Ministros anunciam ajuda a municípios alagoanos afetados pelas chuvas

 Recursos ainda não foram definidos, mas orientação é prestar apoio

Foto: Ceci. Atalaia/Instagram
O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Goés, disse nesta terça-feira (11), em Maceió, que o apoio aos municípios afetados pelas chuvas em Alagoas se dará em uma vertente emergencial e em outra mais estruturante, pautada na mitigação, resiliência e adaptabilidade para esse tipo de evento, com base nos planos de ações humanitárias elaborados pelas municipalidades. Segundo ele, ainda não há um valor de recursos fechado para envio ao estado, mas a orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é de prestar todo apoio necessário.
“Mesmo que saia uma medida provisória, pode ser que não seja suficiente, mas pode sobrar porque isso está vinculado aos planos de trabalho. Tanto que o presidente Lula recomenda que o apoio que for necessário para amenizar o sofrimento das pessoas será garantido, como tem sido feito desde 1º de janeiro em todos os estados”, disse o ministro.
Os ministros do Desenvolvimento, Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, e dos Transportes, Renan Filho, juntamente com Waldez Góes, sobrevoaram as áreas afetadas pelas chuvas em Alagoas.
De acordo com Goés, a segunda parte da ajuda, de reconstrução da infraestrutura afetada, de moradias e outras obras, deve ser incluídas no plano de investimento em infraestrutura, anunciado pelo governo federal em abril LINK 1 .
“Vamos trabalhar em duas frentes, a frente da resposta em respeito a ajuda humanitária, desobstrução, limpeza e também a da reconstrução quando há perda de patrimônio, de estradas, casas, então tem todo um planejamento. A Defesa Civil nacional não ficará esperando nas quatro paredes o que os municípios e o estado vão fazer”, disse. “Quanto for necessário, vai ser colocado à disposição de acordo com os planos de ajuda humanitária. No final é que a gente vai saber quanto foi necessário e o quanto será liberado pelo governo federal para estados e municípios”, acrescentou Goés.
Alagoas está com 32 cidades em situação de emergência. Na segunda-feira (10), o governo do estado publicou um decreto incluindo Maceió. Com a situação de emergência, os municípios podem receber recursos federais com mais facilidade para utilizar na resposta emergencial. Até o momento, a Defesa Civil do estado registra 25.312 pessoas afetadas pelas chuvas. Aproximadamente 3.560 residências foram destruídas e o abastecimento de água foi afetado em diversos municípios.
O governador do estado, Paulo Dantas (MDB), citou a capacitação que a Defesa Civil nacional está fazendo com as defesas civis municipais para agilizar a elaboração dos planos de ação humanitária.
“Para que o governo do estado e o governo federal tenham as condições legais de encaminhar as ajudas para as prefeituras, tanto o governo de Alagoas quanto o governo federal encaminharão recursos para os municípios para ajudar na reconstrução do que ficou danificado nas cidades, nas estradas vicinais e outros pontos para que a normalidade volte para essas cidades”, disse Dantas. Ele anunciou a criação de um comitê com participação dos prefeitos para debater a construção de obras estruturantes para minimizar os efeitos das fortes chuvas.
Wellington Dias disse que nesse primeiro momento estão sendo disponibilizados R$ 800 por família e sendo distribuídas mais de 4 mil cestas básicas para as pessoas desabrigadas.
O ministro informou ainda que o cronograma de pagamentos do Bolsa Família será alterado para que as famílias não tenham que esperar o dia indicado para receber o benefício. Ele será pago na primeira data de recebimento. Outro anúncio feito pelo ministro é a disponibilização de saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para os trabalhadores dos municípios afetados.
O ministro disse ainda que agricultores e agricultoras familiares que perderam suas plantações receberão um auxílio de R$ 4.600 por família, para compensar os prejuízos. Também está sendo estudada alteração no cronograma de pagamento do Programa de Fortalecimento de Agricultura Familiar (Pronaf) para renegociação dos empréstimos já concedidos.
“Eu quero registrar a agilidade do governo de Alagoas e de cada prefeito e prefeita para vir imediatamente já cuidando para que tivéssemos o mapeamento dos danos, o decreto, as condições para que tivéssemos o reconhecimento [da situação de emergência que], abre a possibilidade do atendimento, tanto do estado quanto do governo federal”, disse.
Já o ministro dos Transportes, Renan Filho, frisou a necessidade de obras estruturantes para minimizar os impactos das enchentes. O ministro informou que a pasta já liberou quase todas as rodovias federais que tiveram seu tráfego interrompido, e que cortam os municípios de São Miguel dos Campos (BR-101), Belém (BR-316) e São Miguel dos Campos (BR-101).
“Todas as áreas interrompidas foram liberadas. No município de Joaquim Gomes, de Belém e na descida de São Miguel dos Campos, que vai ser liberada 100% hoje a tarde, ficando apenas aquela interrupção que não foi decorrente dessa chuva, mas de uma catástrofe muito mais grave e que será resolvida no segundo semestre”, disse.
Os ministros foram enfáticos sobre a necessidade de obras estruturantes para conter fenômenos extremos. Renan Filho citou a chegada do fenômeno do El Niño, cuja principal característica é o aquecimento anormal e persistente da temperatura da superfície do Oceano Pacífico na região da Linha do Equador.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), nos últimos meses a temperatura na superfície oceânica perto da costa sul-americana ficou acima da média, o que ocasiona excesso de chuvas em algumas regiões e secas e queimadas em outras. A projeção é que o fenômeno dure até o final de 2023.
“Com essas mudanças climáticas significativas que o mundo vem vivendo, vamos viver extremos climáticos nos próximos quatro anos, por isso é muito relevante que a gente inicie essas obras”, disse Renan Filho.
Goés frisou a necessidade de que as autoridades fiquem atentas a esses fenômenos, tanto para a agenda de prevenção, quanto para a agenda de resposta.
“Agora temos que estar atentos a isso. Por um lado, criar adaptabilidade para conviver com essas situações desafiadoras. O outro é nós criarmos mitigação, resiliência, adaptabilidade, porque não vão diminuir os eventos, porque o El Niño promete muita estiagem no Nordeste brasileiro, queimadas na Amazônia e as intensas chuvas no Sul brasileiro. Vamos conviver cada vez mais com eventos extremos”, disse Waldez Góes.

