Alexandre de Moraes

Ministro Alexandre de Moraes proíbe Ex-Ajudante de ordens de Bolsonaro de ter contato com investigados e Ex-Presidente

Decisão baseia-se em relatório da polícia federal que aponta conversas sobre atos antidemocráticos.

Alexandre de Moraes
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/AGB
O Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), emitiu uma decisão na última sexta-feira proibindo Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, de manter qualquer forma de contato com o próprio ex-presidente, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, assim como com investigados nos inquéritos relacionados a desvios de presentes de governos estrangeiros durante a gestão de Bolsonaro e aos eventos golpistas de 8 de janeiro.
Além das restrições acima, a decisão do ministro também estende a proibição de contato a Gabriela Cid, esposa de Mauro Cid. Atualmente detido em Brasília, Mauro Cid é alvo de investigações referentes à alegada fraude no cartão de vacinação de Jair Bolsonaro.
A determinação de Moraes tem por base um relatório da Polícia Federal que destaca conversas encontradas durante a análise pericial do celular de Mauro Cid. Estas mensagens abordam diálogos que supostamente incitam atos antidemocráticos em reação ao resultado das eleições presidenciais de 2022, as quais culminaram na vitória de Luiz Inácio Lula da Silva.
No decorrer do dia, Mauro Cid compareceu para prestar depoimento perante a Polícia Federal (PF), abordando a suposta visita do hacker Walter Delgatti ao então presidente Bolsonaro no ano anterior, no Palácio da Alvorada, durante o período eleitoral.
A decisão de Moraes visa garantir a integridade das investigações em curso e prevenir possíveis interferências nos processos judiciais relacionados aos inquéritos em questão.
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Mensagens no celular de Mauro Cid reforçam acusações contra Bolsonaro sobre esquema de joias

Provas recuperadas pela Polícia Federal indicam conhecimento do ex-presidente sobre esquema de vendas

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Foto: Dida Sampaio/Estadão
Mensagens extraídas do celular do tenente-coronel, confiscado pela Polícia Federal (PF), em maio deste ano, e divulgadas ontem (20), pelo “Fantástico”, forneceram indícios de que o ex-presidente Jair Bolsonaro tinha ciência do esquema de venda de joias. A perícia em dispositivos móveis ainda não foi concluída pela PF. 
Recentemente, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a quebra de sigilo bancário do ex-presidente e de Michelle Bolsonaro. A matéria veiculada apresentou parte da perícia realizada nas joias e presentes concedidos ao ex-presidente pela Arábia Saudita. A Polícia Federal informou que está monitorando outros bens oferecidos a Bolsonaro pelo governo saudita.
Ao todo, as joias apreendidas chegam a R$ 6 milhões, conforme informou os peritos responsáveis pelo caso. Apenas o colar mandado para a ex-primeira dama, Michelle Bolsonaro, custa R$ 4,15 milhões. “Nossa, são excelente qualidade!”, disse a perita Fernanda Claas sobre os itens.
A defesa de Mauro Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, optou por não se pronunciar sobre o assunto. Enquanto isso, o advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro informou que assumirá também a defesa de Michelle Bolsonaro, mas adiantou que não emitirá comentários por enquanto a respeito da ex-primeira-dama
Bolsonaro e Cid

Ex-presidente Bolsonaro enfrenta acusações de venda de joias e atribui responsabilidade a ex-ajudante de ordens

Investigação da Polícia Federal foca em venda de joias de governos estrangeiros, enquanto Bolsonaro alega que ex-ajudante tinha autonomia nas ações.

