Dívida Pública

Dívida pública cresce 2,9% em junho e alcança os R$ 6,19 trilhões

Em maio, o valor era de R$ 6,01 trilhões

Dívida Pública
Foto: Reprodução

Nesta sexta-feira (21), a Secretaria do Tesouro Nacional informou que a dívida pública aumentou 2,9%, alcançando R$ 6,19 trilhões em junho, por causa de despesas com juros e emissão líquida de títulos.
O valor anterior de R$ 6,01 trilhões foi registrado em maio. A dívida pública do Brasil é o valor que o Governo Federal deve a investidores e instituições financeiras, internas e externas. O dinheiro é atualizado no financiamento das atividades do País, a partir da emissão de títulos públicos.
O Tesouro explicou que o aumento se deu pela retirada de títulos do mercado no valor de R$ 144,2 bilhões e das despesas com juros, que somadas chegam a R$ 33,32 bilhões. A previsão é que no final deste ano o endividamento esteja entre R$ 6,4 trilhões e R$ 6,8 trilhões.
Frutas

Clima frio impacta preço de frutas e hortaliças no mercado

Alimentos que tiverem redução são muito usados na alimentação dos brasileiros

Frutas
Foto: Reprodução

O 7º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado, nesta quinta-feira (20), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostrou que o clima frio desse inverno impactou nos preços das frutas e hortaliças.
A diminuição no valor foi percebida em alimentos bastante presentes no consumo diário dos brasileiros, como tomate, cenoura e laranja.
Essa situação acontece porque a oferta e a demanda são alteradas, o que resultou na diminuição de preço de alguns alimentos. O consumo de frutas como laranja e melão sofreram uma redução, influenciando no levantamento.
Entretanto, os preços médios da maçã e da batata tiveram um aumento. A Conab explica que em relação a batata “a alta é explicada pela menor entrada do produto nos mercados atacadistas”, enquanto a fruta teve a oferta reduzida por causa “do frio, do início das férias escolares e também das festividades juninas no mês de junho”.
O boletim pesquisou os principais Centrais Estaduais de Abastecimento (Ceasa) em: Recife, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Vitória, Brasília, Fortaleza, Rio Branco, São José e Goiânia.

Bancos alertam para golpes no Programa Desenrola Brasil

 Renegociar dívidas bancárias é nos bancos, diz Febraban

Foto: Marcello Casal JR

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgou alerta para golpes envolvendo o Programa Desenrola Brasil, que entrou em vigor no último dia 17, que tem como principal objetivo reintroduzir pessoas com restrição de crédito na economia, permitindo melhores condições de renegociação de dívidas bancárias.
Segundo a entidade, criminosos podem aproveitar o programa para aplicar golpes por meio de links falsos e da engenharia social, que usa técnicas para enganar o usuário para que ele forneça dados confidenciais, além de realizar transações financeiras para o golpista.
Nessa primeira fase do programa, as instituições financeiras limpam o nome das pessoas com débitos de até R$ 100. A dívida não é perdoada. Apenas o devedor deixa de ficar com o nome sujo e pode contrair novos empréstimos e fazer operações como fechar contratos de aluguel. Há ainda a possibilidade de renegociação de débitos com bancos por devedores com renda de até R$ 20 mil. O Desenrola só abrange dívidas contraídas até 31 de dezembro do ano passado.
“É muito importante que o cliente não clique em links recebidos por aplicativos de mensagens, de redes sociais e patrocinados em sites de busca. Faça você mesmo o contato com o seu banco. Fique atento para que não sejam aceitas propostas de envio de valores com a finalidade de garantir melhores condições de renegociação das dívidas. Reforçamos que somente é possível renegociar as dívidas nos canais oficiais dos bancos”, disse, em nota, Adriano Volpini, diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Febraban.
A Febraban orienta que as pessoas interessadas em renegociar as dívidas dentro do Desenrola Brasil busquem informações apenas dentro dos canais oficiais dos bancos que aderiram ao programa, como nas agências, no internet banking ou em seus aplicativos bancários. Se for negociar no internet banking, a entidade orienta que, para o acesso, o próprio usuário digite o endereço da instituição financeira.
Se o cliente desconfiar de alguma proposta ou do valor, ele deve em contato com o banco nos seus canais oficiais. Além disso, somente após a formalização de um contrato de renegociação é que o usuário pode ter os valores debitados da conta, nas datas acordadas. Outro alerta é, em caso de boletos, checar na hora do pagamento se está sendo feito realmente para a instituição financeira com a qual o cliente tem a pendência.
A Febraban acrescenta que não envia comunicado para renegociar dívidas no Desenrola. Caso receba qualquer mensagem com o logotipo da entidade ou de bancos, o cliente deve descartá-la e entrar em contato com os canais oficiais da instituição financeira, como agência, internet banking e aplicativo bancário.
Agência Brasil
Agricultura Familiar

