PIB

PIB do Brasil cresce 0,9% no segundo trimestre deste ano, segundo IBGE

Setores de indústria e serviços impulsionam a economia brasileira, enquanto agropecuária registra queda no período

PIB
Foto: Reprodução
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil apresentou um crescimento de 0,9% no segundo trimestre de 2023 em relação ao trimestre anterior, de acordo com dados divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais. Além disso, em comparação com o mesmo período do ano anterior, a economia brasileira registrou um aumento de 3,4%.
O resultado surpreendeu positivamente as expectativas do mercado, que esperava um crescimento de 0,3% na base trimestral e de 2,7% na comparação anual, de acordo com o consenso Refinitiv.
No primeiro trimestre de 2023, o PIB havia crescido 1,9%, totalizando R$ 2,6 trilhões. Com o desempenho do segundo trimestre, o avanço acumulado no primeiro semestre do ano alcançou 3,7%.
Considerando os últimos quatro trimestres, o PIB acumulou um crescimento de 3,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Em valores correntes, a soma dos bens e serviços finais produzidos no Brasil atingiu a marca de R$ 2,651 trilhões entre os meses de abril a junho.
O bom desempenho do PIB no segundo trimestre foi impulsionado pelos setores de indústria, que registrou um crescimento de 0,9%, e serviços, com um aumento de 0,6%. Dado que os serviços representam cerca de 70% da economia brasileira, o desempenho deste setor exerceu uma influência significativa na expansão geral do PIB.
O setor de serviços encontra-se em seu ponto mais alto da série histórica, com 12 trimestres consecutivos sem variações negativas, enquanto as atividades industriais mantiveram-se positivas pelo segundo trimestre consecutivo.
Em relação ao mesmo período do ano anterior, a indústria cresceu 1,5%, e os serviços registraram um aumento de 2,3%.
No entanto, o setor agropecuário foi a única exceção, apresentando uma queda de 0,9% no trimestre. Esse recuo ocorreu após um crescimento expressivo de 21,0% no primeiro trimestre, principalmente devido a uma base de comparação elevada.
No aspecto do consumo, as famílias registraram um aumento de 0,9% no segundo trimestre, a maior alta desde o mesmo período do ano anterior (1,6%). Além disso, o consumo do governo cresceu 0,7%, mantendo-se positivo pelo quarto trimestre consecutivo. Quanto aos investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo), o cenário mostrou estabilidade, com um crescimento de 0,1%.
A taxa de investimento, que representa a proporção dos investimentos em relação ao PIB, foi de 17,2%, menor do que a registrada no mesmo período de 2022, que foi de 18,3%.
Jornada de Trabalho

Semana de 4 dias de trabalho: novo modelo será testado por 20 empresas brasileiras

Iniciativa visa manter produtividade com redução de jornada e mantendo o salário

Jornada de Trabalho
Foto: Freepik
Vinte empresas brasileiras se juntarão a um experimento inovador sobre a semana de trabalho de 4 dias a partir de setembro. Nesta etapa inicial, o foco será avaliar as estratégias adotadas pelas empresas para se adaptarem a essa nova carga horária. A iniciativa, originária da Nova Zelândia em 2019, ganhou impulso durante a pandemia de Covid-19 e se espalhou por diversos países da Europa, África e América do Norte.
No Brasil, o projeto é conduzido pelo movimento “4-Day Week”, uma comunidade sem fins lucrativos com o apoio da “Reconnect Hapiness at Work”. O objetivo é manter 100% da produtividade dos funcionários utilizando apenas 80% do tempo, sem qualquer redução salarial. 
Em agosto, as empresas se inscreveram para participar do experimento, que incluirá treinamento em setembro e, em seguida, a fase de teste, variando entre dezembro e janeiro, dependendo de cada empresa. Durante todo o período do projeto-piloto, que pode durar até 9 meses, ele será dividido em duas etapas: planejamento (3 meses) e execução (6 meses).
A primeira fase do projeto-piloto envolverá no mínimo 400 funcionários de diferentes setores, incluindo saúde, escritórios, varejo, entre outros. Importante notar que a implementação de uma jornada de trabalho de 4 dias não apresenta impedimentos legais. A CLT estabelece limites máximos para a duração da jornada de trabalho e proíbe a redução salarial, mas não impede a diminuição da carga horária.
As empresas já inscritas no programa abrangem diversos setores, como editoras, consultorias, escritórios de advocacia e hospitais. Entre elas estão a Editora MOL, Smart Duo, T4S – Thanks for Sharing Comunicação, GR ASSESSORIA CONTABIL, Brasil dos Parafusos, Abaeterno, Plonge, Haze Shift Consultoria, Oxygen Experiências, Capacitação e Conteúdo em Inovação, Alimentare Nutrição e Serviços, PiU Comunica, Innuvem, Inspira, Clementino e Teixeira Advocacia e Hospital Indianópolis.
Grupo Mateus

