Automóveis

Governo prepara MP para novo programa automotivo com foco na descarbonização

Medida provisória visa dar incentivos fiscais a veículos menos poluentes e ampliar programa para motos, caminhões e até “carros voadores”

Automóveis
Foto: Agência Brasil
O governo brasileiro está se preparando para lançar um novo regime automotivo que substituirá o Rota 2030, com o objetivo de incentivar a descarbonização e reduzir as emissões de gases-estufa. Segundo fontes da área econômica, uma medida provisória (MP) já está pronta e deve ser publicada em outubro, marcando o início do novo programa.
A proposta prevê a concessão de incentivos fiscais escalonados com base no nível de emissão de gases-estufa dos veículos. A proposta de lei orçamentária de 2024 já contempla uma reserva de R$ 2,8 bilhões para a concessão desses estímulos tributários.
As discussões sobre o novo programa têm sido conduzidas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Embora ainda haja indefinições, uma das questões em debate é a continuidade da isenção das tarifas de importação sobre carros elétricos, o que depende da estratégia de produção de cada montadora no Brasil.
Além disso, o novo programa pretende expandir seus benefícios para outros tipos de veículos, como motos, caminhões, ônibus e até mesmo os “carros voadores” conhecidos como eVTOLs (veículos elétricos de decolagem e aterrissagem vertical).
O Rota 2030, lançado em 2018 para substituir o Inovar-Auto, focou na eficiência energética e na segurança dos veículos, com metas de redução do consumo de combustíveis e emissão de poluentes. No novo programa, a abordagem será ampliada para incluir um rastreamento completo da cadeia de carbono, calculando as emissões de gases-estufa desde a origem do combustível.
Economia

Preço de alimentos e bebidas continua em queda, atingindo menor variação desde 2020

Dados do IBGE revelam terceira baixa consecutiva no grupo, com destaque para itens como batata-inglesa e frango

Economia
Foto: REUTERS/Luis Cortes
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça-feira que o preço de alimentos e bebidas manteve a tendência de queda iniciada em junho, registrando uma diminuição de 0,85% no mês de agosto. Esse é o terceiro mês consecutivo de redução nos preços, marcando a menor variação negativa na série do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que começou em janeiro de 2020. 
Com essa nova queda, alimentos e bebidas acumulam uma alta de 1,08% nos últimos 12 meses, também representando o menor índice desde a atualização da cesta de produtos usada para calcular a inflação oficial.
A queda de agosto foi impulsionada principalmente pela redução nos preços dos alimentos consumidos em casa, que tiveram uma diminuição de 1,26%. Essa categoria não apresentava uma queda desde abril (+0,73%). Itens como batata-inglesa (-12,92%), feijão-carioca (-8,27%) e tomate (-7,91%) lideraram as quedas mais significativas. 
Outros produtos, como leite longa vida (-3,35%), frango em pedaços (-2,57%) e carnes (-1,9%), também ficaram mais baratos. Por outro lado, arroz (1,14%) e frutas (0,49%) tiveram aumento de preço, com destaque para o limão (51,11%) e a banana-d’água (4,9%).
No que diz respeito à alimentação fora do domicílio, houve um aumento de 0,22% nos preços, com uma taxa próxima à do mês anterior (+0,21%). Esse aumento se deve, em grande parte, à alta nos preços do lanche (0,3%) e da refeição (0,18%). No mês anterior, as variações desses subitens haviam sido de 0,49% e 0,15%, respectivamente.
André Almeida, gerente responsável pelo índice de preços, atribui os resultados dos últimos meses à queda de itens importantes no consumo das famílias, como a carne bovina e o frango. Ele explica que a maior disponibilidade de carne no mercado interno tem contribuído para a redução de preços nos últimos meses.
Economia

Mercado financeiro eleva projeção de crescimento da economia brasileira para 2,64% em 2023

Terceira semana consecutiva registra aumento nas estimativas, enquanto a inflação segue no radar das preocupações econômicas

