Cerimônia vai acontecer durante reunião da Cúpula do Mercosul em Puerto Iguazú, na Argentina
Foto: Cristiano Mariz |
Durante sua liderança, o Brasil defenderá, juntamente com os demais membros, o realinhamento do processo de integração regional. Essa mudança ocorre em um momento de tensão com a União Europeia, que impôs novas exigências ambientais aos países latino-americanos.
O embaixador Mauricio Carvalho Lyrio, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores, afirmou que o Brasil apresentará uma proposta ao Mercosul em resposta às exigências da União Europeia. Caso os países sul-americanos não cumpram o acordo, há possibilidade de sanções.
No entanto, o presidente brasileiro enfrentará alguns obstáculos, como o possível acordo bilateral entre Uruguai e China, além dos processos eleitorais em curso na Argentina e no Paraguai para a escolha de novos presidentes.
Outra questão a ser considerada é o possível retorno da Venezuela ao bloco. Apesar da aproximação de Lula com Nicolás Maduro, a reintegração parece distante, especialmente diante da total rejeição do presidente da direita uruguaia, Luis Lacalle Pou. Em 2016, o país foi suspenso devido a violações da cláusula democrática.
De acordo com Gysella Maria Padovan, secretária de América Latina e Caribe do Itamaraty, o presidente Lula está focado na “repriorização” do bloco e na integração regional em diversas áreas, como comércio, infraestrutura, saúde e defesa.