Assinatura Raquel Lyra

Governo de Pernambuco lança Programa Morar Bem – Entrada Garantida

Quem ganha até dois salários mínimos vai receber subsídio de até R$ 20 mil para compra da casa própria 

Assinatura Raquel Lyra
Foto: Artur Ferraz/G1

Primeira política habitacional de interesse social de Pernambuco, o programa Morar Bem PE vai ganhar uma nova modalidade para que mais pernambucanos realizem o sonho da casa própria. Nesta segunda-feira (24), no Cais do Sertão, Bairro do Recife, a governadora Raquel Lyra lançou o Morar Bem – Entrada Garantida, através do qual o governo vai oferecer subsídios de até R$ 20 mil para que famílias com renda familiar de até dois salários mínimos possam ter condições de comprar seu primeiro imóvel. O investimento anual previsto é de R$ 200 milhões.
“O Governo do Estado estruturou uma política pública habitacional garantindo recursos para que ela possa ser feita. Além da família poder ter essa oportunidade de comprar a casa própria, o empreendedor que pretende colocar o seu imóvel para comercializar por meio do programa pode se cadastrar. Com isso, a gente pode garantir novos empreendimentos em Pernambuco”, destacou a governadora Raquel Lyra.
Na ocasião, a governadora assinou a reedição do decreto 50.501, que em 22 março de 2023 instituiu o Programa Morar Bem PE. Foi acrescentada ao texto a informação de que “serão até R$ 20 mil os valores concedidos a título de subvenção financeira às famílias que atendam aos requisitos na Lei nº 13.619, de 2008, e neste decreto, para a aquisição da primeira moradia, que cumpra aos critérios estabelecidos para a área urbana”.
O Entrada Garantida é voltado para famílias de baixa renda que não têm capacidade financeira para pagar a entrada de um financiamento habitacional. A ideia do Estado é estimular a comercialização de 40 mil imóveis novos, sendo cada um deles com valor de mercado de até R$ 190 mil, estabelecido no Minha Casa, Minha Vida.
A expectativa é que o programa dobre a utilização do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para compra da casa própria nos próximos 12 meses em Pernambuco (ou seja, sair de R$ 2 bilhões para R$ 4 bilhões). Isso porque as famílias poderão utilizar o FGTS e o subsídio do governo concomitantemente para conseguir comprar o imóvel.
Segundo dados da Secretaria Nacional de Habitação (SNH), o pernambucano que tem uma renda de dois salários precisa ter, em média, R$ 20 mil guardados para conseguir um financiamento através do programa Minha Casa, Minha Vida. Esse valor já considera o subsídio dado pelo governo federal no programa, que financia até 80% do valor do imóvel.
“O subsídio do Governo do Estado vai entrar junto com o programa Minha Casa, Minha Vida para garantir que essas famílias possam comprar sua casa própria. Isso vai diminuir o déficit habitacional e aquecer a economia, na medida em que a expectativa é que a gente dobre o investimento do FGTS”, comentou a secretária de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Simone Nunes, ao acrescentar que 70% dos imóveis comercializados em Pernambuco são destinados a famílias com renda de até dois salários mínimos.
Como se cadastrar
Para ter acesso à modalidade Entrada Garantida do programa Morar Bem, a família interessada precisa escolher o imóvel disponível no site da Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab). Na página on-line, o interessado terá as opções de imóveis disponibilizados pelas construtoras, separadas por município.
O processo de compra tem início com o cadastro e a aprovação do perfil. A pessoa terá de comprovar que mora em Pernambuco, que a renda se encaixa nos parâmetros do programa e que não possui imóvel em seu nome.
Depois desse processo, será gerado o Comprovante de Cadastro de Inscrição (CCI) e, com esse documento em mãos, o adquirente vai à construtora para dar início ao relacionamento com a Caixa Econômica Federal (CEF), parceira do projeto. O banco faz a análise de crédito da pessoa e a posterior aprovação do financiamento. No caso de o crédito ser aprovado, o Estado paga ao banco federal o montante relativo ao complemento da entrada do imóvel.
Estímulo ao emprego e à renda
A nova modalidade também será um estímulo ao setor da construção civil para lançar novos habitacionais que se encaixem no perfil do programa, gerando emprego e renda neste segmento. A iniciativa tem um potencial de gerar 72 mil empregos dentro da cadeia da construção civil.
Para poder oferecer seus imóveis através do Morar Bem PE, os construtores precisam cadastrar seus produtos no site da Cehab. Estes ficarão disponíveis na lista de opções para que seus futuros clientes possam escolhê-los ao acessar a página virtual.
Por conta disso, a apresentação da Entrada Garantida foi feita a representantes de entidades do setor nesta segunda, como o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), a Associação das Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi), a Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe) e entidades que congregam empresários do interior do Estado e corretores de imóveis.
Estiveram presentes no lançamento da iniciativa os deputados estaduais Mário Ricardo, Antônio Moraes e Luciano Duque; os secretários estaduais coronel Hercílio Mamede (Casa Militar), Carolina Cabral (Desenvolvimento Social, Criança, Juventude e Prevenção às Drogas), Fernando Holanda (Chefe da Assessoria Especial), Regina Célia (Mulher), José Almir Cirilo (Recursos Hídricos e Saneamento) e Fabrício Marques (Planejamento, Gestão e Desenvolvimento Regional). Os prefeitos de Caruaru, Rodrigo Pinheiro, e de Santa Cruz do Capibaribe, Fábio Aragão; além do presidente da CBIC, Renato Correia; o presidente da Fiepe, Ricardo Essinger; o presidente da Ademi-PE, Rafael Simões, e o presidente do Sinduscon-PE, Antônio Cláudio, também participaram do evento.
Sobre o programa Morar Bem PE
O programa Morar Bem PE tem como principal objetivo proporcionar moradia digna para famílias de baixa renda de todas as regiões do Estado. As linhas de atuação do programa envolvem ações de regularização fundiária, retomada de obras paralisadas e lançamento de novos contratos habitacionais, impulsionando os recursos do Minha Casa, Minha Vida, com contrapartidas oriundas do Fundo Estadual de Habitação de Interesse Social (Fehis).
Em pouco mais de seis meses da gestão Raquel Lyra, o programa Morar Bem PE já efetuou mais de 3 mil regularizações fundiárias, entregou dois habitacionais e realizou mais de mil retomadas de obras.

