Ação conjunta com a CPRH e Prefeitura do Recife visa combater prática prejudicial ao meio ambiente e ao manguezal
Foto: Divulgação/MPPE |
A 12ª Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente da Capital, vinculada ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE), em parceria com a Agência Estadual do Meio Ambiente (CPRH) e a Prefeitura do Recife (PCR), realizou uma nova inspeção em viveiros de camarão localizados às margens do Rio Capibaribe, com destaque para o bairro de Afogados, na última sexta-feira (22). Essa prática tem causado danos ao manguezal, desrespeitado legislações ambientais federal, estadual e municipal e obstruído o curso natural das águas, afetando o escoamento.
Os viveiros são construídos utilizando materiais como madeira e pneus para represar a água. O município do Recife já empreendeu duas ações de desmobilização de viveiros. A primeira resultou na retirada de um viveiro clandestino nas proximidades da localidade do Coque, às margens do Rio Capibaribe. Na segunda ação, foram removidos quatro viveiros na Vila Sul. O próximo passo envolverá o replantio de manguezal nessas áreas afetadas.
O Promotor de Justiça Sérgio Souto explicou que está sendo realizado um levantamento da quantidade de viveiros ao longo das margens do rio, que tem aumentado significativamente. Ele ressaltou a importância da inspeção, que envolve a visita às áreas afetadas e o levantamento das condições encontradas, incluindo conversas com os criadores para o planejamento de ações em conjunto com os órgãos parceiros.
Sérgio Souto destacou a necessidade de equilibrar questões sociais com a preservação ambiental e a importância de ações reparadoras diante dos crimes ambientais. O promotor enfatizou a transparência e o diálogo como elementos centrais desse trabalho e ressaltou a urgência de conter a construção de novos viveiros e alertar sobre as irregularidades existentes.