Adeildo da Igreja

Direita em Jaboatão deverá pulverizar candidaturas e votos do Clã da Família Ferreira

Aliados antigos que já estiveram no grupo Ferreira, deverão lançar seus nomes para a prefeitura

Adeildo da Igreja
Foto: Divulgação
A disputa pela prefeitura de Jaboatão dos Guararapes deverá aumentar a tensão nos partidos de direita que pretendem lançar seus candidatos em 2024, entre os que mais temem a pulverização em seu campo político está o PL, que atualmente governa a cidade, través do prefeito Luís Medeiros, que faz parte do grupo liderado pelo ex-prefeito Anderson Ferreira, presidente estadual do Partido Liberal em Pernambuco.
Nomes de ex-aliados como o do atual presidente da Câmara Municipal, Adeildo da Igreja, e também do vereador Marlus Costa, mais votado nas eleições de 2020 quando foi reeleito apara o parlamento municipal, pretendem lançar seus nomes na disputa pelo poder executivo.
Marlus Costa
Foto: Divulgação
Isso representa uma perda de capital político enorme do prefeito Luís Medeiros, pulverizando os votos de seu campo político. Essas candidaturas tem o potencial de minar os votos que seriam depositados no atual gestor, pois são dissidentes da base governista, e impotentes atores políticos na política local.
Além desse imbróglio instalado no grupo da Família Ferreira, outro fator que poderá render grande dor de cabeça para a continuidade da atual gestão, é uma possível candidatura da deputada federal, Clarissa Tércio (PP), que tem seu nome ventilado para entrar no páreo em Jaboatão, ela obteve a segunda maior votação no município em 2022, com mais de 30 mil votos.
Esse cenário de quatro nomes fortes no campo da direita, e de ex-aliados do grupo político da família Ferreira, favorecerá uma conjuntura que leve a disputa para o segundo turno.

Mary Gouveia

Ângela Rocha que foi candidata a vice-prefeita na Chapa de Jadson Caetano se alia a prefeita Mary Gouveia

O rompimento com Jadson Caetano pegou a classe política escadense de suspresa

Mary Gouveia
Foto: Divulgação
A professora e política escadense, Ângela Rocha, que disputou em 2020 o cargo de vice-prefeita na chapa do então candidato a prefeito Jadson Caetano, ambos do Cidadania, deixou o grupo do pré-candidato.
O anuncio da união entre as duas políticas foi feito através da conta oficial da prefeita Mary Gouveia (PL) no Instagram. A gestora comemorou a adesão de Ângela ao seu grupo político, “No reconhecimento do bom trabalho de uma mulher lutadora, Ângela Rocha, política de nossa cidade trás seu grande apoio, fortalecendo â recondução do trabalho da nossa gestão” destacou.
A prefeita continuou seu agradecimento “Obrigada pela força, vamos juntas fazer mais por nossa cidade” afirmou Mary Gouveia.
Também em sua conta no Instagram, a ex-candidata a vice-prefeita de Escada, Ângela Rocha, agradeceu a prefeita, “É um privilégio quanto temos ao nosso lado pessoas tão maravilhosas como vocês, sou eternamente grata pela acolhida” destacou.
A saída de Ângela do grupo liderado pelo engenheiro Jadson Caetano, representa uma baixar bastante representativa para seu projeto político, levando em conta que ela foi a principal aliada e companheira de chapa do pré-candidato nas eleições de 2020, quando juntos formaram a chapa do cidadania para a prefeitura. Por outro lado quem sai fortalecida é a prefeita Mary Gouveia, que começou o movimento de fortalecimento político visando sua reeleição em 2024, quando pretende renovar seu mandato para mais quatro anos, na condução do poder executivo municipal.