Crédito deve crescer 7,7% neste ano, prevê Banco Central

 Crédito deve crescer 7,7% neste ano, prevê Banco Central

Foto: Marcello Casal JR/Agência Brasil
O Banco Central (BC) prevê que o volume de crédito bancário crescerá 7,7% em 2023. A projeção teve uma ligeira alta diante da previsão anterior de 7,6%, divulgada em março deste ano, e continua indicando um processo de desaceleração do crédito, “compatível com o ciclo de aperto monetário” de alta na taxa Selic, os juros básicos da economia.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC mantém a taxa Selic em 13,75% ao ano desde agosto do ano passado, o maior nível desde janeiro de 2017, apesar da queda da inflação e das pressões de parte do governo para redução dos juros básicos.
A Selic é o principal instrumento do BC para alcançar a meta de inflação porque a taxa causa reflexos nos preços, já que juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança, evitando a demanda aquecida. Os efeitos do aperto monetário são sentidos no encarecimento do crédito e na desaceleração da economia.
A nova estimativa incorpora os novos dados do mercado de crédito e a revisão do cenário macroeconômico futuro. As informações são do Relatório de Inflação, publicação trimestral do BC, divulgado nesta quinta-feira (29).
“Os dados do mercado de crédito divulgados desde o relatório anterior mostram evolução do saldo dos empréstimos às famílias acima do esperado, principalmente no segmento direcionado, enquanto os financiamentos às empresas recuaram de forma mais intensa, destacando-se o segmento livre”, informou o órgão.

