Lula aponta falhas do Conselho de Segurança da ONU como fórum de “governança global” para evitar conflito.
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Foto: Ricardo Stuckert/PR |
Na manhã desta quarta-feira, durante uma conversa com correspondentes internacionais no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar a atuação dos países desenvolvidos na guerra em curso na Ucrânia. O chefe de Estado destacou especificamente o papel do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), que, segundo ele, falhou em agir como um fórum eficiente de “governança global”, capaz de evitar o início do conflito.
Lula expressou sua preocupação com a ausência de uma abordagem mais efetiva e coletiva por parte do Conselho de Segurança da ONU, afirmando que se a questão da guerra tivesse sido discutida adequadamente no órgão e se este tivesse se comportado como uma governança global respeitando o coletivo dos países, talvez a conclusão fosse de que o conflito não deveria ter sido deflagrado e a Rússia não teria invadido a Ucrânia.
O presidente também ressaltou os esforços do Brasil em busca de uma solução pacífica para o conflito. No entanto, ele demonstrou sua perplexidade diante da aparente falta de disposição dos líderes russos e ucranianos em negociar o fim das hostilidades.
“O Brasil está entre os países que estão procurando um caminho para alcançar a paz. Até o momento, não temos ouvido das partes envolvidas, nem do presidente Zelensky nem do presidente Putin, a ideia de parar com a guerra e buscar negociações. Ambos parecem presos em uma mentalidade de vitória a todo custo, enquanto pessoas continuam perdendo suas vidas”, destacou Lula.
A posição do presidente brasileiro reflete a preocupação internacional sobre o conflito na Ucrânia e a necessidade de um diálogo construtivo entre as partes envolvidas para alcançar uma solução pacífica e duradoura. Resta aguardar novos desdobramentos e ações por parte da comunidade internacional para buscar uma resolução efetiva para a crise.