Aumento d nas mordidas de cachorro em dias com altos níveis de radiação ultravioleta; confira
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De acordo com um estudo publicado na revista Scientific Reports, assim como os seres humanos, os cães tendem a ficar estressados em temperaturas elevadas. A pesquisa mostra que as mordidas de cachorro podem ser até 11% mais frequentes em dias quentes e ensolarados, com níveis mais altos de poluição do ar.
A equipe liderada por Clas Linnman, da Universidade de Medicina de Harvard, analisou dados de oito cidades dos Estados Unidos entre 2009 e 2018. Ao todo, foram registradas cerca de 69.525 mordidas no período, uma média de três por dia. Os cientistas relacionaram esse número com fatores como partículas finas no ar, ozônio, temperatura, radiação ultravioleta e precipitação.
Os resultados mostraram um aumento de aproximadamente 11% nas mordidas de cachorro em dias com altos níveis de radiação ultravioleta, 4% em dias mais quentes e 3% em dias com níveis elevados de ozônio. Por outro lado, a incidência teve uma pequena redução de cerca de 1% em dias chuvosos.
A maioria das mordidas ocorreu quando a vítima tinha algum tipo de convivência com o animal, e muitos ataques estavam relacionados a interações diárias com os cães. Os pesquisadores observaram uma ligeira diminuição do risco nos fins de semana e feriados, sugerindo que o tempo adequado para a interação entre cães e humanos não aumenta o risco de mordidas. Vale ressaltar que o estudo não considerou fatores individuais que podem afetar a probabilidade de um cão morder um humano, como raça, sexo ou castração.
Estudos anteriores já haviam relacionado temperaturas mais altas e níveis mais elevados de poluição do ar ao aumento da agressividade em seres humanos, macacos Rhesus, ratos e camundongos. Para os autores do estudo, a observação desse fenômeno em cães ajuda a estabelecer uma relação entre altas temperaturas, poluição do ar e agressão entre espécies.