Novo Ensino Médio

Governo abre consulta pública sobre novo ensino médio

Portaria foi publicada nesta quinta-feira no Diário Oficial

Novo Ensino Médio
Foto: Gabriel Jabur – Agência Brasília
O Ministério da Educação (MEC) abriu consulta pública para avaliação e reestruturação da política nacional de ensino médio. A portaria foi publicada nesta quinta-feira no Diário Oficial da União e dá prazo de 90 dias para as manifestações, com possibilidade de prorrogação.
A consulta será implementada por meio de audiências públicas, oficinas de trabalho, seminários e pesquisas nacionais com estudantes, professores e gestores escolares sobre a experiência de implementação do novo ensino médio nos 26 estados e Distrito Federal.
As ações serão coordenadas pelo MEC, por meio da Secretaria de Articulação Intersetorial e com os Sistemas de Ensino (Sase), com a colaboração do Conselho Nacional de Educação (CNE), do Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais e Distrital de Educação (Foncede) e do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed).
Após o prazo de manifestações, a Sase terá 30 dias para elaborar o relatório final a ser encaminhado ao ministro da Educação, Camilo Santana.
De acordo com o MEC, o objetivo da consulta é “abrir o diálogo com a sociedade civil, a comunidade escolar, os profissionais do magistério, as equipes técnicas dos sistemas de ensino, os estudantes, os pesquisadores e os especialistas do campo da educação para a coleta de subsídios para a tomada de decisão do Ministério da Educação acerca dos atos normativos que regulamentam o novo ensino médio”.
A atual política de ensino médio foi aprovada por lei em 2017, durante o governo do ex-presidente Michel Temer, com o objetivo de tornar a etapa mais atrativa e evitar que os estudantes abandonem os estudos.
A implementação ocorre de forma escalonada até 2024. Em 2022, ela começou pelo 1º ano do ensino médio com a ampliação da carga horária para pelo menos cinco horas diárias. Pela lei, para que o novo modelo seja possível, as escolas devem ampliar a carga horária para 1,4 mil horas anuais, o que equivale a sete horas diárias. Isso deve ocorrer aos poucos.
Com o novo modelo, parte das aulas será comum a todos os estudantes do país, direcionada pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Na outra parte da formação, os próprios alunos poderão escolher um itinerário para aprofundar o aprendizado. Entre as opções, está dar ênfase, por exemplo, às áreas de linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas ou ao ensino técnico. A oferta de itinerários, entretanto, vai depender da capacidade das redes de ensino e das escolas.
Em 2023, a implementação segue com o 1º e 2º anos e os itinerários devem começar a ser implementados na maior parte das escolas. Em 2024, o ciclo de implementação termina, com os três anos do ensino médio.
No início desta semana, entidades de trabalhadores da educação se reuniram com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pedindo a revogação da política. Na semana passada, em nota, o MEC reconheceu que houve falta de diálogo no processo que levou à promulgação da lei do novo ensino médio e anunciou a criação de um grupo de trabalho para reunir todos os setores educacionais interessados em discutir o andamento do novo ensino médio.
Agência Brasil
Imposto de Renda

Receita libera nesta quinta programa gerador do IR 2023

Lançamento estava previsto originalmente para o dia 15

Imposto de Renda
Foto: Marcello Camargo – Agência Brasil
Com uma semana de antecedência em relação ao previsto, a Receita Federal libera nesta quinta-feira (9) o programa gerador da declaração deste ano (ano-base 2022). Originalmente, a liberação do programa estava prevista para 15 de março, primeiro dia de entrega da declaração, mas foi antecipada para que o contribuinte tenha mais tempo de se organizar.
O programa gerador poderá ser baixado no site da Receita Federal, pelo Centro Virtual de Atendimento a Contribuintes (e-CAC), ou pelo aplicativo Meu Imposto de Renda, disponível para tablets e celulares dos sistemas Android e iOS.
O prazo de entrega da declaração não foi alterado e continuará de 15 de março a 31 de maio. O que mudará é que o contribuinte poderá adiantar-se e deixar a declaração salva, dias antes de transmitir à Receita.
Em nota, a Receita explicou que a antecipação do programa gerador também ajudará a evitar congestionamentos que costumam ocorrer no primeiro dia de entrega da declaração, quando todo mundo baixa o programa ao mesmo tempo.
“A antecipação do PGD [programa gerador da declaração] ajuda o contribuinte que, ao ter acesso às informações necessárias para a entrega da declaração, pode se organizar e juntar a documentação que for necessária. Além disso, deve evitar possíveis congestionamentos”, explicou o Fisco no comunicado.
O envio da declaração pré-preenchida, esclarece a Receita, continuará previsto para a data original, 15 de março. Segundo a Receita, somente nessa data, o Fisco conseguirá reunir as informações das declarações de rendimentos enviadas no fim de fevereiro por empregadores, instituições financeiras e planos de saúde e cruzá-las com a base de dados da Receita.
Novidades
As regras de Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física 2023 foram anunciadas no último dia 27. Entre as novidades, estão a prioridade no recebimento da restituição de quem optar por receber via Pix, desde que a chave seja o Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do cidadão, e de quem usar o modelo pré-preenchido.
Outra novidade ocorre para quem tem investimentos na bolsa de valores. Agora, a declaração só é obrigatória para o investidor que tenha vendido ações cuja soma superou, no total, R$ 40 mil ou se ele obteve lucro com a venda de ações em 2022, sujeito à cobrança do IR. Anteriormente, qualquer contribuinte que tivesse comprado ou vendido ações no ano anterior tinha que declarar, independentemente do valor.
Agência Brasil

