Raquel Lyra

Governadora de Pernambuco não apresenta plano para redução do desemprego no estado

Taxa de desemprego em Pernambuco permanece elevada, enquanto governadora Raquel Lyra não cumpre promessas de campanha.

Raquel Lyra
 Foto: Alexandre Aroeira / Folha de Pernambuco

Em pouco mais de oito meses à frente do Executivo Estadual, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, ainda não apresentou um plano concreto para combater a crescente taxa de desemprego no estado. Enquanto o cenário nacional registrou uma ligeira redução da taxa de desemprego de 8,8% para 8%, de acordo com a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad) do IBGE, referente ao trimestre encerrado em junho, Pernambuco permanece como líder do desemprego no país, juntamente com o Amapá, sendo os únicos estados a não observar qualquer queda na taxa.
A situação é ainda mais desafiadora para Pernambuco. Segundo a Pnad, no segundo trimestre deste ano, já sob o governo de Raquel Lyra, o estado voltou aos níveis de desemprego do primeiro trimestre de 2015, período marcado pela crise econômica que impactou quase todos os entes federativos. Conforme os dados da PNAD, 14,2% da população com mais de 14 anos de idade está atualmente em busca de oportunidades de trabalho em Pernambuco.
Durante sua campanha eleitoral, Raquel Lyra incluiu entre suas propostas a criação de programas de empreendedorismo como meio de reduzir o desemprego. Entre esses programas estava o “Bora Empreender”, que teoricamente visava fornecer crédito sem burocracia para empreendedores locais. No entanto, na prática, nenhuma medida concreta foi implementada desde que assumiu o cargo.
“Nós temos a capacidade de transformar Pernambuco, oferecendo oportunidades e dignidade para nossa população. É isso que faremos”, afirmou Raquel na época dos debates eleitorais com a candidata adversária Marília Arraes.
No entanto, a realidade parece divergir das promessas feitas em campanha. Até o momento, a governadora não concretizou as medidas anunciadas, deixando as famílias em situação precária, que, como ela mesma destacava, enfrentam dificuldades para arcar com despesas básicas.
Desemprego

IBGE: Pesquisa mostra Pernambuco como o estado brasileiro com a maior taxa de desemprego

O Recife foi a capital brasileira com maior taxa de desemprego 

Desemprego
Foto: Reprodução

Os dados apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) destacam a situação do desemprego no estado de Pernambuco durante o segundo trimestre de 2023. As informações foram coletadas por meio da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios Contínua (Pnad). 

Com uma taxa de desocupação de 14,2% da população com idade acima de 14 anos, mais de 600 mil pernambucanos estavam procurando emprego durante esse período.

A taxa de desocupação na Grande Recife foi ainda mais alta, atingindo 16,9%, o que a torna a maior entre as 20 regiões metropolitanas pesquisadas. Na capital pernambucana, Recife, a taxa de desemprego foi de 16,3%, a mais alta entre todas as capitais do país.

Pernambuco

Taxa de desocupação em Pernambuco é a maior do país no 2º trimestre de 2023

Estado registra 14,2% de desemprego entre a população de 14 anos ou mais, com aumento leve em relação ao trimestre anterior

Pernambuco
Foto: Guga Matos/JC Imagem
Pernambuco lidera a taxa de desocupação no Brasil no segundo trimestre de 2023, atingindo 14,2%. A variação de apenas 0,1% em relação ao trimestre anterior, somada à estabilidade em números absolutos, coloca o estado como o de maior desemprego do país. 
A média nacional foi de 8%. A Região Metropolitana do Recife também apresentou o maior índice dentre as regiões metropolitanas pesquisadas, com 16,9%, enquanto a taxa de desocupação na capital, Recife, alcançou 16,3%.
Além disso, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta um aumento de 2,5% da população pernambucana fora da força de trabalho, indicando um cenário preocupante. A pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que cerca de 600 mil pernambucanos buscaram emprego durante os meses de abril, maio e junho, porém, não tiveram sucesso em sua busca.
Além do desemprego, a pesquisa também aponta um aumento de 2,5% na população pernambucana que está fora da força de trabalho, ou seja, pessoas que não estão ocupadas nem procurando emprego. Esse percentual representa um acréscimo de aproximadamente 88 mil indivíduos nessa situação.
Desemprego

Desemprego cai a 8%, a menor taxa para o trimestre desde 2014

Dados sobre força de trabalho no Brasil foram divulgados pelo IBGE

Desemprego
Foto: Sergio Lima/Poder 360
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta sexta-feira (28), dados da PNAD Contínua com queda da taxa de desemprego para 8%, o menor número já registrado no 2º trimestre, de abril a junho, do ano desde 2014.
Em relação ao 1º trimestre do ano, o recuo foi de 0,8%, ou seja, 1,1 milhões de pessoas conseguiram emprego nesse período. Já em comparação ao mesmo período do ano passado, a diminuição foi de 1,3 pontos percentuais.
Outro dado divulgado foi em relação ao número de trabalhadores com carteira assinada e o salário médio se mantiveram estável, quando comparados ao trimestre anterior. O número de pessoas sem ocupação também sofreu uma diminuição, ficando em 8,3%, cerca de 785 mil pessoas a menos que o registrado em março.
Um resultado negativo foi o aumento da taxa de informalidade, que saiu de 39% para 39,2%, representando 38,7 milhões, mas reduziu em relação ao 2º trimestre do ano passado, que era de 40%.
Desemprego