Economia
Foto: Divulgação
O mercado financeiro elevou suas projeções para o crescimento, pela terceira vez seguida, da economia brasileira em 2023, com a estimativa passando de 2,56% para 2,64%. Essa atualização foi divulgada no Boletim Focus desta segunda-feira (11), uma pesquisa semanal conduzida pelo Banco Central (BC) que traz as projeções dos principais indicadores econômicos.
Para o próximo ano, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB), que representa a soma de bens e serviços produzidos no país, é de um crescimento de 1,47%. As perspectivas para 2025 e 2026 também são positivas, com o mercado financeiro prevendo uma expansão do PIB em 2% para ambos os anos.
O otimismo se baseia em dados recentes que superaram as expectativas. No segundo trimestre deste ano, a economia brasileira cresceu 0,9% em relação aos três primeiros meses de 2023, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com o segundo trimestre do ano anterior, o crescimento foi ainda mais expressivo, atingindo 3,4%.
Essa tendência de crescimento também é refletida nos números acumulados: o PIB apresenta uma alta de 3,2% nos últimos 12 meses, e a alta acumulada no primeiro semestre de 2023 é de 3,7%.
No entanto, as preocupações com a inflação persistem. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, subiu de 4,92% para 4,93% no Boletim Focus. Para 2024, a estimativa de inflação é de 3,89%, enquanto para 2025 e 2026, as previsões permanecem em 3,5% para ambos os anos.
É importante destacar que a estimativa atual para a inflação está acima do teto da meta estabelecida pelo Banco Central (BC) para 2023, que é de 3,25%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC já iniciou um ciclo de redução da taxa básica de juros, a Selic, devido à queda da inflação. 
O mercado financeiro espera que a Selic termine o ano de 2023 em 11,75% ao ano, com perspectivas de redução para 9% ao ano até o final de 2024. Para 2025 e 2026, a previsão é de que a Selic permaneça em 8,5% ao ano em ambos os anos.
Mega-Sena

Sortudo acerta as seis dezenas e leva prêmio de R$ 84,7 milhões na Mega-Sena

Concurso 2.630 premia única aposta; 250 apostadores acertam cinco números e 9.565 ganham com quatro dezenas.

Mega-Sena
Foto:Aloisio Mauricio/Fotoarena/Estadão 

Noite de sábado (9) foi de comemoração para um apostador sortudo, que acertou as seis dezenas do concurso 2.630 da Mega-Sena, levando para casa um prêmio impressionante de R$ 84.729.015,05. As dezenas sorteadas foram 14, 18, 22, 26, 31 e 38.
Além do grande vencedor, outras 250 apostas tiveram motivo para celebrar, acertando cinco números e garantindo um prêmio de R$ 24.675,33 cada. Outras 9.565 apostas acertaram quatro números e vão receber R$ 921,34 cada.
O próximo sorteio da Mega-Sena está agendado para a terça-feira (12) e apresenta um prêmio estimado de R$ 3 milhões, prometendo continuar a emocionar os apostadores em todo o Brasil.
Desenrola

Ministério da Fazenda prorroga prazo para empresas credoras aderirem ao Desenrola Brasil

Programa de renegociação de dívidas do governo federal oferece incentivos para quitação de débitos de até R$ 5 mil.

