Armas de Fogo

Exército fiscalizou menos de 3% dos CACs em 2022; em 2019 foram apenas 7%

Brasil registra quase 800 mil CACs, mas fiscalização alcançou pouco mais de 21 mil pessoas registradas como caçadores, atiradores e colecionadores

Armas de Fogo
Foto: Reprodução/Whatsapp

Um levantamento feito pela Globonews, via Lei de Acesso à Informação, mostrou que menos de 3% dos CACs (colecionadores, atiradores desportivos e caçadores) foram fiscalizados pelo Exército em 2022. O número é o menor índice de fiscalização dos últimos quatro anos, na contramão do número de CACs no país, que mais que dobrou no período.
O número de CACs registrados em 2019 era de 167.390 pessoas, sendo que no ano, foram fiscalizados apenas 11.574, o que corresponde a aproximadamente 7%.
Ao longo do governo do Bolsonaro, o número de licenças subiu exponencialmente, sendo registrados em 2022, 792.511, enquanto o Exército fiscalizou pouco mais de 21 mil pessoas nesse período, totalizando 2,7%.
Durante os anos de 2020 e 2021, o número de pessoas fiscalizadas também foi pequeno, sendo 3,5% em 2020 e 3,3% em 2021.
Durante o período que estava na presidência, Bolsonaro flexibilizou o acesso a armas de fogo e munição. Cada pessoa pode possuir até dois registros como Caçador, Atirador ou Colecionador, com um limite máximo de 60 armas por pessoa.
O Correio entrou em contato com o Exército Brasileiro para buscar mais informações sobre os dados, mas não obteve resposta até o momento. Em caso de manifestação, o texto será atualizado.
correio Braziliense

Exército conduz investigação de estrupro de uma sargento no CPOR Recife

Crime teria ocorrido durante comemoração da “Escolha das Armas, Quadros e Serviços”, em maio

Foto: Divulgação/CPOR-R
O Exército está investigando um suposto crime de estupro que teria acontecido no dia 26 de maio, no Centro de Preparação de Oficiais da Reserva do Recife (CPOR/R), em Casa Forte. A denúncia foi realizada por uma sargento, de anos, alegando ter sido violentada por outro sargento no alojamento do quartel.
A sargento disse que o crime ocorreu durante o evento “Escolha das Armas, Quadros e Serviços”, feito pelos alunos do curso básico, que contou apenas com o público interno. O suspeito teria aproveitado a distração dos colegas com a celebração para entrar no alojamento feminino e cometer o crime.
O Comando Militar do Nordeste (CMNE) comentou sobre o caso, por meio de nota, afirmando que “foram adotadas as medidas administrativas cabíveis imediatamente após o conhecimento dos fatos e um Inquérito Policial Militar (IPM) foi instaurado para a sua completa elucidação e posterior envio ao Ministério Público Militar”.
Não foram divulgados nome e idade do suspeito, mas ele foi afastado do CPOR até a conclusão das investigações.