Federação Partidária é um mecanismo que ajuda os partidos a cumprirem a exigência de desempenho imposta pelas regras eleitorais
Foto: Divulgação |
Os partidos Solidariedade comandado nacionalmente pelo ex-deputado federal Paulinho da Força, o PDT que tem como presidente nacional do ministro da previdência social do atual governo, Carlos Lupi e o PSB que é presidido por Carlos Siqueira, articulam a formação de um federação partidária, quando dois ou mais partidos se juntam de forma programática e ideológica por um período mínimo de quatro anos, para atuarem juntos em sua pautas comuns no congresso nacional, e também na disputa por vagas em eleições sejam nacionais ou municipais, que ocorrerão no próximo ano.
Já aconteceram encontros com os três presidentes, para tratar da formação desta nova federação partidárias. Atualmente existem em funcionamento três federações, sendo elas PT, PCdoB e PV, também a junção entre REDE e PSOL, e a federação do PSDB com o Cidadania. Todas elas conseguiram ultrapassar a cláusula de barreira das eleições de 2022.
Atualmente o PDT é dos três partidos o que tem mais deputados na Câmara, ao todo são 17 representantes, o PSB segue em segundo com 14 deputados, e o Solidariedade elegeu nas eleições de 2022 apenas 4, porém a fusão com o PROS, aumentou a bancada para 7 deputados.
Essa federação somará 38 deputados no congresso nacional, tamanho de partidos do centrão como o Republicanos e o PSD ambos com 42 deputados na Câmara Federal. Caso se concretize essa formação, a federação valerá para as eleições municipais de 2024 e as eleições nacionais de 2026.
Um desafio para os partidos será ultrapassar a cláusula de barreira instituída pela reforma política de 2017, que exigirá das siglas, um desempenho de 3% dos votos válidos, no mínimo 2% distribuído em pelo menos um terço dos estados, ou a eleição de 15 deputados federais distribuídos em nove estados do Brasil.
Um enorme desafio para os partidos que saíram das eleições de 2022 com bancada reduzida, como é o caso do PSB, PDT e Solidariedade, a federação é o caminho viável para a sobrevivência destes partidos, pois só terão acesso a fundo partidário, quem cumprir a exigência prevista na lei eleitoral.