Agência Brasil

Grande Recife registra segunda maior inflação do país

Enquanto o Brasil registrou uma deflação de 0,08% em junho.

Foto: Reprodução

Enquanto o Brasil registrou uma deflação de 0,08% em junho, o Grande Recife teve a segunda maior inflação do país, com alta de 0,28% nos preços de produtos e serviços. A capital ficou atrás apenas de Belo Horizonte (0,31%) e foi uma das cinco localidades, entre as 16 pesquisadas pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que tiveram inflação. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta terça (11).
No acumulado do semestre, o Grande Recife teve o sexto menor percentual do país, com inflação de 2,52% entre janeiro e junho. No Brasil, o índice foi ligeiramente superior (2,87%). A variação acumulada dos últimos 12 meses (julho de 2022 a junho deste ano) foi de 2,47%, também a sexta menor do Brasil, enquanto a média nacional foi de 3,16%. “A alta na inflação de junho no Grande Recife é resultado de aumentos pontuais em produtos com peso significativo na cesta de consumo. Tivemos alta de 4,09% na gasolina e de 3,73% na energia elétrica, mais especificamente nas taxas que incidem sobre o consumo dela. A taxa de iluminação pública subiu 0,2%, o PIS da energia avançou 4,9% e o Cofins, (3,7%)”, observou a gerente de planejamento e gestão do IBGE em Pernambuco. “Ainda assim, houve quedas importantes, como os 5,8% de redução no gás de botijão e de 3,75% nos automóveis novos com a política de incentivo às montadoras”, completou.
Na RMR, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IPCA no mês passado, Comunicação (-0,24%) e Artigos de Residência (-0,47%) apresentaram deflação na comparação com o mês anterior. Por outro lado, a maior inflação ocorreu na categoria Vestuário, com alta de 0,7% entre maio e junho. Em seguida, estão Habitação (0,58%), Transportes (0,57%), Despesas pessoais (0,32%), Saúde e cuidados pessoais (0,17%), Alimentação e bebidas (0,13%) e Educação (0,05%).
Em junho, os cinco produtos ou serviços com aumento mais expressivo no IPCA foram o tomate (30,26%), o alho (8,42%), a maçã (6,61%), o açúcar cristal (6,06%) e a maionese (5,87%). Já os itens com maior redução de preço em junho foram o coentro (-13,41%), o óleo diesel (-7,75%), a melancia (-7,47%), o óleo de soja (-7,15%) e o mamão (-6,08%).

