Jovem que sobreviveu à tragédia depõe sobre a violência dos acontecimentos, enquanto investigações seguem em curso
Foto: Júlia Monteiro/Tv Globo |
O adolescente de 14 anos, atingido na cabeça durante a sequência de assassinatos ocorridos em Camaragibe no último dia 15, recebeu alta hospitalar e prestou depoimento à Polícia nesta quinta-feira (21). O jovem, cujo nome não foi divulgado em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), denunciou a ação policial após a morte de dois PMs, descrevendo-a como truculenta.
O adolescente também desempenhou um papel crucial ao prestar assistência a sua prima, Ana Letícia, de 19 anos, no momento do incidente. Ana Letícia, grávida de 7 meses, foi baleada na cabeça e permanece em estado grave no Recife.
A Secretaria de Defesa Social, por meio de nota, confirmou que o Grupo de Operações Especiais (GOE) está investigando a denúncia feita pelo jovem. O delegado responsável pelo caso se pronunciará ao final das investigações.
Em meio à crescente repercussão do episódio, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou em entrevista ao Metrópoles que não há indícios que justifiquem a intervenção da Polícia Federal no caso, uma vez que não foram identificadas falhas nas investigações realizadas pelas autoridades locais.
Os fatos se desencadearam após uma denúncia de perturbação de sossego em Camaragibe, resultando em um confronto armado entre policiais e Alex Silva, que culminou na morte de dois militares e deixou duas pessoas feridas. No dia seguinte, Alex foi morto em outro confronto com a polícia, e cinco de seus familiares foram assassinados, com um dos incidentes sendo registrado em vídeo nas redes sociais. As investigações prosseguem para esclarecer os eventos e suas circunstâncias.