Ministérios assinam acordo para impulsionar agricultura familiar

 Plano prevê assistência técnica para organizações de agricultores

Agricultura Familiar
Foto: Elza Fiúza

O governo federal criou uma força-tarefa para ampliar a aquisição de alimentos produzidos pela agricultura familiar, por meio de compras públicas. A iniciativa envolve cinco ministérios (Desenvolvimento Agrário, Saúde, Educação, Defesa, Desenvolvimento e Assistência Social) e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que assinaram um acordo de cooperação técnica nesta quarta-feira (19), em Brasília.
“Com esse acordo, creio que vamos dar um salto na compra pública da agricultura familiar, atendendo ao que o presidente Lula quer, que é aumentar a produção de alimentos e ter mesa farta”, celebrou o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira.
Entre as responsabilidades da pasta chefiada por ele, o acordo assinado prevê a oferta de assistência técnica e extensão rural especializada para os agricultores familiares, com foco nas compras institucionais, além de intensificar as ações de fomento e organização da produção de alimentos, qualificação de gestores, agentes públicos dos órgãos e organizações econômicas da agricultura familiar nos processos de compra e venda pela modalidade de aquisição pública.
O acordo é uma forma de impulsionar o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que prevê que um mínimo de 30% das compras públicas de gêneros alimentícios devem ser oriundas da agricultura familiar, para destinação posterior a projetos de combate à fome. “O PAA é um dos programas decisivos que ajudaram o Brasil a sair do mapa da fome”, lembrou.
Recriado por Medida Provisória (MP) em março, o PAA foi aprovado pelo Congresso Nacional este mês de deverá ser sancionado pelo presidente da República nesta quinta-feira (20).
“Nós vamos aumentar a produção de alimentos no Brasil, que diminuiu muito nesses anos. Aumentou a produção de soja, milho, algodão, carne, e diminuiu muito a produção arroz, feijão, mandioca, hortaliças, legumes e frutas, que é o que vai para o mercado interno”, acrescentou Teixeira. O ministro citou experiências exitosas de compras públicas, como a aquisição, pelo Exército Brasileiro, de café orgânico produzido por assentados ligados ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) no Espírito Santo.
Desde que foi relançado, o PAA já recebeu milhares de ofertas por meio de editais lançados pela Conab. “Nós recebemos mais de 3,7 mil propostas ofertadas ao PAA. Isso demonstra a potência que nós temos. Foram mais de 350 tipos de produto que estão em oferta”, destacou o presidente da companhia, Edegar Pretto. Até o momento, a empresa pública disponibilizou cerca de R$ 1,1 bilhão em editais para a compra de alimentos da agricultura familiar.
“Nós reafirmamos nosso compromisso com a produção de alimentos saudáveis”, afirmou Nelson Luiz Krupinski, presidente da Cooperativa dos Assentados da Grande Porto Alegre, que participou do evento de assinatura do acordo de cooperação.
Presente à cerimônia de assinatura do acordo, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, também destacou o valor nutricional da medida. “Não é possível pensar no futuro do Brasil sem pensar no forte desenvolvimento da agricultura familiar. Queremos que as crianças estejam com o bucho cheio e com uma comida de qualidade”, afirmou.
Trindade enfatizou a possibilidade da rede federal de hospitais e órgãos vinculados ao ministério facilitarem a aquisição de alimentos de pequenos agricultores. “Temos pensado em um mecanismo de compras centralizadas para os hospitais federais”, observou. Ainda segundo a ministra, a pasta pode contribuir com a produção de dados e indicadores que avaliem o impacto positivo da ação na saúde da população atendida.
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, também anunciou que a pasta vai viabilizar a ampliação das compras públicas por meio de sua rede de programas e órgãos vinculados. Da mesma forma, no Ministério da Educação (MEC), a ideia é usar a rede de universidades e institutos federais para promover uma ampliação da compra de alimentos produzidos por cooperativas de pequenos agricultores.  
Agência Brasil

