Reunião da Executiva Nacional resultou em resolução para possível troca de comando após 31 anos sob Freire
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| Foto: Sergio Lima/Poder360 |
Uma reunião da Executiva Nacional do Cidadania (antigo Partido Popular Socialista, PPS) culminou em uma vitória para um grupo de 13 dirigentes, que buscam uma mudança histórica no comando do partido, que se mantém sob a presidência do ex-deputado federal Roberto Freire há 31 anos. A reunião não foi isenta de tensões, resultando em desentendimentos acalorados entre os membros da Executiva. Xingamentos e acusações foram trocados entre os presentes.
A possibilidade de substituição se deu após a aprovação, com 13 votos a favor e 10 contra, de uma resolução que determina que o Diretório Nacional da legenda delibere em 9 de setembro sobre a eleição de uma nova Executiva Nacional.
Durante a discussão, o presidente Roberto Freire dirigiu-se ao secretário-geral, Regis Cavalcanti, pedindo respeito. O vice-presidente do partido, Daniel Coelho, saiu em defesa de Freire, gerando mais conflitos com trocas de ofensas como “vagabundo” e “canalha”.
A mudança na presidência tornou-se necessária devido a uma recente alteração no estatuto, impedindo que Roberto Freire seja reeleito. Os embates entre Freire e outros dirigentes refletem a disputa pelo direcionamento político do partido.
O Cidadania, por meio do seu Diretório Nacional, havia manifestado apoio ao governo Lula ao longo deste ano. Entretanto, a bancada composta por cinco deputados federais anunciou independência em relação a essa decisão.
Outro grupo dentro do partido busca alinhar-se ao bolsonarismo e ao presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), que influencia os deputados por meio da alocação de verbas.