Ministros Mendonça e Moraes batem boca no STF sobre ação de Flávio Dino no 8 de janeiro

Ambos magistrados já presidiram a pasta da Justiça durante governos anteriores

Moraes
Foto: Reprodução

Durante o julgamento da primeira ação penal relacionada aos atos extremistas de 8 de Janeiro, os ministros André Mendonça e Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), se envolveram em uma discussão acalorada. O ponto de discórdia foi o papel do então ministro da Justiça, Flávio Dino, durante os eventos.

Mendonça estava lendo seu voto no caso do réu Aécio Lúcio Costa, preso em flagrante no Senado Federal. Durante sua fala, ele levantou questões sobre os atos extremistas e expressou perplexidade com a invasão do Palácio do Planalto, referindo-se à atuação de Flávio Dino.
“Eu fui ministro da Justiça e em todos esses movimentos, de 7 de setembro, eu estava de plantão com uma equipe à disposição, seja no Ministério da Justiça, seja com agentes da Força Nacional para impedir o que aconteceu. Eu não consigo entender e também carece de respostas como o Palácio do Planalto foi invadido da forma que foi invadido”, declarou o ministro.
Moraes, relator da ação penal, interrompeu Mendonça e defendeu Flávio Dino, afirmando que a falha na segurança foi resultado da omissão da Polícia Militar do Distrito Federal, mencionando a prisão de 5 coronéis em uma investigação relacionada aos atos extremistas. Em seguida, Moraes, que também foi ministro da Justiça no governo de Michel Temer, classificou a fala de Mendonça como “absurda”.
“Com todo respeito, vossa excelência querer falar que a culpa do 8 de Janeiro é do ministro da Justiça é um absurdo, quando 5 comandantes estão presos. O ex-ministro da Justiça fugiu para os Estados Unidos e jogou o celular no lixo, foi preso. Vossa excelência vem ao plenário do STF que foi destruído falar que houve uma conspiração do governo contra o próprio governo. Tenha dó”, respondeu Moraes.
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