Prisão ocorreu em agência bancária de Vitória de Santo Antão, e suspeita-se de envolvimento em esquema criminoso.
Uma mulher foi detida em flagrante pela Polícia Federal (PF) por sacar de maneira fraudulenta uma pensão por morte em nome de outra pessoa. O pagamento indevido persistiu por surpreendentes 25 anos, resultando em um prejuízo estimado em R$ 377 mil para os cofres públicos desde 1994, quando o Real se tornou a moeda oficial do Brasil.
A prisão ocorreu em uma agência bancária de Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata Sul de Pernambuco, enquanto a mulher realizava um dos saques mensais. O valor da pensão falsa, que vinha sendo recebida desde 1987, totalizava R$ 1.300 por mês.
A investigação da PF revelou que a concessão da pensão ocorreu em 1983, e a vítima só descobriu a fraude em 2019, ao tentar solicitar um benefício previdenciário legítimo. Segundo o Delegado Afonso Marangoni, que liderou a operação, a mulher admitiu receber o dinheiro por um período ligeiramente inferior a um ano. Há suspeitas de que ela tenha sido recrutada por uma quadrilha para efetuar o saque do benefício.
O Delegado Marangoni enfatizou a gravidade desse crime, destacando que, frequentemente, indivíduos de baixa instrução e idosos são envolvidos em esquemas fraudulentos, muitas vezes sob a falsa crença de que se trata de uma infração de menor importância ou de que escaparão das consequências.
A mulher foi formalmente acusada de estelionato, um delito que pode resultar em uma pena de prisão variando de um a cinco anos. Além disso, a pena pode ser agravada em um terço do tempo de reclusão devido à natureza do crime, que envolve fraude contra a Previdência Social.
A PF continua investigando o caso para identificar outros envolvidos no esquema e recuperar os valores desviados dos cofres públicos. A detida será encaminhada ao sistema prisional, onde aguardará o desenrolar do processo judicial.