Estudo mostra como as parlamentares são ofendidas nas redes sociais

Pesquisa da UFF mostra que 9% das menções a elas eram violentas

Foto: Wilson Dias – Agência Brasil
Parlamentares brasileiras são alvos de insultos, críticas e invalidações feitas de forma violenta nas redes sociais. Um estudo com mais de 1,5 mil mensagens publicadas no Twitter, Facebook, Instagram e Youtube, entre julho e dezembro de 2021, mostra que 9% delas continham algum indício de violência discursiva contra essas deputadas federais e senadoras.
A pesquisa Mapa da Violência Política de Gênero em Plataformas Digitais, produzida pelo Laboratório de Combate à Desinformação e ao Discurso de Ódio em Sistemas de Comunicação em Rede (DDoS Lab), da Universidade Federal Fluminense (UFF), analisou menções a 79 deputadas federais e a 12 senadoras da 56ª legislatura (2019 a 2023).
De acordo com o estudo, os insultos são a forma de ataque mais acionada pelos usuários das redes sociais contra as parlamentares. Esse tipo de violência discursiva, que segundo o estudo se revela em xingamentos como “loira burra” ou “vagabunda”, apareceu em 41% das mensagens ofensivas.
Em seguida, aparece a invalidação (26,6% das ofensas). Esse tipo de ofensa busca anular a validade ou diminuir a importância daquilo que a parlamentar expressou, mostrando-se em frases como “tal coisa é mimimi”.
As críticas puras e simples, que se manifestam em expressões como “ela é uma péssima profissional” ou “odeio fulana”, responderam por 24,5% das ofensas.
Outros tipos de violência discursiva encontradas, em número menor de menções, foram ameaça – “tem mais é que morrer” ou “vou te dar uma lição” – e discurso de ódio “tinha que ser preta”.
“Isso não significa que parlamentares homens não são atacados. Eles são, com certeza, e podem ser até mais. Mas o que a gente precisa olhar é o caráter dessa violência. Homens geralmente são atacados enquanto figuras políticas. O fulano é chamado de corrupto, o sicrano é classificado como mau gestor. Enquanto com as mulheres políticas, o que é atacado? O corpo dela, a aparência, a família, a capacidade intelectual, a legitimidade dela naquela espaço”, explica Letícia Sabbatini, pesquisadora que participou do estudo.
Redes sociais
O Twitter foi a plataforma com mais mensagens enquadradas como violência discursiva. Cerca de 24% do conteúdo analisado nesta rede social apresentavam ofensas às parlamentares. No Facebook, o percentual cai para 4,4% das menções violentas. No entanto, é nesta rede que os índices de engajamento nos conteúdos que incorporam ataques a parlamentares mulheres mais aumentam.
Nas demais redes, as menções com violência discursiva se apresentaram nas seguintes parcelas das postagens: Instagram (4,7%), e Youtube (2,9%).
Em relação ao tom usado nas ofensas, o estudo revelou que a retórica satírica – encontrada em expressões como “mulher macho!” e “faz xixi em pé” – era a principal, transparecendo em 30,9% dos conteúdos ofensivos.
“O que é isso? É o uso do humor para camuflar uma desavença, para indicar que é só uma brincadeira, que não precisa de alarde, que não tem nada a ver com violência. Continua sendo violência, mas se trata de uma violência muito mais difícil de a gente demarcar”, explica Letícia Sabbatini.
A retórica desqualificadora – expressões como “fez o teste do sofá” ou “entrou na faculdade só por causa das cotas” – apareceu em 22,3% das ofensas.
Outros tipos retóricos encontrados foram a retórica cínica (“o feminismo é imoral” ou “vocês feministas são todas assim”), a contestadora (“você está errada” ou “não é assim que se faz”), a provocadora (“quero ver fazer isso”) e a violenta (“depois apanha, não sabe por quê”), entre outras.
Entre as menções violentas, observou-se que 8,6% usavam discurso misógino, ou seja, para inferiorizar, degradar ou desumanizar a mulher; 2,9% eram racistas e 1,4% se relacionavam à LGTBQIA+fobia.
As parlamentares do campo ideológico da esquerda sofreram duas vezes mais ataque do que aquelas do espectro da direita. As maiores vítimas, em termos proporcionais (número de ofensas em relação ao total de menções) são as deputadas Talíria Petrone (PSOL-RJ) – atacada em 50% das menções a ela –; Professora Dayane Pimentel (União-BA) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ) – ofendidas em 33,3% das mensagens dirigidas a elas.
Em termos absolutos (quantidade total de menções violentas), no entanto, a deputada mais atacada foi a conservadora Carla Zambelli (PL-SP). Os alvos mais visados, entre os partidos políticos, foram PCdoB, PSOL e PMB. “A motivação política foi a mais presente entre os ataques que a gente mapeou”, afirma a pesquisadora.
Agência Brasil
Gleide Ângelo