Desenrola
Foto: Paulo Liebert

O Ministério da Fazenda anunciou a prorrogação do prazo de inscrição para empresas credoras interessadas em participar do programa Desenrola Brasil. Agora, as empresas têm até a próxima terça-feira (12) para se cadastrarem e renegociarem dívidas de seus clientes. O prazo anterior, que encerraria no sábado (9), foi estendido para dar mais oportunidade às empresas de diversos setores, como bancos, companhias de água e esgoto, distribuidoras de eletricidade e varejistas.
Para participar, as empresas devem cadastrar suas dívidas no Portal Credor, a plataforma do governo onde as negociações serão realizadas. O portal do Desenrola Brasil entrará em operação no final de setembro, com a data a ser divulgada em breve pelo governo.
O acesso à plataforma pelos consumidores ainda não está disponível, mas o governo recomenda que todos atualizem seus cadastros no site gov.br, com certificação prata ou ouro, já que este será utilizado para acessar a página de negociações.
Esta fase do Desenrola Brasil se destina exclusivamente a pessoas que ganham até dois salários mínimos (R$ 2.640 em valores de 2023) ou que estejam inscritas em programas federais através do Cadastro Único (CadÚnico). As dívidas que podem ser renegociadas são aquelas abertas até 31 de dezembro de 2022, com valores de até R$ 5 mil, abrangendo tanto dívidas bancárias (como empréstimos e cartões) quanto não bancárias (como contas de luz, água, educação e compras em lojas).
Todas as empresas com dívidas a receber e que realizam negativações podem participar do programa, com o governo disponibilizando R$ 8 bilhões em recursos do Tesouro Nacional para servirem como garantia. O valor das operações a serem viabilizadas dependerá dos descontos oferecidos pelas empresas credoras.
O ministério informou que cerca de 300 credores concentram a maior parte dos débitos, incluindo bancos, empresas de saneamento e grandes varejistas, sendo o valor médio das dívidas nessa faixa de endividados de aproximadamente R$ 1.000.
As renegociações serão realizadas digitalmente, através de uma plataforma que reunirá informações de todos os bureaus de crédito do país. O leilão de descontos será organizado em lotes para promover a competição entre dívidas similares.
As empresas vencedoras do leilão terão acesso à garantia do governo e poderão repassar a dívida a um banco, permitindo aos devedores pagar em até 60 parcelas, com juros de 1,99% ao mês. As empresas que não vencerem o leilão e não tiverem a garantia do fundo do Tesouro ainda poderão oferecer descontos, mas os pagamentos deverão ser à vista.
A primeira fase do Desenrola Brasil, lançada em julho, permitiu a negociação de dívidas bancárias para pessoas com renda mensal de até R$ 20 mil, gerando créditos tributários para os bancos a partir dos valores renegociados. O programa está previsto para encerrar no final de 2023, oferecendo uma oportunidade importante para empresas e consumidores renegociarem suas dívidas e recuperarem suas finanças.
Enel Brasil

Enel Brasil substitui mais de 8 mil geladeiras e 568 mil lâmpadas por modelos eficientes em programa de sustentabilidade

Ação da distribuidora de energia beneficia 40 municípios em São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará, promovendo economia de energia e sustentabilidade.