Grupo Mateus inicia reestruturação e anuncia 300 vagas de emprego para nova loja em Paulista

Investimentos de R$ 80 milhões impulsionam processo seletivo com treinamento custeado pela empresa.

Grupo Mateus
Foto: Grupo Mateus/Divulgação
O Grupo Mateus deu início a uma fase de reestruturação em decorrência dos recentes investimentos de R$ 80 milhões em Paulista. A empresa anunciou a abertura de uma nova loja na região, marcada para dezembro, e já está em andamento o processo seletivo para preencher as 300 vagas de emprego diretos destinados ao estabelecimento.
A analista de expansão do grupo, Ana Beatriz Gomes, detalhou o plano em uma visita à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Agropecuária e Pesca do Paulista. A representante da empresa ressaltou que, inicialmente, o foco recairá sobre a contratação de gerentes para áreas como hortifruti, mercearia, depósito, frios, açougue, peixaria, recursos humanos e tecnologia.
Ana Beatriz enfatizou: “Após a seleção das gerências, concentraremos esforços no setor operacional, com vagas destinadas a cargos como açougueiros, peixeiros, operadores de caixa, repositores de mercearia, repositores de hortifruti e de frios.”
O secretário de desenvolvimento econômico de Paulista, Raimundo Lopes, expressou o apoio da gestão municipal a esse empreendimento, realçando sua relevância para os moradores da cidade. “Dedicamos total apoio aos representantes da empresa para que se instalem na cidade”, concluiu Lopes.
Os interessados em participar da seleção podem dirigir-se à sede da secretaria de desenvolvimento econômico ou enviar seus currículos para o endereço de e-mail anabeatriz.gomes@grupomateus.com, além da opção de encaminhar os currículos pelo número de WhatsApp (81)995179207. A empresa também informou que custeará o treinamento dos selecionados, reforçando seu compromisso em investir no desenvolvimento profissional dos futuros colaboradores.
Empregos

Taxa de desocupação no Brasil atinge menor nível desde 2014, aponta IBGE

Resultado da Pnad contínua revela redução para 7,9% no trimestre encerrado em julho de 2023, impulsionada pelo crescimento da ocupação.