Em Brasília, Gleide Ângelo participa de evento federal para o anúncio de políticas para as mulheres

Gleide Ângelo
Foto: Divulgação
A Delegada Gleide Ângelo está em Brasília e, acompanhada da ministra de Ciências, Tecnologia e Informação, Luciana Santos, participou do anúncio de um conjunto de ações e projetos alusivos ao Dia Internacional da Mulher. As estratégias envolvem diversos ministérios e secretarias federais, cujo objetivo central está focado no fortalecimento de direitos e na equidade de gênero.
Nesta perspectiva, Pernambuco vai receber um reforço de 12 viaturas policiais, a serem destinadas para as Delegacias da Mulher e Patrulhas Maria da Penha de todo estado. Além disso, também haverá a implantação de unidades da Casa da Mulher Brasileira – um espaço que vai aglutinar a oferta de serviços de denúncia, proteção, acolhimento e abrigo para as mulheres vítimas de violência. A experiência inovadora e exitosa foi implantada em 2015, no Mato Grosso.
“Muito representativo estarmos aqui num momento histórico como este. Nunca se investiu tanto em ações e políticas públicas para as mulheres e ter nosso Pernambuco na ponta desses projetos é uma garantia de que estamos trabalhando no caminho certo. Avançamos muito, mas ainda há muito mais a conquistar quando falamos sobre as ações para um mundo justo e igualitário para homens e mulheres”, declarou a parlamentar.
PERNAMBUCO— Ainda neste 8 de Março, a deputada Gleide foi recebida pela ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e pela secretária Nacional de Planejamento, Leany Lemos. A Delegada apresentou um conjunto de propostas para contribuir na estruturação dos projetos de políticas femininas nacionais — como a possibilidade de um planejamento participativo do executivo com a sociedade civil, possibilitando o envolvimento do terceiro setor no desenvolvimento e execução de políticas públicas, por exemplo. No encontro, também marcaram presença os federais pernambucanos Lucas Ramos, Eriberto Medeiros, Júnior Uchôa e Felipe Carreras, grande parceiro político da Delegada Gleide.
Enfermagem

Trabalhadores da enfermagem realizam acampamento e greve por tempo indeterminado a partir desta sexta (10)

Enfermagem
Foto: Divulgação
Os Auxiliares e Técnicos de Enfermagem e Enfermeiros realizarão acampamento, nesta quinta-feira (09/03), em preparação para a greve por tempo indeterminado que iniciará a partir desta sexta (10). O movimento paredista foi deflagrado em virtude da insatisfação das categorias por melhores condições de trabalho, como também pela implantação e implementação do piso salarial nacional da Enfermagem que foi aprovado e sancionado mas está suspenso por decisão colegiada dos ministros do Supremo Tribunal Federal ( STF) e, até momento, aguardando decisão do executivo nacional sobre uma Medida Provisória que ajudará a destravar o processo junto ao judiciário. A concentração para o primeiro dia de atividade será a partir das 20h, na Praça do Derby, no Recife. Já a deflagração da suspensão das atividades laborais será no mesmo local, às 00h00, do dia seguinte (sexta). Em seguida, haverá assembleia para definir as próximas ações.
De acordo com o presidente do Sindicato Profissional dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Pernambuco (Satenpe), Francis Herbert, os atendimentos dos profissionais da enfermagem de nível médio serão realizados da seguinte forma: Atenção Básica (PSF, UBT, PACS), serviços ambulatoriais e aqueles que não funcionam 24h – 100% parados, Serviços de média e alta complexidade (policlínicas, maternidades, centros de parto normal e hospitais, exceto serviços de urgência) – 50% parados, serviços de urgência, emergência, bloco cirúrgico, SRPA, UTI e centros exclusivos de vacinação contra Covid-19 – 20% parados.
Apesar da suspensão da lei, com a alegação de ser necessário a fonte de custeio, segundo Francis, os recursos já foram definidos pelo Congresso Nacional, aguardando apenas o envio da Medida Provisória pelo Governo Federal, definindo os critérios para distribuição dos recursos aos estados, municípios e entidades filantrópicas, apesar de algumas prefeituras estarem aplicando o piso nacional, previsto em lei.
“A nossa greve é também um grito de esperança para os empresários donos de hospitais particulares se conscientizem que a enfermagem precisa de trabalhar com dignidade. Esperamos também que o nosso pleito chegue até o Palácio do Planalto, sensibilizando o Governo Federal para que seja enviado com urgência o texto da Medida Provisória ao Congresso Nacional. Sendo essa, a forma de valorização e reconhecimento que os mais de 85 mil profissionais Auxiliares e Técnicos de Enfermagem esperam ansiosamente em Pernambuco”, ressaltou o sindicalista.
Federação Partidária