Diário de Pernambuco

Moradores do Conjunto Beira-Mar relatam aflição entre mudanças e futuro incerto

Moradores iniciaram as mudanças na segunda-feira (10), após vistorias da Defesa Civil e a interdição dos prédios

Foto: Renato Ramos/JC Imagem

Um caminhão enviado pela Prefeitura de Paulista parou em frente à entrada do Bloco D-10 do Conjunto Habitacional Beira-Mar, no município de Paulista, na manhã da segunda-feira (10). Três dias após o desabamento de um prédio, o veículo retirava móveis e objetos que preenchiam o apartamento de Neide da Cruz há nove anos.
A moradora, de 72 anos, ajudava o motorista do veículo a reconhecer os seus pertences, que estavam misturados com os brinquedos das duas netas, de cinco e dez anos. Em meio à mudança, Neide relembrava o momento em que viu o prédio, localizado ao lado esquerdo do seu bloco, desabar.
“Eu vi da minha janela o momento em que o prédio caiu. Imaginei que poderia ser o meu. Ouvi a gritaria das pessoas e tudo isso me deixou muito nervosa, acordei minhas netas, tirei todo mundo de dentro de casa e fui acordar as pessoas do prédio”, lembra.
O sentimento de aflição ainda acompanha Neide. Com a queda do imóvel, o medo tomou conta da residente, que dormia com as netas horas antes. A aposentada não teve dúvidas. Saiu do imóvel com as crianças e foi em busca de abrigo na casa de uma sobrinha.
“Eram seis da manhã quando eu acordei e vi o prédio desabando. Até hoje eu estou abalada e muito nervosa. Já à noite eu nem dormi em casa mais, fui para a casa da minha sobrinha”, explica.
Nas horas seguintes à tragédia – que vitimou 14 pessoas e feriu outras sete -, Neide fala sobre a tristeza ao lembrar que parte das vítimas eram crianças, algumas delas com idade próxima à idade das netas.
“Desde sexta-feira que estamos nessa angústia. Foi muito triste porque eu tenho duas netas e ter visto crianças morrendo, da idade das minhas netas, é muito triste. Muitas vidas precisaram ser ceifadas para que tomassem providências”, confessa.
A saída do apartamento que comprou, há quase uma década, aflige a moradora devido à indefinição sobre as medidas que serão tomadas em relação aos proprietários. Neide espera um auxílio que possa ajudar a pagar, ao menos, um aluguel.
No domingo foi quando eles [Defesa Civil] interditaram o prédio. Eles disseram que o meu apartamento está muito úmido. Esse apartamento eu comprei, então eu preciso de uma definição, um auxílio financeiro. Eu não tenho onde morar. Estou deixando os móveis na casa da minha sobrinha, de forma temporária, até que eu arrume um novo lugar para morar”, afirma.

