Usar meias de compressão, praticar atividades físicas e evitar cigarro são algumas das recomendações para evitar a doença
Foto: Reprodução/Arquivo pessoal
|
A morte Adriana Rodrigues Laurentino, de 27 anos, no interior do Acre, após sofrer de embolia pulmonar causou comoção nas redes. A jovem médica, que fraturou o pé esquerdo durante um passeio na Bahia, queria ir ao Acre visitar sua família após tirar uma licença. Mas a viagem de avião foi fatal para ela.
Ao permanecer parada na mesma posição por muito tempo, a circulação sanguínea é prejudicada, podendo formar pequenos trombos. Esse impedimento de passagem de sangue compromete a oxigenação do corpo, podendo levar à morte. Por isso, voos não são recomendados para pacientes com risco.
“Fizeram todos os procedimentos corretos, toda documentação e iam encaminhar ela para um hospital de Brasília. Esse seria o correto. Quando foi tornando, conversou com a médica e pediu para vir para o Acre, a médica acabou concordando, deu o laudo dela e ela seguiu o voo. Esse foi o erro. É muito importante que um médico, mesmo que o paciente peça de todas as formas possíveis para seguir viagem, não deixar já que corre o risco de morte no voo. Ela não tinha como embarcar”, lamentou Renata Lopes, irmã de Adriana, em entrevista ao g1.
Outros dos fatores que podem causar a embolia pulmonar são cirurgias, câncer, tabagismo, anticoncepcionais com estrógeno e reposição hormonal. As consequências do entupimento da veia dependem do tamanho do coágulo: quanto maior, mais chance há de morte.
— A embolia pulmonar é causada por um coágulo, que normalmente se forma nos membros inferiores (trombose), que se desprende das paredes dos vasos sanguíneos e se desloca em direção ao pulmão, entupindo os vasos desse órgão — explica Roberto Sacilotto, presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), ao Globo.
Segundo relatos, Adriana passou mal ainda no aeroporto de Brasília. Lá, ela foi atendida por uma equipe médica no pronto-atendimento do aeroporto e avisada que seria levada para uma unidade de saúde do estado. Contudo, segundo a família, Adriana pediu, após acordar do desmaio, para continuar a viagem.
Sintomas
Tosse seca ou com sangue, falta de ar, dor no esterno (osso que fica no meio do pulmão), palpitações no peito, pele e unhas azuladas (cianose) e febre baixa são sintomas para se atentar. No tratamento da doença, quando diagnosticada, normalmente são usados remédios anticoagulantes. Outras opções são cirurgia ou uso de cateter para filtrar o trombo.
Como se prevenir
Movimentar-se: após cirurgias ou longos períodos sem se levantar — como em voos e viagens de carro —, é preciso caminhar para possibilitar a circulação sanguínea adequada
Usar meias de compressão: pessoas que tem tendência a criar trombos podem ser orientados a usar meias de compressão ao realizar longas viagens ou passar por internações
Tomar anticoagulantes: após cirurgias demoradas, o paciente pode receber a recomendação de usar remédios anticoagulantes, desde que não haja risco de sangramento
Evitar cigarro: o cigarro possui inúmeras propriedades que prejudicam a circulação sanguínea e favorecer a formação de trombos quem podem causar a embolia pulmonar
Praticar atividades físicas: os exercícios físicos ajudam a melhorar a circulação sanguínea, o que diminui a possibilidade de desenvolvimento de trombos
Agência O Globo