PSB, PDT e Solidariedade articulam formação de uma nova federação partidária

Federação Partidária é um mecanismo que ajuda os partidos a cumprirem a exigência de desempenho imposta pelas regras eleitorais

Federação Partidária
Foto: Divulgação
Os partidos Solidariedade comandado nacionalmente pelo ex-deputado federal Paulinho da Força, o PDT que tem como presidente nacional do ministro da previdência social do atual governo, Carlos Lupi e o PSB que é presidido por Carlos Siqueira, articulam a formação de um federação partidária, quando dois ou mais partidos se juntam de forma programática e ideológica por um período mínimo de quatro anos, para atuarem juntos em sua pautas comuns no congresso nacional, e também na disputa por vagas em eleições sejam nacionais ou municipais, que ocorrerão no próximo ano.
Já aconteceram encontros com os três presidentes, para tratar da formação desta nova federação partidárias. Atualmente existem em funcionamento três federações, sendo elas PT, PCdoB e PV, também a junção entre REDE e PSOL, e a federação do PSDB com o Cidadania. Todas elas conseguiram ultrapassar a cláusula de barreira das eleições de 2022.
Atualmente o PDT é dos três partidos o que tem mais deputados na Câmara, ao todo são 17 representantes, o PSB segue em segundo com 14 deputados, e o Solidariedade elegeu nas eleições de 2022 apenas 4, porém a fusão com o PROS, aumentou a bancada para 7 deputados.
Essa federação somará 38 deputados no congresso nacional, tamanho de partidos do centrão como o Republicanos e o PSD ambos com 42 deputados na Câmara Federal. Caso se concretize essa formação, a federação valerá para as eleições municipais de 2024 e as eleições nacionais de 2026.
Um desafio para os partidos será ultrapassar a cláusula de barreira instituída pela reforma política de 2017, que exigirá das siglas, um desempenho de 3% dos votos válidos, no mínimo 2% distribuído em pelo menos um terço dos estados, ou a eleição de 15 deputados federais distribuídos em nove estados do Brasil.
Um enorme desafio para os partidos que saíram das eleições de 2022 com bancada reduzida, como é o caso do PSB, PDT e Solidariedade, a federação é o caminho viável para a sobrevivência destes partidos, pois só terão acesso a fundo partidário, quem cumprir a exigência prevista na lei eleitoral.

Jaboatão

Quatro principais pré-candidatos a prefeitura de Jaboatão deverão protagonizar o debate de 2024

Cenário da pré-campanha se confirmado aponta no sentido de segundo turno

Jaboatão
Imagens: Divulgação 
As eleições municipais que ocorrerão em outubro de 2024, já começaram a entrar na ordem do dia quando o assunto é política, e a disputa pelo executivo municipal, no caso de Jaboatão dos Guararapes, segunda maior cidade de Pernambuco, e está na lista das 30 maiores cidades do Brasil.
Governada atualmente pelo grupo da Família Ferreira, que teve até o início de 2022 o ex-prefeito Anderson Ferreira (PL) como gestor do município, que agora segue governado pelo vice-prefeito Luís Medeiros (PL), que assumiu o comando com a saída do titular, que disputou a eleição para governador no ano passado.
Candidato natural a reeleição, o prefeito Luís Medeiros, já foi confirmado por seu partido e pelo deputado André Ferreira como o nome na disputa pela continuidade do poder da família Ferreira.
Outros nomes de peso que deverão estar concorrendo a eleição em 2024, são o do ex-vereador Daniel Alves (PV), que atualmente preside do Partido Verde de Jaboatão, e em 2020, ficou em segundo lugar com mais de 81 mil votos, ele busca a confirmação de seu nome como representante da Federação formada pelos partidos PT, PCdoB e PV, na corrida pela prefeitura. Daniel atualmente é o principal líder da oposição ao grupo da família Ferreira que governa a cidade.
A deputada federal Clarissa Tércio (PP), é lembrada para disputar a prefeitura, isso porque saiu bem votada no último pleito de 2022, obtendo pouco mais de 30 mil votos, perdendo apenas para André Ferreira que obteve 36 mil votos. De perfil ultraconservador e bolsonarista de carteirinha, caso entre na disputa a deputada deverá tirar o sono dos Ferreiras, pois ela disputará os mesmos votos que Luís Medeiros, já que é do grupo do PL partido do ex-presidente, e teve seu concunhado Anderson disputando o governo no palanque de Bolsonaro.
Quem deverá retornar a cena eleitoral de Jaboatão também é o ex-prefeito por dois mandatos, Elias Gomes (MDB), que já começou suas movimentações e articulações visando a disputa pela prefeitura para um eventual terceiro mandato. Experiente e testado na política, Elias é um animal político como ele se autodenomina, e não deve ser subestimado pelos políticos locais.
O cenário político de Jaboatão se confirmado nessa conjuntura, deverá empurra a disputa para o segundo turno, com essas quatro candidaturas. Outros partidos verão ter seus representante disputando no primeiro turno, o que aumenta as chances da decisão ser tomada na segunda etapa, quando os dois mais votados se enfrentam, com igualdade de condições segundo as regras eleitorais.

