Provas recuperadas pela Polícia Federal indicam conhecimento do ex-presidente sobre esquema de vendas
Foto: Dida Sampaio/Estadão |
Mensagens extraídas do celular do tenente-coronel, confiscado pela Polícia Federal (PF), em maio deste ano, e divulgadas ontem (20), pelo “Fantástico”, forneceram indícios de que o ex-presidente Jair Bolsonaro tinha ciência do esquema de venda de joias. A perícia em dispositivos móveis ainda não foi concluída pela PF.
Recentemente, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a quebra de sigilo bancário do ex-presidente e de Michelle Bolsonaro. A matéria veiculada apresentou parte da perícia realizada nas joias e presentes concedidos ao ex-presidente pela Arábia Saudita. A Polícia Federal informou que está monitorando outros bens oferecidos a Bolsonaro pelo governo saudita.
Ao todo, as joias apreendidas chegam a R$ 6 milhões, conforme informou os peritos responsáveis pelo caso. Apenas o colar mandado para a ex-primeira dama, Michelle Bolsonaro, custa R$ 4,15 milhões. “Nossa, são excelente qualidade!”, disse a perita Fernanda Claas sobre os itens.
A defesa de Mauro Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, optou por não se pronunciar sobre o assunto. Enquanto isso, o advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro informou que assumirá também a defesa de Michelle Bolsonaro, mas adiantou que não emitirá comentários por enquanto a respeito da ex-primeira-dama