Balança comercial brasileira projeta superávit recorde de US$ 86,472 bilhões em 2023

AEB anuncia projeções: Balança comercial brasileira indica superávit recorde de US$ 86,472 bilhões apesar da queda nas exportações e importações.

Foto: Paulo Whitaker

A Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) divulgou hoje a revisão da balança comercial do país, revelando projeções de queda nas exportações e importações para o ano de 2023. Segundo os dados apresentados, espera-se uma redução de 3% nas exportações, totalizando US$ 323,937 bilhões, em comparação aos US$ 334,136 bilhões alcançados em 2022. Já as importações devem registrar uma queda de 12,9%, atingindo US$ 237,465 bilhões em relação aos US$ 272,610 bilhões do ano anterior.
José Augusto de Castro, presidente-executivo da AEB, destacou que a queda nas importações deverá superar a redução nas exportações, resultando em um superávit recorde de US$ 86,472 bilhões em 2023. Esse aumento de 40,5% em relação ao ano passado, no entanto, é considerado um superávit negativo, pois é impulsionado por fatores negativos e não gera atividade econômica ou empregos, como explicou Castro em entrevista à Agência Brasil.
A projeção da AEB também indica uma diminuição de 7,5% na corrente de comércio para 2023, que está projetada em US$ 561,402 bilhões, em comparação com os US$ 606,746 bilhões apurados no ano anterior.
A previsão anterior da AEB, divulgada em dezembro de 2022, indicava exportações de US$ 325,162 bilhões, importações de US$ 253,229 bilhões e um superávit de US$ 71,933 bilhões para o ano de 2023.
Castro atribuiu a queda estimada nas exportações em 2023 principalmente à questão dos preços no mercado internacional. Ele explicou que os preços vêm diminuindo gradualmente ao longo do ano, afetando as receitas das exportações brasileiras. Em relação às importações, o presidente-executivo da AEB mencionou que o crescimento acentuado observado em 2022 não foi justificado pelo aumento da demanda interna, e os preços agora estão se ajustando a essa nova realidade.
É importante destacar que as exportações brasileiras continuarão baseadas principalmente em commodities, com 14 dos 15 principais produtos de exportação classificados como commodities, com exceção dos veículos. Castro acredita que a implementação da reforma tributária poderá permitir que o país exporte mais produtos de valor agregado no futuro. No entanto, ele ressaltou que essa transformação não será imediata e, até que a reforma seja aprovada e implementada, o Brasil continuará exportando commodities.
A soja em grão deve manter sua posição de liderança nas exportações brasileiras, ultrapassando a marca de US$ 50 bilhões pela primeira vez, mesmo com uma queda de 12,7% nas cotações. A AEB projeta que as exportações de soja em grão atinjam um recorde de 98 milhões de toneladas em 2023, um aumento de 24% em relação a 2022.
Em relação às importações, a AEB destaca que cerca de 90% dos produtos adquiridos pelo Brasil são manufaturados, com exceção do carvão. Castro avalia que um crescimento industrial no país tende a aumentar as importações, enquanto uma queda na indústria resultará em uma redução dessas importações. Atualmente, observa-se uma perda gradual da participação da indústria no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, o que indica uma diminuição nas importações, conforme explica o presidente da AEB.
Apesar das projeções de queda nas exportações e importações, a AEB estima que o comércio exterior brasileiro ainda contribuirá de forma positiva para o cálculo do PIB em 2023. O Brasil deve manter sua posição atual de 26º lugar no ranking mundial tanto em exportação quanto em importação.
A AEB ressalta que, embora os efeitos negativos da pandemia da COVID-19 tenham diminuído, ela ainda continua impactando a economia global e o comércio mundial, afetando o desenvolvimento econômico, os empregos e os investimentos.
As projeções apresentadas pela AEB destacam os desafios enfrentados pelo comércio exterior brasileiro em 2023. Diante desse cenário, é essencial que o país adote medidas estratégicas e políticas econômicas para impulsionar o setor e promover a diversificação das exportações, visando um crescimento sustentável e resiliente da economia.
Carlos Fávaro