Previsão por segmento

Para 2023, a projeção de crescimento do estoque do crédito livre para pessoas físicas aumentou de 8% para 9%, “refletindo a maior resiliência observada nas concessões até abril de 2023”. Por sua vez, a projeção de crescimento do crédito livre às empresas foi reduzida de 6% para 3%, “devido à desaceleração mais intensa do que a esperada no primeiro quadrimestre do ano”.
“Esse movimento decorre, em parte, da oferta de crédito relativamente restritiva no início do ano, uma consequência tanto das condições gerais da economia, incluindo o estágio atual do ciclo monetário, como de repercussões do caso Americanas”, explicou o BC.
Em recuperação judicial desde janeiro, as Lojas Americanas enfrentam uma crise desde a revelação de “inconsistências contábeis” de R$ 20 bilhões. Posteriormente, o próprio grupo admitiu que os débitos com as instituições de crédito podem chegar a R$ 43 bilhões.
O crédito livre é aquele em que os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes. Já o crédito direcionado tem regras definidas pelo governo e é destinado, basicamente, aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcrédito.
A desaceleração do crédito livre foi parcialmente contrabalançada por um crescimento do crédito direcionado. Nesse segmento, a projeção de crescimento do saldo de pessoas físicas aumentou de 9% para 11%, diante da maior disponibilização de crédito rural no começo do ano.
A revisão, por outro lado, também reflete a desaceleração ainda discreta do saldo do crédito imobiliário, a despeito da retração nas concessões observada desde meados de 2021. “Vale lembrar que, como os prazos da modalidade são altos e as amortizações relativamente pequenas em comparação ao saldo, movimentos das concessões têm impacto mais defasado na carteira de crédito”, explicou o BC.
Por fim, no segmento de pessoas jurídicas, no crédito direcionado, a projeção foi mantida em 7%.
Agência Brasil
Dinheiro

RECEITA FEDERAL: Consulta para 3º lote de restituição do Imposto de Renda já está disponível

O crédito bancário será realizado no dia 31 de julho, através da conta bancária ou chave PIX

Dinheiro
Foto: Divulgação

A consulta para o terceiro lote para restituição do Imposto de Renda Pessoa Física 2023 está disponível para consulta a partir dessa segunda-feira (24). O valor chega entorno de 7,5 milhões e também restituições residuais de exercícios anteriores para mais de cinco milhões de contribuintes.
O crédito bancário será realizado no dia 31 de julho, através da conta bancária ou chave PIX. Para realizar a consulta, o contribuinte pode acessar a página da Receita Federal na internet, clicando em Meu Imposto de Renda, e logo após, Consultar a Restituição. 
Se o contribuinte não estiver na lista, deverá entrar no Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC) e tirar o extrato da declaração. Caso haja alguma pendência, pode enviar uma declaração retificadora e esperar os próximos lotes da malha fina. 

Preço do etanol cai em 15 estados, com média de R$ 3,77 o litro, diz ANP

Em São Paulo, principal estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, cotação média recuou 3,23% na semana, de R$ 3,71 para R$ 3,59

Foto: Reuters/Paulo Whitaker
Os preços médios do etanol hidratado caíram em 15 estados e no Distrito Federal, subiram em seis e ficaram estáveis em cinco na semana passada. O levantamento é da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas.
Nos postos pesquisados pela ANP em todo o país, o preço médio do etanol caiu 2,58% na semana em relação à anterior, de R$ 3,87 para R$ 3,77 o litro.
Em São Paulo, principal estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média caiu 3,23% na semana, de R$ 3,71 para R$ 3,59.
A maior alta porcentual na semana ocorreu na Bahia, onde o litro do etanol, que custava em média R$ 4,56, passou a custar R$ 4,66 (+2,19%).
A maior queda, de 3,32%, foi registrada no Distrito Federal, onde o litro passou de R$ 3,92 para R$ 3,79 na semana, e também no Paraná, onde saiu de R$ 4,22 para R$ 4,08/litro.
O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 2,95 o litro, em São Paulo. O maior preço estadual, de R$ 6,39, foi registrado em Rondônia.
Já o menor preço médio estadual, de R$ 3,43, foi observado em Mato Grosso, enquanto o maior preço médio foi registrado no Amapá, com R$ 5,26 o litro.
Na comparação mensal, o preço médio do biocombustível no país subiu 0,80%, de R$ 3,74 para R$ 3,87 o litro.
O estado com maior alta porcentual no período foi a Bahia, com 10,69% de aumento no período, de R$ 4,21 para R$ 4,86 o litro. A maior queda no mês foi observada em Roraima, de 2,78%, de R$ 5,39 para R$ 5,24 o litro.
Competitividade
O etanol continua mais competitivo em relação à gasolina em Mato Grosso, São Paulo, Goiás, Minas Gerais e no Distrito Federal. No restante dos Estados, continua mais vantajoso abastecer o carro com gasolina.
Conforme o levantamento da ANP compilado pelo AE-Taxas, na semana passada, na média dos postos pesquisados no país, o etanol está com paridade de 67,44% ante a gasolina, portanto favorável ao abastecimento com o derivado do petróleo.
A paridade estava em 62,03% em Mato Grosso, 66,60% em São Paulo, 67,45% em Goiás, 69,94% em Minas Gerais e 69,67% no DF.
Executivos do setor observam que o etanol pode ser competitivo mesmo com paridade maior do que 70%, a depender do veículo em que o biocombustível é utilizado.
CNN Brasil
INSS