Empregos
  Foto: Marcelo Camargo/AGB
A taxa de desocupação no Brasil registrou um marco significativo, atingindo seu menor nível desde 2014, com um resultado de 7,9% no trimestre encerrado em julho de 2023, conforme divulgado pelo instituto brasileiro de geografia estatística (IBGE) através da pesquisa nacional por amostra de domicílios contínua (Pnad Contínua). Esse índice representa uma queda de 0,6 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre anterior, que apresentava 8,5%, e uma redução de 1,2 p.p. em relação ao mesmo período do ano anterior, quando a taxa estava em 9,1%.
O destaque dessa conquista recai sobre o incremento da ocupação, como indicado por Adriana Beringuy, coordenadora da Pnad. A expansão da força de trabalho foi a principal responsável pelo recuo da taxa de desocupação, conforme explicado por Beringuy, atribuindo essa melhoria ao crescimento do número de pessoas empregadas.
Após dois trimestres de declínio, o número de pessoas ocupadas no Brasil voltou a crescer, atingindo a marca de 99,3 milhões no período em análise, o que representa um aumento de 1,3 milhão em relação ao trimestre anterior, compreendido entre fevereiro e abril. Em relação ao mesmo período do ano anterior, o crescimento na ocupação foi de 0,7%, equivalente a 669 mil novos postos de trabalho, indicando a retomada gradual do mercado de trabalho após os impactos da pandemia.
A melhora na ocupação também se manifestou em diferentes formas de emprego. No comparativo trimestral, destaca-se o crescimento do emprego sem carteira assinada, que registrou um aumento de 4%, equivalente a mais de 503 mil pessoas, totalizando 13,2 milhões de trabalhadores nessa modalidade. Já no cenário anual, o aumento mais notável ocorreu entre os empregados com carteira assinada, com uma expansão de 3,4%, correspondendo a 1,2 milhão de pessoas, totalizando um contingente de 37 milhões de empregados nessa categoria.
Por outro lado, o número de trabalhadores por conta própria permaneceu estável em relação ao trimestre anterior, totalizando 25,2 milhões, porém, houve uma queda de 2,5% em comparação ao mesmo período do ano anterior. A pesquisa também apontou que a taxa de informalidade, considerando trabalhadores sem carteira assinada e aqueles que atuam por conta própria sem CNPJ, se manteve em 39,1%, próximo ao índice do trimestre anterior.
Além disso, a pesquisa do IBGE evidenciou uma queda na taxa de subutilização, que chegou a 17,8%, representando uma diminuição de 3,1 p.p. em relação ao ano anterior. A população desalentada, que consiste em pessoas que gostariam de trabalhar mas desistiram de procurar emprego, se manteve estável em relação ao trimestre anterior, totalizando 3,7 milhões de indivíduos nessa situação.
No âmbito dos rendimentos, a média salarial dos brasileiros alcançou R$ 2.935, mantendo-se estável em comparação ao trimestre anterior, e apresentando um crescimento de 5,1% em relação ao mesmo período de 2022, descontada a inflação.
Em resumo, os resultados da Pnad Contínua do IBGE indicam uma trajetória positiva no mercado de trabalho brasileiro, marcada pela redução na taxa de desocupação para seu menor nível em quase uma década, impulsionada pelo aumento da ocupação e por mudanças na estrutura de empregos. O cenário sinaliza uma gradual recuperação econômica, embora alguns desafios persistam.
Imposto de Renda

Receita paga 4º lote da restituição do Imposto de Renda

Aproximadamente R$ 7,5 bilhões serão distribuídos para mais de 6,1 milhões de contribuintes 

Imposto de Renda
Foto: Leonidas Santana/Shutterstock

A Receita Federal liberou, nesta quinta-feira (31), o quarto lote da restituição do Imposto de Renda (IR) deste ano. O valor total de R$ 7,5 bilhões vai ser distribuído entre os mais de 6,1 milhões de contribuintes, sendo R$ 914,4 milhões destinados para os grupos prioritários.

Entre as pessoas que tem prioridade: 11.960 idosos acima de 80 anos; 86.427 idosos entre 60 e 79 anos; 9.065 com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave; 30.453 cuja maior fonte de renda seja o magistério; 219.288 contribuintes que receberam prioridade por terem utilizado a declaração pré-preenchida ou optado por receber a restituição via PIX.
Além desses grupos, 5.761.117 contribuintes, que não são prioritários, mas enviaram a solicitação até o dia 29 de maio também serão comtemplados.
Para saber se uma pessoa vai receber o valor é necessário acessar o site da Receita Federal, depois clicar na aba de “Meu Imposto de Renda”. Outra forma é através do aplicativo da Receita. Se o contribuinte não estiver na lista, deve entrar em contato por meio do Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC).  
Câmara dos Deputados