Enel Brasil
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/AGB
Em um esforço para promover a eficiência energética e a sustentabilidade, a Enel Brasil realizou a troca de mais de 8 mil geladeiras e 568 mil lâmpadas incandescentes ou fluorescentes por modelos de LED. Essa iniciativa abrangeu 40 municípios localizados nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará, resultando em um aumento significativo em comparação ao ano anterior.
Durante o primeiro semestre deste ano, a Enel Brasil registrou um aumento de 132% na substituição de geladeiras em comparação com o mesmo período de 2022. As geladeiras substituídas possuem o selo Procel de economia de energia, o que significa que podem consumir até 70% menos energia em comparação aos modelos mais antigos.
No caso das lâmpadas de LED, que são até 80% mais econômicas e dez vezes mais duráveis do que as incandescentes e fluorescentes, o programa da Enel alcançou um aumento de 154% nas trocas em relação ao ano anterior.
Essa ação faz parte do programa “Enel Compartilha Eficiência”, um dos projetos de sustentabilidade da empresa, criado com o objetivo de promover ações sustentáveis e inclusivas para a população. Além das substituições de geladeiras e lâmpadas, o programa oferece palestras e dicas de consumo consciente de energia, abordando também questões de segurança no uso doméstico. Mais de 29 mil moradores das cidades atendidas pela distribuidora já se beneficiaram dessas ações.
Um aspecto importante dessa iniciativa é a redução das emissões de gases de efeito estufa na atmosfera e o estímulo à reciclagem de materiais como papel, plástico, metal e vidro. O projeto “Ecoenel”, também apoiado pelo Programa de Eficiência Energética, arrecadou mais de 3,5 mil toneladas de resíduos no período de janeiro a junho deste ano, contribuindo para evitar a emissão de aproximadamente 11 mil toneladas de dióxido de carbono na atmosfera e economizar mais de 15 mil MWh de energia.
A diretora de Sustentabilidade da Enel Brasil, Márcia Massotti, destacou que o investimento na eficiência energética está alinhado com os esforços do Brasil para reduzir o impacto ambiental e cumprir os compromissos do Acordo de Paris. Ela ressaltou que o programa também contribui para a Política Nacional de Resíduos Sólidos e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.
Para aderir ao programa, os clientes precisam apenas apresentar a conta de energia e um documento com foto em um dos 198 pontos de coleta em operação nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará. Após o cadastro, os resíduos são pesados nos ecopontos e o valor do bônus é automaticamente creditado na conta de energia do cliente ou em uma instituição social indicada por ele.
Além dessas ações, o Rio de Janeiro também está investindo em eficiência energética, com a instalação de 457 mil luminárias de LED em todo o município, superando as expectativas iniciais. O investimento previsto para a modernização da iluminação da cidade é de R$ 1,4 bilhão.
A Prefeitura do Rio de Janeiro também planeja criar uma fazenda de energia solar em um antigo aterro sanitário desativado em Santa Cruz, com a expectativa de gerar economia para o município e utilizar energia limpa em prédios públicos.
O foco na eficiência energética vai além da economia de energia, influenciando positivamente os hábitos de consumo das famílias e valorizando a geração própria de energia. Projetos como esse têm um impacto significativo não apenas na redução de custos para os consumidores, mas também na preservação do meio ambiente e no cumprimento de metas de sustentabilidade.
Petrobras

Petrobras alcança recorde de produção de diesel S10 em agosto de 2023

Unidades de refino atingem o melhor resultado de Fator de Utilização Total desde 2014, contribuindo para a estabilidade de preços no mercado externo.

Petrobras
Foto: REUTERS/Paulo Whitaker/File Photo
A Petrobras divulgou na última sexta-feira (8) que suas unidades de refino alcançaram um marco significativo em agosto de 2023, atingindo o patamar de 97,3% de Fator de Utilização Total (FUT). Esse é o melhor resultado registrado desde dezembro de 2014, destacando a eficiência operacional da empresa.
No mesmo mês, a produção total de diesel atingiu 3,78 bilhões de litros, marcando o volume mais alto deste ano. Além disso, a produção de diesel S10, conhecido por sua maior sustentabilidade e baixo teor de enxofre, alcançou a marca de 2,37 bilhões de litros.
A Petrobras ressalta que a Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), a Refinaria Presidente Bernardes (RPBC) e a Refinaria Paulínia (Replan) desempenharam um papel fundamental nesse recorde mensal de produção de diesel S10. A Refap produziu 258 milhões de litros, a RPBC alcançou 329 milhões de litros, e a Replan atingiu uma marca impressionante de 609 milhões de litros. Esses resultados desempenham um papel crucial na mitigação da volatilidade de preços no mercado externo.
Em comunicado, o diretor de Comercialização, Logística e Mercados da Petrobras, Claudio Schlosser, enfatizou que essa expansão da produção de diesel S10 está alinhada com a estratégia comercial da empresa, que busca praticar preços competitivos de maneira rentável e sustentável.
O diretor de Processos Industriais e Produtos da Petrobras, William França, também comentou sobre a otimização dos processos da empresa, permitindo um aumento na produção das unidades e uma oferta mais robusta de derivados no mercado nacional, mantendo a rentabilidade.
O cálculo do Fator de Utilização do Refino considera vários fatores, como o volume de carga de petróleo processado e a capacidade de referência das refinarias, dentro dos padrões de segurança, meio ambiente e qualidade dos produtos derivados.
Petrobras

Petrobras anuncia novo concurso público com 458 vagas de nível técnico

Empresa oferece benefícios e reserva de vagas para PCDs e pessoas negras.