INSS estudar usar registro de uso de transporte como prova de vida

Projeto começou no Distrito Federal e pode ser estendido para outros locais do País

INSS
Foto: Reprodução/Agência Brasil

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) está analisando a inclusão de equipamentos que façam o controle da biometria no sistema de transporte para que pensionistas, aposentados e outras pessoas que recebem benéficos de algum programa federal possam comprovar que estão vivos.
O presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, informou que “estamos nos articulando com a Secretaria de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal (DF) para que um segurado nosso, ao passar por uma catraca [de ônibus ou metrô] em que haja identificação biométrica, faça sua prova de vida”.

 

O principal objetivo da proposta é tornar a comprovação de vida bem menos burocrática, por meio da ampliação de maneiras para realizar o procedimento obrigatório. Depois dos testes no DF, a proposta deve ir para análise, visando ser futuramente estendida para outras regiões do Brasil.
Neste ano, o próprio INSS ficou responsável pela prova de vida através do cruzamento dos dados registrados pelo instituto e outros órgãos públicos. Na época da mudança, o ministro da Previdência, Carlos Lupi, afirmou que a medida evita sacrifício dos idosos.
Agora, os procedimentos são feitos das seguintes maneiras:
  • acesso ao aplicativo Meu INSS com o selo ouro ou a outros aplicativos e sistemas dos órgãos e entidades públicas que possuam certificação e controle de acesso, no Brasil ou no exterior;
  • realização de empréstimo consignado, efetuado por reconhecimento biométrico;
  • atendimento presencial nas agências do INSS e nas entidades ou instituições parceiras, desde que feito o reconhecimento biométrico e também no sistema público de saúde;
  • comprovante de vacinação;
  • cadastro ou recadastramento nos órgãos de trânsito ou segurança pública;
  • atualizações no CadÚnico;
  • votação nas eleições;
  • emissão/renovação de 1) passaporte; 2) carteira de motorista; 3) carteira de trabalho; 4) alistamento militar e 5) carteira de identidade ou outros documentos oficiais que necessitem da presença física do usuário ou reconhecimento biométrico;
  • recebimento do pagamento de benefício com reconhecimento biométrico;
  • declaração de Imposto de Renda, como titular ou dependente.
indústria de games

Planalto negocia aprovação de marco legal da indústria de games

Setor dos games movimenta R$ 12 bilhões ao ano

indústria de games
Foto: Reprodução/Freepik

O Palácio do Planalto articula a definição de uma proposta no Congresso Nacional para regularizar o mercado de jogos eletrônicos, responsável por movimentar R$ 12 bilhões ao ano. Já aconteceu a aprovação do projeto de lei (PL) que cria o marco legal de games na Câmara dos Deputados.
O PL tem parecer favorável da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal. Na volta do recesso da Casa, os senadores vão estudar a proposta de regulamentação da fabricação, importação, comercialização, desenvolvimento e a prestação dos serviços de entretenimento vinculados aos jogos eletrônicos.
O marco também engloba páginas da internet, aplicativos com teor lúdico para celulares, computadores e equipamentos usados durante os jogos. Os parlamentares estudam utilizar a forma de tributação dos games nos mesmos parâmetros dos produtos de informática, o que reduziria o valor dos impostos.
A indústria de desenvolvimento de jogos eletrônicos no País defende que a regulação pode resultar no aumento da arrecadação do Governo Federal com o mercado desses itens. Ao todo, a previsão é que seriam movimentados R$ 30 bilhões, junto com a criação de 20 mil empregos.
A ideia inicial era definir uma parte significativa da proposta de profissionalização de jogos eletrônicos na Lei Geral do Esporte, porém a ministra da pasta, Ana Moser, afirmou que esse grupo e os eSports (esportes online), não podem ser englobadas nas responsabilidades do ministério.
Casa Rosada

Argentina e FMI chegam a ‘acordo inicial’ sobre renegociação de dívida

Espera-se que o tratado seja concluído nos próximos dias para avançar com o programa de empréstimos da Argentina

