o que é febre maculosa e quais os sintomas?
Carrapato – Foto:Prefeitura de Jundiaí |
A febre maculosa, doença transmitida pela picada do carrapato e causada pela bactéria do gênero Rickettsia, tem preocupado as autoridades de saúde no Brasil. Até o momento, foram registrados 49 casos da doença, dos quais seis evoluíram para óbito. Vale ressaltar que a febre maculosa não é transmitida diretamente entre pessoas por contato, sendo os carrapatos do gênero Amblyomma os principais vetores no país.
Os sintomas e a gravidade da doença
Segundo informações do Ministério da Saúde, a febre maculosa costuma manifestar-se de forma súbita, com uma variedade de sintomas semelhantes aos de outras infecções, incluindo febre alta, dores de cabeça e no corpo, perda de apetite e desânimo. Em seguida, é comum o surgimento de pequenas manchas avermelhadas que crescem e ficam elevadas.
À medida que a doença progride, surgem náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal, dores musculares persistentes, inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés, além de gangrena nos dedos e orelhas. Nos casos mais graves, pode ocorrer paralisia, que começa nas pernas e se espalha para os pulmões, podendo levar à parada respiratória.
Manchas na pele – Foto:Grupo Ibes |
Prevenção e diagnóstico precoce
A prevenção da febre maculosa baseia-se na evitar o contato com carrapatos. Portanto, em locais onde há maior exposição a esses parasitas, algumas medidas podem ajudar a prevenir a infecção, como utilizar roupas claras para facilitar a identificação dos carrapatos, vestir calças, botas e blusas de manga comprida ao caminhar em áreas arborizadas e gramados, evitar transitar em locais com grama ou vegetação alta e utilizar repelentes de insetos.
Além disso, o Ministério da Saúde recomenda a remoção do carrapato com o auxílio de uma pinça, evitando espremê-lo ou esmagá-lo. Após a remoção completa, é importante lavar a área da picada com álcool, sabão e água. Quanto mais rápido os carrapatos forem retirados do corpo, menor será o risco de contrair a doença.
O diagnóstico precoce da febre maculosa é desafiador, especialmente nos primeiros dias de infecção, pois os sintomas iniciais podem ser confundidos com os de outras doenças, como leptospirose, dengue e hepatite viral, entre outras.
Quando se trata da febre maculosa, é fundamental que os profissionais de saúde solicitem exames para confirmar ou contribuir com o diagnóstico.
Ainda de acordo com o Ministério, essa doença tem potencial de cura, desde que seja iniciado o tratamento com antibióticos específicos nos primeiros dois ou três dias após a infecção. Mesmo sem o diagnóstico confirmado, é crucial administrar o medicamento assim que surgirem os primeiros sintomas, uma vez que o diagnóstico pode levar algum tempo. Em casos mais graves, pode ser necessário hospitalizar o paciente. O tratamento tem duração de 7 dias e é recomendado que seja mantido por mais 3 dias após o desaparecimento da febre.
É importante ressaltar que a demora no diagnóstico e no início do tratamento pode resultar em complicações graves, como danos ao sistema nervoso central, rins, pulmões, lesões vasculares e, em casos extremos, pode levar ao óbito.