2023 pode se tornar o ano mais quente já registrado
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O famoso climatólogo da Nasa, Gavin Schmidt, alertou, nesta quinta-feira (20), que este mês de julho provavelmente vai registrar as maiores temperaturas em “centenas, senão milhares de anos”.
Em vários países, as médias de temperaturas alcançaram recordes, como na China que registrou 52,2 ºC na semana passada. A Universidade de Maine, nos Estados Unidos e a União Europeia estão monitorando o clima global e confirmaram o aumento da temperatura.
A previsão é que os próximos relatórios climáticos das agências estadunidenses vão seguir a tendência de calor extremo. “Estamos observando mudanças sem precedentes em todo o mundo: as ondas de calor que estamos vendo nos Estados Unidos, Europa e China estão quebrando recordes a torto e a direito”, informou Schmidt.
O pesquisador afirma que não é possível culpar apenas o fenômeno El Niño para explicar a situação: “Prevemos que isso vai continuar, e a razão pela qual acreditamos nisso é porque continuamos a introduzir gases de efeito estufa na atmosfera”.
Se a tendência da temperatura continuar, as chances de 2023 ser o ano mais quente já registrado. “Mas antecipamos que 2024 será um ano ainda mais quente, porque começaremos com esse evento de El Niño que está se formando agora e atingirá o pico no final deste ano”, lembrou o climatólogo.