Moradores realizam cadastro e aguardam auxílio

Após a interdição de sete prédios do Conjunto Beira-Mar, um mutirão de cadastramento dos moradores passou a ser realizado em uma igreja próxima ao local do desabamento. A ação é da Prefeitura de Paulista.
Sônia da Silva, de 58 anos, chegou ao local indicado pela gestão municipal por volta das 9h. A cuidadora de idosos residia no bloco D-8 e conseguiu retirar a documentação e alguns móveis do local.
“Consegui retirar parte das coisas às pressas, mas ainda deixei geladeira e fogão. Meu apartamento tinha sido reformado recentemente, estava todo bonitinho. Na manhã da tragédia, que foi no bloco D-7, meu filho me ligou desesperado pedindo para eu sair urgente. Não queria nem que eu pegasse os meus documentos. Agora eu espero que sejam tomadas providências”, declara.
De acordo com a secretária de Políticas Sociais e Direitos Humanos, Kelly Tavares, a Prefeitura de Paulista iniciou o cadastramentos das pessoas que precisaram desocupar os imóveis após a interdição da Defesa Civil.
“O primeiro benefício que foi encaminhado, infelizmente, foi o benefício de auxílio funerário. Agora, começamos o cadastramento geral dessas famílias, para que a gente possa identificar cada caso. Tem caso de moradores, caso de pessoas que ocuparam o apartamento. Cada caso tem um perfil social diferente. Estamos concedendo o benefício eventual de auxílio moradia, doação de cestas básicas, mas serão casos analisados a partir do cadastramento”, garantiu.

Aumenta número de prédios residenciais interditados em Paulista

Aumentou para sete o número de prédios interditados em Paulista, que apresentam risco de desabamento. A ação aconteceu após uma nova vistoria realizada pela Defesa Civil do município. A informação divulgada pelo órgão na manhã desta segunda-feira (10).
“Vimos que essas edificações estão com um risco 3, que é crítico. Ou seja, não tem condições de permanecer no imóvel. Estamos desocupando, colocando as interdições e pedindo para que as pessoas saiam. Todas as edificações que forem de risco 3 serão desocupadas”, afirmou o engenheiro da Defesa Civil de Paulista, Ermerson Suame.
Após o desabamento de um prédio que fazia parte do Conjunto Habitacional Beira-Mar, na sexta-feira (7) – e culminou na morte de 14 pessoas -, a Defesa Civil havia interditado três edificações que faziam parte do habitacional. No sábado (8), outros três prédios foram desocupados e interditados.
“Essa foi uma edificação construída há 35 anos, sem manutenção. Tudo isso compromete a vida útil do prédio. A vistoria da Defesa Civil acontece de forma visual. Entramos em alguns apartamentos, vemos a questão da estrutura, alvenaria, como está a fissura, desgaste da fachada. Tudo isso contribui para que a estrutura venha a colapsar”, explicou Ermerson.

Jornal do Comercio

Reajuste das passagens do transporte intermunicipal recebe autorização do Governo de Pernambuco

A porcentagem limite do acréscimo é de 7,24% para cada empresa

Foto: Ricardo Fernandes/DP
Na segunda-feira (10), os preços das passagens de ônibus do sistema de transporte intermunicipais sofreram um aumento, por causa de um novo reajuste aprovado pelo Governo de Pernambuco.
De acordo com a Empresa Pernambucana de Transporte Intermunicipal (EPTI), responsável pelo sistema intermunicipal, a variação de aumento foi de 7,24%. O valor é o máximo que pode ser aplicado em cada empresa de ônibus e seria uma forma de compensar a inflação entre 1º de março de 2022 a 31 de maio de 2023.
Os Serviços Rodoviários Intermunicipais de Passageiros de Pernambuco atendem toda extensão do Sertão, Zona da Mata e Agreste do estado. Por mês, 1,3 milhões de passageiros são transportados por sete empresas.
A Agência de Regulação de Pernambuco (Arpe) aprovou o reajuste. Cada empresa deve ficar responsável por definir o acréscimo da tarifa, dentro do limite combinado. A fiscalização da passagem ficará a cargo da EPTI.