Congresso Nacional

Perfil mais conservador do Congresso pode impactar pautas feministas

É o que aponta estudo do Centro Feminista de Estudos e Assessoria

Congresso Nacional
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom
Parlamentares da nova legislatura têm um posicionamento mais conservador em relação a pautas relacionadas ao movimento feminista. É o que aponta o estudo Perfil Parlamentar (2023-2026) Sob a Ótica da Agenda Feminista, do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea), com base em análises dos conteúdos das redes sociais dos 513 deputados federais e dos 81 senadores (incluindo os eleitos em 2022). O Cfemea considerou somente as publicações feitas no período oficial de campanha eleitoral de 2022 (16 de agosto a 30 de outubro), em sites dos parlamentares e no Facebook, Instagram, Twitter e YouTube.
O estudo
Por meio de 34 perguntas iguais para todos, o estudo avaliou se houve posicionamento sobre seis temas considerados relevantes para a agenda feminista: Direitos sexuais e direitos reprodutivos; Violência contra a mulher; Concepção de família; Posicionamento sobre o cuidado (por exemplo, divisão do trabalho intrafamiliar); Religião (entre os pontos observados: o Estado laico); Posições antigênero (como direitos LGBTQIA+).
A pesquisa constatou que os perfis dos parlamentares estão separados em cinco grupos ideológicos. E cada pessoa pode integrar mais de um grupo, conforme afinidades. São eles: armamentista (pouco mais de 10% do Congresso Nacional); religioso (aproximadamente 20%); de costumes/defensores da família tradicional (aproximadamente um quarto); feminista (aproximadamente 20%); conservadores (mais de 40%).
A coordenadora da pesquisa e doutora em ciência política, com pós-doutorado em estudos feministas interseccionais pela Universidade de Brasília (UnB) e pesquisadora em gênero, mídia e política, Denise Mantovani, em entrevista à Agência Brasil, comentou os resultados da pesquisa: “A gente tem desde o aspecto do impacto das redes sociais e dos discursos de ódio propagados. A gente está vendo que muitas dessas candidaturas se elegeram às custas de muita fake news.” E detalha alguns perfis: “No estudo, a gente percebeu que existem partidos que efetivamente concentram as posições da extrema direita, neoconservadoras, religiosas fundamentalistas.”
No entanto, Denise aponta convergência em alguns temas. “Existem parlamentares que podem ser aliados pontuais em determinados assuntos com os quais eles dialogam com os direitos das mulheres”. Ela destaca o combate à violência contra mulher. “Em uma situação em que eles sejam convidados a apoiar uma legislação que ajude a prevenir, enfrentar e combater a violência doméstica contra as mulheres, a violência sexual, o estupro, acho que existem possibilidades de arranjos com parlamentares de vários partidos para compor uma aliança com a bancada feminista e antirracista que está atuando na defesa e dos direitos das mulheres, em toda diversidade que essa palavra representa.”
Composição do novo Congresso
As mulheres representam 52,62% do eleitorado brasileiro, de acordo com a Justiça Eleitoral. Apesar de as mulheres serem a maioria, não há reflexo na composição do Congresso Nacional. O estudo do Cfemea confirmou que falta equidade de gênero e raça na representação política. Na Câmara dos Deputados, as mulheres representam 17,7% das cadeiras, com 91 deputadas. Com o resultado das urnas, foi mantida a hegemonia masculina (82,3%). A maioria dos deputados e deputadas eleitos é branca (72%). Em seguida, vêm os pardos (21%), pretos (5%), indígenas (0,9%) e amarelos (0,58%). No Senado, são apenas 15 mulheres entre 81 senadores, sendo que quatro delas são suplentes de senadores que ocupam cargos no governo federal.
Além da representação feminina ser baixa na Câmara e no Senado, as mulheres também estão longe dos principais postos de comando, como as presidências das duas casas legislativas, assentos nas mesas diretoras e nas comissões.
A senadora Zenaide Maia (PSD-RN) cita os principais desafios para os próximos anos. “O primeiro deles é o envolvimento de todos os parlamentares – mulheres e homens – nesse debate. Estamos tratando do interesse de mais da metade da população brasileira, sendo que a outra metade também se beneficiará com o avanço civilizatório que é promovido a partir das conquistas das mulheres.”
Principais achados do estudo
O estudo do Cfemea mostra que, na Câmara, a maioria dos deputados (56,73%) não mencionou o aborto e a proteção às vítimas de estupro/violência sexual em suas postagens.