Retomada de exportações de frango de Santa Catarina para o Japão será debatida em missão do Mapa ao país asiático

O estado teve a confirmação de um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade em aves domésticas de subsistência

Carlos Fávaro
Foto: Divulgação
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, garantiu nesta terça-feira (18) que a retomada das exportações de carne de frango de Santa Catarina para o Japão será a prioridade da missão do Mapa a Tóquio, na próxima semana. Em reunião com o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, Fávaro ressaltou que o Brasil continua sendo um dos quatro países do mundo sem influenza aviária de alta patogenicidade em produção comercial.
“O Japão está tendo um protocolo mais rígido, que está sendo revisado pelo mundo todo. Então passou a ser prioridade número um da nossa missão. Já estamos em tratativas para rediscussão desse protocolo, já que o Brasil continua com garantia de sanidade”, disse o ministro.
“Viemos aqui reforçar a preocupação de Santa Catarina, pela importância e pelo que representa para a economia do estado a produção da carne aviária”, destacou o governador.
No último sábado (15), foi confirmado um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em aves domésticas de subsistência em propriedade no município de Maracajá (SC), onde encontravam-se múltiplas espécies de aves que eram criadas soltas e não eram destinadas à produção de produtos para comercialização. A propriedade está interditada e todas as aves foram eutanasiadas e as carcaças foram destruídas e enterradas.
De acordo com o Código Sanitário de Animais Terrestres da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), a ocorrência da infecção pelo vírus em aves silvestres e domésticas de subsistência não compromete a condição do Brasil como país livre de IAAP. No entanto, o Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca do Japão (MAFF) comunicou a decisão de suspender a importação de aves vivas e carne de aves do Estado de Santa Catarina até que o Mapa encaminhasse informações detalhadas sobre o caso.
O Mapa já enviou os esclarecimentos demandados e segue trabalhando para que o impacto das restrições seja o menor possível aos exportadores brasileiros

Reabertura de fábrica no Paraná reduzirá importação de fertilizantes

Unidade em Mato Grosso do Sul está com 87% de avanço nas obras

Foto: Divulgação

A reabertura da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR) e a conclusão das obras da Fafen Mato Grosso do Sul (Fafen-MS) poderão reduzir pela metade a importação desses insumos feita atualmente pelo Brasil, da ordem de 80%. A avaliação foi feita nesta terça-feira (18) pelo coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar. A FUP passou a integrar o grupo de trabalho (GT) criado pela Petrobras para discutir a reabertura da Fafen-PR.
Bacelar disse à Agência Brasil que a expectativa da FUP, com a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, era de retomada da produção de fertilizantes nitrogenados pela Petrobras. “Isso estava no programa de governo dele, que a gente ajudou a construir, no capítulo de energia”, lembrou. Com o resultado eleitoral e as mudanças na gestão da Petrobras, “conseguimos emplacar a nossa participação nesse grupo de trabalho que vai discutir o tema de fertilizantes no país”, acrescentou Bacelar.
Inicialmente, haverá discussão sobre a Araucária Nitrogenados (Ansa), que é a Fafen do Paraná, que está fechada desde março de 2020, tendo demitido 400 trabalhadores próprios e cerca de 600 terceirizados. A intenção é buscar um processo de reabertura da fábrica e readmissão dos empregados demitidos.