Paralisação de motoristas no Grande Recife deixa TI Xambá sem ônibus

Funcionários da empresa Caxangá reclamam de desconto na folha de pagamento

Foto: NE10
Nesta terça-feira (11), o Terminal Integrado de Xambá, em Olinda, amanheceu sem nenhum ônibus da Caxangá. A garagem da empresa foi fechada em protesto realizado pelo Sindicato dos Rodoviários.
A categoria informou que não saíram ônibus da empresa das garagens nos bairros de Peixinhos e Jardim Brasil, em Olinda. Os trabalhadores vão realizar uma assembleia para definir os próximos passos e aguardam um posicionamento da companhia.
De acordo com o Sindicato, cerca de 300 motoristas paralisaram seus serviços em protesto ao desconto que a empresa promoveu na folha de pagamento de vários trabalhadores. Em 2020, funcionários da Caxangá protestaram contra a dupla função que passaram a realizar com o fim da profissão de cobrador.
O Tribunal Superior do Trabalho decidiu que os motoristas teriam que fazer o pagamento por horas trabalhadas, para compensar a paralisação daquele ano. Porém, a empresa descontou o valor na folha de pagamento de ao menos 100 trabalhadores, alguns deles não haviam participado da greve em 2020, afirmou o Sindicato.

Prédio comercial desaba no bairro do Pina, em Recife

O incidente aconteceu três dias após tragédia em Paulista, onde um prédio-caixão desabou

Foto: Ana Júlia Duarte/ CBN Recife

Nesta segunda-feira (10), um prédio comercial desabou na Av. Domingos Ferreira no bairro do Pina, no Recife. Segundo informações do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), não houve vítimas.
O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 10h30 da manhã e enviou três viaturas ao local. Em imagens gravados por testemunhas e enviadas a TV Globo, é possível ver o primeiro andar do imóvel foi afetado, mas o térreo não foi derrubado.
O desabamento acontece apenas três dias após tragédia que deixou 14 pessoas mortas em Paulista, quando um prédio-caixão desabou no Conjunto Beira Mar.
A fachada do edifício também caiu, mas os danos foram apenas materiais. Mais informações ainda estão sendo apuradas.

Mulher é atropelada por ônibus BRT no bairro do Recife

O acidente aconteceu no Cais do Apolo na manhã desta segunda-feira (10)

Foto: Junior Soares/Folha de Pernambuco
Na manhã desta segunda-feira (10), uma mulher de 21 anos foi atropelada por um BRT no bairro do Recife. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado para atender a jovem, que não ficou gravemente ferida.
O transporte estava saindo da Ponte Buaque de Macedo, no Cais do Apolo, em direção a Prefeitura do Recife, quando a situação ocorreu. Por causa do acidente, o trânsito ficou intenso, mas pouco tempo depois foi liberado.
A Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), responsável por controlar o trânsito, informou que a mulher colidiu com a lateral do veículo, mas não perdeu a consciência. A vítima foi encaminhada para uma unidade particular de saúde.

Pernambuco tem quase 3,5 mil desalojados e desabrigados por causa das fortes chuvas

