Setores de indústria e serviços impulsionam a economia brasileira, enquanto agropecuária registra queda no período
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O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil apresentou um crescimento de 0,9% no segundo trimestre de 2023 em relação ao trimestre anterior, de acordo com dados divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais. Além disso, em comparação com o mesmo período do ano anterior, a economia brasileira registrou um aumento de 3,4%.
O resultado surpreendeu positivamente as expectativas do mercado, que esperava um crescimento de 0,3% na base trimestral e de 2,7% na comparação anual, de acordo com o consenso Refinitiv.
No primeiro trimestre de 2023, o PIB havia crescido 1,9%, totalizando R$ 2,6 trilhões. Com o desempenho do segundo trimestre, o avanço acumulado no primeiro semestre do ano alcançou 3,7%.
Considerando os últimos quatro trimestres, o PIB acumulou um crescimento de 3,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Em valores correntes, a soma dos bens e serviços finais produzidos no Brasil atingiu a marca de R$ 2,651 trilhões entre os meses de abril a junho.
O bom desempenho do PIB no segundo trimestre foi impulsionado pelos setores de indústria, que registrou um crescimento de 0,9%, e serviços, com um aumento de 0,6%. Dado que os serviços representam cerca de 70% da economia brasileira, o desempenho deste setor exerceu uma influência significativa na expansão geral do PIB.
O setor de serviços encontra-se em seu ponto mais alto da série histórica, com 12 trimestres consecutivos sem variações negativas, enquanto as atividades industriais mantiveram-se positivas pelo segundo trimestre consecutivo.
Em relação ao mesmo período do ano anterior, a indústria cresceu 1,5%, e os serviços registraram um aumento de 2,3%.
No entanto, o setor agropecuário foi a única exceção, apresentando uma queda de 0,9% no trimestre. Esse recuo ocorreu após um crescimento expressivo de 21,0% no primeiro trimestre, principalmente devido a uma base de comparação elevada.
No aspecto do consumo, as famílias registraram um aumento de 0,9% no segundo trimestre, a maior alta desde o mesmo período do ano anterior (1,6%). Além disso, o consumo do governo cresceu 0,7%, mantendo-se positivo pelo quarto trimestre consecutivo. Quanto aos investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo), o cenário mostrou estabilidade, com um crescimento de 0,1%.
A taxa de investimento, que representa a proporção dos investimentos em relação ao PIB, foi de 17,2%, menor do que a registrada no mesmo período de 2022, que foi de 18,3%.