Desemprego chega a 8,4% entre novembro e janeiro e se mantém estável

É o menor índice para o período desde 2015

Desemprego
Foto: Rovena Rosa – Agência Brasil
A taxa de desocupação, que mede o desemprego no Brasil, alcançou 8,4% no trimestre terminado em janeiro. O percentual significa estabilidade se comparado ao período anterior, entre agosto, setembro e outubro de 2022, que atingiu 8,3%.
Desde 2015, é a menor taxa para o trimestre de novembro a janeiro. Em relação ao mesmo período do ano anterior, houve recuo de 2,9 pontos percentuais. O rendimento real habitual subiu 1,6% no período.
O contingente de desempregados no trimestre de novembro a janeiro somou 9 milhões de pessoas, valor que repete os números do período terminado em outubro. No entanto, na comparação anual, apresentou menos 3 milhões de pessoas, quando havia 12 milhões de nessa condição. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para a coordenadora da Pnad Contínua, Adriana Beringuy, a taxa estável ainda reflete menos procura pelo trabalho. “Essa estabilidade seria uma repercussão da redução da procura por trabalho nos meses de novembro e dezembro de 2022 sobre o início de 2023”, informou em texto publicado no site do IBGE.
Ocupação
O IBGE estimou em 56,7% o nível de ocupação referente ao percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar. O índice é semelhante ao registrado no mesmo trimestre de 2016. A quantidade de pessoas ocupadas ficou em 98,6 milhões. O número significa queda de 1 milhão de pessoas em relação ao trimestre terminado em outubro. “A taxa só não expandiu agora porque a pressão sobre o mercado de trabalho foi de estabilidade. No que dependesse da ocupação, o movimento seria de aumento nesse indicador”, informou em coletiva virtual para analisar os resultados.
A coordenadora disse ainda que a queda no trimestre, verificada na ocupação, ocorreu depois de uma sequência de expansão do número de trabalhadores nos trimestres móveis de 2022. “No confronto anual, o contingente de ocupados segue crescendo, com alta de 3,4%. Então, se pelo lado da desocupação há uma estabilidade, pelo lado da geração de trabalho o movimento já é de perda de ocupação. Observamos, assim, dois panoramas: em uma análise de mais curto prazo é observada uma queda na formação de trabalho, enquanto no confronto com um ano atrás o cenário ainda é de ganho de ocupação”, completou.
Para Adriana Beringuy, esses resultados explicam o cenário visto no fim do trimestre móvel de novembro a janeiro. “Esse efeito conjugado entre a estabilidade da população desocupada e a retração do número de trabalhadores deixou a taxa de desocupação estável”, observou.
A coordenadora da Pnad Contínua acrescentou que alguns setores influenciaram os resultados do trimestre, entre eles o de agricultura e pecuária. “É possível perceber, de maneira mais acentuada, a perda de ocupação das atividades de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, com retração de 272 mil pessoas, e de administração pública, educação e saúde, com perda de 342 mil”, afirmou, destacando que houve variações negativas também em outras atividades. “Embora não estatisticamente significativas, apontam para uma perda de número de trabalhadores no início do ano, na virada do quarto trimestre de 2022 para o início de 2023”.
Rendimento
A Pnad do trimestre móvel terminado em janeiro de 2023 mostrou também que o rendimento real habitual avançou 1,6% no período, chegando a R$ 2.835, ou 7,7% na comparação anual. “Há alguns trimestres observamos crescimento importante no rendimento dos trabalhadores, com o período encerrado em janeiro sendo a terceira observação”.
Entre os setores que ajudaram no crescimento no trimestre e na comparação com o mesmo período do ano anterior está o de alojamento e alimentação. “Em termos de atividades no confronto com o trimestre anterior, destacamos alojamento e alimentação, que teve aumento de 7%, e administração pública, saúde e educação, com aumento de 3,1%. Destaque também para os serviços domésticos, que expandiram o rendimento real em 2,2%. Já no confronto anual, todas as atividades tiveram ganho estatisticamente significativo dos seus rendimentos”, relatou.
Desalentados
O contingente de pessoas desalentadas – as que participam da força de trabalho potencial e gostariam de trabalhar, mas não buscaram trabalho por achar que não conseguiriam – atingiu aproximadamente 4 milhões no trimestre terminado em janeiro. O contingente é equivalente a um recuo de 5,3%, ou 220 mil pessoas, em relação ao trimestre encerrado em outubro de 2022.
O indicador apresentou também variação negativa (-16,7%) em relação ao mesmo período do ano anterior. Naquele trimestre eram 4,8 milhões de pessoas desalentadas.
Pnad Contínua
Segundo o IBGE, a pesquisa é o principal instrumento para monitoramento da força de trabalho no país. Na amostra por trimestre no Brasil, 211 mil domicílios são pesquisados. Ao todo, o trabalho envolve cerca de 2 mil entrevistadores em 26 estados e no Distrito Federal, integrados à rede de coleta de mais de 500 agências do instituto.
Por causa da pandemia de covid-19, o IBGE adotou a coleta de informações da pesquisa por meio de telefone a partir de 17 de março de 2020. A coleta presencial voltou em julho de 2021. “É possível confirmar a identidade do entrevistador no site Respondendo ao IBGE ou por meio da Central de atendimento (0800 721 8181), conferindo a matrícula, o RG ou CPF do entrevistador, dados que podem ser solicitados pelo informante”, informou a instituição.
Agência Brasil