Segundo a Codecipe, mais de 1 mil famílias foram afetadas

Foto: Divulgação/Codecipe
Pelo menos 3.480 pessoas estão desabrigadas ou desalojadas por causa dos estragos e transtornos causados pelas fortes chuvas que atingem Pernambuco desde a semana passada. O dado foi atualizado nesta segunda-feira (10) pela Coordenadoria da Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe). Mais de 1 mil famílias foram afetadas.
O Governo do Estado reconheceu, em decretos publicados no fim de semana no Diário Oficial, que 15 municípios da Mata Sul, onde a situação é mais crítica, estão em situação de emergência. Os textos têm validade de 60 dias e facilitam o acesso a recursos para mitigar os efeitos das chuvas pelas cidades.
A gestão estadual também anunciou a disponibilização de R$ 1,34 milhão para o custeio imediato de benefícios eventuais emergenciais nos municípios afetados por situações de emergência e calamidade.
Para decretar a situação, o governo levou em consideração relevantes condições, como a preservação do bem-estar da população e das atividades socioeconômicas das regiões atingidas por eventos adversos, e o fato dos habitantes dos municípios afetados ainda não terem condições satisfatórias de superar os danos e prejuízos provocados.
Barreiros, Palmares, Belém de Maria, São Benedito do Sul e Água Preta são as cidades com maior quantidade de pessoas desalojadas [confira a lista completa abaixo]. De acordo com a Codecipe, não há registro de feridos ou mortos.
Coordenador da Defesa Civil de Belém de Maria, Natanael Silva explica que o momento agora é contabiizar prejuízos. “O tempo está estável, os rios que cortam o municípios estão em seus níveis normais. As vias receberam muita água, casas foram atingidas”, disse. O rio que transbordou na cidade foi o Sueiras, um leito de menor porte que corta o município. O rio Panelas chegou a atingir 3,2 m — sua cota de inundação é de 4 m.
“A parte técnica está cadastrando as famílias e agora vamos começar a limpeza das vias. Solicitamos apoio da Defesa Civil do Esstado para enviar um carro pipa. A médio prazo é ver a questão da drenagem”, completa Natanael.
Vídeo de uma rua sendo invadida por um grande volume de água viralizou nas redes sociais. Natanael explica que a prefeitura irá apurar se algum açude ou pequena barragem de propriedade privada se rompeu. A cidade recebeu, na última sexta-feira (7) 74 milímetros de chuva em 24 horas, volume considerado muito acima da média.

Desalojados

Água Preta – 312
Barreiros – 880
Belém de Maria – 424
Brejo da Madre de Deus – 4
Camaragibe – 42
Camutanga – 4
Catende – 1
Cortês – 35
Jaboatão dos Guararapes – 3
Jaqueira – 234
João Alfredo – 7
Joaquim Nabuco – 40
Lagoa de Itaenga – 3
Maraial – 48
Nazaré da Mata – 19
Palmares – 707
Quipapá – 32
Ribeirão – 35
São Benedito do Sul – 456
Tamandaré – 3
Vitória – 17
Xexéu – 60

Desabrigados

Água Preta – 15
Barreiros – 16
Catende – 169
Cortês – 7
Jaboatão dos Guararapes – 75
Maraial – 1
Palmares – 8
Paulista – 3
Rio Formoso – 1
São Benedito do Sul – 56
Tamandaré – 3
Vicência – 6
Vitória – 1
Os desalojados e desabrigados foram encaminhados a prédios de administração pública e casa de parentes.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o transporte de umidade do Oceano Atlântico para o continente contribuiu para o aumento da nebulosidade na costa leste da região, o que favoreceu a ocorrência de chuvas. O instituto espera que as chuvas permaneçam, ao menos, até a próxima quarta-feira (12).
O balanço mais recente da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) mostra uma redução no total de chuvas nas 24 horas contabilizadas até 7h desta segunda-feira (10).
Segundo o levantamento, Glória do Goitá, na Zona da Mata Norte registrou o maior acumulado, com 30,0 mm. Em Buenos Aires, na Mata Norte, choveu 25,7 mm. E em Águas Belas, no Agreste pernambucano, o índice foi de 16,6 mm.