Câmara dos Deputados aprova prorrogação da desoneração da folha de pagamentos

Medida visa reduzir encargos trabalhistas e estimular a contratação de pessoas

Câmara dos Deputados
Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
A Câmara dos Deputados aprovou, na última quarta-feira, 30, o Projeto de Lei 334/23, que prorroga a desoneração da folha de pagamentos. O texto, elaborado pela deputada Any Ortiz, desonera a folha de 17 setores da economia até dezembro de 2027. A proposta tem como objetivo reduzir os encargos trabalhistas dos setores beneficiados e estimular a contratação de pessoas.
De acordo com a relatora, esses setores são responsáveis por mais de 9 milhões de empregos no país. A não prorrogação dessa política poderia resultar em milhões de demissões e ter um impacto negativo na sociedade como um todo. A renúncia fiscal estimada com a desoneração no setor privado é de aproximadamente R$ 9,4 bilhões, segundo o Ministério da Fazenda. 
Agora, a proposta retorna ao Senado devido às mudanças aprovadas. A desoneração da folha substitui a contribuição previdenciária patronal, que é de 20% sobre a folha de salários, por alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta. A ideia é que essa medida incentive os setores a ampliarem a contratação de pessoal. 
O Plenário rejeitou um destaque apresentado pelo Psol, que visava proibir empresas beneficiadas pela desoneração de demitir sem justa causa ou reduzir o salário dos empregados nos seis meses seguintes ao término do novo prazo. 
Além disso, o texto da relatora estendeu o benefício a todos os municípios, que terão redução da contribuição previdenciária até 2027. A variação da redução será de 8% a 18%, dependendo do Produto Interno Bruto (PIB) de cada cidade. Atualmente, a contribuição patronal em contratos regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é de 20%. O projeto aprovado pelos senadores estipulava uma redução para 8% nos 5.300 municípios.
Recife

Recife solidifica economia e gera mais de 1.600 empregos formais em julho

Capital pernambucana mantém crescimento econômico e positivos resultados na geração de empregos.

Recife
Foto: Divulgação
A cidade do Recife continua a fortalecer sua economia, proporcionando um ambiente seguro para as empresas em operação, o que tem se traduzido em um aumento na criação de empregos formais. No mês de julho, a capital pernambucana registrou a criação de mais 1.626 empregos com carteira assinada, marcando o segundo melhor resultado do ano, atrás apenas de fevereiro (2.027). Esse contínuo crescimento contribui para a consolidação do mercado de trabalho na cidade.
Desde o início de 2023, todos os sete meses apresentaram resultados positivos para o Recife, totalizando a geração de mais de 8 mil novos empregos com carteira assinada nas empresas locais. Essa tendência positiva se reflete no estoque total de postos de trabalho em atividade, que atingiu a marca de 537.337.
Sob a gestão do prefeito João Campos, iniciada em janeiro de 2021, a cidade já acumulou a criação de 64.286 empregos formais, um indicativo do compromisso da administração em promover o crescimento econômico e a prosperidade local. Os dados que respaldam esses números foram divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) nesta quarta-feira.
“A economia favorável para as empresas reflete diretamente na criação de empregos formais, sinalizando segurança e previsibilidade para os investidores e empreendedores. O emprego é um indicador crucial de bem-estar social e econômico, e tem sido uma prioridade em nossas ações no âmbito da gestão pública”, destacou Joana Portela Florêncio, Secretária de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Recife.
O segundo semestre tradicionalmente apresenta um maior número de oportunidades devido às datas comemorativas e ao aumento das contratações temporárias que geralmente se convertem em posições efetivas. Essa perspectiva otimista aponta para um cenário promissor nos próximos meses.
No cenário do Nordeste, o Recife conquistou o segundo lugar no mês de julho, ficando atrás apenas de Fortaleza (3.209) e superando Teresina (1.068) e Salvador (1.010). O saldo positivo de 1.626 empregos foi resultado de 16.684 admissões e 15.058 desligamentos.
O setor de Serviços continuou a ser o principal impulsionador do saldo positivo de empregos na cidade, com 1.500 novos postos de trabalho, resultado de 10.627 contratações e 9.127 demissões em julho. A Construção Civil também contribuiu significativamente, apresentando um saldo de 329 (2.016 contratações e 1.687 demissões), enquanto a Indústria registrou um saldo de 31 (850 contratações e 819 demissões). No lado negativo, o Comércio (-195) e a Agropecuária (-39) apresentaram saldos negativos no mês.
Em relação ao grau de instrução, o maior número de contratações ocorreu entre aqueles com ensino médio completo, totalizando 1.336 admissões em julho. Pessoas com ensino superior completo somaram 114 contratações, enquanto aquelas com ensino superior incompleto totalizaram 78 admissões.
No que diz respeito à divisão por gênero, as mulheres superaram os homens na criação de empregos em julho, representando 845 novos empregos em comparação com os 781 empregos criados para os homens.
Em termos de faixa etária, os maiores saldos de empregos foram registrados entre os grupos de 18 a 24 anos (1.048), seguido pelos grupos de 25 a 29 anos (254) e de 40 a 49 anos (224).
Petrobras

Produção de petróleo e gás no Brasil bate recorde em julho de 2023, anuncia ANP

Dados divulgados pela agência nacional do petróleo, gás natural e biocombustíveis mostram que o mês registrou os maiores índices de produção já alcançados.