Petrobras
Foto:  Donatas Dabravolskas / Shutterstock

A Petrobras divulgou abertura de um novo concurso público que disponibilizará 458 vagas de nível técnico até o final deste ano. A iniciativa visa ampliar seu quadro de profissionais qualificados e promover a inclusão, com reserva de 20% das vagas para pessoas com deficiência (PCD) e 20% para pessoas negras, ultrapassando o mínimo legal exigido, que é de 5%.
Além de uma remuneração atrativa, a Petrobras oferece diversos benefícios, incluindo a opção de previdência complementar, plano de saúde e benefícios educacionais para dependentes. A empresa também se destaca por sua política de apoio à maternidade, permitindo a extensão da licença maternidade em até 60 dias, totalizando até 180 dias, além dos 120 dias estabelecidos por lei. Para facilitar o cuidado com os filhos, a Petrobras disponibiliza salas de apoio à amamentação em várias de suas unidades e permite a redução da jornada de trabalho para lactantes em até duas horas por dia durante o primeiro ano de vida da criança.
No mês atual, a Petrobras iniciou a convocação de mais 289 candidatos aprovados no cadastro de reserva do concurso nacional de nível superior, lançado em 2021. Os convocados pertencem às áreas de Administração, Análise de Sistemas, Economia e Engenharia Ambiental, entre outras. Esses profissionais se somarão aos cerca de 1800 empregados oriundos desse concurso que já ingressaram na empresa. A previsão é que todos os candidatos do cadastro de reserva sejam convocados até o término da validade do concurso, previsto para maio de 2024.
A Petrobras destaca a importância de os candidatos aprovados manterem seus dados atualizados junto à empresa. Em caso de alterações, os candidatos devem buscar atendimento nos canais de relacionamento listados na seção “Concurso” no site oficial da Petrobras. As convocações são oficializadas por telegrama e complementadas por mensagem de e-mail enviada pelo sistema de Recrutamento e Seleção da empresa.
A empresa também concluiu recentemente a convocação do cadastro de reserva do concurso para profissionais de nível técnico júnior, lançado em fevereiro de 2023. Ao todo, foram chamados 1119 candidatos para comprovação de requisitos e avaliação médica. As vagas nesse processo seletivo abrangeram diversas áreas, como Operação, Manutenção, Segurança do Trabalho, Logística, Enfermagem do Trabalho e Projetos, reforçando o compromisso da Petrobras com a capacitação e o crescimento de sua equipe técnica.
FGTS

Ministro propõe liberação retroativa de R$ 14 bilhões do FGTS para demitidos após 2020

Medida visa permitir que trabalhadores que aderiram ao saque-aniversário possam resgatar saldo remanescente em suas contas

FGTS
Foto: Reprodução/Fenacon
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, encaminhou um projeto à Casa Civil que poderia liberar aproximadamente R$ 14 bilhões do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para trabalhadores que aderiram ao saque-aniversário e foram demitidos após 2020. A medida é retroativa e visa estimular a circulação de dinheiro na economia brasileira.
Atualmente, após a adesão ao saque-aniversário, os trabalhadores ficam proibidos de sacar o saldo total em suas contas do FGTS por dois anos em caso de demissão. No entanto, a nova proposta permitiria que qualquer pessoa que optou pelo saque-aniversário e foi demitida após 2020 pudesse resgatar os recursos remanescentes em suas contas, embora não possam voltar para essa modalidade de saque.
Desde sua criação em 2019, o saque-aniversário beneficiou cerca de 32,7 milhões de brasileiros, totalizando saques no valor de R$ 43,4 bilhões. A maioria dos cotistas, aproximadamente 85%, possui um saldo de até quatro salários mínimos, de acordo com informações da Caixa Econômica Federal.
O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) oferece duas modalidades de saque: o saque-rescisão, que permite o saque completo do saldo em caso de demissão, e o saque-aniversário, que possibilita o saque parcial do saldo, tendo como objetivo proteger e beneficiar o trabalhador brasileiro. Além disso, o FGTS pode ser sacado em situações como aposentadoria, doença grave e falecimento do titular.
Safra Recorde

Produção de grãos no Brasil na safra 2022/23 atinge recorde de 322,8 milhões de toneladas

Estimativa da Conab revela aumento de 18,4% na produção impulsionada por maior área plantada e melhor produtividade.