Folha de Pernambuco

Governo de Pernambuco decreta estado emergencial em 15 municípios por conta das chuvas

O decreto, válido por 60 dias, foi atualizado e três cidades foram incluídas

Foto: Reprodução/Governo de Pernambuco
No domingo (09), a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, informou sobre a adição de mais três municípios ao decreto de estado de emergência anunciado um dia antes, por causa das fortes chuvas que assolaram o estado na última semana. O novo anúncio já está publicado no Diário Oficial do Estado.
Os municípios que entraram no decreto de emergência no sábado foram: São Benedito do Sul, Belém de Maria, Joaquim Nabuco, Cortês, Jaqueira, Rio Formoso, Maraial, Água Preta, Catende, Quipapá, Xexéu e Barreiros. Agora, São José da Coroa Grande, Palmares e Primavera entraram na lista.
O decreto, que é válido por 60 dias, visa enviar ajuda prioritária a população das regiões afetada. Ainda será instalado um centro em Catende, para apoiar ofertas de serviços sociais à população impactada. A ação será integrada com a Defesa Civil do estado, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), órgãos de saúde, assistência social e cidadania.
De acordo com a Defesa Civil, 2.862 pessoas foram afetadas pelas chuvas, sendo que desse total 447 estão desalojadas e 101 famílias desabrigadas. Serão distribuídas cestas básicas, colchões e água mineral. Além disso, as equipes trabalham na desobstrução de estradas e auxílio de carros-pipa para serem usados na limpeza dos municípios.
Raquel Lyra disse que “as equipes estão agindo desde as primeiras horas, coordenadas pelas secretarias e órgãos”. O governo anunciou a disponibilização de R$ 1,34 milhão, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança, Juventude, Prevenção à Violência e às Drogas, que vão ajudar de eventuais situações de emergência ou calamidade em todo o estado.
João Campos

Recife entrega duas vias e autoriza obras em mais quatro

O prefeito João Campos assinou ordens de serviço, neste domingo.

João Campos
Foto: PSB
O programa da Prefeitura do Recife, Rua Tinindo, de pavimentação e drenagem de vias da cidade, segue em ritmo acelerado. Na manhã deste domingo (9), o prefeito João Campos percorreu seis ruas da capital pernambucana para fazer entregas e anúncios. No Caxangá, a gestão municipal fez a pavimentação e drenagem na Rua Tabelião João Roma, com investimento de mais de R$ 2,6 milhões. Já na comunidade Vila Santa Luzia, na Torre, a Rua Souza Bandeira recebeu requalificação da drenagem e da pavimentação, um trabalho de mais de R$ 350 mil. Além disso, João Campos assinou as ordens de serviço para que obras do mesmo tipo sejam iniciadas nas ruas Engenheiro Arnulfo Falcão, Passarinho; Bernardo Sayão, Várzea; Eugenópolis e Catuíra, Torre. Os investimentos ultrapassam R$ 6 milhões.
“A empresa já está contratada, a placa já instalada e nos próximos dias a obra será iniciada e só vai parar quando estiver pronta e bem-feita”, declarou João Campos durante a primeira visita deste domingo, na Engenheiro Arnulfo Falcão. “Estamos fazendo obras na cidade inteira, pois mesmo áreas mais novas precisam de obras e de investimentos”, acrescentou o gestor municipal.
O investimento, de acordo com a prefeitura, na Rua Tabelião João Roma foi de aproximadamente R$ 2,6 milhões e a obra foi concluída em junho deste ano. O objetivo é melhorar a qualidade de vida dos moradores e o tráfego de veículos e de pessoas que transitam pela área. A via em leito natural recebeu pavimentação em paralelepípedos em toda sua extensão, cerca de 750 metros. Também foi implantada a tubulação da rede de drenagem, que visa melhorar o escoamento de água das chuvas e minimizar os efeitos dos alagamentos na região, com 690 metros de material.
A aposentada Júlia Guedes, 79 anos, não pôde conter a sua alegria ao falar do serviço pronto na Rua Tabelião João Ramos. “Eu morei aqui por 21 anos dentro da lama, e agora estou na boa, graças a Deus. Minha neta mora comigo. Muitas vezes eu deixei de ir à igreja porque aqui tinha muita lama e eu tinha medo de cair dentro de um buraco. Gostei muito do trabalho feito aqui, agora eu ando a qualquer hora aqui”, comemorou.
As obras do Programa Rua Tinindo vão beneficiar cerca de 150 vias em toda a cidade nos próximos dois anos, em um investimento de cerca de R$ 120 milhões. Já foram iniciados os serviços de pavimentação e drenagem mais de 30 vias distribuídas nas seis RPAs da cidade, melhorando as condições de tráfego e levando mais conforto, dignidade e qualidade de vida para moradores e condutores. Além disso, as intervenções na drenagem melhoram o escoamento e a captação das águas das chuvas, eliminando pontos de alagamento.