Nordeste

“A ideia é que o GT não discuta apenas a questão da Fafen-PR e da Fafen-MS, que está com 87% de avanço nas obras, mas também a retomada das fábricas da Bahia e de Sergipe que, hoje, estão arrendadas para o grupo Unigel”, informou Deyvid Bacelar. “Acreditamos que teremos êxito no processo inteiro.”
Embora a Petrobras tenha estipulado prazo de 90 dias para apresentação de um cronograma pelo GT, Bacelar disse que o prazo poderá ser reduzido. “Ou que durante os trabalhos do GT, já tenhamos ações sendo colocadas em prática, e que não se necessite, por exemplo, de esperar 90 dias para ‘desibernar’ a fábrica do Paraná e que ela retome a manutenção dos equipamentos que estão lá, parados há mais de três anos.”
Incluindo a reabertura da Fafen-PR, a conclusão da Fafen-MS e a retomada das fábricas da Bahia e de Sergipe, a expectativa é que a necessidade de importação de fertilizantes nitrogenados pelo Brasil caia para algo em torno de 10% a 15%. Além de reduzir a dependência de importações, a meta é ampliar a participação do Estado na produção nacional.
Além de Deyvid Bacelar, participam do GT Alberico Santos Queiroz Filho, diretor do Sindipetro Unificado, e Ademir Jacinto da Silva, diretor do Sindiquímica do Paraná. De acordo com os representantes da FUP, a unidade paranaense está em boas condições de preservação e tem capacidade para produzir 30 mil metros cúbicos de oxigênio por hora. A Fafen-PR precisa apenas de manutenções, conforme as normas, e de inspeções gerais para garantir a segurança dos trabalhadores e da comunidade.

Petrobras

Em nota, a Petrobras informou à Agência Brasil que não há qualquer decisão da Diretoria Executiva ou do Conselho de Administração em relação à reabertura da Araucária Nitrogenados, no Paraná, e à conclusão das obras da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III, em Mato Grosso do Sul”.
“No presente momento, a companhia está desenvolvendo análises para definição das melhores alternativas de execução de sua estratégia no setor de fertilizantes, no âmbito do seu planejamento estratégico”. A empresa disse ainda que “suas decisões são pautadas em análises criteriosas e estudos técnicos, em observância às práticas de governança e os procedimentos internos aplicáveis”.
Agência Brasil

Caixa paga novo Bolsa Família a beneficiários com NIS de final 2

 Parcela tem adicional de R$ 50 a gestantes e filhos de 7 a 18 anos

Foto: Marcelo Casal JR/ AB

A Caixa Econômica Federal paga nesta quarta-feira (19) a parcela de julho do novo Bolsa Família aos beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 2. Essa é a segunda parcela com o novo adicional de R$ 50 a famílias com gestantes e filhos de 7 a 18 anos.
Desde março, o Bolsa Família paga outro adicional – de R$ 150 – a famílias com crianças de até seis anos. Dessa forma, o valor total do benefício poderá chegar a R$ 900 para quem cumpre os requisitos para receber os dois adicionais.
O valor mínimo corresponde a R$ 600, mas com o novo adicional o valor médio do benefício sobe para R$ 684,17. Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, o programa de transferência de renda do governo federal alcançará 20,9 milhões de famílias em julho, com gasto de R$ 14 bilhões.
Neste mês, passa a valer a integração dos dados do Bolsa Família com o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS). Com base no cruzamento de informações, 341 mil famílias foram canceladas do programa por terem renda acima das regras estabelecidas pelo Bolsa Família. O CNIS conta com mais de 80 bilhões de registros administrativos referentes a renda, vínculos de emprego formal e benefícios previdenciários e assistenciais pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Em compensação, outras 300 mil famílias foram incluídas no programa em julho. A inclusão foi possível por causa da política de busca ativa, baseada na reestruturação do Sistema Único de Assistência Social (Suas) e que se concentra nas pessoas mais vulneráveis que têm direito ao complemento de renda, mas não recebem o benefício. Desde março, mais de 1,3 milhão de famílias passaram a fazer parte do Bolsa Família.