Safra Recorde
Foto: Wenderson Araújo/Trilux

Nesta quarta-feira, 6 de setembro de 2023, a companhia nacional de abastecimento (Conab) divulgou o 12º Levantamento da safra de grãos, revelando uma produção histórica de grãos no Brasil para a safra 2022/23, com um total estimado de 322,8 milhões de toneladas. Esse número representa um acréscimo notável de 50,1 milhões de toneladas em comparação com o ciclo anterior, um aumento impressionante de 18,4%.
A alta na produção é resultado de dois fatores-chave: o aumento da área plantada, que atingiu a marca de 78,5 milhões de hectares, e a significativa melhoria na produtividade média das lavouras, que saltou de 3.656 para 4.111 quilos por hectare.
A soja, um dos produtos mais importantes da agricultura brasileira, registrou uma produção recorde estimada em 154,6 milhões de toneladas, um aumento notável de 23,2%. A Conab observou que, embora o clima tenha apresentado alguns desafios, especialmente no Rio Grande do Sul, os efeitos do La Niña foram menos impactantes do que no ciclo anterior. Em outros estados, o clima foi geralmente favorável, apesar de alguns atrasos durante o plantio e a colheita.
A Conab explicou que “nesta temporada, a soja apresentou recuperação de produtividade em Mato Grosso do Sul, no Paraná e em Santa Catarina. No Rio Grande do Sul, também houve melhora no desempenho das lavouras, porém limitado devido às condições climáticas não favoráveis durante o desenvolvimento da oleaginosa.”
Além da soja, o milho também está prestes a alcançar sua maior colheita registrada na série histórica, com uma produção total de 131,9 milhões de toneladas, um aumento de 18,7 milhões de toneladas em relação ao ciclo anterior.
No entanto, a situação é diferente para o arroz e o feijão. A concorrência com culturas mais rentáveis levou a uma redução na área de plantio de ambos os produtos. Para o arroz, a melhoria na produtividade não conseguiu compensar a queda na área, resultando em uma diminuição na produção de 6,9%, totalizando 10 milhões de toneladas. Já para o feijão, o bom desempenho das lavouras garantiu uma colheita de 3,04 milhões de toneladas, um aumento de 1,7% em relação à safra anterior.
Entre as culturas de inverno, o trigo apresentou um crescimento significativo, com um aumento de 11,8% na área cultivada, atingindo 3,45 milhões de hectares e uma produção estimada de 10,82 milhões de toneladas, um aumento de 2,5% em relação à safra anterior.
A Conab ressaltou que os bons resultados da safra brasileira consolidam o país como o principal exportador de soja e milho na safra 2022/23. Estima-se que as exportações de soja atinjam 96,95 milhões de toneladas e as de milho alcancem cerca de 50 milhões de toneladas, superando as exportações dos Estados Unidos.
Além disso, o mercado internacional também é promissor para o farelo e o óleo de soja, com exportações estimadas em 21,82 milhões de toneladas e 2,6 milhões de toneladas, respectivamente.
Para o algodão, a produção recorde permitirá uma recomposição nos estoques finais de cerca de 59%, totalizando 2,1 milhões de toneladas, com expectativa de exportações de 1,7 milhão de toneladas nesta safra. O bom desempenho das exportações de algodão já foi evidenciado em agosto de 2023, com um aumento de 66,1% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Com esses resultados positivos, a agricultura brasileira continua a desempenhar um papel crucial no mercado global de grãos e produtos agrícolas, consolidando sua posição como um dos principais atores no setor.