O deputado federal foi acusado em 2017 de receber R$ 2 milhões em propina de Joesley Batista
Foto: Jorge William/Info Globo |
Nesta quinta-feira (27), o Tribunal Regional Federal da 3ª Região manteve a decisão de absolvição do deputado federal Aécio Neves (PSDB), da irmã dele, Andrea Neves, do primo, Frederico Pacheco de Medeiros, e do ex-assessor parlamentar Mendherson Souza Lima denunciados por corrupção passiva.
Em março do ano passado, o juiz federal Ali Mazloum, da 7ª Vara Criminal Federal de São Paulo, decidiu na 1ª instância absolver os acusados do processo aberto pelo Ministério Público Federal, em 2017.
O desembargador Fausto de Sanctis, que deu o voto para manter a decisão, afirmou que foram registradas possíveis investigações na venda do apartamento do empresário Joesley Batista. A denúncia alegava que Aécio e a irmã haviam recebido R$ 2 milhões em troca de prestar favores ao Grupo J&F no Congresso Nacional.
Na época, Joesley apresentou à Justiça, em acordo feito para a Operação Lava Jato, uma gravação que mostrava Aécio recebendo o pagamento. “Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação”, comenta o deputado sobre quem iria receber e entregar a propina.
No voto, em que manteve a absolvição, o desembargador Fausto de Sanctis apontou indícios de infrações éticas, ato de improbidade administrativa e possíveis infrações tributárias na venda de um apartamento de alto padrão ao empresário Joesley Batista.