicado para receber o benefício. Ele será pago na primeira data de recebimento. Outro anúncio feito pelo ministro é a disponibilização de saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para os trabalhadores dos municípios afetados.
O ministro disse ainda que agricultores e agricultoras familiares que perderam suas plantações receberão um auxílio de R$ 4.600 por família, para compensar os prejuízos. Também está sendo estudada alteração no cronograma de pagamento do Programa de Fortalecimento de Agricultura Familiar (Pronaf) para renegociação dos empréstimos já concedidos.
“Eu quero registrar a agilidade do governo de Alagoas e de cada prefeito e prefeita para vir imediatamente já cuidando para que tivéssemos o mapeamento dos danos, o decreto, as condições para que tivéssemos o reconhecimento [da situação de emergência que], abre a possibilidade do atendimento, tanto do estado quanto do governo federal”, disse.
Já o ministro dos Transportes, Renan Filho, frisou a necessidade de obras estruturantes para minimizar os impactos das enchentes. O ministro informou que a pasta já liberou quase todas as rodovias federais que tiveram seu tráfego interrompido, e que cortam os municípios de São Miguel dos Campos (BR-101), Belém (BR-316) e São Miguel dos Campos (BR-101).
“Todas as áreas interrompidas foram liberadas. No município de Joaquim Gomes, de Belém e na descida de São Miguel dos Campos, que vai ser liberada 100% hoje a tarde, ficando apenas aquela interrupção que não foi decorrente dessa chuva, mas de uma catástrofe muito mais grave e que será resolvida no segundo semestre”, disse.
Os ministros foram enfáticos sobre a necessidade de obras estruturantes para conter fenômenos extremos. Renan Filho citou a chegada do fenômeno do El Niño, cuja principal característica é o aquecimento anormal e persistente da temperatura da superfície do Oceano Pacífico na região da Linha do Equador.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), nos últimos meses a temperatura na superfície oceânica perto da costa sul-americana ficou acima da média, o que ocasiona excesso de chuvas em algumas regiões e secas e queimadas em outras. A projeção é que o fenômeno dure até o final de 2023.
“Com essas mudanças climáticas significativas que o mundo vem vivendo, vamos viver extremos climáticos nos próximos quatro anos, por isso é muito relevante que a gente inicie essas obras”, disse Renan Filho.
Goés frisou a necessidade de que as autoridades fiquem atentas a esses fenômenos, tanto para a agenda de prevenção, quanto para a agenda de resposta.
“Agora temos que estar atentos a isso. Por um lado, criar adaptabilidade para conviver com essas situações desafiadoras. O outro é nós criarmos mitigação, resiliência, adaptabilidade, porque não vão diminuir os eventos, porque o El Niño promete muita estiagem no Nordeste brasileiro, queimadas na Amazônia e as intensas chuvas no Sul brasileiro. Vamos conviver cada vez mais com eventos extremos”, disse Waldez Góes.

Agência Brasil

Flávio dino

Ministro determina à PF que analise ofensas contra professores

 Eduardo Bolsonaro comparou professores doutrinadores a traficantes

Flávio dino
Foto: Lula Marques/Agência Brasil
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, determinou à Polícia Federal (PF) que analise as declarações dadas por participantes de um evento em defesa do acesso civil às armas de fogo.
“Determinei à Polícia Federal que faça análise dos discursos proferidos neste domingo, em ato armamentista, realizado em Brasília. Objetivo é identificar indícios de eventuais crimes, notadamente incitações ou apologias a atos criminosos”, informou Dino em suas mídias sociais.
O ato a que o ministro se refere, o 4º Encontro Nacional do ProArmas pela Liberdade, aconteceu no domingo (9), na Esplanada dos Ministérios, na região central da capital federal. Entre os participantes que os organizadores do evento autorizaram a subir no carro de som para discursar em defesa da flexibilização da posse e porte de armas estava o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Com o microfone em mãos, o filho do ex-presidente da República Jair Bolsonaro comparou o que classificou como “professores doutrinadores” a traficantes de drogas. “Não tem diferença de um professor doutrinador para um traficante de drogas que tenta sequestrar os nossos filhos para o mundo do crime. Talvez o professor doutrinador seja pior”, disse o deputado federal, em um momento registrado em vídeos divulgados nas mídias sociais.
Eduardo Bolsonaro também criticou a atuação do Ministério da Justiça e Segurança Pública. “Os caras aqui do Ministério da Justiça não querem dar o acesso à legítima defesa, mas isso não pode ser impeditivo para fazermos o certo. E o certo começa pela nossa família. Se tivermos, por exemplo, uma geração de pais que prestem atenção na educação dos filhos, tirem um tempo para ver o que eles estão aprendendo nas escolas, não vai ter espaço para professores doutrinadores tentarem sequestrar nossas crianças”, disse o parlamentar, criticando os que apontam problemas estruturais como o machismo e o racismo por, segundo ele, “verem opressão em todo o tipo de relação” familiar.
As declarações de Eduardo Bolsonaro causaram a indignação de internautas que recorreram às mídias sociais para pedir que o parlamentar seja punido por sua manifestação. Até o início da tarde desta segunda-feira (10), o assunto aparecia entre os mais comentados no Twitter. Além disso, esta manhã, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) anunciou que vai entrar com uma representação no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados contra Eduardo Bolsonaro. “Esse insulto a todos os professores brasileiros não pode ficar impune”, escreveu Boulos.
A Agência Brasil entrou em contato com a assessoria do deputado Eduardo Bolsonaro e aguarda uma manifestação.
Agência Brasil