Bolsonaro e Cid
Foto: Caio Rocha/Shoot/ AG
Nos últimos dias, o ex-presidente Jair Bolsonaro tem sido o foco de escândalos em Brasília, relacionados à venda de joias presenteadas por governos estrangeiros, as quais teriam sido desviadas do acervo da União. O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, surge como peça-chave nesse episódio, enquanto o ex-presidente tenta se desvencilhar das possíveis acusações.
Ao ser questionado sobre a questão, Bolsonaro afirmou em entrevista ao Correio que o tenente-coronel Mauro Cid tinha autonomia em suas ações e que ele mesmo não teria ordenado a venda das joias. Em suas palavras: “Ele tinha autonomia. Eu não mandei ele vender nada. Joias é tudo como (item) personalíssimo, ou seja, é do presidente”. O ex-presidente alegou que o tempo esclarecerá os detalhes da investigação da Polícia Federal.
Entretanto, o cenário parece ter se complicado com as declarações do advogado de Mauro Cid, Cezar Bitencourt, à revista Veja. Inicialmente, Bitencourt afirmou que seu cliente confessaria a venda das joias e a entrega dos valores em espécie para Bolsonaro. No entanto, posteriormente, o advogado mudou sua versão, alegando que o tenente-coronel não iria “dedurar” o ex-presidente.
Bolsonaro também comentou sobre a legislação em torno dos itens personalíssimos, afirmando que a portaria de 2018 do governo Temer permitiria que as joias fossem de uso pessoal. Porém, durante sua própria gestão em 2021, essa portaria foi revogada e as joias recebidas voltaram a ser consideradas patrimônio da União. O ex-presidente ressaltou as dificuldades de lidar com presentes recebidos, alegando que possuía nove mil itens, sendo metade deles camisetas e bonés.
O desenrolar desse caso levou a uma investigação mais aprofundada, resultando na quebra de sigilos fiscais e bancários do ex-presidente e sua esposa, Michelle Bolsonaro. Tal medida foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro admitiu que a situação é incômoda, porém, afirmou “não ter problema” com as investigações em curso. Enfrentando especulações sobre a possibilidade de prisão, ele respondeu que está sob pressão desde antes de assumir a Presidência.
Nesse contexto de acusações e investigações, a verdade por trás das ações envolvendo a venda das joias e seu possível desvio do acervo da União continua a ser esclarecida, enquanto o ex-presidente Bolsonaro busca se desvincular de qualquer responsabilidade direta no caso.
Bolsonaro e Mauro cid

Revelações Financeiras Abalam Bolsonaristas: Quebra de Sigilo do Tenente-Coronel Cid Expõe Movimentações Milionárias

Investigações da CPI do 8 de Janeiro revelam discrepâncias alarmantes nas finanças do ex-ajudante de ordens do presidente Bolsonaro.

Bolsonaro e Mauro cid
Foto: Divulgação
As investigações da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro tomaram um rumo surpreendente com a quebra de sigilo bancário do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. Os números revelados são estarrecedores, evidenciando uma movimentação financeira muito além do que se imaginava até então. Entre os anos de 2020 e 2022, Cid movimentou a impressionante quantia de R$ 8,4 milhões, levantando sérias questões sobre a compatibilidade com sua renda como servidor público federal.
De acordo com os documentos,  registros demonstram que, no período mencionado, foram depositados R$ 4,5 milhões em suas contas, enquanto saíram R$ 3,8 milhões. Essa cifra exorbitante contrasta fortemente com os rendimentos tributáveis declarados por Cid à Receita Federal, que totalizam uma média de R$ 318 mil anuais. Em outras palavras, o valor movimentado nas contas do oficial é cinco vezes superior ao que seria esperado com base em sua remuneração legal.
Além disso, os relatórios entregues à CPMI também apontam que Mauro Cid gerenciou outros R$ 2,3 milhões na qualidade de procurador das contas do ex-presidente Bolsonaro. O detalhamento das transações revela um pico de depósitos em fevereiro de 2020, totalizando R$ 119 mil naquele mês. No decorrer de três anos, as contas administradas por Cid na posição de procurador de Bolsonaro acumularam R$ 1,1 milhão em depósitos, contrastando com débitos no valor de R$ 1,2 milhão.
A documentação que embasa essas revelações é um relatório completo de movimentação financeira em contas correntes e de poupança. A análise minuciosa desse documento foi realizada pela Secretaria Especial de Receita Federal do Ministério da Fazenda, em resposta a um requerimento da relatora da CPMI do 8 de Janeiro, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA).
Essas descobertas geram uma nova onda de questionamentos e especulações sobre as relações entre o ex-ajudante de ordens e o ex-presidente Bolsonaro, bem como sobre a legalidade das movimentações financeiras em questão. A situação coloca os bolsonaristas, que inicialmente criaram a CPI para tentar ligar o Governo Lula ao vandalismo nos prédios dos três poderes, em uma posição delicada, já que suas próprias ações resultaram em uma reviravolta inesperada.
O desdobramento dessas informações promete impactar o cenário político de maneira significativa, à medida que a CPMI do 8 de Janeiro continua sua investigação. A repercussão das revelações financeiras de Mauro Cid poderá trazer novos desdobramentos para o panorama político nacional.
Bolsonaro e Cid

Cid é Flagrado com Mochila em Aeroporto Após “Operação Resgate” de Joias

Imagens de Circuitos de Segurança Revelam Detalhes do Desembarque de Tenente-Coronel Mauro Cid Após Alegada Recuperação de Joias Sauditas.