Já os 16 deputados e deputadas (3,12% dos eleitos) que se declararam favoráveis ao aborto são majoritariamente de legendas progressistas, de esquerda.
Mais de 320 parlamentares (63% das cadeiras da Casa) declararam diretamente ou fizeram menções a símbolos religiosos em mais de uma postagem no período eleitoral. E 89 deputados se manifestaram abertamente contra a ideia de que “religião e política não devem se misturar”.
No Senado Federal, dos 81 parlamentares, 45 (56%) declararam vínculo com alguma religião. E nenhum senador se posicionou favoravelmente, nas redes sociais, ao direito de interrupção da gravidez.
Sobre as composições familiares, 82 deputados (16%) identificados com o conservadorismo defenderam a chamada “família tradicional”, quando apresentaram suas candidaturas. E 11 deputados vinculam o cuidado com os filhos como uma atribuição das mulheres somente, sem mencionar qualquer divisão de cuidados.
Outro aspecto destacado na pesquisa é a baixa menção ao machismo (59 deputados ou 11,5% do total da Câmara) como um problema estrutural relacionado à violência contra as mulheres.
O estudo completo Perfil Parlamentar (2023-2026) Sob a Ótica da Agenda Feminista pode ser acessado aqui.
Desafios do novo Parlamento
No estudo, o Cfemea avalia que a realidade da política brasileira, “com a presença neoconservadora e da extrema direita no parlamento brasileiro, demostra quase nenhuma ou pouca afinidade com as pautas relacionadas aos direitos sexuais e reprodutivos, assim como os pilares democráticos”.
Na Câmara, na última legislatura, foram abordadas pautas como a defesa do não nascido e o direito à vida deste, com Estatuto do Nascituro; a dita proteção de crianças contra o ativismo LGBTQIA+ e a regulamentação do homeschooling.
Em seu segundo mandato, a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) avalia como serão os trabalhos com a nova Câmara mais conservadora. “Essas novas lideranças femininas na política vão tentar levar o debate como se aquelas que lutam pelo direito das mulheres fossem suas inimigas. Mas, acho difícil que consigam retroceder concretamente nas leis brasileiras no que diz respeito às mulheres, porque existe muita força social para que o Brasil não admita retrocessos na pauta. Eu confio muito no poder de mobilização das mulheres brasileiras.”
Para a deputada, a aprovação de projetos de lei prioritários ao movimento feminista passa também pela articulação do atual governo federal, considerado mais progressista. “Os direitos das mulheres têm que estar presentes. Se depender só da composição do Congresso, se não houver um esforço que venha também do Executivo, de fato, a gente pode ter dificuldade de avanços em temas que não precisam nem ser tão polêmicos, mas que são necessários para o Brasil, como a igualdade salarial, ou mesmo, outras medidas de enfrentamento ao machismo.”
Futuro dos direitos das mulheres
No estudo, o Cfemea calcula que apenas um quinto do Congresso Nacional vai continuar a defender pautas feministas como “o combate às violências por razões de gênero, a diversidade das composições de família, o direito ao aborto legal e seguro e a laicidade do Estado”.
A senadora Zenaide Maia (PSD-RN) disse à Agência Brasil que tem a expectativa de que “a ideologia não impeça o avanço dos direitos das mulheres.” Ela elenca pautas prioritárias: “Precisamos cobrar da Câmara a votação do projeto da igualdade salarial entre homens e mulheres que desempenham a mesma função na mesma empresa [PLC 130, de 2011]. Outra: é preciso garantir a recomposição do orçamento de proteção à mulher. O governo anterior não aplicou R$ 1 na Casa da Mulher Brasileira, no ano passado, e reduziu a quase zero os recursos das políticas públicas de acolhimento e combate à violência contra a mulher.”
No Senado também é preciso construir acordos com diferentes bancadas, avalia o senador Paulo Paim (PT-RS), em entrevista à Agência Brasil. “O momento é de união, de conscientização e de reconstrução do Brasil. O diálogo com todos é o caminho para aprovação de matérias tão importantes.” Ele cita o que já vem sendo feito: “O Senado Federal conta com a Procuradoria da Mulher, liderada pela senadora Leila Barros [PDT-DF]. Temos ainda a Comissão de Direitos Humanos, que sempre defendeu essa causa e é um espaço que acolhe e dá voz às mulheres. A bancada feminina ainda é pequena, contudo, as senadoras são extremamente aguerridas e realizam um belo trabalho com os parlamentares homens comprometidos com a temática.”
Mulheres do Brasil e do mundo na política