Regra de proteção

Quase 2,2 milhões de famílias estão na regra de proteção em julho. Em vigor desde o mês passado, essa regra permite que famílias cujos membros consigam emprego e melhorem a renda recebam 50% do benefício a que teriam direito por até dois anos, desde que cada integrante receba o equivalente a até meio salário mínimo.
Para essas famílias, o benefício médio ficou em R$ 378,91. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, do total de famílias na regra de proteção, 1,46 milhão de famílias foram incluídas neste mês por causa da integração de dados do Bolsa Família com o CNIS.

Reestruturação

Desde o início do ano, o programa social voltou a chamar-se Bolsa Família. O valor mínimo de R$ 600 foi garantido após a aprovação da Emenda Constitucional da Transição, que permitiu o gasto de até R$ 145 bilhões fora do teto de gastos neste ano, dos quais R$ 70 bilhões estão destinados a custear o benefício.
O pagamento do adicional de R$ 150 começou em março, após o governo fazer um pente-fino no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), para eliminar fraudes. Segundo o balanço mais recente, divulgado em abril, cerca de três milhões de indivíduos com inconsistências no cadastro tiveram o benefício cortado.
No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento ocorre nos últimos dez dias úteis de cada mês. O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.
Calendário do Bolsa Família – Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome

Auxílio Gás

Neste mês, não haverá o pagamento do Auxílio Gás, que beneficia famílias cadastradas no CadÚnico. Como o benefício só é pago a cada dois meses, o pagamento voltará em agosto.
Só pode receber o Auxílio Gás quem está incluído no CadÚnico e tenha pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A lei que criou o programa definiu que a mulher responsável pela família terá preferência, assim como mulheres vítimas de violência doméstica.
Agência Brasil

BNDES e fundo da ONU lançam edital de R$ 1 bi para sertão nordestino

 Chamada pública escolherá até quatro projetos de segurança alimentar

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Cerca de 250 mil famílias de produtores rurais de quatro estados do semiárido nordestino poderão ter à disposição cerca de R$ 1 bilhão para desenvolvimento de projetos de segurança alimentar e de adaptação às mudanças climáticas. Em parceria com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida), da Organização das Nações Unidas (ONU), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou o edital Sertão Vivo. Até quatro projetos serão escolhidos.
A cerimônia de lançamento ocorreu nesta terça-feira (18) na sede do Consórcio Nordeste, entidade que reúne os nove governadores da região, em Brasília. Além dos presidentes do BNDES, Aloizio Mercadante, e do Fida, Álvaro Lario, o evento teve a participação do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, e da governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, representando o Consórcio Nordeste.
Segundo Lario, a iniciativa atenderá cerca de 1 milhão de pessoas em 84 mil hectares. Os projetos terão foco nos agricultores familiares, incluindo comunidades tradicionais e povos indígenas, dos quais 40% mulheres e 50% jovens. Eles receberão capacitação para aumentar a resiliência dos sistemas de produção agrícola, conservar recursos hídricos e restaurar ecossistemas degradados.
Os quatro projetos a serem selecionados receberão apoio direto reembolsável (pagando de volta ao BNDES) e não reembolsável (com dinheiro usado para investimentos sem a necessidade de devolução). A parcela não reembolsável será empregada na instalação de 21 mil cisternas e de 16 mil unidades para tratamento e reuso de águas residuais domésticas. Embora a primeira fase atenda apenas a quatro estados, o presidente do BNDES disse que pretende expandir o programa para os nove estados do Nordeste.
A maior parte dos recursos para a iniciativa virá dos US$ 129,5 milhões (cerca de R$ 630 milhões pela cotação atual) repassados pelo Fida ao BNDES. Os estados selecionados e o BNDES acrescentarão, juntos, mais US$ 73 milhões (cerca de R$ 350,4 milhões pela cotação atual) como contrapartida, totalizando quase R$ 1,05 bilhão.
Agência especializada das Nações Unidas, o Fida opera com recursos do Green Climate Fund (GCF), braço da ONU que financia com juros baixos a adoção das metas do Acordo de Paris.