Bolsonaro e Cid
Foto: Alan Santos/PR
Imagens capturadas pelo circuito de segurança do Aeroporto Internacional de Brasília lançam luz sobre a conturbada saga das joias sauditas, envolvendo o tenente-coronel Mauro Cid. As cenas, datadas de 28 de março deste ano, às 7h14, revelam Cid desembarcando no Brasil portando uma mochila, um dia após a polêmica “operação resgate” que, segundo a Polícia Federal (PF), tinha como objetivo recuperar o conjunto de joias conhecido como ‘kit ouro branco’ vendido nos Estados Unidos.
Os registros do circuito de segurança delineiam a movimentação de Cid a partir de sua chegada. As imagens mostram o tenente-coronel passando pela área de segurança, atravessando o scanner de segurança e carregando consigo a mencionada mochila. O breve trâmite se estendeu por apenas dois minutos, culminando na saída de Cid para a área externa do aeroporto.
Conforme a versão apresentada pela PF, as joias sauditas recuperadas, à exceção de um Rolex que foi recuperado em ocasião separada, estavam alojadas na mochila de Cid. O agente militar Osmar Crivelatti, auxiliar de ordens do político Jair Bolsonaro (PL), figura proeminente no episódio. Segundo as investigações, Crivelatti estava aguardando a chegada de Cid no aeroporto, pronto para receber o suposto pacote de joias. Posteriormente, a intenção era retornar as peças ao Tribunal de Contas da União (TCU), que havia ordenado a reintegração dos itens ao patrimônio público.
A trama ganha mais profundidade com as mensagens trocadas entre Cid e Crivelatti, antes da viagem. Em um desses diálogos, datado das 17h50 do dia 27, Cid solicitou a Crivelatti uma cópia do cadastro dos presentes, em referência ao mencionado conjunto de joias. A troca de mensagens explicita a preocupação de Cid em relação à possibilidade de ser interceptado com as joias sauditas não devidamente cadastradas.
O desfecho do diálogo revela Crivelatti procurando atender ao pedido de Cid, mas sem sucesso em localizar a documentação. As conversas fornecem um vislumbre das tensões subjacentes à operação, bem como da complexidade do relacionamento entre os envolvidos.
As imagens do circuito de segurança, somadas às mensagens trocadas, lançam uma nova luz sobre o enredo que envolve a “operação resgate” das joias sauditas e a posterior viagem de retorno ao Brasil por parte do tenente-coronel Mauro Cid. A investigação prossegue enquanto o público aguarda desdobramentos adicionais sobre este intrigante caso.
Mauro Cid, Ex-ajudante de Ordem de Jair Bolsonaro

Polícia Federal investiga ex-ajudante de ordem da Presidência por possível venda e recompra de relógio Rolex avaliado em US$ 60 mil

Ex-ajudante de ordem de Bolsonaro Mauro Cid é alvo de investigação após suspeita de tentar vender e posteriormente recomprar relógio de luxo recebido em viagem oficial, levantando questionamentos sobre patrimônio público.

Mauro Cid, Ex-ajudante de Ordem de Jair Bolsonaro
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
A Polícia Federal está conduzindo uma investigação para apurar possíveis irregularidades envolvendo o ex-ajudante de ordem da Presidência da República, Mauro Cid. As suspeitas recaem sobre a venda e recompra de um relógio Rolex, cujo valor é estimado em US$ 60 mil (cerca de R$ 300 mil, conforme a cotação atual do dólar).
De acordo com fontes ligadas à investigação, o foco está na possibilidade de que Mauro Cid tenha tentado vender o relógio de luxo, que lhe foi presenteado durante uma viagem oficial ao Reino da Arábia Saudita. A medida teria sido tomada após o Tribunal de Contas da União (TCU) requisitar que o presente fosse incorporado ao patrimônio público.
Documentos obtidos pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) datados de 8 de janeiro, revelam que o ex-ajudante de ordem buscou comercializar o relógio valioso. Em uma troca de e-mails, um interlocutor agradeceu a Mauro Cid pelo interesse na venda e indagou sobre a presença de um certificado de garantia original para o relógio.
O remetente esclareceu que o mercado de relógios usados da marca Rolex estava em baixa devido ao alto custo de produção dessas peças. Em resposta, Cid admitiu não possuir o certificado, uma vez que o relógio havia sido recebido como um presente durante a viagem oficial. No entanto, ele assegurou que o relógio jamais fora utilizado.
Nesta sexta-feira (11), a Polícia Federal realizou mandados de busca e apreensão contra o general Mauro César Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, que anteriormente servira como ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL). As investigações visam lançar luz sobre as circunstâncias que envolvem a possível venda e recompra do relógio Rolex, a fim de determinar se houve qualquer irregularidade, especialmente no que diz respeito ao patrimônio público.
A apuração desses fatos deve lançar luz sobre a conduta do ex-ajudante de ordens e elucidar se a recompra do relógio de luxo foi motivada por interesses que poderiam afetar o erário público. A Polícia Federal e demais órgãos competentes seguem empenhados em esclarecer os detalhes dessa questão delicada e garantir a transparência e a lisura nas ações envolvendo o patrimônio do Estado.
Mauro Cid