TORRE

Na Rua Souza Bandeira, o trecho beneficiado com pavimentação em intertravado correspondeu a uma área de 434 metros quadrados, entre a ponte de pedestres do Parque de Santana e a Rua Ciclovia República da Argélia. Também foram realizados serviços de drenagem superficial em 95,90 m ao longo da via, e o valor total do investimento foi de R$ 354,7 mil. Além de fazer a entrega da Rua Souza Bandeira, o prefeito João Campos também visitou outras duas ruas na Vila Santa Luzia, Torre, onde assinou ordens de serviço – Rua Eugenópolis e Rua Catuíra.
A Rua Eugenópolis será pavimentada em toda sua extensão, de aproximadamente 100 metros, entre as ruas Anauá e Cantora Clara Nunes. Na via, também será implantado um sistema de drenagem de águas pluviais. Todo trabalho tem duração prevista de quatro meses e conta com investimento de R$ 272,6 mil. E a rua Catuíra também receberá pavimentação em intertravado na sua extensão de 112,25 metros, além de implantação de rede de drenagem, com investimento de R$ 492 mil. Atualmente, as duas vias estão em leito natural.

PASSARINHO

Já no bairro de Passarinho, a Rua Engenheiro Arnulfo Falcão receberá os serviços de implantação de pavimento e rede de drenagem de chuva em toda a sua extensão, que é de 363 metros, a partir da Rua Alta da Bica até o Campo Bola Preta. As obras devem ser executadas em um prazo de quatro meses e contam com investimento de R$ 948 mil.
De acordo com o encarregado de obras Raimundo de Oliveira, 49 anos, o seu imóvel e os dos vizinhos deverão ser mais valorizados depois que o programa Rua Tinindo concluir os trabalhos na Rua Engenheiro Arnulfo Falcão. “Vai mudar muita coisa aqui. Hoje, ninguém aguenta mais tanta lama e poeira, nem os carros querem entrar aqui. Com a obra feita, vai aumentar o movimento de pessoas e de veículos. Tem pessoas cadeirantes e pessoas idosas que moram aqui”, comentou o morador, que vive no local há 40 anos, junto com a esposa.

VÁRZEA

Por fim, a Rua Bernardo Sayão, Várzea, receberá pavimentação em asfalto no trecho compreendido entre as ruas Mário Campelo e Acadêmico Hélio Ramos, totalizando uma extensão de 336 metros (ou uma área total de cerca de 2,2 mil metros quadrados). A drenagem contará com a implantação de 49 metros de tubulação, 626 metros de canaletas, uma caixa coletora com gaveta, 394 metros de meio fio e 850 metros quadrados de passeios. As obras contam com um investimento de R$ 1,5 milhão.
Joel dos Santos, conhecido como Jamaica, tem 50 anos e vive na Rua Bernardo Sayão há 29 anos. Além de morar com a esposa e a filha na localidade, ele tem um negócio de conserto de bicicletas ao lado de casa. “Eu tenho uma loja de bike e de conserto e pinturas de bikes também. Eu acho que quando a rua for calçada vai chegar bem mais clientes aqui. Hoje tem poeira demais, e tem lama também, as pessoas não conseguem andar direito, disse ele.

Diário de Pernambuco