Casa Rosada
Foto: REUTERS/Agustin Marcarian
O Ministério da Economia da Argentina e o Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciaram neste domingo (23, que suas equipes chegaram a um “acordo inicial” sobre renegociação da dívida do país.
“As equipes do Ministério da Economia e do Banco Central da República Argentina (BCRA) e o corpo técnico do FMI concluíram os aspectos centrais do trabalho técnico da próxima revisão”, informou o ministério argentino, por meio do Twitter.
“O referido acordo visa consolidar a ordem fiscal e fortalecer as reservas, reconhecendo o forte impacto da seca, os prejuízos às exportações e às receitas fiscais do país.”
Segundo a autoridade, espera-se que o acordo seja concluído nos próximos dias para avançar com o programa de empréstimos da Argentina.
As negociações ocorrem em um momento no qual o país sofre com índices extremamente elevados de inflação, reservas internacionais escassas e desvalorização acentuada do peso argentino, enquanto o governo e o BCRA implementam medidas para tentar regularizar a economia e a dívida pública argentina.
A Argentina fechou um acordo com o FMI ainda no governo de Mauricio Macri, em 2018, no valor de US$ 50 bilhões, em razão de dificuldades fiscais.
Em março de 2022, o presidente Alberto Fernández fez uma renegociação deste acordo com o fundo, no valor de US$ 45 bilhões.
No início de julho, sem reservas líquidas em dólares e também devendo a investidores privados, a Argentina negociou com o FMI o pagamento de todas as suas parcelas de julho.
A medida é prevista nos acordos com o FMI e por isso não é considerado um atraso, mas aponta a dificuldade do governo em obter mais dinheiro em meio à crise econômica.
CNN Brasil
Banco do Brasil

Banco do Brasil renegocia R$ 1 bilhão na primeira semana do Desenrola

 Quase 76 mil clientes refinanciaram débitos dentro e fora do programa

Banco do Brasil
Foto: Reprodução

O Banco do Brasil (BB) encerrou a primeira semana do Desenrola com renegociações de R$ 1 bilhão em dívidas. Segundo a instituição financeira, 75,8 mil clientes refinanciaram débitos entre 17 e 21 de julho, não apenas por meio do programa federal, mas também por meio de condições especiais oferecidas pelo próprio banco.
Além das pessoas físicas com renda de até R$ 20 mil, foco da primeira fase do Desenrola, o BB estendeu as renegociações para os demais públicos inadimplentes, micro e pequenas empresas e pessoas físicas em geral.
Na divisão por públicos, o BB renegociou R$ 255 milhões de 34 mil pessoas físicas enquadradas na Faixa 2 do Programa Desenrola, cujas renegociações foram abertas nesta semana. O banco também refinanciou R$ 500 milhões de 35 mil pessoas físicas em geral e R$ 230 milhões de cerca de 6 mil micro e pequenas empresas.
O Banco do Brasil oferece descontos de até 25% nas taxas de juros de renegociação, descontos de até 96% nas dívidas e prazo de até 120 meses para pagamento, para os públicos selecionados.
Canais de atendimento
Os clientes interessados em renegociar débitos com o Banco do Brasil podem usar o aplicativo ou o site da instituição. Para as pessoas físicas, o endereço da página na internet é www.bb.com.br/renegocie. As empresas devem fazer o pedido no endereço www.bb.com.br/renegociepj.
A renegociação também pode ser pedida por telefone, nos números 4004 0001 (Capitais) e 0800-729-0001 (demais regiões). O cliente pode usar ainda o WhatsApp, enviando uma #renegocie para o número (61) 4004-0001 e ir a qualquer agência do BB.
Agência Brasil

Serasa registra primeira queda de inadimplentes de 2023

Segundo o Mapa da Inadimplência e Renegociação de Dívidas da Serasa, o mês de junho teve 0,63% menos endividados em relação a maio