Petrobras
Foto: Bruno Domingos/Reuters
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) revelou hoje que o Brasil alcançou uma marca histórica na produção de petróleo e gás em julho de 2023. Segundo o Boletim Mensal da Produção de Petróleo e Gás Natural, o país produziu um total de 4,482 milhões de barris de óleo equivalente por dia (MMboe/d), ultrapassando assim o recorde anterior de junho de 2023, que era de 4,324 MMboe/d.
Os dados detalhados mostram que este recorde abrange não apenas a produção total, englobando petróleo e gás natural, mas também as produções individuais de petróleo e gás, bem como a produção específica do pré-sal.
No setor de petróleo, a produção atingiu 3,513 milhões de barris por dia (MMbbl/d), apresentando um aumento significativo de 4,3% em relação ao mês anterior e um impressionante aumento de 18,6% em comparação com julho de 2022. O mês de junho de 2023 detinha o recorde prévio, com 3,367 MMbbl/d.
No que diz respeito ao gás natural, a produção em julho alcançou 154,076 milhões de metros cúbicos por dia (MMm³/d), registrando um aumento de 1,2% em relação a junho de 2023 e um notável aumento de 13,6% em comparação com julho de 2022. Essa conquista também superou a produção anterior, em junho de 2023, que estava em 152,258 MMm³/d.
O pré-sal, área de exploração offshore conhecida pela abundância de recursos, também desempenhou um papel crucial nesse marco. A produção total (considerando petróleo e gás natural) no pré-sal, durante julho, atingiu 3,359 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d), correspondendo a impressionantes 74,9% da produção brasileira total. Esses números estabelecem um novo recorde, superando a marca anterior de fevereiro de 2023, que era de 3,268 milhões de boe/d.
Essa notável realização representa um aumento de 3,5% em relação ao mês anterior e uma surpreendente elevação de 16,6% em comparação com julho de 2022. A produção foi viabilizada através de 142 poços, resultando em 2,638 milhões de barris diários de petróleo e 114,8 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural.
É importante destacar que o aproveitamento de gás natural em julho atingiu uma taxa de 97,2%. O mercado contou com o fornecimento de 55,41 milhões de m³/d de gás.
Em termos de origem da produção, os campos marítimos foram responsáveis por 97,6% da produção de petróleo e 85,8% da produção de gás natural. Dos totais, 88,47% foram operados pela Petrobras, seja de maneira independente ou em colaboração com outras empresas. O processo de extração ocorreu em 6.424 poços, dos quais 515 estavam localizados em ambientes marítimos e 5.909 em ambientes terrestres.
O destaque individual vai para o Campo de Tupi, situado no pré-sal da Bacia de Santos, que se estabeleceu como o principal produtor de petróleo e gás. Durante julho, registrou a produção de 865,71 mil bbl/d de petróleo e 41,63 milhões de m³/d de gás natural. A instalação FPSO Guanabara, na jazida compartilhada de Mero, também se destacou como a líder de produção de petróleo e gás, alcançando 176,186 mil bbl/d de petróleo e 11,25 milhões de m³/d de gás.
Carteira assinada

Brasil registra 142.702 novos empregos com carteira assinada em julho

Criação de empregos cai 36,6% no mês passado, mas marca o 7º mês consecutivo de saldo positivo

Carteira assinada
Foto: Reprodução
No mês de julho de 2023, o Brasil gerou 142.702 empregos com carteira assinada, indicando uma redução de 36,6% em relação ao mesmo período de 2022, quando 225.016 postos foram criados.
O resultado marca o sétimo mês consecutivo em que o país apresenta saldo positivo na criação de empregos, conforme os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego nesta quarta-feira (30 de agosto de 2023). No acumulado de janeiro a julho deste ano, um total de 1.166.125 postos de trabalho foram abertos.
Essa marca, no entanto, reflete uma queda de 27,7% comparada ao mesmo período de 2022, quando foram gerados 1.613.048 empregos no país.
Com os números atuais, o Brasil contabiliza um total de 43.610.550 pessoas empregadas de forma formal nos setores público e privado. Isso representa um aumento de 0,33% em relação ao estoque registrado no mês anterior.
Caixa de um estabelecimento

