Consumo das Famílias Estar Crescendo

Consumo nos Lares Brasileiros Apresenta Crescimento de 2,47% no Primeiro Semestre, Impulsionado por Programas de Transferência de Renda e Aumento do Poder Aquisitivo

Indicadores positivos favorecem aumento do consumo nos supermercados, impulsionando a economia.

Consumo das Famílias Estar Crescendo
Foto: Carlos Ivan/ Agência globo
O consumo nos lares brasileiros registrou um aumento de 2,47% no primeiro semestre deste ano, de acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Em comparação com o mesmo mês do ano anterior, a alta foi ainda mais expressiva, alcançando 6,96%. Esses resultados são impulsionados por fatores como o recuo do desemprego, reajustes salariais e a consolidação de programas de transferência de renda.
O vice-presidente da Abras, Marcio Milan, destaca que o consumo apresentou crescimento consistente e gradual ao longo do semestre, impulsionado pelo aumento da renda disponível nas famílias. Ele ressalta que, para os próximos meses, a expectativa é de um consumo crescente, especialmente com a menor pressão inflacionária sobre a cesta de alimentos e a proximidade de datas importantes de compras, como o Dia dos Supermercados, a Black Friday e as festas de fim de ano.
Os indicadores de consumo são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a Abras, o aumento do consumo foi influenciado pelo montante de aproximadamente R$ 85,4 bilhões em recursos provenientes de programas de transferência de renda do governo federal, como o Bolsa Família, o Primeira Infância, o Benefício Variável Familiar e os Auxílios Gás.
Além disso, os reajustes do salário mínimo em janeiro e maio, o aumento das bolsas de educação Capes e CNPQ, os reajustes dos servidores civis do Poder Executivo, o resgate do PIS/Pasep, o pagamento de lotes residuais de Imposto de Renda 2022, a ampliação da isenção do imposto de renda e os pagamentos de restituição do Imposto de Renda contribuíram significativamente para impulsionar o consumo no período.
Os dados da Abras revelam que o valor da cesta de 35 produtos de largo consumo, que engloba alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza, registrou uma queda de 1,75% no semestre. Em junho, todas as regiões pesquisadas apresentaram deflação nos preços da cesta, que teve uma média nacional de R$ 741,23, representando uma redução de 1,20% em relação a maio.
As carnes foram os principais produtos da cesta com o maior recuo de preços no período. Entre os itens básicos, óleo de soja, café torrado e moído e farinha de trigo apresentaram as maiores quedas no semestre, enquanto farinha de mandioca, leite longa vida, arroz e feijão registraram altas.
No segmento de hortifrutis, com condições climáticas mais favoráveis, a única alta de preço no acumulado do ano foi registrada no tomate, enquanto cebola e batata apresentaram quedas no período.
Em relação à cesta de limpeza, os preços ficaram praticamente estáveis em junho, mas no acumulado do semestre, desinfetantes, sabão em pó, detergente líquido para louças e água sanitária foram os produtos que tiveram aumento de preços.
No setor de higiene e beleza, sabonete, creme dental, papel higiênico e xampu foram os itens que apresentaram aumento de preços no período.
Analisando regionalmente, a maior queda no indicador ocorreu na Região Norte, seguida pelo Centro-Oeste, Nordeste, Sudeste e Sul.
Para os próximos meses, a Abras prevê um cenário otimista para o consumo, com a expectativa de que o pagamento do 13º salário dos trabalhadores com carteira assinada e a liberação de três lotes de restituições do Imposto de Renda 2023 contribuam para estimular ainda mais as compras das famílias. Além disso, datas importantes para o varejo, como o Dia dos Supermercados, o Dia dos Pais, o Dia das Crianças, a Black Friday, o Natal e o Ano Novo, devem impulsionar o consumo nos supermercados e alavancar a economia do país.

Reajustes do salário mínimo impactam o consumo das famílias brasileiras

Aumento de 2,33% no consumo de janeiro a maio é resultado de fatores como reajuste do salário mínimo e dos servidores federais

Foto: Internet

De acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) nesta quinta-feira (29), o consumo das famílias registrou um crescimento de 2,33% no período de janeiro a maio. Esse aumento foi impulsionado por diversos fatores, incluindo os reajustes do salário mínimo e dos servidores federais, além do resgate de valores do PIS/Pasep.

No mês de abril, o crescimento acumulado chegou a atingir aproximadamente 2,14%, superando os índices registrados nos meses de fevereiro (1,98%) e março (1,44%).

O vice-presidente da Abras, Marcio Milan, destacou que nos últimos meses as famílias têm conseguido organizar melhor suas finanças, o que contribui para o aumento do consumo. Ele também atribuiu os resultados positivos à ampliação da isenção do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF), que entrou em vigor em maio.

Em relação à cesta básica, houve uma leve queda de valor médio entre abril e maio, passando de R$ 751,29 para R$ 750,22. O preço da cesta básica, composta por 12 produtos essenciais, como açúcar, arroz, café moído, carne, feijão, entre outros, fechou o mês de maio em R$ 322, representando uma redução de 0,14% em relação a abril.

A Abras informou que a competição entre as marcas tem impulsionado o mercado, com o surgimento de novas opções nas prateleiras. Segundo Milan, esse fenômeno está relacionado à ampliação das marcas exclusivas dos supermercados, que muitas vezes oferecem preços mais acessíveis aos consumidores. Um exemplo disso é o aumento no número de marcas de feijão, que passou de 71 em maio de 2022 para 73 no último mês.