Foto: Rovena Rosa/ ABR
O Brasil apresentou, no mês de junho, a primeira queda de 2023 no número de pessoas inadimplentes, como mostra o Mapa da Inadimplência e Renegociação de Dívidas da Serasa. Foram levantados 71,45 milhões de negativados, uma queda de 450 mil pessoas em relação a maio, o que representa uma diminuição de 0,63%.
A última queda foi registrada em dezembro de 2022. Comparado a junho do ano passado, quando os inadimplentes somavam 66,82 milhões de pessoas, houve uma alta. Atualmente, 43,78% dos brasileiros estão endividados e negativados. Quem puxa o valor é a faixa etária de 41 a 60 anos, que representa 34,8%, seguido por aqueles entre 26 e 40 anos, 34,7% do total.
Foi observado, ainda, uma queda no volume total de dívidas, indo de 264,5 milhões em maio, para 262,8 milhões em junho, uma redução de 0,62%. Já o valor total de dívidas teve uma alta de 0,15%, chegando a 346,3 bilhões. O valor médio das dívidas por pessoa ficou em R$ 4.846,15, 0,78% a mais.
O estado com a maior proporção de endividados é o Rio de Janeiro, com 52,8%, com Amapá (52,72%), Amazonas (52,2%), Distrito Federal (52,05%) e Mato Grosso (50,33%) na sequência. O Piauí (36,18%) é o que apresentou a menor proporção.
Segundo o Serasa, a primeira semana do Desenrola Brasil impactou a renegociação das dívidas, com quase 900 mil somente pelos canais da empresa até esta sexta-feira (21/7). A procura foi 80% maior que a média da plataforma Serasa Limpa Nome, o que significa que nem todas as dívidas estão no âmbito do programa do governo federal.
Agência Brasil
Caixa

Caixa renegocia R$ 51 milhões em dívidas em 3 dias do Desenrola Brasil

 Dez mil clientes aderiram ao programa com o banco público

Caixa
Foto: José Cruz/ABr

A Caixa Econômica Federal informou que já renegociou mais de R$ 51 milhões em dívidas nos três primeiros dias do programa Desenrola Brasil. Foram mais de 22 mil clientes atendidos pelo banco público e 10 mil contratos fechados. Ainda há espaço para aumentar o número de renegociações uma vez que a Caixa informa que tem 13 milhões de clientes com dívidas.
Segundo a presidente da Caixa, Rita Serrano, o acesso à página do banco na internet subiu de 69 mil acessos diário para mais de 1 milhão “e a maioria procurando informações do desenrola”.
Rita Serrano acrescentou que o banco ampliou de 96 para 120 meses o prazo máximo para o pagamento das prestações da renegociação, o que dá dez anos. “As pessoas terão duas opções. Elas podem fazer a quitação da dívida com 90% de desconto ou elas podem parcelar isso em 120 meses”, explicou a presidente, que visitou uma agência da Caixa no Guará, região administrativa do Distrito Federal (DF).
“Estamos abrindo todas as agências do país uma hora mais cedo e inclusive temos um caminhão-agência em Santos [SP] em local estratégico para atender. Então há uma expectativa nossa de ter um público grande para renegociar dívida”, completou.
A agência do DF visitada pela presidente da Caixa ainda estava vazia no início da manhã desta sexta-feira (20). As pessoas endividadas com as quais a reportagem da Agência Brasil conversou informaram que precisam conhecer melhor o programa antes entrar com o pedido de renegociação. A trabalhadora doméstica Nalva Frazão Muniz comentou que a oportunidade é boa, mas que precisa estudar a proposta melhor. “Eu estou com nome sujo, também preciso limpar”, disse.

Oportunidade e riscos

O programa criado pelo governo federal visa renegociar dívidas de pessoas com nome negativado na tentativa de reativar o consumo no país e estimular a economia. O economista Arthur Wittenberg, do Instituto Brasileiro de Mercados de Capitais (Ibmec), opina que o programa traz oportunidades para as pessoas e para as empresas, uma vez que os consumidores podem voltar a tomar crédito, estimulando a produção de bens e serviços no Brasil.
“O aumento do consumo pode levar as empresas a expandirem sua produção para atender à demanda crescente e essa expansão dos negócios pode resultar em uma maior necessidade de mão de obra, contribuindo para a geração de empregos no país”, explicou.
Wittenberg ponderou, contudo, que há o risco de um novo superendividamento das famílias, o “que pode colocar essas pessoas de volta na mesma condição em que estão atualmente”. Sobre o prazo de 120 meses oferecido pela Caixa, o economista diz que grande parte dos endividados prefere alongar a dívida, mesmo pagando mais juros.
“Pense em alguém que ficou com o orçamento mais apertado em função de uma despesa inesperada ou que perdeu o emprego ou mesmo alguém que não consegue fechar as contas no curto prazo. Vai preferir isso [prazo mais longo]. Nesse caso, o risco para as pessoas é ir alongando muito e contratando outras dívidas. Em dez anos, podem ocorrer diversas alterações na renda das pessoas”, ponderou.
Agência Brasil