Desenrola Brasil inicia etapa para inscrição de credores

Governo federal abre caminho para renegociação de dívidas que já ultrapassam 10 bilhões de reais

Caixa de um estabelecimento
Foto: Marcello Casal Jr
O Programa Desenrola Brasil, elaborado pelo Governo Federal como resposta à crescente crise de inadimplência agravada pela pandemia, deu início a uma nova fase crucial nesta segunda-feira (28/8). O programa, que já viabilizou a renegociação de quase 10 bilhões de reais em dívidas, agora está recebendo a adesão de credores, sejam eles empresas ou instituições financeiras, dispostos a colaborar na missão de aliviar o fardo das dívidas que assombram milhões de brasileiros.
A etapa que teve início nesta data é voltada para a habilitação das empresas que possuem dívidas a receber e que desejam se engajar no Programa Desenrola Brasil. Este programa tem por objetivo aproximar credores e devedores, facilitando a renegociação de dívidas, que podem variar desde débitos bancários até contas de serviços básicos como luz e água, passando por dívidas em setores como educação e varejo.
Esta etapa de habilitação está direcionada, especificamente, para credores que atendem a dois critérios principais: pessoas que ganham até dois salários mínimos ou estão inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), e cujas dívidas em questão não ultrapassem o valor de R$ 5 mil.
A partir de agora, todas as empresas que detêm dívidas a receber, incluindo bancos, varejistas, empresas de água e saneamento, e distribuidoras de eletricidade, têm a oportunidade de aderir ao programa e, em seguida, detalhar e atualizar os valores de suas dívidas. Este período de habilitação se estende até o dia 9 de setembro, oferecendo um espaço para que os credores concluam esse processo no Portal Credor, acessível por meio do site oficial do programa.
Para efetivar a inscrição no programa, os credores devem seguir algumas etapas cruciais. Inicialmente, é necessário realizar o cadastro no Portal e assinar digitalmente o Termo de Adesão, utilizando o CPF do representante legal cadastrado na Receita Federal. Além disso, o Manual do Credor, disponível para consulta e download, oferece detalhes sobre os passos necessários e fornece orientações técnicas fundamentais.
Após a atualização das dívidas e a prestação de outras informações necessárias, a próxima etapa importante envolve um processo competitivo sob a forma de um leilão de maior desconto. Este leilão determinará quais dívidas receberão a garantia de cobertura de risco pelo Fundo de Garantia de Operações – FGO. O prazo para que os credores apresentem os descontos no processo competitivo será divulgado através do Portal Credor e no site oficial do programa, gov.br/desenrola.
Vale ressaltar que esta fase do programa é dedicada exclusivamente à inscrição de credores, à atualização das dívidas e à realização do leilão.
Por outro lado, os devedores devem se preparar neste momento para garantir seu acesso futuro à Plataforma Desenrola Brasil. Isso envolve a atualização de suas contas no site GOV.BR, com certificação prata ou ouro, e a manutenção de informações cadastrais atualizadas. As orientações detalhadas para o cadastro e os níveis de contas estão disponíveis em gov.br/conta. A última etapa do Programa Desenrola Brasil, na qual os devedores poderão renegociar suas dívidas com os credores, está prevista para o final de setembro.
O Programa Desenrola Brasil, uma iniciativa essencial para enfrentar a crise de inadimplência que afeta o país, visa auxiliar as pessoas que estão sobrecarregadas por dívidas, especialmente à luz das mudanças nas taxas de juros que ocorreram nos últimos tempos. Atualmente, cerca de 70 milhões de brasileiros estão negativados, e o programa prevê a renegociação de dívidas registradas nos bureaus de crédito desde 2019 até 31/12/2022. É importante destacar que a adesão ao programa, tanto por parte dos credores quanto dos beneficiários e bancos, é totalmente voluntária.
Para obter informações adicionais sobre o Programa Desenrola Brasil, visite o site oficial em Gov.br. Juntos, credores e devedores têm a oportunidade de encontrar soluções para o problema crescente da inadimplência no país.