Secretaria de Cultura de Pernambuco segue sem titular definitivo após saída de Silvério Pessoa

Disputa por cargo estratégico mobiliza nomes da cena cultural e política do estado.

Raquel Lira e Silvério Pessoa
FOTO:FELIPE SOUTO SECULT-PE 
Após a inesperada saída de Silvério Pessoa, a Secretaria de Cultura de Pernambuco (Secult-PE) enfrenta uma situação de instabilidade, permanecendo sem um titular definitivo mesmo após as recentes mudanças no secretariado de Raquel Lyra (PSDB). A presidência da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) tem sido acumulada por Renata Borba desde o afastamento de Pessoa, que ocorreu na véspera do Festival de Inverno de Garanhuns (FIG), gerando desconforto no governo e levantando questionamentos entre a classe artística.
A disputa pela posição tem sido acirrada, com vários nomes sendo cogitados para assumir o cargo. Inicialmente, especulava-se que Leonardo Salazar, atual secretário executivo de cultura da pasta, seria uma escolha natural devido à sua posição como “número 2” e ao bom desempenho demonstrado. Salazar, ligado ao partido Cidadania, acumula experiência como secretário-executivo de desenvolvimento econômico, turismo e economia criativa na Prefeitura de Caruaru e diretor da Contudo.
Entretanto, fontes indicam que é improvável que Salazar ou até mesmo Fúlvio Wagner, gerente geral de acompanhamento de projetos da Casa Civil e atuante na Secult, assumam o cargo. Novos nomes têm surgido no cenário, com a atenção voltada especialmente para a “capital do Agreste”. Entre os bastidores, rumores apontam que Raquel Lyra teria sondado Lúcio Omena, ex-presidente da Fundação de Cultura e Turismo de Caruaru até 2018, que, mesmo após sua saída, participou ocasionalmente de eventos.
Lúcio Omena é considerado um nome de confiança da governadora e já teve experiência como diretor de conteúdo da Feira Nacional de Negócios do Artesanato – Fenearte, evento que superou as expectativas do governo, movimentando R$ 52 milhões, 30% acima do esperado, sendo citado pela governadora como exemplo de sucesso no segmento cultural.
Apesar dos rumores, ainda não há confirmação de que Lúcio Omena aceitaria o cargo. Como alternativa, outra possibilidade aventada pelo governo seria a manutenção de Renata Borba como secretária de cultura e a busca por outro nome para a Fundarpe, uma posição estratégica e amplamente disputada devido à sua responsabilidade com o orçamento da cultura no estado. Enquanto a incerteza persiste, a classe artística e a população aguardam ansiosamente por um desfecho para essa importante pasta do governo estadual.
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