Gravações revelam negociações de joias nos EUA por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro

Polícia Federal encontra registros indicando que Cid vendeu joias durante viagem à Flórida com ex-presidente

Mauro Cid
Foto: Pedro França/Agência Senado

Investigadores da Polícia Federal descobriram, por meio do armazenamento em nuvem do celular de Mauro Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, gravações que apontam para negociações e vendas de joias nos Estados Unidos este ano.
As gravações e mensagens revelam que Mauro Cid conduziu negociações de joias enquanto estava na Flórida com o ex-presidente Jair Bolsonaro, no começo do ano. Cid viajou aos EUA junto com Bolsonaro, depois do resultado das eleições e retornou ao Brasil em março. A Polícia Federal solicitará às autoridades americanas a documentação que comprove essas transações, a ser anexada ao inquérito em andamento no Brasil.
Mauro Cid, atualmente detido por falsificação de certificados de vacina de Bolsonaro e sua família, também é vinculado a negociações de joias no Brasil, como revelaram e-mails obtidos pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Golpistas. O ex-ajudante de ordens, que já prestou depoimento à comissão em silêncio, está sendo considerado para convocação novamente.
No Exército, interlocutores de Cid foram informados sobre as novas evidências, gerando preocupações sobre o impacto em sua posição e a possibilidade de uma delação. A defesa de Mauro Cid não comentou devido à falta de acesso à documentação das investigações.
Mauro Cid

Ex-ajudante de Bolsonaro, Mauro Cid, fez movimentação atípica de R$ 3,7 milhões diz Coaf

O conselho afirmou que os valores das transações são “incompatíveis” com o patrimônio de Cid

Mauro Cid
Foto: Reprodução
O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão responsável pelo combate à lavagem de dinheiro, informou que Mauro Cid, ex-ajudante do ex-presidente Jair Bolsonaro, movimentou R$ 3,7 milhões entre julho de 2022 e maio de 2023, valor “incompatível” com o patrimônio dele.
A informação foi enviada para Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, que investiga a invasão golpista ao Planalto, neste ano. A Coaf identificou R$ 1,63 milhão em créditos e R$ 2,11 milhões em débitos, muito distante do salário que Cid recebia como militar, cerca de R$ 26 mil.
“[Foi identificada] movimentação de recursos incompatível com o patrimônio, a atividade econômica ou a ocupação profissional e a capacidade financeira do cliente”, relatou o Coaf. A defesa de Cid alega que todas as transações foram feitas dentro da lei, inclusive aquelas referentes a transferências internacionais, são lícitas e já foram esclarecidas para a Polícia Federal”.
Em janeiro, foi registrada uma movimentação de R$ 367,3 mil da conta do tenente-coronel para os Estados Unidos, onde Cid e Bolsonaro estavam na época. O Coaf acredita que a transação pode ter sido uma forma de ocultar os bens.
“Considerando a movimentação elevada, o que poderia indicar tentativa de burla fiscal e/ou ocultação de patrimônio e demais atipicidades apontadas, comunicamos pela possibilidade de constituir-se indícios do crime de lavagem de dinheiro ou com ele relacionar-se”, afirmou o conselho.
Mauro Cid está preso, desde maio, em prisão preventiva por causa da operação da Polícia Federal que investiga um esquema de falsificação de cartões de vacinação de Bolsonaro e outras pessoas próximas.

Ex-assessor de Jair Bolsonaro é preso em operação da PF

Ação investiga adulteração em cartão de vacinação para covid-19

Foto: Adriano Machado / Reuters
A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira (3) a Operação Venire, que investiga a inserção de dados falsos de vacinação contra a covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. Estão sendo cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva em Brasília e no Rio de Janeiro.
Entre os seis detidos na manhã de hoje está o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. A informação foi confirmada pela defesa do ex-assessor.
Por meio de nota, a corporação informou que também está sendo feita análise do material apreendido durante as buscas e a realização de oitivas de pessoas que detenham informações sobre o caso.
“As inserções falsas, que ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, tiveram como consequência a alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, a condição de imunizado contra a covid-19 dos beneficiários”, destacou a PF.
“Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes impostas pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa”, completou.
Ainda conforme a corporação, o objetivo do grupo seria “manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas, no caso, sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a covid-19”.
As ações ocorrem dentro do inquérito policial que apura a atuação das chamadas milícias digitais, em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF). Os fatos investigados configuram crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores.
Agência Brasil