Caatinga

Durante o lançamento do edital, o presidente da Fida disse que o projeto é importante para preservar a caatinga, bioma ameaçado pelas mudanças climáticas. “O Fida está muito satisfeito e honrado em ter o BNDES como seu novo e grande aliado para o desenvolvimento no semiárido nordestino, principalmente em valorizar e galvanizar a atenção internacional ao bioma caatinga, único e exclusivo do Brasil. Com isso, esperamos uma maior atenção para esse importante bioma brasileiro”, disse Lario.
Segundo Mercadante, o programa, que também será chamado de projeto Semeando Resiliência Climática em Comunidades Rurais do Nordeste, é pioneiro ao estender a uma agência internacional o modelo de operação da experiência brasileira no enfrentamento à pobreza rural e no combate à fome. “O que estamos fazendo aqui é construir as bases para proteger a Terra, mas sobretudo para proteger os mais pobres do agravamento da crise climática que se avizinha. Estamos nos preparando para as adversidades e mostrando que o BNDES sabe criar, sabe inovar, sabe fazer”, afirmou o presidente do banco.
Para o ministro Paulo Teixeira, a parceria com o Fida servirá de aprendizado para enfrentar o aquecimento global. “O Consórcio Nordeste é uma experiência de trabalho muito evoluída no semiárido, na caatinga. O bioma tem suas complexidades, mas pode ensinar o Brasil e o mundo nesse momento de dificuldades climáticas, e o Fida pode ajudar a dar um salto nessa experiência para uma agricultura que, por um lado, produz alimentos saudáveis e, ao mesmo tempo, é regenerativa”, declarou.
Coordenadora política da Câmara Técnica da Agricultura Familiar do Consórcio Nordeste, a governadora Fátima Bezerra disse que a parceria entre o BNDES, a Fida e os estados selecionados “lança luzes e aponta caminhos nessa nova conjuntura”. O edital prevê que caberá aos estados escolhidos repassar os recursos aos produtores rurais.
Agência Brasil

Volkswagen e Mercedes-Benz anunciam suspensão de trabalhadores

 Medida vai atingir 800 metalúrgicos, diz sindicato

Foto: Volkswagem
A Volkswagen anunciou que vai colocar trabalhadores de sua fábrica em Taubaté, no interior paulista, em layoff (suspensão). Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindmetau), a medida vai atingir 800 trabalhadores.
Layoff significa que esses trabalhadores terão seus contratos suspensos temporariamente. De acordo com a Volkswagen, o layoff vai ocorrer em um turno de produção e terá início no dia 1º de agosto, com previsão de durar dois meses. “A ferramente de flexibilização está prevista em acordo coletivo firmado entre o sindicato e colaboradores da Volkswagen”, diz nota que foi enviada pela empresa.
O sindicato diz que o layoff pode durar até cinco meses e que a montadora informou que a suspensão dos contratos será feita para adequar o volume de produção ao mercado.
“Infelizmente, a taxa de juros, a Selic, continua em 13,75% e inviabiliza a venda de carros novos, já que dois terços dessas vendas são feitas por financiamento. Com isso, as montadoras têm enfrentado um acúmulo de veículos em estoque nos pátios”, disse Claudio Batista, o Claudião, presidente do sindicato, por meio de nota.
De acordo com o sindicato, a fábrica de Taubaté conta com cerca de 3,1 mil trabalhadores, que produzem o Polo Track, novo carro de entrada da montadora.
Mercedes-Benz
A Mercedes-Benz informou que está estendendo o layoff para os trabalhadores da fábrica de São Bernardo do Campo (SP), “em razão do atual nível de demanda de veículos comerciais no mercado brasileiro”. Segundo a montadora, o layoff é para a produção de caminhões e agregados e foi estendido até o dia 31 de agosto.
“Importante esclarecer que não estamos com a produção totalmente parada. Estamos operando com um turno e ajustando os volumes”, informou a montadora.
Agência Brasil