Mais de 600 mil pessoas celebram 40 anos da Bienal do Livro no Rio de Janeiro

Edição comemorativa quebrando recordes de vendas e promovendo a literatura.

Bienal do Livro
Foto: Tomaz Silva/AGB
A Bienal do Livro do Rio de Janeiro encerrou sua edição comemorativa de 40 anos no Riocentro, na Barra da Tijuca, domingo (10), deixando para trás um impressionante marco de mais de 600 mil visitantes e um total de 5,5 milhões de livros vendidos, de acordo com informações divulgadas em coletiva de imprensa.
Comparado com 2019, quando foram comercializados cerca de 4 milhões de livros, e com a edição reduzida de 2021, devido à pandemia de COVID-19, que registrou 2,5 milhões de exemplares vendidos, a Bienal 2023 superou todas as expectativas. A média de livros adquiridos por pessoa saltou de seis para impressionantes nove livros por visitante.
A diretora da GL events, Tatiana Zaccaro, responsável pela organização da feira, destacou a importância desse marco, afirmando: “Esse é o Brasil que a gente quer”. O presidente do Sindicato Nacional de Editores de Livros (Snel), Dante Cid, também ressaltou o sucesso do evento em todos os segmentos e elogiou os esforços dos organizadores para torná-lo “mais diverso e inclusivo”.
Para os organizadores, a Bienal do Livro consolidou-se como o maior festival de literatura, cultura e entretenimento do Brasil, promovendo o hábito da leitura não apenas entre crianças, mas também entre jovens. Tatiana Zaccaro enfatizou: “A Bienal é um patrimônio do Rio de Janeiro”, enquanto Dante Cid destacou o papel crucial do evento em demonstrar a preciosidade do livro.
Mais de 100 mil crianças de escolas da rede pública tiveram a oportunidade de visitar a Bienal e adquirir um livro pela primeira vez, graças aos cartões distribuídos para estudantes e professores pelas secretarias municipal e estadual de Educação, representando um investimento de R$ 13,5 milhões.
Com uma área ocupada de 90 mil metros quadrados, 10% maior que na edição de 2019, a Bienal 2023 recebeu mais de 380 autores em sua programação oficial. Além disso, diversas novidades encantaram o público, como o universo lúdico de “Uma Grande Aventura Leitora”, comemorando os 60 anos da personagem Mônica, de Maurício de Sousa, e o Baile de Máscaras da Julia Quinn, inspirado na série “Os Bridgertons”.
A Bienal também inovou com espaços como “Páginas na Tela” e “Páginas no Palco”, que cruzaram literatura, audiovisual e teatro. Além disso, o professor e autor Luiz Antonio Simas transformou o Café Literário em um verdadeiro boteco carioca no evento “Sextou com Simas”, recebendo convidados ilustres como Ailton Krenak e Conceição Evaristo.
Os amantes de quadrinhos tiveram a chance de conhecer ao vivo quadrinistas independentes de todo o Brasil no espaço Artists Alley. Além disso, a Bienal sediou o Rio International Publishers Summit, promovido pelo Snel, que discutiu desafios como a transformação tecnológica, o uso da inteligência artificial e a preservação do direito autoral, consolidando a feira como um evento fundamental para o mercado editorial brasileiro.
Em uma época em que a literatura se estende para além das páginas dos livros, a Bienal do Livro do Rio de Janeiro continua a ser uma celebração essencial da cultura e da leitura, inspirando leitores de todas as idades e reafirmando a importância do livro como protagonista em nossa sociedade.
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