Pela primeira vez, em 2023, as mulheres estão em todos os parlamentos do mundo, de acordo com o último relatório anual da União Interparlamentar, organização global que reúne 193 países. O relatório global mostra que, em 2023, as mulheres ocupavam, em média, 26,5% dos assentos dos parlamentos pelo mundo. Mas, no Brasil, apesar do aumento de 18,2%, no número de deputadas na última eleição (2022), os 17,7% das vagas ocupadas por mulheres na Câmara ainda apontam uma sub-representação feminina no Parlamento, em relação aos dados mundiais.
A legislação eleitoral brasileira traz incentivos à participação das mulheres na política. Os partidos políticos devem indicar 30% de mulheres aos cargos eletivos, além de destinar, no mínimo, 30% dos recursos públicos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha – mais conhecido como Fundo Eleitoral – para apoiar candidaturas femininas. Os partidos também devem reservar pelo menos 30% do tempo de propaganda gratuita no rádio e na televisão às campanhas de mulheres. Contudo, os estímulos não foram suficientes.
A ONU Mulheres, criada em 2010, incentiva a participação efetiva das mulheres na vida política, em todo o planeta. Em entrevista à Agência Brasil, a analista de Programas da ONU Mulheres – Brasil, Ana Claudia Pereira, defendeu a liderança plena das mulheres na política para construção de uma sociedade mais justa e igualitária. “É uma questão de garantia dos direitos políticos das mulheres de participarem da vida pública em condições de igualdade, em relação aos homens. Por outro lado, é um tema também de desenvolvimento, porque a presença das mulheres, de mais da metade da população, de uma forma mais significativa nas instâncias decisórias, inclusive, no Congresso Nacional, leva a decisões que contemplam essa metade da população de uma forma mais eficiente. O que permite que a gente supere dificuldades do próprio desenvolvimento socioeconômico do país.”
No país, a ONU Mulheres – Brasil tem atuado em conjunto com as parlamentares da bancada feminina. “A gente atua tanto oferecendo insumos, assessoria técnica, informações, dados, quanto apoiando e advogando publicamente por temas que são de grande relevância, como o enfrentamento da violência política de gênero”, conta Ana Claudia Pereira. “A ONU Mulheres soma esforços para que esses temas e outros ganhem visibilidade também e que seja possível conhecer experiências de outros países ou até dados do próprio contexto brasileiro.”
Ana Claudia conta como será a agenda de trabalhos com a legislatura recém-iniciada. ”Continuaremos tendo essa mesma abordagem. Esperamos que tenha uma agenda de trabalho consistente e bem articulada no tema de ações para promover e garantir os direitos humanos das mulheres”.
Representação de todas as mulheres no Parlamento
Do total de 91 deputadas brasileiras, foram eleitas nove mulheres negras e quatro indígenas: Sônia Guajajara (PSOL-SP), que ministra dos Povos Indígenas; Célia Xakriabá (PSOL-MG), Juliana Cardoso (PT-SP) e Silvia Waiãpi (PL-AP). E, pela primeira vez na história, a Câmara dos Deputados tem em sua bancada feminina duas deputadas trans: Erika Hilton (PSOL-SP) e Duda Salabert (PDT-MG).
O estudo do Cfemea destaca a necessidade de o Parlamento brasileiro se aproximar das agendas feministas e antirracistas. O centro feminista se preocupa com a apresentação de propostas que “podem fortalecer as violências por razões de gênero e raça”.
A analista de Programas da ONU Mulheres – Brasil, Ana Claudia Pereira, chama a atenção, particularmente, para grupos de mulheres que nem sempre são contemplados pelas políticas. “Estamos falando das mulheres negras, indígenas, lésbicas, bissexuais, transexuais e, também, mulheres com deficiência. Esses são grupos que, historicamente, enfrentam barreiras no acesso às políticas públicas e a direitos para os quais as casas legislativas podem, realmente, aportar muitas medidas, escutá-las.”
Para a senadora Zenaide Maia, a falta de projetos e políticas públicas voltadas aos direitos das mulheres “são o retrocesso civilizatório e o empobrecimento da base da sociedade, que é formada em sua maioria por mulheres negras”. “São essas mulheres as mais afetadas pelas crises econômicas, pelas pandemias, pela violência doméstica e outros problemas sérios da nossa sociedade, que é estruturalmente machista e racista”, observa.
O senador Paim acredita que “todas as pautas que tramitam no Congresso Nacional impactam diretamente e indiretamente as mulheres, principalmente, as mulheres negras, que são invisibilizadas pelas políticas públicas”. “As mulheres precisam estar onde elas quiserem, para o Brasil avançar de fato e de direito”, finaliza o parlamentar negro.
Agência Brasil