Estudante em Protesto

Desvalorização dos pós-graduandos no Brasil reflete na fuga de cérebros e perda de talentos

 Dossiê Florestan Fernandes destaca a necessidade de garantir direitos básicos para jovens pesquisadores brasileiros.

Estudante em Protesto
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Nesta terça-feira (25), a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) apresentou o “Dossiê Florestan Fernandes – Pós-Graduação e Trabalho no Brasil”, que revela a desvalorização dos estudantes de pós-graduação no país, apontando para consequências como a fuga de cérebros para o exterior e a perda de talentos. Embora participem de 90% da produção científica no Brasil, esses jovens pesquisadores não têm o tempo de estudo contabilizado como ocupação profissional, resultando em um período descartado na contagem para aposentadoria pela Previdência Social.
Em entrevista à Agência Brasil, Vinicius Soares, presidente da ANPG e doutorando em saúde coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), destacou a situação peculiar dos pós-graduandos, que estão em uma formação contínua, em um meio híbrido entre estudante e trabalhador. Com base no dossiê, a ANPG busca pleitear uma cesta de direitos básicos para esses estudantes, abrangendo direitos estudantis e trabalhistas, como bolsa de estudos, tempo previdenciário, adicional de insalubridade, férias e assistência estudantil.
Um dos pontos cruciais do dossiê é garantir o reconhecimento do tempo de pós-graduação para a Previdência Social, uma pauta histórica para valorizar esses jovens pesquisadores e atrair novos talentos para a produção científica, essencial na reconstrução do país.
O documento destaca que apenas dois direitos são assegurados por leis federais aos pós-graduandos: meia-entrada em eventos culturais e esportivos e licença maternidade. O cenário de desvalorização tem levado muitos talentos a buscarem oportunidades no exterior, em países que oferecem melhores condições, como Alemanha, Estados Unidos, México, França e China.
No Brasil, a bolsa para doutorado, que deveria ser de R$ 7 mil com correção inflacionária anual, está estagnada em R$ 3,1 mil, incluindo o último reajuste governamental. Esse quadro leva à evasão de jovens pesquisadores da pós-graduação, gerando preocupações sobre a formação de quadros técnicos no país no médio e longo prazo.
A ANPG pretende resgatar e atualizar um projeto de lei de 1989, de autoria de Florestan Fernandes, para garantir os direitos dos pós-graduandos, com o intuito de melhorar as condições de trabalho e estudo desses jovens pesquisadores. O dossiê será usado como base para construção de políticas públicas voltadas a valorização da ciência e tecnologia no país. A pesquisa será ampliada no segundo semestre, visando lançar um segundo volume do trabalho no final do ano.

Jovem escadense passa em doutorado em física na universidade de Iowa, nos Estados Unidos, e pede ajuda para custear ida

Imagem: Divulgação
O Jovem Eudes Gomes natural da cidade de Escada, está concluindo seu mestrado na Universidade Federal de Pernambuco, e ganhou uma bolsa para fazer doutorado em física na universidade de Iowa, nos Estados Unidos.
Como os custos para ida aos Estados Unidos é muito elevado o estudante está realizando uma vaquinha para arrecadar recursos para custear sua ida e permanência durante a realização de seus estudos para o Doutorado.
As despesas da viagem, visto, além de outras burocracias devem ser custeadas nesse primeiro momento por Eudes, e tem até o fim de julho chegar aos EUA, isso porque que as aulas do doutorado começam no início de agosto, quando também tem início o pagamento da bolsa que ele conquistou.
Para contribuir com Eudes Gomes e seu sonho basta conferir as informações a seguir:
Imagem: Divulgação